[PDF] Malangue Malanga - eBooks Review

Malangue Malanga


Malangue Malanga
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Malangue Malanga


Malangue Malanga
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Author : Wilson Alves-Bezerra
language : pt-BR
Publisher: Iluminuras
Release Date : 2021-05-21

Malangue Malanga written by Wilson Alves-Bezerra and has been published by Iluminuras this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-05-21 with Poetry categories.


"Compreensão é miragem", diz Wilson Alves-Bezerra no prefácio de seu diário/delírio de viagem por diferentes línguas e culturas que se misturam a ponto de não sabermos mais onde estamos e em que língua (e sobre o que) lemos. Aliás, pergunta-se o poeta, "cuando uno no está en su lengua materna, donde estará?". O taxista somaliano, de Malangue Malanga, está na terra do Tio Sam e conta, em inglês, que no seu país reza para Deus na mesma língua em que luta contra seus irmãos. Como compreender esse e outros paradoxos? Como compreender que "o culto irrestrito à liberdade encontra um limite na terra onde o chão não é meu, pero se disse que es nuestro"? A liberdade tem uma fronteira na terra, mas não na língua: com a língua, fazemos o que queremos, afinal, "cada um fala a língua que pode, e não se entende mesmo assim. Com as mezcla das mistura, ai sempre algo que se diz, algo que se perde, algo que se gana, algo que se desenganará". E voltamos então ao começo: "compreensão é miragem", ou, como diria Haroldo de Campos em Galáxias, "meço aqui este começo e recomeço". O diário de Alves-Bezerra é uma galáxia à moda Haroldo de Campos, mas uma galáxia que quer que a América Latina seja seu centro (ou melhor, a sua Via Láctea), unida pelo portunhol. Bezerra dialoga, é claro, com Wilson Bueno, Douglas Diegues e outros escritores que se dedicaram e se dedicam ao portunhol, língua franca que torna completamente porosa a fronteira do Brasil com o mundo. Mas a galáxia do poeta se expande para outras experiências linguísticas, como o spanglish, um francês macarrônico e mesmo um português que está longe de ser homogêneo. Chega-se, assim, a uma "No man's langue" que, por não pertencer a ninguém, abre as portas para todos. No português galáctico de Wilson Alves-Bezerra, fala-se infinitamente, mesmo quando se exige que a boca se feche. A avó, a tia e a mãe falam: "Fermez la bouche la langue la mouche. La buela cora zón no para. La tía cora cornalina. La madre cora som bandido". É a impossibilidade de calar que mantém a língua viva, mesmo que haja nela censuras, pois, na "orgia de silêncios", ecoam sons, aliterações e assonâncias, como "uma sirena urbana, una sereia humana, que trina o apita o llora del otro lado da rua". Um silêncio para se ouvir, um ruído musical. Essa é a língua que "a sombra do general" latino-americano ameaça, que a violência social quer calar, mas que, assim mesmo, é celebrada neste livro: "É o fim dessa lenga língua, da litania, do miserere da matilha, da novena, da dezena, da centena, da milícia. Celebrai a inutilidade da poesia". Dirce Waltrick do Amarante Sérgio Medeiros



Malangue Malanga


Malangue Malanga
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Author : Wilson Alves Bezerra
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2019

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Chad


Chad
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Author : United States Board on Geographic Names
language : en
Publisher:
Release Date : 1962

Chad written by United States Board on Geographic Names and has been published by this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 1962 with Chad categories.




Catalog Of Copyright Entries


Catalog Of Copyright Entries
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Author : Library of Congress. Copyright Office
language : en
Publisher:
Release Date : 1975

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Vertigens


Vertigens
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Author : Wilson Alves-Bezerra
language : pt-BR
Publisher: Editora Iluminuras Ltda
Release Date : 2015-07-31

Vertigens written by Wilson Alves-Bezerra and has been published by Editora Iluminuras Ltda this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2015-07-31 with Poetry categories.


