[PDF] Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora - eBooks Review

Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora


Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora
DOWNLOAD

Download Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora PDF/ePub or read online books in Mobi eBooks. Click Download or Read Online button to get Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora book now. This website allows unlimited access to, at the time of writing, more than 1.5 million titles, including hundreds of thousands of titles in various foreign languages. If the content not found or just blank you must refresh this page





Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora


Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-07-28

Essa Saudade Que N O Quer Ir Embora written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-07-28 with Literary Collections categories.


41º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA Alguns trechos: “Quando às vezes me lembro de você, / Dá uma saudade de cortar os ossos, / Daqueles tempos que eram tão nossos, / Dói fundo e nem mesmo sei porque!” “Soprei ao vento uma semente de Poesia, / Que se espalhou, sublime, por todo o Universo, / Preenchendo de luz cada alma vazia, / Tocada pelo amor contido em cada verso!” “Da primavera em tua mão, / A Poesia desabrochou, / Intensa, cheia de paixão, / E pela noite se espalhou!” “Nunca mais brotarão primaveras / Tão exuberantes, ao meu alcance, / Causando torpor até nas feras, / Que te ouviram passar de relance...” “Descobri, não sei porque, / Que meu amor por você / Jamais teve idade, / Apenas eternidade...” “Ousei tentar adivinhar qual é o segredo da vida, / Mágica e magnífica, esquecendo meus medos, / Mas quem sou eu, nessa minha busca atrevida, / Se não aprendi a decifrar sequer teus segredos? “ “Enches-me de sonhos com teus olhares, / E me revitalizas na cama com teu furor, / Pois tu és o meu poema de amor...” “E agora, que finalmente a vejo aqui, à minha frente, / E relâmpagos cortam seu olhar como nunca antes, / Toda ruborizada, sem mesmo entender o porquê, / E tremendo de frio, mesmo estando tão quente, / Fixe em meu rosto os seus olhos brilhantes, / E, por favor, apenas me responda: era você?” “Como encontrar tempo para repassar / A história de um amor intergalático / Que um cometa veio me narrar, / Dando uma pausa em seu passeio errático?“ “Nesse mundo mágico em que habitas, / Tua boca sussurra melodias benditas, / Que me fazem flutuar pelos ares, / De encontro a teus róseos mares, / No fundo dos quais atracarei o meu barco, / Para Cupido me acertar com seu arco, / Enquanto me atiças, assim linda e nua, / Até minha vida se mesclar com a tua...” “A mão do destino nos guia / Direto ao fundo do abismo / Ou aos píncaros da ilusão... / Enche nossas mentes de fantasia / E nos conduz a um cataclismo / Onde morremos de paixão!” “Está sendo uma triste sina, / Meu coração ficou sem gasolina, / E se recusa a voltar a bater, / Nessa fornalha que parou de arder!” “Foi depois disto que me disfarcei de luar, / Confundindo-me com as sombras da noite, / Fugindo de teu olhar a me enfeitiçar, / E de tua cama onde reinava um açoite!” “Nesse carrossel do amor que já não tenho, / Os cavalos de madeira trombam pelo caminho, / Como se fossem personagens de um desenho, / Onde no final sempre acabo sozinho!” “Ressuscitaste a minha Poesia, / E em desejos me fizeste arder! / O que é afinal essa tua magia, / Que conseguiu de repente me reviver?” “Chama / Minha / Alma / Para / Voar / Depois / Leva / Linda / Leve / Solta / Viva / Livre / Para / Amar” “Inicia-se a fase de tolerância zero, / Qualquer frase, é motivo de briga, / E tudo acaba sempre em discussão! / Um dia, Roma bota fogo em Nero, / A ex-amada vira a pior inimiga, / E o ódio toma o lugar da paixão...” “Pairam sobre mim sombras azuis / Enquanto documente me possuis, / Sob a imensidão de teu olhar profano, / Mais profundo do que o maior oceano,” “Ó, tu, que vens com minha saudade brincar, / Como se fosse uma doença, não um esgar / De dor que o tempo aos meus pés relegou, / Se um amor perdido por tua vida não passou,” “Esbanjavas risos e Poesia, / Ressuscitando-me com tua alegria, / Em Paris, naquela noite inesquecível, / Marcada por esse encontro incrível...” “Na próxima encadernação, / Não quero mais me flexionar, / Vou queixar em paz meu coração, / Chega de subjugar o verbo amar!” “Vê se me achas numa pirâmide do Egito, / Procurando a cura para um amor infinito, / E depois pelas areias sem fim do Saara, / Atrás de remédio para um mal que não sara!