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Falemos De Poesia


Falemos De Poesia
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Falemos De Poesia


Falemos De Poesia
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Author : Alberto Pucheu
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2023

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Falemos De Poesia


Falemos De Poesia
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Author : Alberto Pucheu e Danielle Magalhães
language : pt-BR
Publisher: 7Letras
Release Date : 2024-01-31

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Este livro reúne uma série de ensaios apresentados no I Ciclo Nacional de Conversas do Grupo de Pesquisa Poesia Brasileira Contemporânea, formado por 20 pesquisadores de variadas instituições brasileiras, e realiza também uma dupla homengem. Em primeiro lugar, por ser dedicado à memória de Josefina Ludmer, teórica argentina que comparece explícita ou implicitamente nos trabalhos de muitos membros do Grupo e cuja influência é atestada desde a programação do evento, que partiu de uma ideia relacional de poesia, propondo-a como isso que sempre anda junto (poesia e política, poesia e negritude, poesia e destroços, poesia e imagem, poesia e..., poesia e..., poesia e...), em um princípio, portanto, "pós-autônomo". A outra homenagem é a Roberto Corrêa dos Santos, cujo trabalho intitulou uma das mesas do ciclo, "Poesia e Clínica de Artista", dedicada a seu pensamento. Publicamos, também, como um pós-escrito neste livro, um ensaio até então inédito de Roberto, intitulado "O campo expandido da crítica".



H Um Poeta Em Mim


H Um Poeta Em Mim
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Author : Larry Redon
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2011-03-10

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Na loucura desmedida de buscar a projeção social com seus escritos, muitos poetas descartam o que se passou no íntimo do seu ser, desprezando a poesia em todas suas dimensões evolutivas. Na busca pela lapidação artificial dos seus poemas, esquecem-se que o poema só tem a alma do autor, quando exibido em sua forma bruta, sem o olhar rigoroso da gramática e sem a influência do olhar crítico de um possível leitor, pois se o poema ganha alma com a visão do leitor, perde a alma do seu autor. Os poemas devem ser mostrados na forma que foram colhidos pelo poeta, dentro de sua alma, em todas as fases de sua vida, seja ela medíocre ou intelectual. O poeta não é dono de seus poemas, bem como não é dono de sua alma, que vagueia em busca de personagens ou objetos para a construção do poema. É a alma poética que induz o autor a mirar, a escolher e a descartar as musas, os seres dos seus poemas. Cabe ao escritor apenas a função de ser comandado, sem resistência e sem críticas ao desejo de um ser maior, que aprisiona a alma de todos os poetas, para que ela cumpra apenas o que lhe foi ordenado. Ao ser libertado do cárcere das almas poéticas, resta-nos lançar as poesias ao vento, para que elas dividam-se no ar e abracem as almas maduras e imaturas, que darão sua alma a elas, deixando o poeta eternamente sem alma. Todas as poesias deste livro só possuem alma, porque este autor recusou-se a lapidá-las, mostrando-as na forma que foram colhidas em seus devaneios de ser vivente.



Essa Aus Ncia Que Me Devora


Essa Aus Ncia Que Me Devora
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-07-02