Como se Raduan Nassar - esse filho de libaneses que fez poesia do romance - fosse recriado na procacidade do vidrinho do argentino Luis Gusmán, os fragmentos de Vertigens despejam as suas imagens a partir de uma erótica que mama de vários leites estrangeiros e, centralmente, da poesia como estrangeira da língua, ou da poesia entendida como exercício de "exílio" da prosa. O resultado: um português gozosamente inventado e, portanto, desencaixado de todo imaginário de correção e regionalização, dúctil para acompanhar a fluência de cenas de uma corporalidade fugidia e nua. Poderíamos nos perguntar se, em Vertigens, os corpos são a língua (puro imaginário) e os corpos habitados pelo desejo a poesia, mas a vertigem está aqui precisamente na nunca tornada ilusão de movimento, na imobilidade de um corpo que vê-se, contudo, sacudido pelo movimento, tropo, da metáfora. Então: nada de respostas, nada (o quase nada) de enredo ou de intrigas. Fita e não filme, Vertigens opera então, nas caminhadas desse olho algo reflexivo, certa persistência, um ritornello pelo qual o antropofágico final poderia se colar ao inicio, como se nada finalmente tivesse acontecido e a instantaneidade da imagem ganhasse da progressão da prosa, pois sempre houve aqui menos uma amalgama que uma luta amorosa, o impossível acasalamento ou copula do corpo e da letra, impossibilidade que impulsiona o desejo e que convoca não só (algo neobarrocamente) os materiais escorregadios (lesma, salivas, geleias) que neste percurso (ao gosto do leitor) vamos tocando, mas principalmente a própria língua, fluida e aberta a um dizer poético do mundo. - Pablo Gasparini Professor de literatura hispano-americana da FFLCH-USP





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Author : Evgeniĭ Vladimirovich Wulff
language : ru
Publisher:
Release Date : 1969

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Dedos Impermitidos


Dedos Impermitidos
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Author : Luci Collin
language : pt-BR
Publisher: Iluminuras
Release Date : 2021-05-05

Dedos Impermitidos written by Luci Collin and has been published by Iluminuras this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-05-05 with Fiction categories.


Luci Collin vem construindo uma obra vasta e intensa nos últimos anos, sobretudo no vigor poético da sua prosa. Não quero com isso sugerir uma dicotomia simples entre prosa e poesia; mas, em sua escrita múltipla, Collin de fato tem uma voz razoavelmente unificada e estável nos versos, ao passo que na prosa realiza uma verdadeira explosão de modos, ritmos, tons, personas, que vão construindo a cada peça toda uma nova história da linguagem possível e impossível. É como se seus versos fossem uma faceta possível em seu leque amplo, dentre as muitas que na prosa podemos ver mais facilmente. Isso é um verdadeiro tour de force das potencialidades na escrita, ainda mais num país que historicamente aposta tanto em certo estilo jornalístico e insosso atrelado a um realismo triste do terceiro mundo. Collin parece recusar qualquer uso de uma linguagem pré-fabricada, bem como as noções caducas de realismo. Para se ter uma ideia disso, basta comparar os primeiros contos desta nova coleção como amostra da paleta: "Intro-" se desenvolve pelo coloquial quase-falado da narração em primeira pessoa, que conta em deriva uma tentativa fracassada de comprar um sofá no shopping; "Florilégio" se volta para a narrativa em terceira pessoa, numa descrição incômoda da vida como monstruosidades compiláveis e intermináveis dispostas em herança, a partir da vida de uma mulher; já "Da capo" parece um poema em prosa, com sintaxe longa, subordinadas angulosas e vozes entremeadas quase sem pontuação, numa pequena selva barroca em forma musical. Essa vertigem vai se desdobrar ao longo de todos os contos destes Dedos impermitidos, porque cada um deles é uma vida única, ou um conjunto complexo de vidas atravessadas como linguagem, levando ao extremo a ideia de polifonia tal como a encontramos em Bakhtin, num só gesto que abraça o riso e o trágico, como no esfacelamento amoroso de "Sol pertencente", o banal e o absurdo nos vários narradores da vida de Jonathan Swift em "O deão não rasteja", ou a complexa sobreposição de camadas do belo "Divinatório". Mas isso não tem o menor gosto de comprovação teórica; pelo contrário, Luci Collin expressa um olhar muito atento ao mundo em volta, seja para recontá-lo, seja para recriá-lo. Isso tudo com sua devida abertura ao inacabado, como podemos depreender das palavras do narrador de "Absoluta depuração" último conto do livro: "Ainda faltará falar de muitas coisas. Tudo é alusivo". Sim, alusivo e misturado, como quem renova a receita a partir de ingredientes conhecidos. "Nunca fui de inventar prato novo. Conferi os itens na despensa." Essa conferida refinada, essa mistura inusitada é prato mais que necessário de Collin: frescor de língua viva e que demanda relações. Guilherme Gontijo Flores



