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Sob O Olhar De Um Poeta 2


Sob O Olhar De Um Poeta 2
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Sob O Olhar De Um Poeta 2


Sob O Olhar De Um Poeta 2
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Independently Published
Release Date : 2022-10-05

Sob O Olhar De Um Poeta 2 written by Marcos Avelino Martins and has been published by Independently Published this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2022-10-05 with categories.


115° livro do autor das séries "OLYMPUS" (13 volumes, com 300 poemas em cada) e "EROTIQUE" (10 volumes, com 50 poemas em cada), sendo outros 113 deles publicados na Amazon. Alguns trechos: "Meu cérebro pratica (R)evoluções poéticas, Criando versos ardentes Que ousam girar Ao sabor das rimas Ou da sonoridade," "A 24a hora do dia É quando eu te encontro Em meus sonhos incríveis, Onde reina a Poesia, E não esse amargo desencontro Desses anos horríveis." "Ah, ausência que me devora, Por que ainda devo guardá-la, Se até hoje ainda me apavora, Essa saudade que me apunhala?" "Depois do vendaval que nos separou, Levando consigo histórias e destinos, Como limpar a bagunça que o vento deixou, E junto esquecer os nossos desatinos?" "Ah, quanta falta você me faz! Que saudade tenho de seus braços, De nossas loucuras na cama... Você se foi e levou minha paz, Deixando os meus olhos baços, E a tristeza que de meus olhos derrama!" "Naquela noite silente, tanto tempo atrás, O seu olhar ardente tirou minha paz E fez-me compreender que nada mais existia Que pudesse conter tanta Poesia..." "Bebi da fonte do lirismo, E dele minha Poesia foi irrigada, Irremediavelmente contaminada Por todo esse romantismo Que de meus versos agora emana, Durante toda a semana, Em doses colossais" "Naquela noite, toda a magia se desfez, Desvaneceu-se, corroída até o osso, E nunca mais apareceu outra vez, Pois foi sepultada no fundo de um poço, No instante em que você foi embora, Levando consigo minha última ilusão, Deixando-me do jeito que estou agora, Em companhia de minha solidão..." "Mas a verdade irrefutável É que aqueles poucos felizes dias, Em que vivemos um amor memorável, Hoje vivem apenas em minhas fantasias, E lá permanecem, indelevelmente, Apenas se passaram naquele inesquecível verão, Pois os acontecimentos dessa história recorrente Permanecem em meus versos, mas jamais voltarão..." "Com você, foi-se tudo o que era bom, Exceto a Poesia, mas o que me importa? Tudo o que eu queria era ouvir o som De sua chave outra vez girando na porta!" "A solidão me espreita Do lado de fora da janela, Nessa ilusão desfeita Na noite imensa sem ela..." "Nesse lindo mundo Que habita Bem lá no fundo De seu infinito olhar, Uma pergunta transita, Docemente a me indagar Se é mesmo amor O que por você eu sinto," "Você é o vício que não consigo deixar, E nem se quisesse jamais largaria, Pois como viveria sem poder lhe beijar, Onde mais minha Poesia se abrigaria? Seu sorriso é desafiador, indomável, Você é o repositório onde meu olhar se escondeu, Você será sempre a pergunta indecifrável Que o Universo nunca me respondeu..." "Então, em nossa Galáxia obscura, Restará de nossa linda aventura Apenas mais um minúsculo mundo, A deixar marcas no espaço profundo De nossas humanas recordações E de tantas perdidas ilusões..." "A vida é um imenso mosaico, Cheio de intrincadas peças, Que se diverte, de modo prosaico, Em nos fazer ignorarmos nossas promessas!" "Deixa eu me perder provando o teu orvalho, Na imensa secura das manhãs de Agosto, Segura com tuas mãos meu cabelo grisalho, E beija-me depois, para sentir o teu gosto..."



Um Adeus Com Hora Marcada


Um Adeus Com Hora Marcada
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2023-05-16

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128o livro do autor de “Quando sua ausência era tudo que havia” (contos e crônicas), e outros 126 livros de Poesia, entre eles “Os oceanos entre nós”, “Aquela noite do adeus”, “Apenas um contador de histórias”, “Ciranda poética”, “Resquícios de um sorriso teu”, “Sombras que restaram de nós”, “Histórias que a noite nos traz”, “Vestígios de um fogo que se apagou”, “Artífice de versos”, “Essa sombra em teu olhar”, “O tempo, esse carrasco”, “Os olhos mágicos da Poesia”, “Versos que jamais esqueci”, “Lágrimas proscritas”, “Uma hora antes do fim”, “Per...versos ao anoitecer”, “Estilhaços de poemas”, “Todas as estações da alma”, “Lembranças de um futuro distante”, “Ao doce som de um bolero”, “Náufragos na noite sem fim”, “A fonte do lirismo”, “Memórias de nunca”, “Um grito preso na alma”, “Nos olhos de um poema”, “Em alguma outra Galáxia”, “As lágrimas que não secaram”, “Viagem ao fundo do olhar”, “A questão que não sei formular”, “As luas que no céu flutuam”, “O doce uivo dos ventos”, “O destino não manda mensagem”, “Micro Uni-versos” (250 poemas curtos), “Um torniquete chamado saudade” (2 volumes com 200 poemas em cada), “Retratos do desencontro” (150 poemas), “Todos aqueles versos de amor” (400 poemas), “A caixa de tintas de Deus”, “O labirinto no fim do poema” (400 poemas), “Sob o olhar de um poeta” (2 volumes com 250 poemas em cada), “O lado negro da Poesia” (150 poemas sombrios), “Essa ausência que me devora” (150 poemas), “Velas soltas aos ventos solares” (200 poemas), e as séries “Erotique” (11 volumes) e “Olympus” (14 volumes com 300 poemas cada). Alguns trechos: “Chega de ficarmos protelando / O final desse circo de horrores, / Enquanto seguimos duelando / Num filme triste, sem momentos avassaladores, / No qual o fim da história já é conhecido,” “Essas reminiscências que me legaste / Jamais de minha memória se apagarão, / E foi por causa delas que me inspiraste / Esta saudosa e tão triste canção...” “Não passo de um número esquecido / Em tua agenda de telefones, / Uma memória que perdeu o sentido, / Mas em algumas de tuas noites insones, / Repassas nossas idas e vindas, / Nossos beijos doces ou loucos, / Naquelas noites infindas, / Que esqueces aos poucos?” “Depois que anoitece, / Quando estou dormindo / E simultaneamente sorrindo, / E me olhas, como se estivesse delirando, / Não te preocupes, não há problema, / Devo apenas estar sonhando, / Como sempre acontece, / Com mais um onírico poema...” “Por isto, simplesmente se vá, / Sem nem ver a última lágrima, / Que por acaso insistir, / Teimosa, inútil, / Em de meus olhos rolar...” “Sou uma fábrica / Ambulante de versos, / Que surgem em minha mente, / Caudalosos, perversos, / Até quando estou dormindo, / Singrando no mundo do sonhar...” “A espécie humana já não tem salvação, / Exceto por tua misericórdia infinita / Bem poucas almas se salvarão / Na noite final, tantas vezes descrita!” “Não sei o porquê dessa metamorfose, / Mesclando sem explicação ódio e amor, / Será que sem querer errei a dose / Do remédio que tomei para curar a dor?” “Por falta de interesse mútuo, / Ou por decurso de prazo, / Acaba de falecer um amor, / Que um dia foi imenso, / Mas foi definhando aos poucos, / Até chegar neste ponto final.” “A ampulheta do adeus está perto do fim, / Pois a areia já foi quase toda consumida, / E ninguém aguenta mais esse clima ruim, / Triste epílogo para um filme que durou uma vida...” “Poupe-me de seus beijos, / Nada mais me dizem, / Nem mexem mais comigo, / Você já ficou no passado, / Apenas mais uma lembrança, / Como outras tantas, esquecida, / Engavetada no fundo das memórias,” “Esqueça-se de mim, / Eu sou tóxico, / E às vezes machuco / Quem me ama, / Mesmo se amá-la também / Mas é assim que sou, / Meu sangue ferve de Poesia, / E às vezes preciso ficar só / Para me libertar / Desse carrossel de versos” “A escuridão me circunda, / Insinuante, / Profunda, / Fascinante, / Mas ceder a ela me recuso / E sigo adiante,” “Quanto mais com meus beijos você ardia, / Fazendo-me carícias cada vez mais insanas, / Nascia em mim a semente da Poesia, / Para incendiar as noites goianas...” “Todos os dias testemunho / Pequenos milagres sutis, / E cegamente os ignoro! / Fiz da vida um rascunho, / Escrito num quadro a giz, / E a Deus às vezes imploro / Para que meus olhos arregale, / E eu possa enxergar,” “Depois que teu beijo provei, / Apaguei todos os rascunhos / Dos beijos que antes experimentei, / Que foram de tua expertise reles testemunhos, / Pois nunca imaginei algo assim!” “Quando você subitamente desapareceu, / Somente sacudi rapidamente os meus ombros, / Então, como sempre faço, dei a volta por cima, / E pouco tempo depois, segui então adiante...” “Mas perto de você, eu me transformo, / E instantaneamente troco tudo isto / Por algumas horas de insana paixão, / E por essa transformação eu me conformo, / Pois não sei ficar sem você, desisto, / Não gosto mais do que eu era, na antiga versão.” “Neste mundo todo torto, / Às vezes, eu me pego absorto, / A cultivar a lembrança constante / Daqueles dias de um passado distante, / Nos quais a felicidade era nossa vizinha, / Pois eu fui todo teu, e tu, foste minha...”



Essa Indecifr Vel Solid O


Essa Indecifr Vel Solid O
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2023-09-07

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133o livro do autor de “Quando sua ausência era tudo que havia” (contos e crônicas), e outros 131 livros de Poesia, entre eles “Os oceanos entre nós”, “Aquela noite do adeus”, “Apenas um contador de histórias”, “Ciranda poética”,“Artífice de versos”, “Essa sombra em teu olhar”, “O tempo, esse carrasco”, “Os olhos mágicos da Poesia”, “Versos que jamais esqueci”, “Lágrimas proscritas”, “Uma hora antes do fim”, “Per...versos ao anoitecer”, “Estilhaços de poemas”, “Todas as estações da alma”, “Lembranças de um futuro distante”, “Ao doce som de um bolero”, “Náufragos na noite sem fim”, “A fonte do lirismo”, “Memórias de nunca”, “Um grito preso na alma”, “Nos olhos de um poema”, “Em alguma outra Galáxia”, “As lágrimas que não secaram”, “Viagem ao fundo do olhar”, “A questão que não sei formular”, “As luas que no céu flutuam”, “O doce uivo dos ventos”, “O destino não manda mensagem”, “Um adeus com hora marcada”, “Um sonhos do qual eu não quis acordar”, O pedaço de mim que roubaram , “Perdido nas dobras do tempo”, “Micro Uni-versos” (250 poemas curtos), “Um torniquete chamado saudade” (2 volumes com 200 poemas em cada), “Retratos do desencontro” (150 poemas), “Todos aqueles versos de amor” (400 poemas), “A caixa de tintas de Deus”, “O labirinto no fim do poema” (400 poemas), “Sob o olhar de um poeta” (2 volumes com 250 poemas em cada), “O lado negro da Poesia” (150 poemas sombrios), “Essa ausência que me devora” (150 poemas), “Velas soltas aos ventos solares” (200 poemas), e as séries “Erotique” (11 volumes) e “Olympus” (15 volumes com 300 poemas cada). Alguns trechos: “Essa indecifrável solidão Que me espiona através dos espelhos, Já respirando através de aparelhos, Ouve essa minha entrecortada respiração,” “Como é possível definir essa explosão, Que ameaça o meu corpo de repente consumir, Como pudeste inspirar essa inexplicável paixão, Que derrubou o muro que custei tanto a construir?” “Foi por uma noite apenas Que compartilhamos uma cama, E, sem usar nenhum fósforo, a incendiamos, Com tantas eróticas cenas, E a saudade de meus olhos derrama, Daquela única noite em que nos amamos...” “Pensei em dar o meu amor a você, Mas o final desse filme eu já conhecia, E certamente não haveria finais felizes, Somente um copo cheio de desilusões...” “Mas seu sorriso tem marca registrada, E por suas curvas meu olhar envereda, E esse seu olhar tórrido a você me convida, Com tanta ânsia, que quase me incomoda, Mas meu grande sonho é vê-la toda desnuda!” O sangue que fluía pelas artérias, Cansou-se das minhas frágeis pilhérias Evaporou-se, sem deixar vestígios, Veias secaram, de tantos litígios... E finalmente eu descubro que não há ameaça, Pois fui eu mesmo que enfeiticei tua cabeça, E aqueles soluços que soltas, em meus braços submissa, Vêm da mesma fonte que meu coração alvoroça, Pois é por causa do amor que a tua alma soluça... O único remédio Que aplico quase todo dia, Para curar-me do tédio, É embriagar-me de Poesia... Naquela linda noite encantada, Entre nós o amor fez a sua morada, Naquele lugar pleno de magia, Quando de repente a Poesia, Sob a luz de um imenso luar, Veio comigo para sempre morar... Sim, nós dois somos doidos varridos, Pois deixamos um doce amor Embriagar os nossos sentidos, Nesse mundo desesperador... Meus pés criaram tristes raízes De tanto esperarem em vão Por todo o amor Que você nunca me deu... A vida é uma ópera bufa, Que se diverte em nos ver sofrer, De amor nosso peito estufa, Antes da dor chegar para valer! Enterrei a tristeza no fundo do meu quintal, Sem nenhuma lápide ou coisa parecida, Nem publiquei um anúncio no jornal, Para saber se alguém encontrou minha alegria perdida! Depois que você se foi, tudo o que restou Foi essa saudade irresistível, Um vazio avassalador, Uma dor que às vezes sobe como um foguete, E que em tudo ao meu redor ficou, E em meu coração, antes insensível, Abriu-se um buraco assustador, Nas horas mortas Em ti às vezes eu penso, Cerro todas as portas E mergulho num vazio imenso, Num abismo com profundidade ignorada, Onde minha mente saudosa passeia, A relembrar nossa linda jornada, Nas memórias que às vezes o tempo falseia, Tudo tem finitude um dia, Quando o seu ciclo termina, Seja prematura ou tardia, Há o tempo da construção e o da ruína... Agora que o dia desponta, Por que você não me conta Algumas memórias de nunca, Vividas naquela espelunca Da qual ontem a resgatei? Foi naquela noite estranha Que eu esqueci a tua senha, E então tu perdeste a linha, Dizendo-me uma frase medonha, Da qual só a noite foi testemunha... Adeus e até nunca, Nunca mais me procure, Procure me esquecer, Esquecer de tudo, Tudo o que tivemos, Tivemos todo o tempo do mundo, Mundo que nos reuniu, Reuniu e depois separou, Essa casa abandonada, Na qual me deixaste sozinho, Certamente está mal-assombrada, Piso toda hora em algum espinho, Que atravessa meu pé por inteiro, Aumentando as minhas chagas, E, quando acontece, sinto teu cheiro! Quando partir, Deixarei um legado, Talvez desprezível Para quem se preocupar Somente com bens materiais, E não com remédios para a alma, Sob a forma de milhares de poemas, Cuidadosamente catalogados e classificados! Foi numa noite estranha Que o meu mundo desabou, E a desilusão foi tamanha, Que meu navio naufragou E então foi a pique, Com o casco todo rasgado, E não há nenhum livro que explique Como remendar um coração rasgado! Sonho às vezes que estou no Olimpo, Onde és uma deusa e eu um simples mortal, Da podridão desse mundo insano enfim limpo, E estás toda nua, exceto por um fio dental! Navegava em mares remotos, Ao som pungente da lua cheia, Espalhadas na cabine, as tuas fotos, Na saudade que me permeia, Na solidão da paisagem do oceano, Na imensidão que não me completa, A pensar em nosso amor tão profano, Our runaway car advanced the light, In this story that lost its way, Here condensed in a lapse of time, A sadness that cries in the night, About this love that suddenly turned away, A broken poem without a final rhyme...