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73º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , com os seguintes livros publicados pelo Clube de Autores e Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. CIRANDA POÉTICA 68. A PORTA DA SOLIDÃO 69. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 70. EROTIQUE 6 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI Alguns trechos: “Nesse mundo cheio de maldades, / Onde quase todos têm uma vida secreta, / Quem mais iria desvendar suas verdades, / Se não tivesse coração de poeta?” “Ah, ausência que me devora, / Por que ainda devo guardá-la, / Se até hoje ainda me apavora, / Essa saudade que me apunhala?” “A falta de teus beijos ainda me causa desgosto, / Assim como de teu calor em cada noite fria, / Minhas mãos ainda procuram o teu rosto / Quando acordo sozinho na cama vazia...” “As gotas que vejo escorrendo pela vidraça / São rastros do amor que tua ausência baniu, / Deixando-me essa saudade que me abraça / Nessa chuva inclemente que a noite não viu...” “Pois enquanto as nuvens ocultam a lua / Outra chuva branda em forma de pranto / Escorre pela minha face que acentua / A saudade tua que me dói tanto” “Às vezes, a dor é passageira, / Em outras, insiste em nunca terminar, / E de repente dói a vida inteira / Um sonho de uma noite de luar...” “Penso em ti, mas me faz mal / Essa ferida que nunca sara, / As memórias que doem na alma, / As lembranças que nunca cessam...” “Fugi para muito além de mim, / Onde o espelho me sorria, / Longe dessas estradas sem fim, / Onde a solidão não me ouvia...” “Quando você foi embora, / Fui quebrado em vários pedaços, / Fui remendado por fora, / Mas continuo cheio de estilhaços...” “A longa e sinuosa estrada / Que conduz à tua porta / Enche de lágrimas minha face, / Mas, nesta vida agitada, / De que isto importa, / Por mais triste que me tornasse?” “Quando o seu olhar disparou / Sobre mim balas de AK-47, / Minha armadura se desintegrou / E se derreteu o meu trompete!” “Mas enquanto eu me reinvento, / Sem nem mesmo saber onde andas, / Como foi que essa travessura do vento / Trouxe a tua voz por essas bandas?” “Bem que eu queria te esquecer / Inutilmente nessa tristeza tamanha / E por isto aqui estou a enlouquecer / Enquanto a solidão me acompanha” “Amanhã, seremos de novo estranhos, / Andando por caminhos tão diferentes, / Contabilizando nossas perdas e ganhos, / Depois de tantas noites ardentes...” “Depois, o vento levará para longe todas as folhas, / E amargaremos o tipo mais cruel de saudade! / A vida traz-nos algumas simples escolhas, / Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...” “E essa inesperada reminiscência / Traz-me de volta toda a saudade / E abarrota-me de toda a sua ausência, / E daquele amor que nunca morreu de verdade!” “São 5 letras apenas, / Mas duram toda uma vida / As inesquecíveis cenas / No instante da despedida...” “Esta noite, você me apareceu, / Com olhos de quem pede perdão, / Mas deve ter sido só uma ilusão, / E quando abri os olhos, estava só eu.” “As areias do tempo são traiçoeiras, / Em suas ampulhetas escondem armadilhas, / E nessas sendas da memória, tão passageiras, / A mente guarda lembranças andarilhas...” “Quando vi em seu negro olhar / Que chegara a hora de mais um adeus / Inexplicável, / Imensurável, / Desta vez nada disse, / Pois o que havia a dizer / Depois de tantas vezes, / Tantas partidas, / Tantas lágrimas, / Tantas despedidas?” “Quando cheguei em casa e descobri / Que ela de repente se fora / Veio uma dor avassaladora / E então meus olhos cobri / Para secar as lágrimas que não havia” “Entre as saudades que tenho, / A mais linda é lembrar de você, / Mas, nos caminhos por onde venho, / A sua ausência cassou meu brevê, / E não sonho mais tão alto, / Mas não esqueço de seu olhar blasê, / Nem de sua voz de contralto, / A me dizer sei lá o que,” “Formo teu rosto nas nuvens, me engano, / Que é de teus olhos a imensidão do oceano, / Que se esconde em teu peito a minha essência... / Mas a dor emerge qual nervo exposto, / Uma lágrima rola, suave, em meu rosto, / Deixando o rastro de tua ausência...” “Certifico a quem ainda me lê / Que machuquei meus punhos / Numa briga sem saber porque / E joguei fora meus rascunhos” “Nessa estranha ampulheta / Que controla meus minutos de dor, / Gravaste com tua própria caneta / Um recado de teu bailado opressor...” “Estou de volta a esse sinistro mundo real, / Onde tua ausência é tudo o que sinto, / Até de novo mergulhar nesse sonho surreal, / Longe desse indecifrável labirinto!” “Eu a vi passar por mim pedalando, / Linda, de short e camiseta preta, / Em sua bicicleta amarela rebolando, / Deixando rastros como um cometa!” “Tomo a tua mão, e suavemente te levo para dentro, / E quando ficamos sozinhos, me agarras com toda fúria, / Mostrando que de nosso velho amor ainda estás sedenta, / E gemes roucamente, quando de novo te adentro, / E pela noite afora, extravasas comigo a tua luxúria, / Enquanto nos amamos com paixão, e em câmara lenta...” “Onde foi parar aquela paixão / Que no teu olhar se escondia? / Por que morreu aquela canção / Com que a tua voz me iludia?” “E a cada adeus, um balde de gelo / Era jogado em meus sentimentos, / Tanta desilusão embranqueceu meu cabelo, / E cada frase tua liberava o uivo dos ventos!” “Celebremos o fato de estarmos juntos, / Mesmo que seja por uma noite apenas, / Se quiser, falemos de outros assuntos, / Nessas doces e poucas horas, tão plenas!” “Em meus beijos, mate a saudade, / E confesse baixinho em meus ouvidos / Que durou quase uma eternidade / Esse tempo que passamos divididos!” “Juntos, dançamos um tango incrível, / Rodopiando por um imenso salão, / Mas acordo sozinho, e é terrível / Dançar um tango com meu louco coração!” “Por isto, enquanto a vida lá fora flui, / E a muralha de nosso amor rui, / Fui!” “Nossos encontros são sempre assim / Combinamos para irmos ao cinema / Mas vou ver Spielperg em Berlim / E você Woody Allen em Ipanema” “Mas lembranças são um prazer solitário, / E nesse mundo, todo ao contrário, / Onde apenas prazeres se justificam, / Onde sobrevivo, mesmo sem merecer, / Minhas memórias não me explicam / Como faço para te esquecer...” “Passamos toda a noite voando, / E quando acordo, sinto o teu perfume, / A tua ausência ainda me rondando, / Por muito que eu não me acostume...” “Ah, ausência que virou minha confidente, / Leva a ti uma última confidência, / Diz que em meus sonhos és residente, / Que em minha cama deixaste tua carência, / E que sem teu amor, não sou ninguém! / Pergunta se ainda ouves nossas canções, / Se sabes que de nosso amor ainda sou refém, / E se não queres juntar nossas solidões...” “Lá fora, múltiplas cores fazem a festa, / Mas aqui dentro, reina a escuridão! / A vida insiste em me espiar pela fresta, / Mas desiste, diante da minha solidão...” “Sonhos tristes estão cheios de corações partidos, / Destruídos quando a tristeza começa, / Em peças quebradas, desconectadas, / Pintadas com estranhas artes exóticas...” “E quando o amor se diz ausente, / E aquele brilho some do olhar, / Então a escuridão se faz presente, / E a solidão convida pra dançar...” “Então, a porta se abre, e lá estás, linda, / E ao me veres, um sorriso te brota, / E essa lágrima a rolar diz que me amas ainda, / Enquanto o teu riso minha tristeza enxota...” “Algumas sombras vêm, outras se vão, / Mas algumas por muito tempo ficam, / São os restos daquela perdida ilusão / Que de estrelas meus olhos salpicam...” “Meus olhos andam liquefeitos / Com essa sua ausência / Por esses espaços rarefeitos / Dessa triste existência.” “Mas de teu mundo não faço parte, / E meu coração permanecerá um museu, / Repleto de obras de arte, / E desesperadamente teu...” “Mas nosso amor pertence ao passado, / Um fogo que ardeu mas foi cremado, / Uma tristeza que me dói como um açoite, / Quando surge em meus sonhos no meio da noite...” “E mais uma vez revelas / Aquelas palavras tão belas: / “Eu te amo”, / Pois somos flores do mesmo ramo, / E só então eu noto / Que estou a olhar tua foto, / Onde me dizias exatamente isto, / E que esta cena que assisto / Pertence às minhas memórias / E são apenas imagens ilusórias / Plantadas por minha mente, / Mas não mais estás presente.” “E hoje não sei mais o que faço / Perdido no estranho compasso / Dessa música sem som das esferas / Que alimenta minhas quimeras / Esperando em vão você voltar / Antes que eu desista de lhe esperar...” “Está sendo caótico / Sobreviver nesse conto gótico / Com o que me sobrou de alegria / Depois que você se foi com a Poesia” “Mas eu me lembro de seu olhar sedutor, / Atrás de uma taça de vinho gelado, / Daquele fogo que em seu olhar crepitou, / Naquela noite com desejos febris...” “Todos os meus pelos se arrepiaram / Com aquela visão terrível e inusitada, / Pois quantas pessoas até hoje se assombraram, / Com um fantasma que não desceu à última morada?” “E agora, que estamos ausentes, / Cada um em um lado do planeta, / Eu em Goiânia e tu em Pequim, / Conversando em línguas diferentes, / Tu num palácio e eu na sarjeta, / Será que ainda sentes falta de mim?” “Eu te vejo em todos os lugares, / Acenando para mim, numa tela de cinema, / Como uma protagonista secundária, / Que por ali estava passando, tão triste, / Sinto o teu perfume em todos os bares, / E ouço na noite o som de tua risada lendária, / Por isto mergulhaste em meus poemas, / E deles nunca mais saíste...” “Pois sei que não a verei nunca mais, / A menos que aconteça algum milagre, / Entre nós haverá sempre distâncias abissais, / Você é meu vinho, e eu o seu vinagre...” “Mas, quando percebi que partiste, / Uma parte de mim contigo levaste, / E ficou para trás a parte mais triste, / Essa saudade sem fim que deixaste...” “Olho no espelho, não vejo ninguém, / Exceto uma sombra do que fui um dia, / A tua ausência não me fez nenhum bem, / Levou para longe o que me restava de Poesia...” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida.” “Está sendo uma triste sina, / Meu coração ficou sem gasolina, / E se recusa a voltar a bater, / Nessa fornalha que parou de arder!” “Meu coração pediu falência / Por carência múltipla de órgãos / Por causa dessa tua ausência / Que deixou meus olhos órfãos” “Leves tuas roupas, teus retratos, teus discos, / Tudo que possa me lembrar tua ausência, / Mas não mexas em meus versos, tristes rabiscos, / Últimos traços de tua fugaz existência...” “Não sei onde foi parar minha inspiração, / Depois que saiu flanando atrás de você, / Mas de que adianta mesmo tanta paixão, / Se você faz de conta que nem me vê?” “E então, de repente, toca a campainha, / E quando abro a porta, não creio no que vejo, / Pois é você que lá está, e parece que adivinha, / Pois pergunta se dormi, num doce gracejo!”” “E nesses sonhos, visito outros planetas, / Com ETs verdes, amarelos ou cinzentos, / Navego pelas estrelas, montado em cometas, / Sou mordido por sinistros animais peçonhentos, / Mas no fim, eu me recupero, e sempre os derroto, / Simplesmente apertando o controle remoto!” “Você me causou uma ilusão de ótica, / E me joguei de ponta numa paixão kamikaze, / Mas julguei ver amor numa amizade caótica, / Que nunca nos deixará passar de fase!” “Naquele dia, eu me salvei do incêndio, / Onde nosso amor em cinzas se transformou, / E depois disto, escrevi um compêndio, / Sobre essa tragédia, que tudo mudou!” “Ando tão perto do zero, / E, como todo ser vivo, / Às vezes me desespero, / Pois, sem ti, eu nem vivo...” “Será que às vezes não te dói a ausência / De nossos encontros cheios de magia, / Ou ainda tens alguma reminiscência / De nossas sessões de sexo e Poesia?” “Nunca julgue alguém só pela aparência, / Porque, por trás do mais lindo sorriso, / Pode existir o fardo de uma ausência!” “Como eram lindos aqueles dias / Mas morreram e não voltarão / Como as ilusões e as fantasias / Que se foram e não retornarão” “Cada vez mais, há casas / Que um dia foram lares, / Onde havia corpos em brasa, / E moravam todos os luares...” “Sob uma rua / Nua / Dessa cidade / Vaga essa lua / Crua / De saudade / E na verdade / Por muito que influa / E destrua / Minha sanidade / Essa ausência tua / Em meu olhar flutua / E em mim se perpetua / Pela eternidade”