P Len


P Len
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Author : Friedrich von Hardenberg Novalis
language : pt-BR
Publisher: Iluminuras
Release Date : 2021-05-14

P Len written by Friedrich von Hardenberg Novalis and has been published by Iluminuras this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-05-14 with Philosophy categories.


Um fragmento tem de ser, igual a uma pequena obra de arte, totalmente separado do mundo circundante e perfeito em si mesmo como um porco-espinho. Friedrich Schlegel (fragmento de Athenaeum, n. 206) O porco-espinho – um ideal. Novalis (anotação à margem do fragmento supra) Seleção dos escritos filosóficos de Friedrich von Hardenberg / Novalis (1772-1801), centralizada na célebre coletânea Pólen, publicada em 1798 na revista Athenaeum, de August Wilhelm e Friedrich Schlegel. Com base na edição crítica de Paul Kluckhohn e Richard Samuel (Novalis Schriften, v. II, 1981), este volume procura oferecer, numa tradução possivelmente literal, um conjunto de textos que permita reconhecer, para além dos desfiguramentos e das imagens feitas, o pensamento original de Hardenberg nessa fase como, por exemplo, a diferença entre sua concepção de "fragmento" e a de Schlegel, que explica não só as mudanças feitas por este no texto publicado de Pólen, como o desmantelamento dos conjuntos de fragmentos e sua publicação em ordem arbitrária já nas primeiras edições (póstumas) das obras completas de Novalis. Os textos, publicados na ordem original dos manuscritos, são acompanhados por notas indicando fontes, referências, variantes principais, reduplicações ou supressões; e por uma apresentação destinada a situar o autor, sua época e seu ambiente intelectual, analisar a gênese da forma "fragmento" e historiar as peripécias de edição e interpretação que trouxeram até nós a imagem de um Novalis sentimental, fragmentário e etéreo, que agora vem sendo substituída pela do pensador rigoroso, articulado e fértil. Além de apresentar Hardenberg filósofo aos leitores de língua portuguesa, este livro é também, portanto, uma tentativa de mostrá-lo em sua imagem autêntica, confirmando a observação de Richard Samuel: "O resultado principal dessas novas investigações do material manuscrito é que a obra filosófica de Friedrich von Hardenberg é, interna como externamente, muito mais coerente e sistematicamente entretecida do que se reconheceu até agora".



Ato Po Tico


Ato Po Tico
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Author : Marcia Tiburi
language : pt-BR
Publisher: Oficina Raquel
Release Date : 2020-03-26

Ato Po Tico written by Marcia Tiburi and has been published by Oficina Raquel this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-03-26 with Poetry categories.


Manifestação antifascista com cerca de 70 escritoras/es na forma de livro de poemas. Neste livro encontra-se gente que escreve. É uma nossa condição. Humana. E essa condição é política, queiramos ou não. A política, nestes tempos (assombrados? Assassinos? Desonestos?) em que muito do que nos assola quer justamente dirimir a força da política através da encenação de uma não política que é, no fundo, a pior espécie de política, precisa ser refeita. Escrita, reescrita. Com mãos e vozes que intervenham, pensem e se deixem afetar, propondo possibilidades novas de comum. Este tempo o exige.