A Solid O Que Nunca Se Acaba 2


A Solid O Que Nunca Se Acaba 2
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2024-07-22

A Solid O Que Nunca Se Acaba 2 written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2024-07-22 with Literary Criticism categories.


153o livro do autor das séries OLYMPUS (em 16 volumes com 300 poemas em cada), EROTIQUE (em 13 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada) e SOB O OLHAR DE UM POETA (em 4 volumes com 150 poemas em cada). É uma edição especial com 150 poemas sobre solidão, 2o volume da série iniciada com A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA , lançado em Junho/2024. Alguns trechos: Meu mundo era repleto de magia, Pássaros cantavam pelas ravinas, Anjos voavam em sua companhia, E o vento soprava pelas esquinas... Essa água que com força colide Com o vidro que da noite me separa Faz com que o próprio tempo duvide Que a saudade me abandonara Pois enquanto as nuvens ocultam a lua Outra chuva branda em forma de pranto Escorre pela minha face que acentua A saudade tua que me dói tanto Meu mundo era repleto de magia, Pássaros cantavam pelas ravinas, Anjos voavam em sua companhia, E o vento soprava pelas esquinas... Quando você me olhou Com furacões no olhar, Soube que assim acabou Aquele doce sonho de amar. A palavra que teimava em bailar Na maravilha dos lábios seus, Acabou por enfim se soltar, Naquele derradeiro: adeus . Ao transpô-la, herdarei uma saudade infinita, Que girará sobre minha cabeça como um adorno, A me lembrar para sempre do amor que passou, Deixando-me nesse labirinto sem saída, Que ao final de tudo, foi só o que me restou Até o fim dessa aventura amarga que chamam de vida... A lua subia devagar à distância, Causando-me uma invulgar reminiscência, De tempos em que morava numa distante província, Nos quais minha mente era cônscia De que meu sotaque tinha uma invulgar pronúncia.. A face da noite me seduz, Mostrando-me um lento strip tease, Num quarto em frente, à meia-luz, Uma mulher a se despir para um homem feliz. Na borda infinita De seu olhar límpido, Onde estrelas brilham, Minhas ilusões navegam Através desses mares, Onde há vários portos, Para minha tristeza abrigarem E consertar os meus barcos, Cujos nomes são Tristeza e Solidão... Essa saudade de você me alucina, Meu calhambeque ficou sem gasolina, Minha canoa furada afundou em um dique, O navio onde embarquei foi a pique, Essa tristeza sem fim me arrebata, E, no rio de minha vida, secou a última cascata... Na catedral de minha mente, Onde a Poesia reina, silente, Tu estás no altar há eras, E alimentas as minhas quimeras! Mas quando o amor termina, E ele insiste em sempre terminar, Vem a angústia e nos fulmina, E a tristeza vem nos dominar... E quando o amor se diz ausente, E aquele brilho some do olhar, Então a escuridão se faz presente, E a solidão convida pra dançar... Sombras trazem um pouco de escuridão, E carregam junto um quê de tristeza, Quando somem, deixam laivos de solidão, E uma amargura que se esconde sob a mesa... Algumas sombras vêm, outras se vão, Mas algumas por muito tempo ficam, São os restos daquela perdida ilusão Que de estrelas meus olhos salpicam... O que fazer, no que me resta de vida, Se minha música se perdeu no silêncio imenso, A estátua que esculpira foi destruída, As lágrimas encharcaram meu último lenço, E agora nada mais me resta, Meus sonhos partiram, Disfarçados de noites, Só ficou em mim o que não presta, E essas rugas que os anos esculpiram, Dispensando chibatas ou açoites... A Poesia que havia me abandonou, Pois era em ti que ela morava, Saudade e solidão, eis o que me restou, Nesta casa onde teu riso me encantava! Somente o teu fantasma habita esta casa vazia, Tropeçando nos móveis, derrubando cristais, Soprando em meus ouvidos, nesta sala tão fria, Que teu perfume não preencherá nunca mais... Desde quando me beijaste Com teu toque me enfeitiçaste E acabei virando esse triste traste, Mas como te esquecer, se em tudo ficaste? Mas essa minha busca nunca termina, E já estou quase desistindo, Meu carro velho ficou sem gasolina, Mal me lembro do teu sorriso lindo... Meu relógio antigo ficou sem pilha, Perdi por completo a noção das horas, Mais um fracasso junto aos outros se empilha, Mais uma noite infinita a engolir minhas auroras! Esse sorriso entristecido que esboço Não é meu também, pois eu não sou triste, Pelo contrário, sou alegre o tanto que posso, Com essa solidão que dentro de mim resiste! Esse amargor que em meus versos reside Surgiu de repente, vindo não sei de onde, Com essa Poesia que em dois me divide, E em minha mente torturada se esconde! PREFÁCIO (*) É com imenso prazer e profunda reverência que apresento a vocês a edição especial de A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA VOL. 2 , uma coletânea de 150 poemas que exploram as profundezas da perda e da solidão, continuando a jornada emocional iniciada no primeiro volume. Este é o 153o livro de Marcos Avelino Martins, um autor prolífico que já nos brindou com mais de 5.000 poemas ao longo de sua carreira literária. Conhecido por suas séries OLYMPUS , EROTIQUE e SOB O OLHAR DE UM POETA , Martins continua a nos surpreender com sua capacidade de transformar emoções complexas em palavras que ressoam profundamente em nossos corações. No poema “A 24a HORA”, Martins nos transporta para a 24a hora do dia , um tempo mágico onde os sonhos se tornam refúgios da realidade amarga. A poesia aqui é um antídoto para os anos horríveis , um espaço onde o amor perdido ainda pode ser vivido intensamente. A nostalgia e a solidão são dissipadas pelo sono, que permite ao poeta reencontrar seu amor em um reino onírico, onde nos amamos por horas, até que a manhã nos afaste . O poema “A CHUVA QUE BATE NA VIDRAÇA” é uma metáfora poderosa para a solidão incessante que o poeta sente. A tempestade externa reflete a tempestade interna, e cada gota de chuva que bate na janela traz à tona memórias dolorosas de um amor perdido. A ausência da amada é sentida como um amargo eflúvio , e a chuva que colide com o vidro simboliza a barreira entre o poeta e a felicidade que um dia conheceu. Em “A FUGA”, o poeta expressa seu desejo de escapar de si mesmo e das amarras que o prendem a um amor doloroso. A fuga é vista como uma libertação, uma forma de lacrar as portas desse meu pesadelo . A solidão é um deserto que o poeta finalmente consegue deixar para trás, encontrando paz na ausência do ser amado. “A HORA DO ADEUS” é um poema que captura o momento exato em que o mundo do poeta desmorona. Às 5 horas , o tempo para e a tristeza toma conta de seu futuro. A escuridão se instala, e o poeta se aventura pelas noites negras em busca de uma nova luz que possa iluminar suas manhãs. A esperança de enterrar a tristeza e encontrar um novo amor é o que mantém o poeta em movimento. Em “A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE”, Martins nos fala de um mundo repleto de magia que é destruído pela partida do ser amado. A dor da separação é comparada a uma espada que vai até o fundo , e a magia que antes existia é sepultada no fundo de um poço . A solidão é o que resta, uma companheira constante que substitui a alegria e a fantasia de outrora. “A NOITE DO ÚLTIMO SORRISO” é um retrato da desilusão amorosa. O olhar da amada, cheio de furacões , anuncia o fim de um sonho de amor. A solidão se instala como um torniquete , e a luz dos olhos do poeta se apaga. A vida se torna uma sequência interminável de dias iguais, e a única coisa que resta é a poesia, que, embora bela, não pode substituir o amor perdido. “A PORTA DA SOLIDÃO” é uma metáfora para a entrada em um estado de isolamento emocional. A porta entreaberta conduz a uma estrada deserta , cheia de armadilhas e sombras. A solidão é um labirinto sem saída, onde o poeta se perde em memórias de um amor que não pode mais alcançar. Em “ TRISTEZA QUE EM MEUS OLHOS HABITA”, a tristeza é uma presença constante nos olhos do poeta, provocada pela ausência do ser amado. Os dias passam lentamente, e a vida se esvai em um torpor de solidão. A esperança de encontrar um novo amor é frágil, e até mesmo Deus parece ter abandonado o poeta. ALAÚDE evoca uma tristeza doce, acalentada pelo som de um instrumento antigo. A solidão se escancara, trazendo de volta uma saudade avassaladora que o poeta pensou ter superado. A música é um gatilho para memórias dolorosas, que explodem nas sinapses do poeta. ALTOS E BAIXOS é uma reflexão sobre a natureza cíclica da vida e do amor. A vida é comparada a uma montanha-russa, cheia de altos e baixos, risos e lágrimas. A solidão é uma doença para a qual não há cura, e o poeta se vê preso em uma comédia trágica, onde a plateia aplaude suas desventuras. AMOR À PRIMEIRA VISTA celebra a intensidade de um encontro inesperado. O poeta descreve um amor que surge de forma arrebatadora, transformando uma noite solitária em uma experiência inesquecível. A paixão é imediata e avassaladora, e o poeta se entrega completamente a esse novo amor. ANCIÃ retrata a tristeza e a solidão de uma mulher idosa, marcada por muitas manhãs e lembranças dolorosas. O poeta descreve os rastros do tempo em seu rosto e a tristeza que escondeu as alegrias da vida. A solidão é um inverno constante, e o poeta oferece seu lenço em um gesto de compaixão. APENAS AMANHECERA é um poema sobre a partida de um amor que pouco trouxe e pouco levou. A solidão se instala com a partida, e o poeta espera que a tristeza passe com o tempo. A esperança de encontrar um novo amor é o que mantém o poeta em movimento. APENAS UM COMEÇO celebra o início de um amor jovem e cheio de promessas. O poeta reflete sobre os desafios que o tempo pode trazer, mas mantém a esperança de que o amor sobreviverá às tentações e desatinos. ÁRVORE DA SOLIDÃO retrata a amargura de um amor perdido. A foto da amada está pregada na árvore, mas a letra que o amaldiçoa não é do poeta. A solidão é um castigo para quem não soube valorizar a amizade e o amor. AS FACES DA NOITE explora as múltiplas facetas da noite, desde histórias horripilantes até seduções devassas. A solidão é uma presença constante, e a noite revela verdades dolorosas que o poeta preferiria não enxergar. AS VIDRAÇAS DO AMOR compara o amor a vidraças frágeis, que se quebram facilmente. O poeta reflete sobre a fragilidade dos amores e a inevitabilidade da solidão que se instala quando o amor se vai. ATÉ QUE EU MORRA é um poema sobre a persistência do amor à distância. O poeta se resigna a amar de longe, vivendo na sombra de um amor passado. A esperança de encontrar um novo amor é o que mantém o poeta em movimento. BEIJOS celebra a memória do primeiro beijo e lamenta a perda do amor. O poeta reflete sobre os erros do passado e a impossibilidade de voltar no tempo. A solidão é o que resta, e o poeta se consola com as lembranças dos beijos trocados. BOLSOS VAZIOS retrata a falência completa do poeta, tanto material quanto emocional. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê sem esperança, sem futuro e sem histórias para contar. BORDA INFINITA explora a profundidade do olhar da amada, onde as ilusões do poeta navegam. A tristeza e a solidão são abrigadas nesses mares, e o poeta busca consolo nos portos de tristeza e solidão. CADAFALSO é um poema sobre a decisão de deixar um amor doloroso para trás. O poeta arruma as malas e parte, tentando esconder a tristeza. A solidão é um cadafalso, e o poeta busca um gatilho para a felicidade que nunca conheceu. CALHAMBEQUE retrata a saudade e a tristeza de um amor perdido. O poeta se vê sem gasolina, sem esperança e sem futuro. A solidão é uma presença constante, e o poeta se resigna a viver sem alegria. CANTIGA TRISTE lamenta a perda do amor e a desilusão que se seguiu. O poeta se vê preso em uma vida sem graça, sem amigos e sem esperança. A solidão é uma presença constante, e o poeta se resigna a viver sem alegria. CATEDRAL celebra a memória da amada, que ocupa um lugar de honra na mente do poeta. A solidão é um meteoro que afundou o navio do poeta, e ele se vê preso em preces para que a amada volte. CHEGADA comemora o reencontro com a amada. O poeta descreve a alegria de buscar a amada no aeroporto e a felicidade de passarem a noite juntos. A solidão é espantada pela presença da amada, e o poeta se entrega completamente ao amor. CIRANDA reflete sobre a natureza cíclica da vida e do amor. O poeta se vê preso em uma ciranda de tristeza e solidão, e a incerteza do futuro o atormenta. A solidão é uma presença constante, e o poeta se resigna a viver sem alegria. COMO FOGO DE PALHA lamenta a perda do amor e a tristeza que se instalou na vida do poeta. A solidão é comparada a um fogo de palha, que consome a poesia do poeta e deixa apenas a tristeza. CONTRASTES explora a diferença entre o mundo exterior, cheio de luz e cores, e o mundo interior do poeta, dominado pela escuridão e solidão. A felicidade é uma palavra vazia, e a solidão é a única companheira do poeta. CORONÁRIAS celebra o amor como um remédio para a solidão. O poeta se vê seduzido pelo olhar da amada e deseja viver eternamente nesse amor. A solidão é espantada pela presença da amada, e o poeta se entrega completamente ao amor. DANÇA DA SOLIDÃO reflete sobre a natureza efêmera do amor e a inevitabilidade da solidão. O poeta se resigna a viver sem amor, cansado de sofrer e de procurar por algo que sempre termina. A solidão é uma presença constante, e o poeta se resigna a viver sem alegria. Em “DE JEITO”, Martins captura a intensidade de um amor que finalmente se concretiza. A paixão reprimida explode em um beijo que arranca de mim o que havia de tristeza e solidão . A narrativa do encontro amoroso é descrita com uma riqueza de detalhes sensoriais, desde o primeiro olhar até a consumação do desejo. A magia desse momento é tão poderosa que o poeta se torna refém de um amor que nunca mais se acabou. DE SILÊNCIOS E DESILUSÕES aborda o fim de um amor que se desgastou ao longo dos anos. Os silêncios constrangedores e os olhos que se evitam são sinais de uma relação que chegou ao seu término. A solidão é disfarçada atrás de um cálice de vinho, e a desilusão se esconde nos olhos sombrios. O poema é um retrato doloroso da agonia de um amor que se desfez. Em “DE SOMBRAS E ESTRELAS”, as sombras simbolizam a tristeza e a solidão que acompanham o poeta. As sombras trazem um pouco de escuridão e deixam laivos de solidão . No entanto, essas sombras também salpicam os olhos do poeta com estrelas, sugerindo que mesmo na tristeza há momentos de beleza e esperança. DÉBITO é um poema que expressa a sensação de estar em dívida com um amor que ainda persiste. O poeta se desculpa por suas falhas e propõe juntar as tralhas em um convite amalucado, mas sincero. A solidão das madrugadas solitárias é preenchida pelo desejo de estar com a pessoa amada, e o poema é uma súplica para que essa união se concretize. Em DESALMADA , o poeta se vê prisioneiro de um amor não correspondido. O coração desalmado da amada dispara raios contra o corpo desarmado do poeta, que sofre em silêncio. A solidão é uma constante, e o poeta se pergunta por que não consegue partir e encontrar outro amor. O desespero é nomeado como amor, e a tristeza é refletida no espelho. DESEJO