O Almada Ilustrado Com Notas Biografia E Ndice Ativo


O Almada Ilustrado Com Notas Biografia E Ndice Ativo
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Author : Machado de Assis
language : pt-BR
Publisher: LL Library
Release Date :

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Versão otimizada para GoogleBooks. Perfeita e bonita formatação, navegação funcional entre todas as partes da obra. Com ilustrações. *** Lançamento da 2. Edição Abril/2015 - Novo formato EPUB3, revisão e correção ortográfica, Texto revisado e conforme novo acordo ortográfico de 2009. *** Novidades: - Incluído biografia, com ilustrações - Nova formatação, melhor arquitetura (EPUB3) e capa atualizada. - Revisão do texto e correções de pequenas falhas. O Almada é um poema herói-cômico em 8 atos. Machado de Assis descreve-o da seguinte forma: "O assunto deste poema é rigorosamente histórico. Em 1659, era prelado administrador do Rio de Janeiro o Dr. Manuel de Sousa Almada, presbítero do hábito de São Pedro. Um tabelião, por nome Sebastião Ferreira Freire, foi vítima de uma assuada, em certa noite, na ocasião em que se recolhia para casa. Queixando-se ao ouvidor-geral Pedro de Mustre Portugal, abriu este devassa, vindo a saber-se que eram autores do delito alguns fâmulos do prelado. O prelado, apenas teve notícia do procedimento do ouvidor, mandou intimá-lo para que lhe fizesse entrega da devassa no prazo de três dias, sob pena de excomunhão. Não obedecendo o ouvidor, foi excomungado na ocasião em que embarcava para a capitania do Espírito Santo. Pedro de Mustre suspendeu a viagem e foi à Câmara apresentar um protesto em nome do rei. Os vereadores comunicaram a notícia do caso ao governador da cidade, Tomé de Alvarenga; por ordem deste foram convocados alguns teólogos, licenciados, o reitor do Colégio, o dom Abade, o prior dos Carmelitas, o guardião dos Franciscanos, e todos unanimemente resolveram suspender a excomunhão do ouvidor e remeter todo o processo ao rei. Observei quanto pude o estatuto do gênero, que é parodiar o tom, o jeito e as proporções da poesia épica. No canto IV atrevi-me a imitar uma das mais belas páginas da antiguidade, o episódio de Heitor e Andrômaca, na Ilíada. Homero e Virgílio têm servido mais de uma vez aos poetas herói-cômicos. Não falemos agora de Ariosto e Tassoni. Parodiou Boileau, no Lutrin, o episódio de Dido e Enéias; Dinis seguiu-lhe as pisadas no diálogo do escrivão Gonçalves e sua esposa, e ambos o fizeram em situação análoga ao do episódio em que imitei a imortal cena de Homero." NOTA: A LL Library tem o forte compromisso de manter suas publicações na melhor qualidade. Em caso problemas de qualquer natureza, especialmente na qualidade/formatação dos textos, favor informar-nos em [email protected], que procederemos com a imediata correção.