“ “E, quando a radiação chega, impiedosa, / Invadindo nossos corpos suados, / Beijando-nos até o instante de morrer, / A radiação se instala, vitoriosa, / Sobre nossos corpos desintegrados, / Num amor que nem a morte foi capaz de vencer...” “Esse meu coração apedeuta / Não se arrepende de ter te amado. / O jeito é contratar um cardioterapeuta / Para cuidar desse coração desvairado!“ “Um dia, uma hipotenusa / Apaixonou-se por dois catetos, / Iniciando um triângulo amoroso... / Mas ela logo ficou confusa, / Tendo pesadelos com quartetos, / Por ter começado esse jogo perigoso!” “Pode ir para o raio que a parta, / Ou talvez nas ruínas de Esparta, / Ou até para a Costa do Marfim, / Mas vê se esquece de mim!” “Será que você não me beijaria, / Como se nunca tivesse me visto, / Será que você faz a Poesia / Aceitar que sem ela eu existo?” “Como acontece a toda empresa falida, / Nosso grande amor fechou as portas, / E entrou para o rol das coisas mortas, / Como tudo o mais que há nesta vida!” “Essa dor sem rim me maltrata, / Escorrendo como se doce um sorvete, / Apertando meu respeito como um torniquete, / Que rasgasse esse decoração de lata!” “Ficamos juntos por quase toda a vida, / Mas deixamos o amor virar um calvário, / Mas não é justo que, depois de sua partida, / Você tenha me deixado esse maldito diário...” “De alegria, meus olhos chovem, / Emocionados por te verem passar, / E, por encanto, até pareço mais jovem, / Linda é essa magia de te amar...” “Essas doces memórias que tenho / De nossos dias de amor e delícias / Fazem parte da história que desenho / De nossos beijos e doces carícias.” “Perdoe-me por, somente depois de tantos anos, / Finalmente meu coração ter-lhe exposto, / E confessar-lhe que sempre a amei mais do que tudo, / E somente agora pedir-lhe perdão pelos enganos / Que vi escorrerem pelo seu lindo rosto, / E que fizeram em pedaços esse meu estranho escudo...” “Senhor, ensine-me a perdoar, / Antes de seguir por esses caminhos, / Para que eu consiga não amaldiçoar / Quem lhe puser Sua coroa de espinhos...” “Para a sua catarata, corre o meu rio, / Rumo a um abismo sem fim, / Sou engolido por esse olhar frio, / Que não sente nada por mim!” “Levo a Poesia por toda parte, / Por onde quer que eu vá, / Se algum dia eu viajar até Marte, / Deixarei meus rastros por lá!” “O céu da noite se encheu / De tempestades sombrias, / E o grito que ouvi era o meu, / Assombrado por almas vadias.“ “O amor é tão insensato, / E fica por aí a nos separar, / Nesse mundo ingrato, / Onde o pior castigo é amar...” “Grifos e esfinges propõem doutos enigmas, / Só decifráveis por quem da ambrosia comesse, / Deuses do Olimpo podem curar teus estigmas, / E queres achar um tesouro maior do que esse?” “Adeus, que a vida te devolva o feitiço / De alguém que te faça sentir arrepios, / Mas já não tenho mais nada com isso, / Desencalhei do teu mar meus navios...” “Como pudeste decair desse tanto? / Que demônio te tornou esse traste, / Como pudeste perder todo o encanto / Com o qual um dia me conquistaste?” “Enquanto vida tiver / Jamais deixarei de amá-la / Mesmo se minha vida estiver / Escorrendo por um buraco de bala” “Mas, em minha completa insignificância, / Nada pude responder à estrela solitária, / Como minha mensagem chegaria àquela distância, / Para consolar a inconsolável estrela ex-binária?“ “Seu fantasma ainda assombra o meu prédio, / E, na verdade, não acho que para isto haja cura, / Para males de amor, nunca inventaram remédio, / Lá fora é dia claro, dentro de mim noite escura...” “Não entendi porque essa tua desfeita, / Se tudo o que eu fiz foi te amar, / Tu eras a minha rima perfeita, / Que hoje o jeito foi apagar...” “Sem você, não haveria fantasia, / E o dragão teria devorado o luar, / Pois você é a própria Poesia / Que em meu mundo veio morar...” “And there’s nothing I can do, / So let me tell you goodbye, my dear, / I’ll stand right in front of you / To tell you my love is no more at here!”