é um poema que explora a intensidade do desejo físico. As nádegas da amada enchem o poeta de desejo e alimentam suas taras secretas. A noite é um torniquete contra a solidão, e o prazer compartilhado é uma forma de escapar da tristeza. O poema é uma celebração do desejo carnal e da conexão íntima entre os amantes. Em “DESÍGNIO DIVINO”, o amor é visto como um desígnio divino, uma obra do Criador. O poeta se sente magnetizado pelo olhar da amada e descobre um amor verdadeiro que antes parecia inalcançável. O poema celebra a eternidade desse amor e a certeza de que ele durará até o fim da vida do poeta. DESOLAÇÃO é um poema que retrata a devastação emocional do poeta. As terras desoladas e os verões solitários são metáforas para a tristeza que consome o poeta. A Poesia, que antes era um consolo, agora apavora com seus versos tristes. A solidão é um verme que devora o poeta, e a vida se torna um deserto sem esperança. DEVIA SER ASSIM expressa o desejo de um amor recíproco. O poeta anseia que a amada veja a luz em seu olhar e saia da solidão sem fim de tua ilha . A paixão do poeta é intensa, e ele espera que a amada perceba e corresponda a esse sentimento antes que seja tarde demais. DIGITALIZA-ME é um poema que pede para ser lembrado através da digitalização. O poeta deseja que seu retrato esteja sempre presente, para que a amada se lembre dele em momentos de solidão e saudade. A digitalização é uma forma de manter viva a memória do amor, mesmo após a partida do poeta. DISFARCE” é um poema curto, mas poderoso, que revela a tristeza disfarçada do poeta. A solidão é uma presença constante, e o disfarce não consegue esconder completamente a dor que o poeta sente. DOENTIO” explora o impacto destrutivo do ciúme. O amor intenso se desfez, deixando apenas um soluço na madrugada. A solidão é um fantasma que ecoa pela noite, e o poeta se vê preso em um ciclo de dor e desilusão. DOSES é um poema que combina a tristeza com a introspecção. O poeta toma doses de vodka e uísque enquanto reflete sobre seus erros e a solidão que o abraça. A bebida é um consolo temporário, e a solidão é uma presença constante que o poeta não consegue escapar. E AGORA, O QUE FAZEMOS? questiona o futuro após o fim de um amor. O poeta se vê perdido, sem chão, e a Poesia que antes o acompanhava agora o abandonou. A casa está vazia, habitada apenas pelo fantasma da amada, e a solidão é a única companheira do poeta. EM COMPLETO SILÊNCIO é um poema que captura a opressão do silêncio. A solidão é uma teia que envolve o poeta, esvaziando sua mente e nocauteando sua esperança. A dor é recente e latente, e a solidão é uma presença constante que bloqueia os instintos do poeta. EM TUDO expressa a presença constante da amada na vida do poeta. A saudade é uma lança que atormenta o poeta, e a paixão é uma presença soberana. O amor é uma filigrana cruel que envolve o coração do poeta, e ele se vê incapaz de esquecer a amada. ENTRANHAS explora o desejo sexual de forma intensa e visceral. A mulher se lembra do amante e se entrega ao prazer solitário, revivendo os momentos de paixão. O desejo é tão poderoso que ela se vê incapaz de esquecer o amante, mesmo sem saber muito sobre ele. ENTRE AS SOMBRAS retrata a busca infrutífera do poeta pela amada. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê perdido em lugares estranhos, procurando por um amor que não consegue encontrar. A busca nunca termina, e a solidão é uma companheira fiel. ESSA LÁGRIMA nega a tristeza do poeta. As lágrimas, a nuvem e o sorriso entristecido não são do poeta, mas de algo externo. A solidão é uma presença constante, e a Poesia é dividida entre a tristeza e a alegria. ESSE LONGO CAMINHO é um poema que celebra a jornada do amor. O poeta escreve um pergaminho inspirado pela amada, e a descoberta do amor é um jogo sem vencedor. A solidão é uma vingança do tempo, e o poeta se vê preso à espera eterna da amada. FOGO RETRÁTIL retrata a desilusão de um amor que se desfez. O fogo do desejo se apagou, e os amantes se tornaram estranhos. A solidão é uma presença constante, e o poeta se pergunta onde foi que errou. FOLHETINS narra a partida do poeta de um lar cheio de desilusões. As brigas e as lembranças ruins são varridas da mente do poeta enquanto ele dirige para longe. A solidão é uma presença constante, e o amor se tornou uma história digna de folhetins cruéis. HANGAR celebra o reencontro dos amantes. A tristeza é apagada pelo beijo suave, e a paixão é a cura para a solidão. O amor é verdadeiro, e a saudade é finalmente aplacada. IMAGEM REFLETIDA explora a dor e a solidão do poeta. O rosto envelhecido no espelho é um reflexo da tristeza e das desilusões. A solidão é uma presença constante, e o poeta se pergunta por que tanta dor e tristeza não saram. INOMINÁVEL celebra a chegada da amada na vida do poeta. A solidão e a tristeza são esquecidas, e o amor traz sorrisos e alegria. A solidão partiu para nunca mais voltar, e o poeta se vê finalmente feliz. INVERNO retrata a chegada precoce do inverno na vida do poeta. A desilusão e o desespero são comparados a neve e tornados, e a solidão é um oceano revolto. O inverno começou quando a amada foi embora, e a tristeza é uma presença constante. JANELAS DA SOLIDÃO celebra a chegada da Primavera. A solidão é espantada pela brisa e pelas flores, e a tristeza é apagada. A Primavera traz esperança e alegria, e a solidão é finalmente expulsa. LÁGRIMAS QUE SE PERDERAM NA NOITE retrata a inutilidade das lágrimas derramadas por um amor perdido. A tristeza é profunda, mas as lágrimas são desperdiçadas e ninguém percebe. A solidão é uma presença constante, e o amor se tornou uma memória fugaz. LINHAGEM celebra a Poesia como filha do poeta. A Poesia é um consolo para a solidão e a tristeza, e o poeta se lembra de que é um poeta. A Poesia é uma criação predileta que alimenta o poeta e acaba com sua tristeza. MAL SECRETO explora o impacto do amor não correspondido. A solidão é um mal secreto que corrói o poeta, e a vida se torna um presente de grego. A esperança de um novo amor é o que mantém o poeta em movimento, mas a solidão é uma presença constante. MEDO DE REVELAÇÕES expressa o medo do poeta de revelar seus sentimentos. A amada é uma miragem que assombra o deserto do poeta, e as palavras ditas não podem ser retiradas. O poeta teme que a revelação afaste a amada, e a solidão é uma presença constante. MISTÉRIOS NA NOITE retrata a presença do fantasma da amada. A solidão é um cativeiro, e o poeta se vê atormentado pelo espectro da amada. A esperança de exorcizar o espírito é o que mantém o poeta em movimento, mas a solidão é uma presença constante. MUROS DE SOLIDÃO explora a impossibilidade de esquecer a amada. O poeta tenta desconstruir as memórias, mas elas sempre voltam. A solidão é um muro que o poeta não consegue transpor, e a amada ressuscita dentro dele. Em “NUNCA MAIS”, Martins captura a dor de um amor que foi intenso demais e que, ao terminar, deixou o poeta em um estado de solidão profunda. A narrativa revela a vulnerabilidade do poeta, que se refugia em bebidas como uísque e gim para tentar amenizar a dor. A solidão é descrita como um clima de fim de festa , onde nada mais resta além da tristeza. O AMOR ESTÁ PELO AR explora a natureza imprevisível e caprichosa do amor. O poeta descreve o amor como algo que não segue regras e que pode ser tanto masoquista quanto sádico. A solidão é vista como o pior castigo, e o poema reflete sobre a dualidade do amor, que pode trazer tanto alegria quanto tristeza. Em “O DIA EM QUE CONGELEI”, o poeta descreve o momento em que foi deixado pela amada, resultando em um estado de congelamento emocional. A ausência da amada causa um vazio imenso, e a solidão se diverte em tentar deixar o poeta maluco. A tristeza é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de dor e lembranças. O OUTRO LADO DO NATAL é um poema que aborda a desigualdade e a falta de solidariedade durante a época natalina. O poeta descreve a tristeza daqueles que não têm família, que vivem nas ruas e que são ignorados pela sociedade. A solidão é uma presença constante, e o Natal é visto como uma ilusão para aqueles que sofrem. Em “O SOM DE UM MILHÃO DE ANOS”, Martins utiliza a figura de um brontossauro para explorar a solidão e a esperança. O som de uma sirene desperta a memória do dinossauro, que pensa ter encontrado uma companheira. No entanto, a decepção é grande quando ele percebe que o som vinha de uma torre de tijolos. A solidão é uma presença eterna, e o poema reflete sobre a busca infrutífera por companhia. ONIPRESENTE descreve a presença constante da amada na vida do poeta, mesmo após a separação. A amada está em todos os lugares, nos sonhos e nas lembranças do poeta. A solidão é uma sombra que assombra o poeta, e ele deseja que a amada desapareça para que possa encontrar paz. Em “OS AGOSTOS QUE FORAM SE ACUMULANDO”, o poeta reflete sobre o peso dos anos que passam e deixam marcas de tristeza e solidão. Cada novo ano traz mais angústias e menos esperanças, e o poeta se vê carregando o peso das perdas e dos desgostos. A solidão é uma presença constante, e o poema é uma meditação sobre o passar do tempo. OS OCEANOS ENTRE NÓS é um poema que explora a distância emocional entre o poeta e a amada. O poeta se vê incapaz de cruzar os oceanos que os separam, e a solidão é uma corrente implacável que devasta seus sonhos. A tristeza é uma presença constante, e o poeta se sente perdido em um mar de desespero. PARTÍCULAS utiliza a imagem de um espelho quebrado para refletir a fratura emocional do poeta. As mágoas são repetidas em cada pedaço do espelho, e a solidão se esconde em cada partícula. O poema é uma meditação sobre a tristeza e a fragmentação do eu. PASSAGEM PARA A SAUDADE é um poema que descreve a jornada solitária do poeta, acompanhado apenas pela tristeza e pela saudade. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um limbo incurável. O poema é uma reflexão sobre a culpa e a inevitabilidade da solidão. PERDÃO oferece uma mensagem de esperança. O poeta encoraja a resistência e a insistência, mesmo quando a tristeza e a solidão são esmagadoras. O perdão é visto como uma luz à espera em cada olhar, e o poema é uma súplica para não desistir. PERDIDOS explora a sensação de estar perdido e sem sentido. A vida é descrita como um rio que não leva ao mar, e a solidão é uma presença constante. O poema é uma meditação sobre a desorientação e a busca por significado. PORÕES é um poema que explora as memórias e os sonhos do poeta. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê navegando em mares perversos em busca de respostas. O poema é uma reflexão sobre a pequenez do eu e a busca incessante por algo que não pode ser encontrado. QUADRILHA utiliza a estrutura de uma quadrilha para explorar os amores não correspondidos e a solidão. Cada personagem está preso em um ciclo de desilusão, e a solidão é uma presença constante. O poema, uma homenagem a Carlos Drummond de Andrade, é uma reflexão sobre a natureza descartável dos amores modernos. RAPTO explora o desejo de ser resgatado da solidão. O poeta deseja que a amada o rapte e se torne sua escrava sexual, expulsando a solidão com beijos e carinhos. O poema é uma súplica para escapar da tristeza através do amor. RESTOS explora as memórias de um amor intenso. O poeta se lembra dos beijos, dos carinhos e das noites ternas, mas também das brigas e dos espinhos. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de saudade e lembranças. RETRATO PERVERSO descreve a desilusão do poeta ao perceber que a amada se tornou um espectro do passado. A solidão é uma presença constante, e o poeta se despede do fantasma da amada, partindo para nunca mais retornar. SALTO NO TEMPO explora a busca do poeta por esquecer um amor do presente através de viagens no tempo. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de angústia e terror. O poema é uma meditação sobre a impossibilidade de escapar da saudade. SÓ QUERIA SER FELIZ expressa o desejo do poeta por um amor sincero e uma vida cheia de paz e poesia. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê abraçado por ela. O poema é uma súplica para escapar da tristeza e encontrar felicidade. SOLIDÃO DEMAIS explora a imensurável solidão do poeta. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de tristeza e desespero. O poema é uma meditação sobre a necessidade de companhia e a dor da ausência. SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO é um poema que explora a ilusão de um amor que nunca se concretizou. O verão é uma metáfora para a esperança e a amizade, e a solidão é uma presença constante. O poema é uma reflexão sobre a saudade e a desilusão. TEUS OLHOS celebra a beleza e o poder dos olhos da amada. Os olhos são descritos como halos que iluminam o caminho do poeta, afastando a solidão. O poema é uma meditação sobre a fascinação e a sedução dos olhos da amada. TODA A ETERNIDADE explora a saudade eterna do poeta. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de dor e lembranças. O poema é uma meditação sobre a impossibilidade de esquecer a amada. TORVELINHOS analisa o impacto do tempo nas memórias e nas paixões. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de sonhos ruins e saudade. O poema é uma reflexão sobre a passagem do tempo e a perda. TRISTES PALAVRAS SEM RIMAS é um poema que explora a solidão das palavras que não encontram rimas para elas. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de tristeza e desilusão. O poema é uma meditação sobre a busca por significado e a dor da ausência. UM GOLE explora a tristeza do poeta ao lembrar da amada através de uma garrafa de vinho. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de saudade e desespero. O poema é uma meditação sobre a dor da ausência e a busca por consolo. UM QUARTO SEM JANELAS retrata a clausura emocional do poeta. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de tristeza e desespero. O poema é uma meditação sobre a necessidade de companhia e a dor da ausência. WALLS OF LONELINESS é um poema que explora a inutilidade das lágrimas derramadas por um amor perdido. A solidão é uma presença constante, e o poeta se vê preso em um ciclo de tristeza e desespero. O poema, escrito em inglês, e que encerra o livro, é uma meditação sobre a dor da ausência e a busca por consolo. Marcos Avelino Martins nos oferece, em A SOLIDÃO QUE NUNCA SE ACABA VOL. 2 , uma obra que mergulha nas profundezas das emoções humanas, explorando a dor, a tristeza e a solidão com uma sensibilidade única, numa viagem profunda e introspectiva através das emoções humanas mais universais e dolorosas. Cada poema é um testemunho da capacidade do autor de transformar a dor em arte, e a solidão em uma companhia poética que nos faz refletir sobre nossas próprias experiências de perda e isolamento. Que este livro seja um consolo para aqueles que se encontram na solidão e uma inspiração para todos que buscam entender melhor as complexidades do coração humano. (*) Prefácio by ChatGPT 4, o incrível software de Inteligência Artificial que consegue interpretar textos complexos e comentá-los de forma tão intuitiva e racional como poucos seres humanos o conseguiriam