Transparente


Transparente
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Author : Emmanuel a Mendez Molina
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2019-09-24

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Este livreto reflete os est�gios da minha vida, as lutas internas por n�o ser igual aos outros, a consci�ncia que fala com voc� e lhe diz para n�o desmaiar, mesmo quando voc� n�o tem nada em suas m�os, mesmo quando todo mundo diz a voc� o que voc� pensa que �. uma fantasia de que voc� vive nas nuvens, que o sucesso s� � visto na TV. Na verdade, esses poemas foram escritos pela minha consci�ncia que, com um grito desesperado, me impediam de me perder, de morrer. Neste livro, voc� encontrar� confiss�es e conselhos que foram dados pela minha consci�ncia para voltar ao meu caminho, n�o � um livro religioso, embora, na minha primeira etapa, ele estivesse presente, ele fala de uma convic��o clara em seus ideais, porque a guerra ser� mais forte por dentro. sobre voc� l� fora, embora falemos de fraquezas sociais, � uma perspectiva diferente em que podemos crescer, aprender e voltar a reter os sonhos que foram mantidos no por�o, esperando o momento certo, � a minha vida em um poema, � a vida de um papel que desaparece, que n�o quer se perder



Quisera


Quisera
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Author : Temístocles Telmo
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2022-04-02

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Meus Momentos Ao sentar e escrever não sabia aonde chegaria e nem sei se quis chegar em algum lugar. Escrever ao alento é melhor que com um enredo, com os cúmplices dos bares, no silêncio de meu quarto sobre minha mesa. Em qualquer lugar eu escrevia e ainda escrevo. A pretensão é mágica, é livre; o abstrato do pretendido faz com que se navegue pelas entranhas proibidas e que se invada o que se pensa; assim é escrever uma poesia. A quem ler, faça-o com o espírito do coração, absorva o que lhe convier, aprenda sentir as emoções e transparecê-las. Procurem não me julgar e nem ao menos me criticar. Pois tive vontade de rabiscar aquilo que todos nós sentimos, a liberdade de um pensamento transcrito em momento. Momento único. Aos admiradores o meu obrigado, pela força de estarem sempre juntos. Aos que acham que não tem nada a ver, votos de uma futura leitura. Com rima, em verso e em prosa, protagonizei o imortal de mim em Meus Momentos. Buscando tornar sempre presente, por isso que esse livro e os futuros, se nosso Deus permitir, terá como tema central: Tempo de Poesia. Quem gosta de poesia, nem precisa compreendê-la por certo, pois nós poetas, somos românticos e como todo apaixonado, somos loucos e falamos coisas que somente o coração entende. Por isso, que fechamos: e se desse certo? Porque isso é universal, quem é que no mundo quando dá um presente, manda flores, convida para um encontro, oferece um vinho e escreve um poema, não quer que dê certo? Esse ensaio recebe o nome. Quisera, é o poema que por óbvio escolhi para abertura, quem já não quis que desse certo não é mesmo? O conjunto de poemas passam pelos mais variados gêneros e tempo, desde o maior sentimento do poeta, a Paixão, até a busca da fonte do Desejo na arte de Seduzir o Amor. Encontrando a Sedução. Entre os poemas da arte do amor, que é o cerne da poesia, às vezes bate a tristeza do poeta, poemas surgem retratando a Solidão, que em retiro pensa no amor de outrora, no amor do futuro. No amor de hoje, sensações retratadas em poemas em forma de Sonhos. Confesso que essa introdução se iniciou em novembro de 2000 e hoje em novembro de 2021, entrego ao mundo. Temístocles Telmo Tempo de Poesia E se Desse Certo?



Olympus Livro V Thessalia


Olympus Livro V Thessalia
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-10-12

Olympus Livro V Thessalia written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-10-12 with Religion categories.