Passagem Para A Saudade


Passagem Para A Saudade
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-02-11

Passagem Para A Saudade written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-02-11 with Religion categories.


66º livro do autor das seguintes obras, todas elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON Alguns trechos: “Mas mesmo aquele olhar de amor tão puro, / Não consegue reacender o pavio apagado, / Ou devolver a luz ao fim desse túnel escuro / Que leva para onde meu barco jaz, naufragado, / Ancorado para sempre ao fundo das dores” “E desde então, eu de novo a procuro, / Entre as esquinas dessa cidade imensa, / Mais um louco a vagar por aí, em cada rua, / Em cada bar lotado, em cada beco escuro! / Será que minha insanidade terá uma recompensa, / E alguma noite a verei, voando sob a luz da lua?” “Dê uma bicada devagar na minha vodka, / E admire no espelho nosso erótico reflexo, / E sob essa dosagem alcoólica nada módica, / Recite em meus ouvidos versos sem nexo!” “Aquela cena trágica tirou-me do casulo, / No qual me refugiara, como uma crisálida, / Um invólucro debaixo do qual dissimulo / Minha compaixão, que voltou a ser cálida!” “Foi num dia cinzento / Que você foi embora, / E desde esse momento, / Minha Poesia ainda chora!” “Chuva, cai silente, / Cai mansinho, / Mas não sei porque, / A chuva, docemente / Traz num torvelinho / Tanta saudade de você!” “Eu a olhei, sério, e lhe disse que pensasse bem, / Pois eu já passara daquela fase de molecagem, / E não queria começar um novo caso com alguém / Como ela, muito acelerador para minha pouca frenagem!” “Com você, foi-se tudo o que era bom, / Exceto a Poesia, mas o que me importa? / Tudo o que eu queria era ouvir o som / De sua chave outra vez girando na porta!” “Por que seu vulcão se tornou extinto / E cinzas tomaram o lugar de seu fogo? / Por que ao vê-la tanta dor eu sinto / Por nunca ter feito parte de seu jogo?” “É irracional essa saudade que tenho / Por você, que já não me ama, / Desce uma lágrima, franze-me o cenho, / Nessa tristeza que de minha alma derrama.” “Pilotando esse coração desmiolado, / Navego entre naufragados navios, / Atrás de sereias com seu canto encantado, / Mais sinuosas do que as curvas dos rios.” “Até quando conseguirei assistir / A esse apelo que leio em sua pupila, / Quanto tempo ainda conseguirei resistir / A esse meu desejo insano de possuí-la?” “O que fiz para merecer esses teus sorrisos, / Se não sou nada além de um poeta caótico? / Quantos versos de amor serão precisos / Para manter longe de nós esse pesadelo gótico” “Ah, ausência que me devora, / Por que ainda devo guardá-la, / Se até hoje ainda me apavora, / Essa saudade que me apunhala?” “Tudo acabou, / Onde havia nós dois, ficou um vazio, / A contar as memórias do que se viveu, / A última lágrima rolou, / Onde havia calor, só restou o frio, / E um último poema celebra um amor que morreu...” “Ó, Senhor dos vira-latas, / Não me deixe no abandono, / A depender só de minhas patas, / E proteja sempre o meu dono!” “Tentei invadir tua nave / Com minha Poesia lasciva / Mas fugiste