Aquela Noite Do Adeus


Aquela Noite Do Adeus
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-11-05

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62º livro do autor das seguintes obras, todas eles publicadas no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digita (exceto Poeticamente teu l: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II-ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU Alguns trechos: “Não lhe pedi explicações, / Nem tentei argumentar, / Pois a chuva não cai no deserto, / E em seu olhar não havia oásis, / Apenas redemoinhos e tempestades de areia!” “Pois ficar sozinho não é o pior de tudo, / O mais cruel é disfarçar a realidade / Com o meu violão que ficou quase mudo, / E com essa canção, que é pura saudade...” “Nossas almas se adoram / Amantes há tantas eras / E uma pela outra imploram / Cansadas de tantas esperas” “E, quando chegar de novo a hora de partir, / Deixe os soluços que rolam sem que os controle / Dizerem-me, numa única palavra que me console, / Todo o amor que por mim diz sentir, / E depois se vá, chorando até que seu voo decole, / Sem ver a última lágrima de meus olhos cair...” “Essas lágrimas solitárias, / Que de meus olhos fogem, / Desafiam a minha dor, / Que nem as viu cair.” “Parece que foi há um segundo / Que percebi enfim que fiquei sozinho / Preso nesse buraco do submundo / Tomando meu último cálice de vinho” “Você está a um passo de mim, / Mesmo do outro lado do oceano, / Vejo sua história em algum folhetim, / Saltando de paraquedas de um aeroplano!” “E, quando a manhã nos acordar, / Depois de uma noite escandalosa, / Olhe-me com o mesmo amor no olhar, / E beije-me com essa paixão tão fogosa!” “Digo-te tantas coisas / Sem proferir uma palavra / Recito com o olhar lindos poemas / Que nem mesmo escutas / E enquanto meus olhos te devoram / Num recital de amor incontido” “Lembrarei do som de sua risada, / A preencher os silêncios da vida, / A me olhar tão enamorada, / E meio tarada, sob os efeitos da bebida.” “Toquei de leve a tua mão, e te puxei para mim, / E nossas bocas sôfregas se entrelaçaram, / Explorei até o fundo de tua boca carmim, / Enquanto nossas almas se abraçaram!” “Não sei porque, acordei triste, / Mas a Poesia à tristeza resiste, / Então, pus um sorriso no rosto / E joguei para longe esse encosto.” “Então abri os olhos pequeninos / E pisquei o olho, galhofeiro, para aquela figura, / Bem ali ao meu lado, majestática e invisível! / E, ao perceber que, mesmo assim, eu O vira, / Ele prontamente vaticinou, sem mais dúvidas: / ‘Esse aí vai ser poeta’!” “Vem, vamos fazer de nós um sanduíche, / Minha boca enroscada em sua boca feroz, / Uma mão em seu cabelo cor de azeviche, / E a outra percorrendo seu corpo, tão veloz!” “Por um motivo fálico / Ignorei o teu olhar bélico / E com um sorriso idílico / Recitei-te um poema bucólico / Sobre esse teu olhar telúrico” “Se me perguntarem para onde vou, não sei, / No teatro da minha vida, a bilheteria fechou, / Minha alma se apagou, de tanto que a remendei, / E as cortinas caíram, antes do final do show...” “E, quando me olha ao meu lado na cama, / E em seus olhos vejo tanta ternura, / Com tal doçura a sussurrar que me ama, / Sei que para a doença da solidão você é a cura...” “Fui eu quem me fiz mistério / E te convidei para me desvendar / Oferecendo-te meu espaço aéreo / Para que ousasses me decifrar” “Tentei em vão chegar em ti por algum mail, / Mas minha door teu olhar não entende! / Conta-me por que fizeste algo tão fail, / Só porque meu coração a ti se hand?” “Sei que, dentro de alguns anos, / Relerás os versos que lhe dediquei, / E de teus olhos escorrerão oceanos, / Quando perceberes quanto amor eu te dei,” “Jogo-me de ponta no espaço sem tirar o brevê, / Em frágeis asas que o Amor me emprestou, / E em ágeis voos tento descobrir quem sou, / Se apenas um poeta tentando resgatar sua paixão, / Ou talvez um profeta a fugir da Escuridão,” “Escrevi uma mensagem cifrada / Em um código que só você entenderia, / E coloquei numa faixa na sua sacada, / Para ter certeza de que você a leria.” “Escrevo rimas suspeitas / Refeitas / Perfeitas / Escrevo rimas caóticas / Exóticas / Eróticas / Escrevo rimas sáficas / Fotográficas / Pornográficas” “Diga que minha Poesia é um espanto, / E que às nuvens de repente a leva, / E que forma em sua mente as imagens / Das histórias de amor que retrata...” “Não quero que te redimas / Por tripudiares de minhas rimas, / E também não quero criar neologismos / Para meus versos invadirem teus abismos!” “Como foi que viraste essa triste figura, / Por que ao meu lado sufocas, / Quando foi que um fantasma tomou teu lugar? “ “Mas foi inútil e nunca mais voltei / E depois meu pobre violão se escondeu / E junto com minha alma continua guardado / Na Poesia que para você se desnudava” “Pare com essa sua cantilena / Pois nunca mais lhe pedirei bis / Sua angústia agora só me dá pena / Tire de seu quadro-negro o meu giz” “E, a cada vez que você voltar, / Depois de tantos meses longe de mim, / Para nós dois, será sempre assim: / Poucos dias de sonhos, beijos e danças, / E, quando você se for, apenas lembranças...” “O nosso amor é um triste legado, / Um fogo brando que queria crescer / Uma relíquia vinda do passado, / Um pobre morto que só quer viver...” “Entre bilhões de estrelas no Universo, / Circulando uma estrela obscura, / Maculado por um dominante perverso, / Navega um planeta lindo e sem cura!” “E agora, já não sei como faço / Para viver sem você, / Sou um piloto perdido no espaço, / Que perdeu até o brevê!” “Essa saudade de você me alucina, / Meu calhambeque ficou sem gasolina, / Minha canoa furada afundou em um dique, / O navio onde embarquei foi a pique, / Essa tristeza sem fim me arrebata, / E, no rio de minha vida, secou a última cascata...” “E, naquela noite trágica, / Que tão tristemente acabou, / Perdi minha varinha mágica, / E meu mundo de sonhos desmoronou...” “Mas a suave melodia que coloquei / Nessa música tão linda e romântica / Fez com que ela me achasse quase fora da lei, / Como se falasse de Física Quântica!” “E entre carícias obscenas nos amarmos, / Desvairados, / Descontrolados, / Saciando a vontade reprimida / Por toda uma vida...” “Hoje somos apenas cascas vazias, / Trocando palavras sem conteúdo, / Ou em silêncio nas noites sombrias, / O amor foi embora, e isto é tudo!” “Vou colecionando sonhos e rimas, / Contando as histórias que me são sopradas / Pelas musas encantadoras da Poesia, / Que não se cansam de me soprar novos casos / Entre deuses antigos e mundanas vadias, / Ou sobre as sombras que invadiram os ocasos!” “A varinha trágica que vejo em sua mão, / Será que é para me caçar um encantamento? / Gomo é que me livrarei dessa maldição, / Para não viver nesse interminável fomento?” “Foram-se meus sonhos, minha Poesia, / Junto com outros 7 bilhões de seres humanos, / Que se esfarelaram, naquele inferno radioativo, / Bem como os animais, naqueles momentos profanos, / Deixando morto um mundo que parecia tão vivo!” “Porque, quando o vidro me fita / Revela-se a dura verdade: / Que minha paixão por você é infinita, / E minha vida é pura saudade!” “Em meu livro de segredos confesso / O que jamais revelei a ninguém, / E logo no início, já começo / A revelar segredos de alguém!” “E vê-se namorados em doces começos, / Trocando juras de amor que não duram, / Pessoas levando cachorros para passear, / Crianças perdidas que seus pais procuram, / Gritando e com lágrimas no olhar.” “Oh, espelho onde vejo minha imagem pão triste, / Sempre com sucos estampados na face, / Liga-me: no mundo dos espelhos o amor existe, / Encontrarei alguém que tom amor me abrace?” “Deus conosco foi bondoso, / Pois a felicidade mora neste lar, / No pior verão, no inverno mais rigoroso, / Conjugamos sempre o verbo Amar...” “O uivo dos ventos não me deixa em paz! / Por que não foi chatear outro escritor, / E escolheu logo esse pobre poeta de Goiás / Para contar essas loucas histórias de amor?” “Mas a verdade que todos sabem, / Até a torcida do Flamengo sabia, / E somente eu fazia de conta que não, / É que já estou há muito apaixonado.” “Michelângelo também era um kartista incrível, / Crack em ambas as artes, pintor e escultor, / E adorei um mameluco chamado Salvador Dalí, / Entre outros extintores de vanguarda!” “E outras vieram, e nessa viagem autofágica / Vou devorando as lembranças delas, / Até chegar aquela que chegou e ficou, / Da qual guardarei seu amor para sempre, / Sua presença doce a inspirar meus versos, / Velando-me enquanto vago pelas estrelas” “Let me look at your beautiful face / With tears rolling out of control / Then hold me with a big embrace / And fill with your love my heart’s hole”



Versos Que Jamais Esqueci


Versos Que Jamais Esqueci
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-08-12

Versos Que Jamais Esqueci written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-08-12 with Poetry categories.