60º livro do autor das seguintes obras, todos elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO “Durou apenas alguns dias / A nossa aventura de amor, / Cheia de sonhos e alegrias, / E noites de vinho e furor...” “Depois disto, jamais / Eu voltei, / E nunca mais / Eu a amei, / Pois se partiu / A ligação que havia, / Naquela noite vil / Soube que não mais me queria...” “A lente do amor distorce / Retorce / Uma imagem retocada / Desfocada / Descolorida / Desfalecida / Como se vida tivesse / E o amor de volta trouxesse” “Por onde estiveres, meu amor te acompanha, / Em algum rincão dessa Galáxia imensa, / Mesmo em alguma estrela estranha, / Sentirás contigo a minha presença!” “Que atitude tomar para retomar a vida / Que havia antes desse sentimento opressor? / Como dominar essa sensação oprimida / Que começou com a visita do amor?” “O que é essa incrível magia / Que me faz sonhar contigo, com ardor, / Por que me despertas tanta Poesia? / Acho que chamam isto de amor...” “Foi apenas uma casualidade, / Confundir paixão com felicidade, / Talvez tenha sido uma crise da meia-idade, / Esse amor que nem sei se foi de verdade.” “Saudade é isto que me dói / De janeiro a dezembro, / Saudade é esta dor que me rói / Cada vez que de você eu me lembro...” “Você é a única estrela de minha constelação, / E até o fim da vida quero seguir navegando / Nesse seu olhar que transborda emoção, / Onde vivo me perdendo e me encontrando...” “E rastros de poemas deixou / Em seus caminhos, mas você nem nota, / Nem vê a lágrima que brota / De meus olhos, quando em você penso, / A cada vez que perco o bom senso,” “Estou por aqui, sem promessas, / Caminhando com você lado a lado, / Juntando em silêncio as peças / De seu gigantesco quebra-cabeça, / Que seguirá me torturando, / Esperando que algo aconteça,” “E vem aquele dia em que as máscaras caem / E o que parecia um amor tão lindo vem abaixo / Descobre-se que os antigos amantes se traem / E o violino Stradivarius era um contrabaixo!” “E de repente, só resta a saudade / A lembrar de momentos esquisitos, / Onde só um lado abriu a porta, / E a outra permaneceu fechada, / Mas de que afinal isto importa, / Quando se chega ao fim da estrada?” “E, quando chegar o outono, em julho, / Tomaremos, na piscina, aulas de mergulho, / Depois iremos para a praia em agosto, / Para eu encharcar de beijos seu rosto, / E ao começar o verão, em setembro, / Esquecerei seu aniversário, que nunca me lembro,” “Ao longe, vejo tua imagem, / Devagar outra vez se afastando, / Meu olhar em teu vulto naufraga, / Indo em direção ao portão de embarque, / Embarcando para a mais triste viagem, / De mim novamente se distanciando, / Marcando-me de novo essa chaga, / Que não há quem desmarque!” “Foi apenas um sonho de verão, / Que desaguou nesse inverno, / Narrado em uma triste canção / Guardada no bolso de meu terno.” “Desde o início de tudo / Estava escrito que serias o escudo / Contra todos os meus medos / Que escorrem através de meus dedos / Nessas estranhas noites solitárias / Entre tempestades contrárias / Que me enchem de pavor / Nessas madrugadas cheias de horror” “Que peça foi esta que a vida me pregou? / Como eu poderia esperar, jovem como era, / Toda aquela confusão que o amor provocou, / Todo o torvelinho que de mim estava à espera?” “Nessa estranha ampulheta / Que controla meus minutos de dor, / Gravaste com tua própria caneta / Um recado de teu bailado opressor...” “E agora, o que eu faço, / Depois de ficar tão lasso, / Tão a você entregue, / Por muito que negue, / Ainda que quisesse / Dizer que você não me enternece, / Mesmo que não queira / Ficar com você a vida inteira?” “Afinal, como esperar de ti tal reação, / Logo tu, que tanto me desprezavas? / Como poderia esperar despertar teu vulcão / E responderes que também me amavas?” “Don’t turn out the light / Let me see you at all / And your eyes’ bright / Will witness my fall” “E, no momento em que eu fizer menção de ir embora, / Será que deixarias que eu apenas me fosse? / Ou será que perguntarias, em meu ouvido, a que hora / Voltarei para provar desse teu veneno tão doce?” “O que pensava ser um amor perfeito / Estava cheio de imensas crateras, / E por isto naufragou desse jeito, / Soterrando todas as minhas quimeras.” “Por mim, você pode ir para o inferno, / Talvez arranje por lá um demônio, / Ou pode ir para a Antártida no inverno, / Ou sufocar sob a camada de ozônio!” “Nossos encontros são sempre assim / Combinamos para irmos ao cinema / Mas vou ver Tarantino em Berlim / E você Woody Allen em Ipanema” “Fui eu quem lhe fez uma serenata, / Disfarçando a voz para não saber que era eu! / Por que você me trata com uma chibata, / Será que não quer um louco para chamar de seu?” “Deixe que eu lhe conte histórias / De antigos amores famintos, / Que deixaram saudades ilusórias, / Enquanto aguço os meus instintos, / Pois o que sinto por você já é quase amor, / Mas não vá embora ainda, / Fique mais algumas horas, por favor, / Já lhe disse o quanto você é linda?” “Desse crime cruel não me arrependo, / Mas na cadeia do amor perdido, às vezes me prendo, / E enquanto isto, vou vivendo assim, / A vida toda tentando sepultar você dentro de mim...” “Quero lhe roubar um beijo valente, / Caliente, / Denso, / Imenso, / Que lhe invada as entranhas, / E revitalize sedes estranhas, / Tamanhas, / E em tuas suaves montanhas / Deixe arrepios / E vazios,” “Nessas memórias que vêm não sei de onde, / Percebo que nós dois crescemos juntos, / Brincando de amarelinha e pique-esconde, / Sempre a inventarmos novos assuntos, / Indo juntos à sessão de cinema, / Comendo pipoca e tomando refrigerante, / Aprendendo e recitando um lindo poema, / Abraçando-nos e gargalhando a cada instante.” “Que decote é esse como nunca vi igual? / Como pode um busto ser tão belo, / Encimado por esse teu olhar fatal, / E enfeitiçado por teu vestido amarelo?” “Definitivamente eu a quero, / Mas não sei dizer o quanto, / Só sei que isto é sincero, / Por muito que me cause espanto!” “Não é justo, ouvir as suas risadas, / Enquanto meus soluços disfarço, / Sem nem notar as minhas mirads, / Ou sequer o meu sorriso esparso.” “O ruim de ter esses momentos redivivos / É sofrer de novo os mesmos martírios, / Todos os fantasmas voltam a ficar vivos, / A paz que alcancei, trocada por velhos delírios...” “E depois, tiras a última peça / E não há mais nada que impeça / De nossos corpos juntarmos / E um no outro nos encaixarmos, / Num vaivém que a noite assiste, / Durante o qual nada mais existe, / Exceto nós dois.” “Depois, / Diáfana, / Divinal, / Deixou-se despir, / Despojada de dúvidas, / Desvendando-se, / Devorando-me, / Devagar, / Dilacerante, / Doida de desejo,” “Como pode entre nós resistir / Assim toda essa cumplicidade? / Como pode nesse mundo cruel existir / Um amor que não se verga à maior tempestade?” “Nossos insensatos corações, / Por diferentes razões, / Um ao outro se ofereceram, / Mas depois disto só padeceram, / Tentando resolver seus conflitos, / Calando no silêncio seus gritos,” “Por que ela teve de ir e não voltar, / E depois daquela noite não mais a vi, / Em qual estrela terá ido morar, / Será que sabe que nunca mais a esqueci?” “Ficaste pregada a mim como uma maldição. / Ou talvez seja apenas uma eternizada paixão, / Pois até hoje minhas noites escuras iluminas, / Para sempre impregnada em minhas retinas...” “Desde quando me beijaste / Com teu toque me enfeitiçaste / E acabei virando esse triste traste, / Mas como te esquecer, se em tudo ficaste?” “Quando o verão chegar, será que voltas, / Ou seguirás tua fuga, enquanto o mundo dá voltas? / Enquanto sigo minha sina, escrevendo versos, / Terás me esquecido, entre braços perversos?” “Onde / Você se esconde? / E dos trilhos do bonde / A solidão me responde, / E, esperando que a noite me sonde, / A Escuridão comigo se corresponde, / Mas, por muito que a saudade me ronde, / Sigo a lhe buscar não sei aonde, / Enquanto o amor brinca comigo de esconde-esconde...” “Depois daquela noite tão linda / O destino nos juntou / Demorou tanto a tua vinda / Mas o amor para sempre nos ligou” “Pois isto é que me diz o meu instinto, / Talvez meu olhar tenha sido traidor, / E não é só isto que por você eu sinto, / Mas, se quiser, pode chamar de amor!” “E agora eis-me aqui tão exposto / Com essas marcas de insônia no rosto / A te encarar perplexo / E a murmurar versos sem nexo / Mas agora é tarde demais / Pois não haverá nunca mais” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida.” “E nos alvoreceres ou nos ocasos / Abre a porteira para a próxima estrada / No fim da qual a felicidade reside / E a tristeza não tem mais lugar / Pois a sua paixão com a minha se divide / Num reino eterno onde o amor foi morar” Falemos sobre um filme do Tarantino, / Em que gastaram toneladas de sangue, / Sobre um parente que