O Salvador Do Mundo


O Salvador Do Mundo
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Author : José Roberto Aguilar
language : pt-BR
Publisher: Iluminuras
Release Date : 2021-05-06

O Salvador Do Mundo written by José Roberto Aguilar and has been published by Iluminuras this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-05-06 with Fiction categories.


Do alto dos seus 80 anos, Aguilar consegue mais uma vez se superar e nos surpreender, como tem feito desde os anos 60 na pintura, escultura, performance, música, videoarte e literatura — de onde brota agora O Salvador do Mundo, seu sexto livro, como uma cápsula de otimismo nesses tempos duros de pandemia e destruição; um bem-vindo happy-end ao filme de terror. Com uma linguagem direta e ágil, de frases curtas, que lembra o estilo dos romances modernistas de Oswald e Mario de Andrade, Aguilar tece a trajetória de um personagem que se desdobra em vários, descobrindo-se e autotransformando-se sucessivamente, numa saga iniciática que flui como um filme de ação, pontuado por referências culturais — dos clássicos ao pop, da filosofia ao cinema, da música erudita à popular, dos antigos aos modernos, do ocidente ao oriente — que irrompem como portas no corredor do enredo. Inicialmente impermeável a qualquer emoção (incluindo cores, olfato, tato ou prazer sexual), o protagonista passa a representar a si mesmo para os outros, aparentando normalidade. O impressionante é ele ter consciência de sua condição ("eu simplesmente não tenho nenhum sentimento dentro de mim"), ao contrário de Truman (do filme The Truman Show), por exemplo, onde o protagonista era o único a não saber que vivia um grande simulacro. Misto de fábula, aventura, romance policial, reflexão filosófica e ficção científica, O Salvador do Mundo realiza a proeza felina de narrar sete vidas em uma — Zé da Merda, José de Almeida Silva, José Lourenço Pinheiro, Parakê, Zé das Flores e O Salvador do Mundo (habitante do lixão, contrabandista, aluno de filosofia, advogado e contador, ator, ecólogo indigenista, inovador tecnológico) — percurso que metaforiza uma espécie de caminho da iluminação — do vazio interior ao aprendizado das emoções (através da natureza), do sentir ao ser (através do feminino) e do ser ao ser outro (através da tecnologia). A passagem de Zé da Merda para Zé das Flores, como um avesso da equação de João Cabral em sua Antiode ("poesia te escrevia: / flor! conhecendo / que és fezes"), faz a transição da representação para o ser — o que nos remete à experiência de Aguilar com a linguagem da performance, que não se propõe a representar de um papel, como no teatro, mas a assumir a presença integral, com toda a intensidade possível, nas situações inusitadas vividas em público. Não à toa, quando começa a desabrochar para sensações e sentimentos reais, o protagonista abandona o sucesso que vinha obtendo como ator num grupo de teatro, onde aperfeiçoara a dissimulação da vida interior que lhe faltava. Os nomes que o pajé da aldeia indígena que ele então visita dá a suas duas metades (a que está presente e a que lhe falta) — Parakê e Ionusé — formam um verdadeiro haikai metafísico, no qual se relacionam pergunta e resposta, razão e sensação, cultura e natureza: "— para quê? / — yo no sé". A partir dessa revelação a linguagem parece encarnar a busca do personagem, em digressões como a conversa com o boto, os pensamentos dele em primeira pessoa, a viagem virtual com a máquina de indução neural, até a surpreendente salvação do mundo. Ao substituir "pátria" (da expressão-clichê "salvador da pátria") por "mundo" no título de seu livro, Aguilar lança sua flecha para além dos nacionalismos anti-imigratórios, negacionistas e neonazistas que empesteiam a humanidade. Num tempo em que assistimos a uma inversão radical de valores, tempo de fake news e cultura do ódio, quando os atos mais sórdidos são naturalizados, onde o execrável é aplaudido e o que era motivo de vergonha se torna razão de orgulho, Aguilar nos presenteia com esse triunfo da improvável empatia contra a crescente insensibilidade. Arnaldo Antunes