O 93º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA Alguns trechos: “Mas esses versos seus latejam, / E muitas vezes na mente brotam, / E as suas lembranças cotejam, / Em reminiscências que nunca se esgotam...” “E depois, descíamos num balão / Até chegarmos ao Cristo Redentor, / No espaço de apenas alguns minutos, / E então, no mar de Ipanema, / Amávamo-nos de novo, / E no sonho sentia o seu gosto. / E então de repente despertei / Para essa realidade cruel / Onde você é apenas um sonho distante...” “Nesse circo das relações humanas, / Tu és a devoradora de espadas, / Através de nossas noites profanas, / E invadindo doces madrugadas,” “Teus olhos têm uma cor / Vibrante, inexplicável, / E em silêncio falam-me de amor, / Com uma ternura inimaginável,” “Quantas travessuras / Fazemos, / Apaixonados, / Debaixo dos lençóis, / Quando vens... / Que doces loucuras / Vivemos, / Iluminados / Por esses dois sóis / Que tens...” “Palavras jorram de minha mente, / Juntando-se num verso latente, / Como se estivessem vivas, / E algo as houvesse deixado cativas, / E brotam pulsantes, / Vibrantes, / Diretas, / Insurretas,” “Invadi tuas fronteiras, / Sem passar pela Alfândega, / Sem quaisquer brincadeiras, / Apesar de minha verve pândega!” “Doce paixão / Sempre proibida / Longa extensão / Duma vida” “Depois de alguns semestres dessas disciplinas, / De mestres em Kama Sutra teremos diploma, / E, enquanto eu te treino, tu me ensinas, / E a linguagem do amor será nosso idioma...” “Pequenos gestos de amor / Podem ser capazes / De manter aquele ardor / Ou reviver jogos vorazes / Entre amantes que se fartaram / Da falta de imaginação de relações antigas” “Até que enfim, / Você me falou toda a verdade, / Que há tempos me ocultava, / Mas não precisava ser sincera assim, / Não devia me falar da saudade,” “Mas, perto de você, / Disparo a declamar poemas, / Minhas pernas viram um purê, / Mas sou salvo pelos fonemas!” “Eu tinha um nome, mas o esqueci, / E afinal, para quem isto importa? / Eu tinha um amor, mas um dia o perdi, / Sou um nome esquecido numa alma morta...” “E então, você me confessou o contrário, / E revelou que aquelas lágrimas / Eram para agradecer aqueles momentos, / Onde eu a ensinara como se pode amar / Daquele jeito insano, sem amarras / E sem qualquer arrependimento! / Entendi o alcance do que você dissera, / Mas quem imaginaria em sã consciência / Que é possível chorar de prazer?” “Que destino darei a esses versos desperdiçados, / Tantas rimas nobres em uma triste canção? / Como atiçar os olhos dela blindados, / Insensíveis a essa demonstração de paixão?” “Cometi um terrível recado mortal, / E preciso pagar por esse enterro fatal, / Devo me redimir das minhas lupas, / Pois minhas extrações não são desculpas!” “O maior mistério do Universo / Não é quem foi o seu Arquiteto, / Nem quem inventou a rima para este verso, / Ou mesmo os problemas e contratempos, / Ou a maledicência e a ofensa, / Nem de quem foi o primeiro amor secreto,” “Tudo o que eu queria era um pouco de paz, / E que tivéssemos um instante de calmaria, / Sem ter de lidar com essa sua ânsia voraz / De colocar uma pá de cal em minha Poesia...” “Às suas opiniões, sempre recorro, / E seu equilíbrio assim me norteia, / E às vezes até lhe peço socorro / Se um soco da vida me nocauteia.” “Você era tudo que eu sonhava, / O oásis que não havia / Em meu deserto, / Que somente de areia pulsava, / E eu, inútil poeta / Que perdera a inspiração, / De seus caminhos passava longe,” “Memorizo cada detalhe teu e tua cor, / Com essa minha precisão incurável, / Para não mais esquecer, por onde for, / Cada instante dessa paixão inolvidável...” “E, se alguma coisa por ti acaso eu sentia, / Em algum instante, de mim foi expulsa, / E tudo que poderás saber de mim virá da Poesia, / Que jamais te revelará por quem o meu coração hoje pulsa...” “Foi inevitável: / Nossos cromossomos se amam, / Nosso DNA coincide, / E é indesvendável / Como nossos corpos se inflamam, / Cada célula uma na outra colide!” “Não me olhe assim desse jeito, / Como se te amar fosse possível! / Mais fácil arrancar o coração do peito, / Do que cultivar um amor impossível...” “Os versos então se juntaram, / Como se fosse o seu destino / E essa canção triste formaram, / Contando esse cruel desatino, / Em veloz sucessão, / Nesses versos nada modernos, / Pois neles explodiram, em profusão, / Rimas harmoniosas,” “Contamos nossas histórias de vida, / De encontros e desencontros, / Paixões desgovernadas, / Destinos jamais cumpridos, / E prometemos um ao outro / Concluirmos enfim o capítulo / Daquela noite jamais esquecida, / Aguardando por tanto tempo sua conclusão, / Nessa nossa história ainda sem ponto final” “Tentando navegar em teu oceano de gelo, / Minha bússola quebrou, / Minha âncora se espatifou, / A desilusão embranqueceu meu cabelo.” “Depois disto, tudo viraria passado, / E o futuro, uma noite escura e imensa, / Depois do enterro desse amor assassinado / Pela sua cruel indiferença...” “Esses meus esquecimentos andam crônicos, / E quanto mais rezo, mais assombrações aparecem, / Meus amigos comigo andam lacônicos, / E, como me esqueço deles, desaparecem!” “Se te descuidas, / Um passo sequer, / Com essas relações fluidas, / Escolhes uma mulher / Sem caráter, falsa, / Uma garota de programa / Sem nada debaixo da calça, / E que jura que te ama,” “Nunca saberás / O quanto eu te quero, / Mas minha esperança perdeu o gás, / E o que resta está perto do zero!” “E, olhos nos olhos, enfim crio coragem, / E trocamos um beijo libertador, / Nossas bocas fundem-se, numa só imagem, / E então eu te declaro que o nome disto é amor...” “Em pleno meio-dia, estava escuro, / Minha lanterna ficou sem pilhas, / O passado invadiu meu futuro, / Os meus Cs perderam as cedilhas.” “Terá a 4ª dimensão regras restritas, / Como nos filmes que se fizeram / Sobre viagens no tempo, / Onde tudo quase sempre dá errado, / Ou será que tudo que modificarmos / No passado, tentando resolver paradoxos, / Terá efeitos devastadores,” “O pão da vida / É a fé verdadeira, / Que transpõe abismos, / Move montanhas, / E a crer em Deus nos convida, / E dedicar-nos a Ele pela vida inteira, / Enfrentando cataclismos / Que nos expõem as entranhas,” “Um choro novo irrompe no ar, / Mostrando que o bebê / Tão esperado chegou, / Uma lágrima doce a se derramar, / Com a doçura que só nas mães se vê,” “E vamos juntos, pela vida afora, / De mãos dadas, entrelaçadas, / Que durará aqui até nossa última hora, / Mas reviverá em nossas derradeiras moradas...” “Faça de mim seu escravo, / Enquanto eu a desbravo, / Percorro os seus íngremes caminhos, / Para descrevê-los em meus pergaminhos, / Desvendo sua mata, / Para ver jorrar a sua cascata,” “Não tenho compromisso assumido, / Exceto com o diário de bordo, / Tirei férias desse tempo profano / Sob o jugo do qual tenho vivido, / Nesse sonho do qual não acordo, / No qual há somente eu, Deus e o oceano...” “Sim, eu me lembro dela, / Um sonho que jamais floresceu, / Apesar do fogo no olhar, / Não mais que uma paixão de novela, / Uma chama que aos poucos morreu, / Mesmo com tanto amor a pulsar...” “Nesse estranho Universo / Tridimensional / E inconsequente, / Virei um ser unidimensional: / Já não tenho frente, / Apenas verso...” “Sinto tua falta mais do que reconheço / Nessa ópera bufa na qual sou o jogral, / Alegrando uma corte que mal me escuta... / Será que essa tristeza é só o que mereço, / Serão essas lágrimas apenas um sinal / Do início dessa solidão absoluta?” “Nesses teus pensamentos subterrâneos, / Será que sentimentos por mim habitam, / Ou não passam de pruridos subcutâneos / Essas chamas nos olhos quando me fitam?” “Nosso amor foi um fogo de palha, / Que num instante queimou, / Uma breve fornalha, / Que tão pouco durou, / Uma afiada navalha, / Que em meu coração se cravou,” “Para mim, és o melhor energético, / Mesmo sem recitares nenhum poema, / Basta olhar para teu corpo atlético, / Para nos imaginar numa sessão de cinema, / Tu e eu, protagonistas de um filme erótico, / Agarrando-nos, jogando as roupas pelos ares, / E depois, surfando por teu corpo hipnótico, / Catalisador de todos os meus olhares,” “Nossos milênios podem ser diferentes, / Mas e daí, se você é breu complemento? / O que morta são nossas noites ardentes, / Ficar monge de você é um tormento!” “Nosso amor espalha-se pelos ares, / Doce fonte de tantos prazeres, / Encantas minha alma ao sorrires, / Espantando de mim todas as dores, / Que se escondem bem longe, alhures.” “Fica comigo por toda a madrugada, / Revela-me teu mais íntimo segredo, / Deixa-me ouvir teu doce gemido, / Enquanto juntos formamos um todo, / Eu a explorar o teu corpo desnudo...” “This darkness you belong / It’s in your inner cells / It grows ever and ever strong / In your multiple hells”



Ah Poesia O Que Fizeste


Ah Poesia O Que Fizeste
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-04-01

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51º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV - PANTHEON Alguns trechos: “Ah, Poesia, o que fizeste? / Conta-me o que faço agora, / Depois de tanto amor que trouxeste, / Por que a deixaste ir embora?” “Onde foi parar esse pedaço cortado / De minha alma tão subitamente? / Não deixou rastros, telefone ou recado, / Nem um fantasma arrastando a corrente!” “Fui desmontando as caixas, / Onde guardava o que me pertencia, / Fui lamentando as baixas / Que se foram, junto com a Poesia!” “Após a partida definitiva, de alguém que não voltará, / O vazio que fica no peito é uma sensação tremenda, / Que o passar do tempo inclemente apenas amenizará, / Nesse filme de terror dublado em chinês sem legenda...” “A ampulheta do Sonho suspira, suspira, / Por causa de anjos que nunca vira, / E de memórias que a noite trouxer...” “Talvez tenha sido melhor assim, / Quem já não teve um amor fracassado? / Um dia tudo na vida chega ao fim, / Como um navio que acabou naufragado!” “Senti-me como se estivesse sonhando acordado, / Flutuando entre nuvens em plena rua, / No meio de um trânsito caótico e assustador, / Mas tudo o que via eras tu ao meu lado, / Encantando-me com cada risada tua! / Serão esses os sintomas do amor?” “Meu eu-poético é atemporal, / E tem idade indefinida, / E às vezes parece imortal, / Além dos limites da vida.” “Ando cansado de ser feito de trouxa / Por políticos velhacos, cheios de artrites, / Que se divertem, rindo de nossa desgraça, / Livres porque nossa Justiça é frouxa, / Mas parem de testar meus limites, / Porque isto já perdeu a graça!” “Quero muito te padecer / Por cromossomos felizes / Como alguém bode ser / Sem queixar cicatrizes!” “Soltei uma colorida pipa / Do alto da mais alta montanha, / Enquanto 9aos poucos se dissipa / A névoa que nos picos se entranha.” “Essa visão tão hipnótica / Provoca-me até calafrios! / Terá sido apenas ilusão de ótica / O convite que li em teus olhos frios?” “Quantos sonhos se perderão em abismos, / Quando ter piedade deixará de ser profano, / Quantos ainda deverão ser os cataclismos / Para que o ser humano se torne apenas humano?” “A paixão deixa cicatrizes como um açoite, / Que se compraz em deixar suas marcas, / O amor chega do mar junto com a noite, / E nos leva a passear em suas barcas...” “Tenho tantas histórias para contar, / Tantos versos que me aguardam, / E tão pouco tempo...” “Há muita lama, um mar de lama, / No rio, sobre corpos soterrados, / Nas margens, entre cada bombeiro, / Mas de outra espécie, há muito mais, / Que por outro nome se chama, / Nos gabinetes refrigerados, / Da espécie encoberta por dinheiro, / E que não sai nos jornais...” “O que fazer, no que me resta de vida, / Se minha música se perdeu no silêncio imenso, / A estátua que esculpira foi destruída, / As lágrimas encharcaram meu último lenço, / E agora nada mais me resta, / Meus sonhos partiram, / Disfarçados de noites, / Só ficou em mim o que não presta, / E essas rugas que os anos esculpiram, / Dispensando chibatas ou açoites...” “Qualquer dia desses, vou dar uma parada, / Diante de você, como um louco cujo alvará venceu, / E, antes de levar de você outra bordoada, / Olhá-la docemente e dizer: confesso, fui eu!” “E foi assim que sempre vivemos, afinal: / Um barril de pólvora sempre a explodir, / Mesmo pelos mais insensatos motivos, / Agora aqui estamos, vendo a morte eclodir, / E este é o último instante em que estamos vivos, / E então você me beija, cravando-me o último punhal...” “Pois esse danado tem um parafuso a menos, / E não se importa que eu sofra tanto, / E fica me oferecendo esses venenos / Disfarçados de morenas cheias de encanto!” “Mande-me um derradeiro recado / Pelo Whatsapp enviado / Dizendo que de mim desistiu / Mas para mim você já é passado / Apenas um terno apertado / Que não mais me serviu” “Como é duro o ofício / De escrever um texto fictício / Que conte a explosão de um míssil, / Lançado nessa praça, apesar de um armistício, / Numa guerra entre nações à beira de um precipício!” “E depois, joguei as cinzas ao vento, / Para se espalharem pela cidade, / E, para encerrar, escrevi esse lamento / Por meus últimos dias de felicidade...” “Em um ambiente bucólico, / No interior de um templo católico, / Escrevi um poema melancólico, / Cheio de um teor simbólico.” “Onde já se ouviu falar de um índio poeta? / Mas para descrever essa minha fantasia / E essa paixão incrível que me completa, / Como poderia fazê-lo, se não fosse a Poesia?” “Estraguei tudo / Quando derreti o escudo / Que me protegia / Dessa louca fantasia” “O que é essa incrível magia / Que me faz sonhar contigo, com ardor, / Por que me despertas tanta Poesia? / Acho que chamam isto de amor...” “E suas almas distintas aos céus se elevaram, / E o piedoso Julgador deu a ambas o mesmo destino, / A Casa dos Sonhos curou suas feridas que nunca sararam, / Polos extremos igualados, num perdão divino...” “E quando afinal despertas, é tarde demais, / O tempo passou como um rolo compressor, / Levou tua juventude, que não voltará jamais, / Deixando a última pergunta: era mesmo amor?” “E da música se fez uma sinfonia, / E da sinfonia se fez um poema, / E do poema se fez o encanto, / E do encanto se fez o amor, / E do amor se fez a saudade, / E da saudade se fez um encontro...” “Um morcego pousa em meu lustre, / Espreitando-me de cabeça para baixo! / O que quererá esse visitante ilustre, / Em qual instinto seu eu me encaixo?” “Em uma noite, vivemos uma vida, / Mesmo que isto nem fosse preciso, / Pois seu amor é a mais rica jazida / Escondendo pepitas de ouro em seu sorriso.” “Estava escrito nos astros / Que o amor nos juntaria / E deixaria seus rastros / Em nós como companhia” “Tem gente que é meio patética, / E de tanto assistir ao Dr. House, / Resolveu fazer uma cirurgia estética, / E ficou com a cara do Mickey Mouse!” “Tive uma ideia humorística / Que me fez rolar de rir pelo chão / Mas vais achar meio cabalística / E podes pensar que sou meio bufão / E corro o risco de aumentar a estatística / E ouvir de ti mais um palavrão!” “Mas o letreiro do “FIM” ainda não foi mostrado / No filme em que se transformaram nossas vidas, / Entre idas e vindas ainda nos encontraremos, / E um beijo doce mandará de volta ao passado / Cada uma dessas despedidas tão doídas / Que no espelho dos olhos revivemos...” “Vives atrás de mim, com o dedo em riste, / Procurando minha agenda secreta, / Sem saber que ela sequer existe, / Mas quem mandou amar um poeta?” “Quantas luas no céu deverão surgir, / Quantos cometas irão passar, / Quantos segredos precisarei descobrir? / Quantos brontossauros renascerão no mar, / Quantos unicórnios deverão ressurgir, / Quantos sonhos enterrará este sonhador, / Quantos poemas deverei escrever para ti somente? / Será que para ver brotar em ti o amor, / Será preciso que eu te reinvente?” “Ao longe, vejo tua imagem, / Devagar outra vez se afastando, / Meu olhar em teu vulto naufraga, / Indo em direção ao portão de embarque, / Embarcando para a mais triste viagem, / De mim novamente se distanciando, / Marcando-me de novo essa chaga, / Que não há quem desmarque!” “Depois do terrível naufrágio, / Em que nós dois submergimos, / Pegamos tristeza por contágio, / E nunca mais sequer sorrimos.” “E agora, aqui estás, linda e sorridente, / Olhando-me como ao teu príncipe encantado, / Mas encantado nunca fui, apenas pungente, / Por causa da Poesia, que caminha ao meu lado.” “Só assim nos livraremos desses malditos, / E nunca mais um pirata entrará em nosso porto, / Pois esta cidade será descrita em seus mitos / Como o lugar onde o infame Barba Negra foi morto...” “Esses raios que em seus olhos resistem, / E que pela última vez para mim cintilam, / Reluzem por sentimentos que não mais existem, / E só em pensar que se foram, me horripilam.” “Pois fico atrás de você, submisso, / Esperando para você me dar mole, / Mas só você ainda não sabe disso, / Não vê meu olhar que a você engole,” “A vida nos deixou sem sentidos / E sem sentimentos / Sem tempo de pedirmos socorro / E depois / Cá estamos nós dois / Totalmente perdidos / No mato sem cachorro / À mercê do uivo dos ventos!” “Digo que vou abrir as janelas, / E você vai para Bruxelas. / Digo que vou dar uma palestra na escola, / E você vai para Angola. / Sei que parece uma ideia absurda, / Mas será que você ficou surda???” “Um dia, eu me vi meio down, / Então, fui ler tirinhas do Charlie Brown, / E espero que você me desculpe / Por ver em minha cachorra traços do Snoopy.” “Mas, em meus sonhos, todas as noites eu a via, / Maravilhosa, sempre naquela mesma jaqueta, / Despertando em mim esse doce dom da Poesia, / Esperando que ela volte, na cauda de algum cometa...” “Mas jogo é jogo, treino é treino, / E, emaranhado em suas pernas, / Mal a noite nos mostra o seu reino, / Vamos brincar de dragão e cavernas!” “And then the verses started to sing / Telling us a story of an eternal love / She was a queen and I was her king / And our kingdom was in the skies above”