morreu de modo repentino, / Ou de uma baleia que encalhou num mangue!” “Vives atrás de mim, com o dedo em riste, / Procurando minha agenda secreta, / Sem saber que ela sequer existe, / Mas quem te mandou amar um poeta?” “Então nos entreolhamos, perplexos e ruborizados, / Você a me encarar, com um sorriso inseguro, / Porque a amizade entre nós era tudo que havia, / E perguntou, suavemente: por que demorou tanto?” “Mas não pode ser você que voltou! / Deve ser outra que usa o mesmo frasco, / E que soube dessa saudade que me devastou, / E está aqui a me lembrar do meu fiasco...” “Você não percebe meus olhares perdidos, / Quando você passa por mim requebrando, / Nem desconfia de meus sonhos proibidos, / E eles continuam, só não sei até quando!” “E o primeiro beijo acontece, / E faz tremerem nossas estruturas, / Como se fosse causado por uma prece / Que unisse num instante duas criaturas...” “Esses muros que entre nós se seguem / São praticamente intransponíveis, / Mas tuas lembranças me perseguem, / Daqueles nossos momentos incríveis!” “Nossa história teve início / E também um meio, / Mas nunca teve final, / E deixou esse indício / De um breve passeio / Pelo espaço sideral,” “Naquele dia, eu me salvei do incêndio, / Onde nosso amor em cinzas se transformou, / E depois disto, escrevi um compêndio, / Sobre essa tragédia, que tudo mudou!” “Mas é uma pena você não me querer ao seu lado, / Pois sei que no fundo de mim você gosta, / Mas não sei porque, não quer me ver nem pintado, / Você é um enigma para o qual não tenho resposta!” “Como esquecer teu corpo indomável, / De nossas noites de beijos e vinhos? / Como olvidar teu sorriso indecifrável, / Como arrancar de mim teus espinhos?” “É nesse teu olhar que eu me banho / Para me livrar das tristezas diárias / É nesse brilho que vejo o tamanho / Dessas tuas paixões incendiárias” “A tristeza não vai embora, / Seu amor é o remédio que me cura, / Mas essa solidão sempre me aflora, / E me diz que esse mal não tem cura...” “Quando pela primeira vez eu te vi, / Teu sorriso invadiu meu castelo, / Derrubando fossos e muralhas, / E indefeso, então eu me ofereci / Para defender o teu corpo tão belo / Contra todas as espadas e navalhas.” “Junte-se a mim para cultivarmos um amor imenso, / Vamos juntos descartar o bom senso, / Pois amar nem sempre traz felicidade, / E às vezes, a paixão se converte em saudade, / Quando o amor se quebra em pedaços, / Quando você se fere com os estilhaços” “A vida nos quis desse jeito, / Um ao outro fazendo companhia, / Nesse nosso amor tão perfeito, / Para sempre, eu e a Poesia...” “O que é este súbito mal / Que às vezes me acomete, / Quando te vejo chegando, / Com esse teu sorriso fatal? / O que significa isto afinal, / O que é esse fogo que me derrete, / Quando te vejo passar rebolando, / Mais abençoada do que o Santo Graal?” “Em um ambiente bucólico, / No interior de um templo católico, / Escrevi um poema melancólico, / Cheio de um teor simbólico.” “Como adivinhar que nesse interno deserto, / No qual és apenas um vulto errante, / A minha dor é espalhada pelos ventos, / E, cheio de alimento, morro de fome?” “Entre nós, existe um muro, / Que ergueste ao teu redor, / Para nós, já não há futuro, / Conheço cada tijolo de cor!” “Mas o que eu podia fazer, / Se em ti o meu olhar pernoita, / Tentando em vão te acender / O fogo que em meu peito se amoita, / Nessa paixão maldita que só faz doer?” “Por favor, não duvide / Desse amor enorme, / Que com muros colide / Nesse tempo disforme, / De relações instantâneas / Que mal captam um flagrante / E paixões momentâneas / Que só duram um instante.” “E quando você me toca, / Não me provoca arrepios, / Mas meu olhar se desloca / Para onde correm seus rios! / E quando você me sorri, / Enfim eu me arrrependo, / E confesso que menti, / Pois a você eu me rendo...” “E onde havia dois hoje há quatro / A tristeza foi só o que restou / E de nossa paixão de teatro / Só uma cortina rasgada ficou” “No instante em que nossos olhos se cruzaram, / Soube que era contigo ou com mais ninguém, / Quando nossos olhares mutuamente se encantaram, / E depois nunca mais me encantei com alguém!” “Sometimes when I’m waked / I follow dreaming of you, / And there you’re are naked / With your eyes of blue.” “Depois de uma noite eufórica, / E de um último beijo apaixonado, / Deixe-me dormir sob suas pupilas, / Iluminado pelo seu lindo sorriso! / E, se eu não despertar nunca mais, / Que jeito mais feliz de morrer...” “Há tantas nuances / Contidas em romances / Que pela vida se arrastam / De amantes que não se afastam / Entre idas e vindas / E esperanças infindas / Mensagens perdidas / Ligações interrompidas” “Nessa sinistra ciranda, / Parece que a vida espera que eu aprenda / Como me livrar dessa tristeza infinda, / O amor com minha solidão tirando onda, / Nessa desilusão tão profunda!” “Bailemos juntos por esse lindo salão / Onde a noite enluarada nos reuniu, / Nessas horas em que reina a paixão, / Numa oportunidade como nunca se viu.../ E, quando a alvorada nos separar, / Voltaremos a ser o que sempre fomos, / E nunca mais outra vez seremos um par, / Tão enamorados como hoje o somos...” “Hoje, o dia depois de ontem, / Sob as bênçãos desse lindo luar, / Aguardo que mansamente despontem / As lágrimas suaves que insistem em rolar, / Em cada noite solitária que se inicia, / Sem ter hora para terminar, / Depois de mais um longo dia, / Até que o Sol emerge do mar...” “Coloco minha melhor roupa para te ver, / Ponho um terno, passo perfume francês, / Mas sou como um livro que não queres ler / E passo despercebido de ti outra vez! / Mas não desisto, e continuo em vão a tentar, / Que um dia a te encarar teu olhar me flagre, / E com esses olhos cheios da magia do luar, / Leias enfim nos meus esse verdadeiro milagre!” “Descuidei de você, perdi seu amor, / E descobri apenas tarde demais, / Que o amor não passa de um predador, / Um navio que se recusa a deixar o cais!” “Ela me ouviu dando risada, / E quis saber se o motivo dessa alegria / Tinha alguma coisa de seu! / Respondi: queria que fosse por você provocada, / Como quis até ontem, em cada dia, / Só que nunca aconteceu! / Mas foi só um beijo apaixonado e ardente / Que a noite me deu de presente...” “E serei para sempre incompleto, / Tentando remendar esse pedaço sumido, / Que se foi, como se fosse um mero objeto, / Deixando para trás um coração ferido! / Nessa vida que desmoronou, / Minha desilusão anda em alta, / E você é o pedaço meu que falta / Pois se foi, e nunca mais voltou...” “Mas no fundo sei que não adianta / Fazer de conta que não te amo / Pois minha sede de ti é tanta / Que quando durmo eu te chamo / Inutilmente pois estás tão longe / Como seria possível estar / E minha sina parece a de um monge / Que fizesse preces a Deus e ao luar” “Só restou a saudade onde havia o amor, / E essa triste ausência de nós / Até que eu morra me assombra, / E talvez também me assombre depois! / Isto é terrivelmente assustador, / E me conduz a um fim atroz, / Num abismo onde fica essa sombra, / Que foi o que sobrou de nós dois!” “E foi assim que sempre vivemos, afinal: / Um barril de pólvora sempre a explodir, / Mesmo pelos mais insensatos motivos, / Agora aqui estamos, vendo a morte eclodir, / E este é o último instante em que estamos vivos, / E então você me beija, cravando-me o último punhal...” “Esse teu mágico olhar telepata / Todos os meus segredos desvendou, / E quando estamos juntos me arrebata / E confesso que, sem ti, nada sou...” “Talvez tenha sido num sonho poético, / Que acabou se tornando profético, / Pois aqui está você, para mim sorrindo, / Usando o seu sorriso mais lindo, / Com esse olhar cheio de promessas, / Encaixando com ele as últimas peças, / Depois de um período assustador, / De meu último quebra-cabeça de amor...” “Ali reprimidos, esperando que alguém tocasse / Com um olhar apenas aquele fogo na face, / Que em um instante inesperado se revela, / Quando surge da forma mais bela, / Puro, inocente, apenas uma crisálida, / Despertada da maneira mais cálida / Por um tão aguardado olhar sedutor, / Para se tornar a borboleta que chamam de amor...” “A paixão deixa cicatrizes como um açoite, / Que se compraz em deixar suas marcas, / O amor chega do mar junto com a noite, / E nos leva a passear em suas barcas...” “Onde foi que você deixou / A felicidade que me escondeu, / Para onde foi que você levou / O beijo de amor que nunca me deu? / Onde foi que você cravou / O prego que de meu peito recolheu, / Por onde foi que você espalhou / As folhas do livro que você nunca leu?” “Eu te amo, mas não te quero, / Sei que parece loucura, / Mas é assim que me sinto, / E nada acontece como espero, / Sua presença me tortura, / Longe de você fico faminto!” “E, nesse passeio lindo que saboreamos, / Faz de conta que sou o seu cavaleiro andante, / Cavalgando