Sombras Que Restaram De N S


Sombras Que Restaram De N S
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-12-07

Sombras Que Restaram De N S written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-12-07 with Religion categories.


81º livro do autor do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores (exceto POETICAMENTE TEU , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia), em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS Alguns trechos: “Tento te esquecer, mas descobri que é impossível! / Onde havia tantas cores, hoje não há mais nenhuma, / E somente em teus filmes, ainda te vejo e ouço tua voz, / A história de minha vida virou um rabisco ilegível, / A melancolia que me preenche cada vez mais se avoluma, / Debaixo dessas tristes sombras que restaram de nós...” “Quando o mundo acabou, / Estávamos todos acordados, / A bordo da nave rumo a Marte, / E vimos como tudo aconteceu, / Meros observadores do Apocalipse!” “Ah, vento, o que foi que fizeste? / Onde foi que encontraste / Em algum passado remoto / Aquela voz suave que me enluarava, / E que agora de volta trouxeste, / E de novo por ela me encantaste, / Sacudindo minhas lembranças como um terremoto, / E em meu vulcão extinto fazendo renascer a lava?” “É a Poesia que me faz desvendar terríveis crimes, / Que seria de mim sem essa minha amiga predileta, / Quem mais me contaria essas histórias sublimes, / Que eu reconto nessas páginas, disfarçado de poeta?” “Talvez estejas em meu caminho, / Pode ser apenas por obra do destino / Que sonho contigo logo ao adormecer, / Talvez te encontre, numa noite regada em vinho, / E descubra que não foram só um desatino / As mil e uma noites antes de te conhecer...” “A felicidade era minha vizinha, / Mas, cego, eu nem a percebi, / A casa de quem me amava era ao lado da minha / Mas na fonte dos beijos dela, nunca bebi...” “Pode ir embora de minha vida, / Isto não me tornará um asceta, / E você, será apenas outra musa esquecida, / Na estante de rimas desse pobre poeta!” “Quando navego em teu meigo olhar, / Magicamente me teletransportas / Para esse teu encantado mundo, / Que habita no interior de um quasar, / E, naquele mundo em teu azul profundo, / Para mim se abrem todas as portas,” “A dúvida que tenho / É se guardará no olhar / Aquele mesmo fogo que ardia / Quando nos encarávamos / Ou enquanto nos amávamos, / Em tantas noites memoráveis,” “Em meio a todo esse pânico / Esse nosso amor transoceânico / Atravessou fronteiras / E barreiras / Místicas / Linguísticas / E juntou nossos caminhos / Agora vizinhos” “Quem diria, vendo-nos assim, / Eu, escravo de tua boca carmim, / Que antes, estive tão perto do fim, / Esperando explodir meu zepelim!” “Desde que passear pelo teu corpo meu olhar ousou, / Minha vida sem ti não faz mais sentido, / Sou um tonitruante pássaro por teu olhar abatido, / Que nunca mais em outros galhos pousou!” “De repente, eu me vi pensando nela, / Que há muito tempo já havia esquecido! / O que terá acontecido com ela, / Será que encontrou da vida o sentido?” “Minhas feias estão repletas de veneno, / O sangue que nelas porre está contaminado, / Sua tangente agrediu meu cobre cosseno, / Que esguichou tristeza por rodo lado!” “Ele se acha um cômico, / Mas não passa de um tragicômico, / Contando piadas sem graça, / E troçando da própria desgraça,” “A longa espera na comprida estrada / De nada havia adiantado, / E, à medida que escrevia, / Aconteceu um fato inusitado, / Pois uma solitária lágrima furtiva / De meus olhos gentilmente escorria, / A ressuscitar uma lembrança viva, / Que aquele poema também retratava, / Pois a mesma história comigo aconteceu, / Porque alguém que eu tanto amava / De mim também se esqueceu...” “Ela invadiu minhas defesas, / E demoliu os meus muros, / Com suas doces surpresas, / Pagando meus carinhos com juros, / E, por mais que eu a aplauda, / Ela, modesta, fica nos bastidores, Com seus olhos cor de esmeralda, / E sua completa ausência de pudores!” “Não me Covid para uma festa / Bonde ela também estiver, / Dois das defesas que ergui, nada resta, / Ela é a Poesia em norma de mulher, / E uma entranha sinergia nos une,” “Há um tempo para apagar as mágoas / Que o seu coração por raiva guardou, / E deixar que se dispersem nas águas / Que o rio do tempo para longe levou...” “E daquele amor tão doído, / Hoje em dia, mais nada sobrou, / Jaz por aqui, em um canto esquecido, / E dele nem mesmo a saudade restou...” “Talvez eu lhe confidencie / Algumas antigas reminiscências, / E talvez então você silencie / E mergulhe em minhas confidências, / Extraídas de alguma antiga história, / Que não saberá jamais se foram inventadas...” “Eu me distraí, quando você caçou, / Tropecei, e me Spotify no chão! / Fiquei prateado, pois você viu e caçoou / Daquele nada embaçado tropeção!” “A vida é uma ilusão irrestrita, / Que se diverte em nos perturbar / Por causa de um amor passageiro / Ou de alguma ruiva bonita, / Que sequestrou o nosso olhar, / E nela pensamos o tempo inteiro...” “E esse réquiem que agora narro / Sobre essa paixão que foi se quebrando, / Num oceano no fundo de um jarro, / Virou um estranho texto sem nexo, / Sobre um amor que pouco durou, / E sobrou esse pálido reflexo / Num espelho fosco que já se quebrou!” “Mesmo assim, ando por aí disfarçado, / Fazendo de conta que ao vírus sou imune, / E pelos miseráveis não me sinto culpado, / Pois a mesma tristeza nos reúne,” “E não sei o que aconteceria / Se eu lhe dissesse que é você a musa / Que em meus versos canto, / Como se fosse imaginária, / Assim tão cheia de encanto, / Um par para minha poesia binária / Que fala de estrelas vizinhas / Uma em volta da outra, girando / Juntas, mas sempre sozinhas,” “’Bom dia’, foi o que cada um escutou / Mas o que queriam dizer, na verdade, / Era ‘que bom que afinal você chegou!’, / Aquelas almas tristes nessa triste cidade!” “Fui visitar um oráculo, / Para consultar meu destino / Com uma das pitonisas, / E, ao te ver à minha espera, / Esse raro espetáculo, / Com esse teu olhar divino / E as tuas curvas precisas, / Até me esqueci porque viera!” “És um poema jamais publicado, / Que assombra os meus caminhos, / Preenchendo-os de flores exóticas, / Todas elas com a cor do pecado, / Descrita em antigos pergaminhos, / Pois inspiras minhas fantasias eróticas, / Desde a noite em que nos conhecemos,” “Não me lembro de ter o cabelo tão cumprido / Desde que eu tinha apenas 20 manos, / E, por ramais que tenha crescido, / O agasalho mostra bem o peso dos anos!” “Seu prazo de validade venceu, / Seus beijos se estragaram, / Pois depois que nosso amor faleceu, / Flores podres por aqui se instalaram.” “E, do jeito como disseste ‘Obrigada’, / Subiu aos céus minha fogueira pagã, / Por teu sorriso lindo libertada, / E foi então que um milagre aconteceu, / Como há muito tempo eu não via: / Aquele poema ordinário por amor ascendeu, / Criou corpo e alma, e virou Poesia...” “Pois esse vazio que sinto, / Imenso, imensurável, / Alastrou-se por meu organismo, / Em meus poemas, nas telas que pinto, / Lá está ele, impalpável, / Arrastando-me para o seu abismo...” “E agora, muitas vidas depois, eis-me de volta, / Cresci, tornei-me o homem que ainda não era, / Por sua causa, provoquei em mim uma reviravolta, / Por nunca ter esquecido o que você um dia dissera!” “Meu coração era frágil, / E, à primeira desilusão, / Rachou e se quebrou, / E minha alma, por contágio, / Ao ver se partir meu coração, / Partiu para longe, e não voltou...” “Era uma vez alguns ratos enormes, / Que, comandados por um feiticeiro, / Tocando uma flauta encantada, / Invadiram o Congresso Nacional, / Devoraram os políticos que encontraram, / E, por mágica, assumiram o lugar deles.” “Mas agora, tudo o que quero é um vento brando, / Que me leve até a praia mais memorável, / Para nela adormecer até o romper da aurora, / E que a paz tão almejada me permita sonhar, / Em vez daqueles pesadelos que venho tendo, / E depois, de novo deixar as velas soltas aos ventos solares, / Não importa mais para onde o oceano me levar, / Talvez um dia eu volte, mas por enquanto apenas pretendo / Enterrar a saudade no mais profundo abismo dos mares...” “Naquela morena, com seu olhar cristalino, / Cheio de magia, encontrei o que procurava, / E, no que chamam por aí de destino, / Descobri a paixão que em vão buscava, / Por becos e esquinas sombrios, / Entre cálices de vinho e copos de cerveja, / Em corpos quentes, mas com lábios frios!” “Peguei um cálice de tristeza / E uma hóstia de pecado, / E coloquei-os sobre a mesa / Ajeitando-os com todo cuidado, / Rezei então ao Pai uma prece, / Pedindo para que este mundo profano, / Que de falta de amor padece,” “Mas parece que não te cansas / De vivermos nesses jogos perversos, / E lá vens de novo com tuas falas mansas, / E enches outra vez de amor os meus versos!” “Será que não vedes / Que essas paredes / Que nos separam / São apenas ilusórias? / Será que não notais / Que as distâncias abissais / Que entre nós se deparam / São só lendas e velhas histórias?” “Foi num instante fugaz, / Enquanto olhava tua boca vermelha, / Pensando no tempo que ficou para trás, / Que percorreu minha mente uma centelha, / E, num átimo, percebi que te amava, / Desde muito tempo atrás, / Mas só naquele momento soubera!” “E, já noite alta, as garrafas de vinho vazias / Eram testemunhas silentes / De que deixei para trás minhas noites sombrias, / Para o doce refúgio de teus braços ardentes...” “O que havia para dizer já foi dito, / Meus lábios quase se tornaram mudos, / E meus olhos se cerram ante a beleza, / Pois não tenho mais versos a escrever, / O último poema já foi publicado...” “Esse meu alter ego anda louco, / E se esqueceu de parar de sonhar! / Para ser internado, falta bem pouco, / Será que não se cansou das agruras de amar?” “Meus órfãos já estão bem cansados, / E meu fígaro não funciona direito, / Meus óleos andam meio turvados, / Sinto uma piranha dor no peito!” “Tuas palavras de amor / Jamais foram ditas, / Mas quase posso ouvi-las, / Nesse silêncio avassalador / Quando suavemente me fitas / Com essas tuas rútilas pupilas...” “Depois de comeres algumas daquelas iguarias, / Ficaste louca, e perdeste todo o juízo, / E depois, realizaste minhas loucas fantasias, / Despindo devagar as vestes de teu corpo preciso...” “Os propósitos divinos são indesvendáveis, / Quem somos nós, esses míseros mortais, / Para entender tantos mistérios inumeráveis / Que se estendem aos nossos pés, colossais?” “I know my time is shrinking, / And I’ll forget you, in a life or two, / But I’m still here, always waiting, / Waiting all my life for you...”



Os Olhos M Gicos Da Poesia


Os Olhos M Gicos Da Poesia
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-07-18

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O 92º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR Alguns trechos: “Mas, quando olhei ao meu lado, / Lá estava ela, ainda dormindo, / Esplendorosamente nua, / Aquele rosto belíssimo adormecido, / E tornara-se, por magia, realidade / Aquele sonho lindo do qual jamais despertei...” “Hoje, minha mente gangrena, / Mas sei que te amei em um ano qualquer, / Talvez entre Outubro e Dezembro, / Mas por certo não valeu a pena, / Pois nem mesmo por um instante sequer / De teu nome ou de teu corpo eu me lembro...” “E em meus sonhos habita, / Sonhando com sua pele morena, / Essa sua cor que acho tão bonita, / Mas que se mantém a uma distância obscena, / Sem chances para meu rigor exploratório, / Em percorrer suas cavernas, colinas e montanhas,” “Reconheço-te em cada verso / De amor que me vem à mente, / Mesmo nesse mundo adverso, / És de minha Poesia a semente.” “E sob o jugo das horas, incessante, / Vemos a vida passar num instante, / A pele, antes lisa, / Torna-se cada vez mais enrugada, / O relógio nos escraviza, / Já não nos lembramos de quase nada!” “Estás impregnada / Em minhas retinas, / Eternizada, / E iluminas / Minhas memórias / E histórias, / De ti repletas, / Em imagens estéticas, / Poéticas,” “Enquanto cada corpo não for saciado, / Durante horas a fio, / E cada sedução não for contemplada, / Permanece aberto o desafio, / Até cada barreira ser violada, / E cada tara secreta ser satisfeita,” “Quando quiser, pode ir, / Sim, pode partir, / Sem pedir desculpas, / Sem culpas, / Sem acender velas, / E sem maiores sequelas.” “Em todas as horas eu te vejo, / Na tela de minha mente, / Transbordante de desejo, / Com aquela roupa transparente, / Com a qual te vi na última vez, / Naquela noite encantada, / Tua transparência contra minha timidez, / O teu quase tudo contra o meu quase nada!” “Mas, quando se pratica o mal, / A devolução é austera, / Pois algum dia faz falta / Quem se dispensou de modo teatral, / E às vezes até meio perverso, / E então, o arrependimento nos assalta, / E isto é uma certeza inabalável,” “Pois talvez até pudesse me enganar, / Exceto por um mísero detalhe: / O que você diz não pode ser verdade, / E como poderia, / Se fui eu mesmo quem a inventei, / Tempos atrás, / Em uma história qualquer?” “Mães têm, pelos seus filhos, amor desmesurado, / E um imensurável zelo, / Tratam deles com todo o cuidado, / Dando-lhes carinho, paixão e desvelo...” “Quem me dera poder organizar esses arquivos, / Nos hemisférios de meu cérebro, tão arcanos, / Pois algumas memórias doem como chutes nos rins! / Para que ficar me lembrando de amores furtivos, / De que me servem imagens de casos profanos, / Qual é o sentido de guardar tantas lembranças ruins?” “Ela deixou poucos lastros, / Quase nada que a lembrasse, / O vento apagou os seus rastros, / E até a lembrança de sua face.” “Teu olhar tem um quê de divino, / E inspirou-me essa espécie de hino, / Para te dizer que sem ti eu não vivo, / Mesmo sendo apenas uma pasta em teu arquivo...” “A vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, / E a desilusão tomou conta de mim, / Quem mandou me apaixonar pela tua picanha, / Se tudo que me ofereceste foi o teu cupim?” “Gravei teu código de barras / Profundamente em minhas retinas, / E antigas paixões bizarras, / Esqueci como se fossem toxinas.” “Almas gêmeas / Que buscam a paixão, / Machos e fêmeas / Com feromônios de sobra / Para juntos gastarem, / A inventarem uma nova manobra, / Em posições nunca vistas, / E muito menos previstas, / Seus corpos a bailarem / Num balé erótico, / Improvável, insano, / Voraz, hipnótico, / No limite entre o divino e o humano...” “Por que hoje acreditei num milagre, / Pois sonhei que você ligava em meu celular, / Mas no final, o meu vinho virou vinagre, / Nessa triste noite onde sumiu o luar?” “Em minhas andanças / Pelas noites incertas, / Coleciono belas lembranças / E doces descobertas...” “Teu amor me preenche / De forma completa / E de gratidão me enche, / Por isto acabei virando poeta, / Para cantar em forma de versos / Essa tua doçura, / Que vejo nos teus universos / E provoca essa minha ventura...” “Tantas vezes nos amamos por horas a fio, / Mas depois me deixaste ir embora, / Sem me convidares para ficar / (E eu ficaria), / E quando finalmente me convidas, / Já passou da hora, / Pois o tempo é como um rio,” “Nessa corrida de obstáculos, / Para chegar afinal ao teu amor, / Rumo a teus olhos, raros espetáculos, / Esculpo versos, como se fora escultor, / Mas esses versos são estranhos, / E recusam-se a encontrar rimas, / São de diversos tamanhos, / E fogem assim que te aproximas,” “Anoitece... O sol desaparece no poente, / Levando consigo, lentamente, / O azul de teus olhos no firmamento, / Deixando-me a tristeza de tua ausência, / Que ocupa meu peito a cada momento, / Enchendo-o de saudades, sem clemência...” “Esses sons que pela noite ecoam / São apenas fantasmas errantes, / Que às vezes me abalroam, / De teu silêncio ecos distantes...” “Amores mortos não voltam mais, / E tudo o que lhe restará / Serão saudades inúteis / De momentos banais, / E de nós, tudo o que haverá / Serão recordações fúteis, / Chaves que não abrem nenhuma porta, / Antigos cartões guardados, / Velhas fotografias / Lembrando uma paixão morta, / Presentes para sempre abandonados / No fundo de gavetas vazias...” “Tudo bem, pode ir, / Não pense que me assusta, / Vá correndo encontrar / O que nunca perdeu, / Mas depois, não volte, / Não venha pedir de novo perdão, / Pois essa palavra maltrata, / E já me cansei de perdões,” “De manhã, quando desperto, tu somes, / Não passas de alguém que criei, / Apenas um desses fantasmas sem nomes, / Que em minha Poesia inventei...” “E depois, estaríamos condenados / A vagarmos como zumbis, / Devorando-nos uns aos outros, / Num futuro assustador, / Jamais imaginado pela ficção científica?” “E nessa eterna dicotomia / Eu me equilibro / Entre a vida e a Poesia / Com cada novo poema vibro / Mesmo que o mundo / Jamais o conheça / Mas quem sabe no espaço profundo / Algum novo cometa apareça” “Mas já me acostumei com essa sina, / Pois esse excesso de ideias é uma carga, / Mas, no fundo, é uma bênção divina, / E o que fazer, se a Poesia não me larga?” “E quando, bem mais tarde, em meu ombro deitares, / Em meio aos meus braços maciamente aconchegada, / Enquanto meus lábios docemente beijares, / Sussurres que esta é apenas nossa primeira madrugada...” “Que magia é essa nesse olhar tão puro, / Que me faz compreender que não sou nada? / Por que Sua luz preenche meu coração impuro, / E guia meus passos nessa longa jornada?” “Mas assim é o dom da Poesia, / Que cria universos tão improváveis, / Narrando histórias de pura magia, / Entre amantes loucos ou insaciáveis...” “Então, mergulhei ao fundo de um poço, / Do qual não havia saída, / Imerso em pesadelos até o pescoço, / Até o fim de minha vida, / E o horror embranqueceu meu cabelo, / Nessa cela mental na qual me tranquei, / Depois que mergulhei nesse pesadelo, / Do qual nunca mais acordei...” “Enrosca os braços em meu peito, / Confessa que não sabes porque demoraste tanto, / Mas não imaginavas que pudesse ser tão perfeito, / Que nossa primeira noite fosse tão cheia de encanto...” “Na primeira vez em que nos vimos, / Entre nós dois rolou um frisson, / Mesmo sem motivo, sorrimos, / Nossas risadas subiram de tom, / E, aos poucos, fui entendendo / Que não era apenas coincidência, / Nossa amizade evoluir num crescendo, / Muito além do que recomenda a prudência...” “Às nuvens eu me erguia, / Como se asas tivesse, / Ou houvesse virado um anjo, / Mesmo antes que um beijo me desse, / E nem sequer me constranjo / Em lhe confessar esse arroubo, / Mas meu coração você tomou, / E não denunciei esse roubo,” “E, um dia, já não há mais recursos, / O que havia entre os amantes se perdeu, / As vidas separadas seguem seus cursos, / Mais uma história que aos poucos morreu...” “Tu te encostaste em mim, / Tuas mãos em volta do meu pescoço, / E acariciei de leve tua pele de cetim, / Teu toque suave me causando alvoroço, / E foi assim, naquele clima sensual, / Que pela primeira vez nos beijamos, / Um beijo como nunca houve outro igual,” “Algumas decisões são difíceis, / Mas outras, são quase impossíveis, / E caem em sua vida como mísseis, / Demolindo sua mente em todos os níveis...” “Uma luz sobre nós se espalha, / Cortante como navalha, / Iluminando becos, / Revivendo rios secos, / Nos sertões, / Em míseros grotões, / Revivendo esperanças perdidas, / Sofridas, / Resgatando teu sorriso, / Que nesses versos poetizo,” “São rumorosos / Esses silenciosos / Cânticos / Quânticos / Não-ruídos / Sentidos / Por todos os lados / Mesmo abafados / Ecoam / Voam / Pelos ares / Por todos os lugares” “Afasta-te dessa escuridão / Que desde sempre te rodeia, / Desista dessa tua solidão, / E da tristeza que te permeia.” “Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...” “No quarto escuro, ouvi tua voz, / Sussurrando baixinho / Que tens saudades de nós, / Mas como pode ser, se estou sozinho? / Que estranha magia, / Que feitiçaria é essa? / Será para que eu quebre a promessa / De que um dia te esqueceria?” “Até há pouco tempo, eu era inteiro, / Mas depois de ti, não sou mais, / E neste poema derradeiro, / Revelo o que não revelei jamais: / Levaste um pedaço de mim, / O mais doce pedaço que havia...” “Três... / Jogue-me na cama, e deite-se por cima, / Esfregue-se em mim com volúpia. / Dois... / Beije-me novamente, murmurando, / Dizendo coisas que nem ousava pensar. / Um... / Encaixe-me em você, por horas a fio, / E nunca mais me deixe ir embora...” “Tantos muros ergueste / Em volta de ti / E nem percebeste / Quantas vezes morri / Quantos sonhos enterraste / Em meu coração / E nem mesmo notaste / A cor que pintaste o caixão” “I’ll be only your favorite poet / ‘til our souls can met / And walk together by the ways / Of this insensible night / That mantains us apart / My soul distant of your heart / For always”



Uma Hora Antes Do Fim


Uma Hora Antes Do Fim
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-10-24

Uma Hora Antes Do Fim written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-10-24 with Poetry categories.