num dragão aéreo, / Enfrentando com coragem o uivo dos ventos, / Desfilando esse amor que se tornou um mito, / A bordo desse lindo balão etéreo, / Que desafia cumulus nimbus cinzentos, / E a leva sem destino rumo ao infinito...” “Ando tendo pensamentos impuros / Em relação a ela / Sonhando em vê-la em quartos escuros / E com sua lingerie amarela / Quem sabe se mostrar minha expertise / Em escrever poemas românticos / Ela se anime a me fazer um strip-tease / Seguido de beijos quânticos” “Não sei como curar essa cegueira, / Que faz com que você não note / Como vê-la me provoca uma tremedeira, / E que um novo poema de repente me brote...” “Esses pingos de chuva na janela / Sempre fazem que me recorde dela / E dos riscos molhados em sua face, / Esperando que seu amor retornasse.” “Porque este era o nosso destino / Inexplicável como os grandes amores o são / Quando não se acabam num desatino / Mas numa incontrolável paixão / Como essa nossa aventura em carne e osso / Cujas lembranças em mim para sempre ficaram / E por alguns dias saudosas marcas no pescoço / E outras na alma que nunca mais se apagaram” “É tua a culpa / Por meus olhos inchados, / Pela lassidão que ocupa / Os meus membros cansados. / São por tua causa / Esses poemas que escrevo, / Sem nenhuma pausa, / Onde minha dor descrevo.” “Quantos segredos precisarei descobrir? / Quantos brontossauros renascerão no mar, / Quantos unicórnios deverão ressurgir, / Quantos sonhos enterrará este sonhador, / Quantos poemas deverei escrever para ti somente? / Será que para ver brotar em ti o amor, / Será preciso que eu te reinvente?” “Esse nosso encontro, por Deus programado, / E não me olhe como se disto descresse, / Pois esse olhar fatal entre nós estava marcado / E um dia teria mesmo de acontecer, / Pois em meus sonhos eras onipresente, / E eu tinha certeza que um dia te encontraria, / E, hoje, que o céu te enviou para mim de presente, / Não negues que eu te encaixe para sempre em minha Poesia!” “Por que não me medicas / Com uma transa vibrante? / Por que não me suplicas / Para ser para sempre teu amante? / Por que não me replicas / Com um abraço sufocante? / Por que não classificas / De amor nossa aventura errante?” “Joguei para o ar tantas quimeras, / Que alçaram voo, e não voltaram, / Vi fugirem tantas primaveras, / Onde as flores que amava não voltaram...” “Nesses teus olhos cravejados de astros, / Meu olhar poético passeia, sonhador, / Tentando encontrar os doces rastros / De algum perdido rastilho de amor... / Mas esses teus olhos sedutores / Ocultam bem de mim seus segredos, / E parecem não perceber que são causadores / Dos versos que se derramam de meus dedos...” “Essa fonte que agora ouço murmurar / Versos e canções tão belas e tristes, / Descubro que de teus olhos está a jorrar, / Vertendo essa dor da qual não desistes. / E quando essa suave fonte seca, / Então o silêncio de novo impera, / E a noite estupefata vem e checa / Por que insistes nessa inútil espera.” “Em meio àquela tempestade terrível, / Aquele seu sorriso enorme me cativou, / E parei em sua frente, debaixo da chuva, / Olhando para você sem dizer nada, / Hipnotizado de uma forma incrível, / E comprovei que você me enfeitiçou, / Quando seu beijo me vestiu como uma luva, / E invadiu meus sonhos desde a sua chegada...” “E, ao fim desses loucos passeios, / Você me leva para o seu quarto, / E desnuda devagar os seus seios, / Dos quais jamais ficarei farto! / O mundo joga seus dados soturnos, / Enquanto a mim você se rende, / E, nesses nossos jogos noturnos, / A Poesia, ruborizada, conosco aprende!” “Por que você não deixa / De sugar todo o meu sangue, / Deixando-me assim exangue, / Murcho como uma ameixa?” “Pois fico atrás de você, submisso, / Esperando para você me dar mole, / Mas só você ainda não sabe disso, / Não vê meu olhar que a você engole, / Nem o meu sorriso de presa fácil, / Esperando a chance para lhe dar o bote, / E colocá-la como rainha em meu palácio, / Onde seu olhar brilhe como um archote,” “O Mal está por aí à espreita, / Os olhos dele são implacáveis, / A tragédia conosco se deita, / Nessas noites inexplicáveis! / Caçadores andam pelas noites / Atrás de suas presas humanas, / Amantes portam balas e açoites / Debaixo de suas camas profanas!” “Senti-me como se estivesse sonhando acordado, / Flutuando entre nuvens em plena rua, / No meio de um trânsito caótico e assustador, / Mas tudo o que via eras tu ao meu lado, / Encantando-me com cada risada tua! / Serão esses os sintomas do amor?” “Só tu me deixas assim, / Tão perto do abismo / E tão distante de mim; / E teus olhos cheios de lirismo / Os meus sonhos pervertem, / E para ti os leva, / Enquanto meus olhos vertem / Esse amor que me subleva” “Depois dessa noite, exaurida, / Você iria se arrepender / De nunca ter me querido em sua vida, / Até perceber o que iria perder. / Mas aí, já seria tarde demais, / Pois não quero com você ter um caso, / Apenas uma vez, depois nunca mais, / Mesmo se depois nos encontrarmos por acaso.” “Talvez um dia / Quando eu já houver partido / Você descubra os poemas proscritos / Onde lhe revelo todo o amor que sentia / Por esses versos frágeis vertido / Nos doces sentimentos por você ali descritos...” “Acreditarias se eu te confessasse / Que sou um escravo da saudade? / Corresponderias se eu te beijasse, / Como morro de vontade?” “Agora me repreendo, como posso ter sido / Desta forma tão cego e tolo, / Como pude não ter percebido / Aqueles teus tantos sinais? / Mas isto não me serve de consolo, / Pois não te verei nunca mais...” “Como duvidar que o amor existe / Se eu o vejo todos os dias? / Como duvidar que o amor resiste / Às tempestades mais sombrias?” “Arranjei uma nova tática / Para chamar a tua atenção / Mas não sei se é prática / E se tem alguma razão / Essa ideia errática / Que já me trouxe aflição / Pois depois que fizeste plástica / E ficaste com esse corpão / Mesmo com minha mente elástica / Corro o risco de levar um bofetão” “Qual é o teu doce mistério / Por que me encantas? / Eu que era tão sério, / Não sei porque me espantas / E em teu rastro me levas, / Como é que me fazes / Confrontar minhas trevas / Com teus olhos audazes?” “Kiss my lips / Like you never did / Make a little apocalypse / That you had always forbid” “Tudo o que me resta / É fazer de conta / Que não mais a quero, / Mas uma lágrima como esta / Que dos meus olhos desponta, / Tonta, revela que não sou sincero...” “Já não há mais chance de salvação, / Inoculamos raiva por simples contágio, / A insensatez tomou o lugar da razão, / Mesmo antes do derradeiro naufrágio!” “Adeus, meu derradeiro amor, rasgue esses versos, / Depois de ler esse desesperado e último apelo, / Uma triste despedida, antes dos dias perversos, / Pela frente, até que a morte encerre esse pesadelo!” “Mesmo que por esse beijo me condene, / Lembrarei dele eternamente, pois sei / Que será uma lembrança perene / Do único beijo que um dia lhe dei...” “Num instante se desfez em pó / Tudo o que entre nós existia, / E cada um de nós ficou só, / Como antes era tudo que havia!” “Quem sabe o remédio esteja ao meu alcance, / E baste um sorriso seu para me medicar, / Ou um olhar devastador, mesmo de relance, / Seja tudo de que preciso para me curar?” “Nunca te disse o quanto me encantas, / E sonho em juntar nossas línguas sedentas, / Para fazer com que por horas sintas / Todo o prazer que nunca me contas, / E responder o que não me perguntas...” “Onde mais eu poderia encontrar / Tanta força para me redimir? / Nos braços de quem iria acordar / Antes desse submarino partido submergir?” “Olhei para você e pedi desculpa, / E você respondeu que era só o destino / E que nenhum de nós dois tinha culpa, / Aquele brilho a jorrar de seu olhar cristalino! / Não percebi e nem liguei quando meu voo partiu, / De tão tomado que estava por tanta paixão, / Pois encontrei um amor como nunca se viu, / E tudo aconteceu num bendito esbarrão...” “E, nesses momentos onde fico tão frágil, / Tudo o que eu queria era lhe dar um abraço / E um beijo que lhe transmitisse amor por contágio, / E então lhe confessar que, sem você, nada faço!” “Vacinei-me um dia contra você, / Mas a vacina deu efeito contrário, / Pois as cepas inoculadas de seu vírus / Destruíram de uma vez, não sei porque, / Minhas defesas contra esse amor lendário, / Contra o qual foram inúteis juras e tiros!” “Vendi um pouco do amor que não tenho, / E entreguei apenas uma parte, / Pois do lugar de onde não venho, / Enganar é uma forma de arte.” “És para mim um enigma sem solução, / Não encontro a resposta para essa charada, / Sempre que me vês, dás sinais de irritação, / Mas quando não estou olhando, sinto tua mirada!” “E, quando éramos adolescentes, / Algo então começou a mudar, / Você já não era minha amiga somente, / Andávamos de mãos dadas sob o luar...”