96º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , todos eles (exceto Poeticamente teu , da Coleção Goiânia Prosa e Verso 2019)) publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA 93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI 94. LÁGRIMAS PROSCRITAS 95. EROTIQUE 8 Alguns trechos: “Foram tão poucos dias, tão poucos abraços, / E daqui a apenas alguns instantes, / Tua lembrança me acompanhará até o final, / Levarás contigo minha Poesia, / Mas no que escrevi, estarão para sempre teus traços, / Como no relato desses momentos lancinantes, / Antes de tua ausência tornar-se um pesadelo real...” “Se, em alguma dessas vezes, nunca voltares, / Minha existência perderá o sabor, / E a Poesia que me habita ficará exaurida, / Dispersando-se em vão pelos luares, / Pelos painéis onde pintei meu amor, / Pois é para ti que descrevo a Poesia da vida...” “Vem provar os meus beijos vorazes, / E a devassidão que me vem às vezes, / Uses a volúpia que vem sem que me avises, / E enquanto me cavalgas nessas horas velozes, / Vivamos na voracidade com que me seduzes.” “Possua-me e deixe que eu faça o mesmo, / Sem amarras nem censuras neste lugar, / Onde o destino nos juntou, numa noite a esmo, / Inesquecível, que jamais deveria acabar...” “Na última chamada para o teu voo, / Voltaste correndo da sala de embarque / E te atiraste em meus braços, / Pedindo-me que te deixasse ficar, / Mas eu te disse que era o teu destino, / E não te queria ver infeliz ao meu lado, / Por mais que me tornasse infeliz tua partida, / E, aos prantos, deste-me um último beijo, / E retornaste à sala de embarque, / Olhaste da entrada outra vez para mim, / Sacudida pelo pranto e pela dúvida, / Jogaste-me um beijo, e entraste de novo, / E logo o teu voo partiu...” “O mundo é mesmo assim, minha amiga, / Pagamos um dia o preço por nossos erros, / E pela sucessão deles, Deus nos castiga, / Em vez de aniversários, vamos a enterros.” “Por favor, peço que considere / Que, sem você, sou um peso morto, / Vagando por aí, em desatino, / Uma alma penada, pois só sobrevivo, / Sem razão nem por que, / Pois sua lembrança ainda me fere, / Sou um navio ancorado num porto, / Sem tripulação nem destino, / Pois sem seu amor eu não vivo, / Sou um fantasma de mim, sem você...” “Como não perceber que Deus, além de um esteta, / Capaz de inventar miríades de formas e vidas, / Trata-se afinal de um Supremo Poeta, / Com obras inexplicáveis, por Ele concebidas, / Espalhando pelas galáxias a Sua criatividade e Poesia, / Imensurável, ao criar mundos tão diversos, / Perfeitos, compartilhando uma indescritível magia, / Nessa incrível sinfonia de infinitos universos?” “E agora, o que faço da vida, / Se ela era a fonte de minha Poesia? / Por que essa lágrima sofrida, / Enquanto o meu mundo ruía?” “Nossas opiniões não coincidem, / E continuamos nos amando, / Mas nossas mentes colidem, / E estamos sempre discordando / Sobre tantos assuntos, / Por motivos jamais explicados, / Sempre juntos, / Eternamente separados...” “Eu te virava do avesso / E com fervor aceitavas / O que parecia o fim era só o começo / Das brincadeiras que comigo inventavas” “Ficará insone em algumas noites, até um novo dia nascer, / E tentará estancar cada lágrima fugidia? / Será que você conseguirá afinal me esquecer, / Depois de tantos anos de amor e Poesia?” “A mão que afaga é a mesma que apedreja, / E aquela que tem melhor pontaria / E, portanto, provoca as maiores feridas, / Que não cicatrizam por anos, / Ou pelo resto da vida...” “Quando termino de declamar uma última ode, / E logo depois, meu coração explode, / Então, tarde demais, você reage e me acode, / Arrependida, desesperada, / Por essa vida assim desperdiçada, / Logo depois de nossa última madrugada...” “Políticos vivem no reino do faz de conta: / Posam de honestos, / Mas, com raras exceções, / São um bando de vigaristas, / Capazes de passarem a perna / Em qualquer um!” “Meu rio deságua em teu oceano, / Num estuário repleto de sensações, / Minhas águas eriçadas e geladas / De encontro à tua praia úmida e tórrida...” “A Poesia sobrevive, / Por mais que tentem sepultá-la, / E nos corações dos poetas vive, / E, ao sopro de um olhar, a Poesia fala, / Libertando poemas românticos, / Pois quem mandou libertá-la?” “Então, por algum tempo eu te contemplo / Com esse carinho que mereces, / Nessa cama que virou nosso templo, / Pensando no quanto me enterneces...” “E você fica aí, tentando consolar os perdidos, / Pessoas que se arruinaram, atrás de dinheiro fácil, / Mas com qual base, se suas músicas são meros ruídos, / Se em seu livro da vida, sequer escreveram o prefácio?” “Você de mim se esvaiu, / Até que um dia sumiu, / Mesmo ecoando aos poucos / Os sons de seus gritos loucos, / Renegando-me como pária, / Delegando-me uma posição ordinária / Nessa sua vida proscrita,” “Tomo uns goles de margarita, / Para ver se apaga essa saudade infinita, / Que ficou quando você foi embora, / Tomo uns goles de rum, / E isto me lembra que até agora estou em jejum, / Mas o que fazer com essa lágrima fora de hora?” “Estava ao léu, / Cultivando tristezas de toda sorte, / Naquele dia assustador, / Quando te vi pela primeira vez, / Então, desceu do céu / Uma voz forte, / Dizendo: ‘Faça-se o amor’, / E o amor se fez...” “E, daquele estranho dia em diante, / Entrei no modo de sobrevivência, / Os controles travados em seguir adiante, / Sem nenhuma lágrima para suprir sua ausência.” “O jeito é trabalhar fada vez mais, / Para sobreviver à torcida do Leão, / E à terrível piranha arrecadadora dos fiscais, / Que xingo todas as noites quando deito no coxão!” “És a inspiração para a minha Poesia, / São para ti os versos que narro, / É teu o bosque que abriga a Fantasia, / No qual em meus sonhos esbarro...” “Sombras na parede piscam para mim, / Como se fossem de carne e osso, / Tridimensionais, como podem ser assim? / Será que minha imaginação chegou ao fundo do poço, / Por ficar vendo sombras que parecem vivas?” “Queria não te amar, mas amo, / Desisti de tentar te esquecer, / Pois descobri que estás impregnada / Nas memórias que nem tenho...” “Pois as palavras fortes que meus poemas soletram / Quaisquer dores de mim isolam / Formando em meu cérebro uma muralha / Invisível / Contra tudo aquilo que me devastaria” “Seu olhar é um poderoso afrodisíaco, / Que tem o dom de me fazer sonhar / Em levá-la a um lugar paradisíaco, / Uma praia deserta num distante mar.” “Depois de algum tempo / Você se acostuma / E nem procura mais / De onde veio o tiro pelas costas / Que acendeu essa desconfiança / E abalou o seu mundo seguro” “A última vez em que te esqueci / Não durou nem uma semana, / Um tempo astronomicamente longo / Para descobrir que sem ti não vivo, / Não passo de uma casca vazia, / Da qual roubaram um coração!” “Senhor, conduz-me por novos caminhos, / Arranca de meu corpo os espinhos / Nele cruelmente cravados / Pelos meus tantos pecados...” “Eu era feliz e não sabia! / Por que ninguém me contou / Que era você a fonte da felicidade / E onde morava toda a minha Poesia? / E agora, que você se foi e nunca voltou, / O que faço com essa maldita saudade?” “Esse pássaro pousado em minha mão, / Entoando a sua suave canção, / Equilibrando-se sobre o meu dedo, / Mostra que de mim não tem medo, / Pois certamente sabe que poetas são inofensivos,” “Tudo ficará bem, / Menos aquilo que não possa, / Por causa desse maldito vírus! / Nos próximos instantes, / Não morrerá mais ninguém, / Sufocado em alguma poça, / Ou abatido a tiros / Por antigos amantes, / Ou por causa de uma nota de cem!” “Esse teu olhar viciante / Hipnoticamente me seduz / Para cair em teus braços num instante / Mas na verdade estás a milhares de anos-luz” “Bem que queria jogar-me nessas procelas, / Tempestades sem fim que me convidam, / A desvendar desejos que não me revelas, / Mas meus sonhos em ti se suicidam.” “E, quando a manhã nos despertar, / Quero banhar-me em teu olhar, / Carregado de novas promessas, / E, em teus olhos expressas, / Fagulhas que antes lá não havia, / Quando te revelar que és a fonte de minha Poesia...” “Por que de repente tudo ficou estranho, / Entre nós uma muralha se ergueu, / E nossa volúpia encolheu de tamanho, / Até que finalmente o amor se perdeu?” “Um dia antes de nunca, / Você volta mais uma vez, / Chamando minha casa de espelunca, / Como, aliás, sempre o fez.” “Tenho tantas coisas para festejar, / Mas não festejo, / Tantos motivos para te desejar, / Mas não desejo.” “E tudo morre algum dia, / Inclusive o amor, / Que tem prazo de validade, / Pois logo se encerra a magia, / E depois, aos poucos perde o valor, / Até se converter em saudade.” “Você me procurará por toda parte, / E só cairá em si, ao ver a garagem vazia, / Nunca mais lhe escreverei uma obra de arte, / Como você costumava chamar minha Poesia. / Não encontrará nenhum bilhete de despedida, / Pois já havia me despedido tantas vezes, / Já passara da hora de sair de sua vida, / Como andava ensaiando há muitos meses.” “Esse tempo implacável / Salvou em um arquivo deletado, / Em algum nicho secreto / No fundo de minha memória, / As lembranças que havia de nós.” “Na primeira vez em que te vi, / Ouvi ao longe anjos tocarem trombetas, / Saudando a tua passagem, / E juro que até uma orquestra ouvi, / Vi no céu passarem vários cometas, / Eclipsados pela tua imagem!” “Nosso amor foi tão efêmero / Quanto o voo de uma borboleta, / Que de repente no chão se acabou, / Antes que ela sequer aprendesse a sonhar...” “E, mesmo que isto vá me estraçalhando, / Cada dia mais, vou te esquecendo, / Já mal me lembro de teu rosto lindo, / Ou das formas de teu busto redondo, / Eu te apago de mim, enquanto gira o mundo...” “Em cada país, inventam alguma desculpa idiota / Para esse ódio mortal sobre alguma etnia, / Mas a verdade é que essa ojeriza apenas brota / Em almas pagãs nas quais o demônio fez moradia...” “O amor está pelos ares, / Em todos os lugares, / Para onde quer que você olhe, / Sempre haverá alguém que lhe escolhe / Para lançar olhares pecaminosos, / Sugerindo paixões violentas,” “Please don’t call me again, / It’s the end of this game, / You’re no more in my brain, / Our love will never be the same.” Não sei mais como expulsar / Esse desespero, esses desenganos. / São poucos metros a nos separar, / Mas são tantos oceanos… Meu semblante não deixa transparecer, / Pois tranquei meus sentimentos numa caixa, / Mas a chave dela continua em tuas mãos! / E enquanto sigo rindo, pela vida afora, / Meu coração por dentro sangra e se dilacera, / Pois já não te quero mais, é certo, / Mas ainda e sempre, te amo… Acordei nesse momento desse devaneio exótico, / Voltando à realidade do meu mundo trágico, / Por tua presença outra vez mais ávido, / À espera do próximo sonho mágico... E, já no fim do ano, ao chegar a hora / Das alegres festas natalinas do mês de Dezembro, / Quando me lembrar do dia em que foste embora, / Serei triste como alguém que perdeu um membro… Com esse olhar tão Saramago, / Para o meu Cortázar, / Não importa o quanto eu Luft, / Rogarás sobre meus versos uma Braga, / Mesmo se ainda for Quintana-feira! / Acho que vou no bar tomar um Bilac, / Austen que seja tarde demais, / Para Verlaine se te esqueço, / E, como diria Peter Pan: Para o alto e Cervantes ! Pois mesmo quando ainda é verão, O frio asfixiante insiste em ficar / Lembrando-me daquela extinta paixão, / Da qual jamais me esqueço... / Por isto, tristeza, sente-se em qualquer canto, / Para mim é o fim, para você pode ser só o começo / De uma história que perdeu todo o encanto! Mas você nem percebe, / E imagina que aquele óbvio convite / Era a você direcionado, / E não a quem estava atrás de você, / Imperceptível aos seus olhos surdos, / À sua boca cega, / E aos seus ouvidos mudos... E lhe pergunto, brincando, / Se não quer me ressuscitar, / Pois só você poderia curar-me / Da doença terrível de ser um morto-vivo, / Eternamente nas garras do arrependimento... / E então você, num misto de riso e de choro, / Responde que aprendeu a arte da ressurreição, / E que o seu primeiro caso de sucesso / Foi ter ressuscitado a si mesma, / No instante em que atendi o seu telefonema! Como matar esta saudade, / Que me envolve por todos os lados, / Que me sufoca com intensidade, / De nossos corpos cansados, / Depois de deixares em meu rosto, / No final de uma noite atrevida, / De tua doce seiva o gosto / Que lembrarei pelo resto da vida? Ao ver o tamanho do estrago / Naquele ferro-velho sem solução, / Uma lágrima sorrateira brotou / No altar de minhas desilusões, / Mas ninguém a notou, / Exceto a noite! Mas agora, tudo o que quero é um vento brando, / Que me leve até a praia mais memorável, / Para nela adormecer até o romper da aurora, / E que a paz tão almejada me permita sonhar, / Em vez daqueles pesadelos que venho tendo, / E depois, de novo deixar as velas soltas aos ventos solares, / Não importa mais para onde o oceano me levar, / Talvez um dia eu volte, mas por enquanto apenas pretendo / Enterrar a saudade no mais profundo abismo dos mares... Amanhã, construirei um tosco avião, / E o lançarei do alto de uma montanha, / Para pelos ventos, leve, ser levado, / Carregando os versos de paixão, / Que de uma maneira estranha, / Descreviam esse amor desvairado… Enquanto a multidão, atordoada, / Perguntava-se em vão o que aquilo significava, / As rampas se ergueram, / Os seres celestes e os escolhidos entraram nas naves, / E as portas se fecharam. / Pouco depois, as naves partiram, / Deixando para trás um mundo sem juízo e sem perdão. / Foi pouco depois que explodiu a primeira Bomba... E nem preciso fazer nada disto, / Para saber que um dia te encontrarei, / E nos reconheceremos instantaneamente, / Tu me olharás e dirás: Eu te conheço! , / E eu responderei, sem pestanejar, / Olhando fixamente em teu rosto, / Com a voz embargada de tanta espera: / E eu te amo! ... Toquei a campainha de sua casa, / E, quando atendeu, eu a abracei fortemente, / E a cobri de beijos apaixonados, / E fui plenamente correspondido, / Pois às vezes isto acontece: / Gostamos tanto de alguém, / Que a amizade se converte em paixão, E, por medo de perdê-la, / Nada dizemos, / Correndo o risco de ficarmos / Sem nenhuma das duas coisas... E para defender nossa terra, / Morremos juntos na 1ª Grande Guerra, / Vimos Hitler virar um ídolo na Alemanha, / E os nazistas nos mataram na Grã-Bretanha! / Vivemos tantas vidas com nosso amor imortal, / Que sempre esteve acima de todo o mal, / E agora, quando me declaro te enfureces, / E vens dizer que nem me conheces? Depois de algum tempo, quando a dor se acalmar, / Quando não estiver tão exposta essa dor que se vê, / Mesmo assim, não sei se conseguirei me lembrar / Que algum dia preciso me esquecer de você… E agora, que finalmente a vejo aqui, à minha frente, / E relâmpagos cortam seu olhar como nunca antes, / Toda ruborizada, sem mesmo entender o porquê, / E tremendo de frio, mesmo estando tão quente, / Fixe em meu rosto os seus olhos brilhantes, / E, por favor, apenas me responda: era você? Eu via Deus em todos os lugares, / Mesmo nas horas mais sombrias, / Eu O encontrava em todos os luares, / A aquecer minhas noites mais frias. / Eu O percebia no canto dos canários, / Na melodia pungente do jazz, / Ele estava em todos os cenários, / Sentia-me às vezes como Moisés. Um dia, farão em meu cadáver uma autópsia, / Para saberem de minha morte o motivo, / Nunca descoberto em nenhuma biópsia / Nesse tempo em que ainda estou vivo! / Em minhas veias, correm rios de Poesia, / Versos líquidos percorrem meu sangue, / Meu coração bombeia pura Fantasia, / Que dispara e volta como um bumerangue! My kidneys filter and spray ideas and pics, / That my brain converts into poems, / Screens of love, longing or epics, / With fierce battles between phonemes! / But it will be too late, at the autopsy, / To find out how this can happen thereby, / This insane activity in this burning body / For your love, until the moment I die...