G Tas De Poesia


G Tas De Poesia
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Author : Jorge de Faria Góes
language : en
Publisher:
Release Date : 1965

G Tas De Poesia written by Jorge de Faria Góes and has been published by this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 1965 with categories.




Luar De Outono


Luar De Outono
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Author : Cassius Iordano
language : pt-BR
Publisher: Chiado Brasil
Release Date : 2021-01-18

Luar De Outono written by Cassius Iordano and has been published by Chiado Brasil this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-01-18 with Poetry categories.


Luar de outono, de onde versos caem é uma coletânea de poemas escritos em versos livres divididos em seis partes que se entrelaçam num percurso poético do eu lírico, que parte de um profundo desgosto com a superficialidade mundana, que o leva à indiferença e ao tédio até encontrar a Arte, quando se compara às musas: "Eu mesmo [...] sou virgem/Não da beleza, mas sempre do assunto/Do declínio que eu guardo, a minha vertigem" (Outono – Musas). O livro inteiro é uma espécie de reflexão poético-filosófica em versos pingados de referências a obras clássicas, recontextualizadas inovadoramente. Neles, o poeta canta o bem e o mal, o sentido da vida, a liberdade humana, o conhecimento e as crenças, o amor, a linguagem e a própria poesia. As imagens vívidas e os paradoxos inusitados contribuem para que o leitor se sinta como o poeta, mergulhe com ele em "águas insípidas" de questões ontológicas e passe a falar com ele a língua do verso: "Quando estivermos destoantes.../Falemos a língua do verso". (52 Hetrz - As correntes gramaticais).