como uma ave / De quem a quisesse cativa” “O que será que ela pensa que fiz, / A ponto de agredir-me dessa forma? / Por que ela tem tudo, mas vive infeliz, / E todo o meu amor não a transforma?” “Mas agora já é tarde demais / Para jogar minhas cartas na mesa, / Quem me mandou ignorar os sinais, / Se estava claro que não haveria defesa?” “Esse espelho miraculoso me leva ao passado, / Lembrando de nossa mágica primeira vez, / Naquele incrível fim de semana prolongado, / Onde conheci a resposta de todos os porquês,” “Poemas brotam de meus dedos, / Como flores nascem na primavera, / E me fazem revelar velhos segredos / Porque a Poesia não espera, / Não quer saber quem inventou / O amor onde só havia tristeza, / Depois que o último barco zarpou, / E só restara uma garrafa vazia sobre a mesa... “Mas não é amor ainda / Pois não sei / Se a paixão que vislumbro em tua face / Não é miragem ou o amor se esconde / Entre as lágrimas que vertem por teu rosto lindo” “Mas meus olhos e narinas ficaram insensíveis / E aquelas cores perderam o sentido, / Pois não há beleza no cemitério de uma paixão, / E a meus olhos se tornaram invisíveis / As flores e tudo que em meu jardim habita,” “Vamos juntos repartir as auroras / E acompanhar o Sol cair no horizonte, / E, depois de você em meu colo se deitar, / Vamos juntos compartilhar as horas, / E, enquanto jantamos, apenas me conte / Sobre essas maravilhas que vejo em seu olhar...” “E após nossas doces batalhas, / Sei que as migalhas (que orvalhas) / À tua imensa cama me levaram, / E às mãos que de mim abusaram, / Deixando-me quase prostrado, / Após uma noite de prazer e pecado!” “Por isto não sei se te amo, / Ou se esse sonho já passou, / Seremos flores do mesmo ramo, / Ou compartilhamos um sonho que passou?” “Os comentários eram diversos, / Todos eles lamentando o fim / Da fonte infinita desses versos, / Cada um deles com mais pena de mim.” “Ela se sentou ao meu lado / Na sala de cinema, / E olhou-me com olhar de pecado, / Tão linda como um poema!” “No fundo desse teu olhar esquisito / Existe um vórtice de ódio infinito, / Que me atrai rumo ao meu calvário, / Um asteroide a vagar em teu sistema planetário!” “E agora, nesses dias esquecidos, / Meu carro ficou sem gasolina, / De tanto buscar sonhos perdidos / Na padaria da esquina...” “Estou no fundo de um tanque, / Sem escafandro nem respirador, / Seria melhor escrever letras funk / Do que lindos versos de amor!” “E essa fome de você causa-me desvarios, / Pois, quanto mais vezes eu a vejo, / Com esses olhos profundos e bravios, / Mais ainda aumenta o meu desejo...” “Minha obsessão por rimas nobres / Há muito tempo já passou do limite, / Mas o que fazer, se detesto rimas pobres, / E na Poesia, não há nada que mais me irrite?” “Mas o tipo de terrorismo mais insidioso, / Que se esconde em refrigerados gabinetes, / É aquele do político sem consciência e libidinoso, / Que costuma morar em suntuosos palacetes,” “E a saudade chegou sem aviso, / Daquela nossa paixão de cinema, / E por isto escrevi de improviso / Esse triste e saudoso poema...” “Por que você não me deixa em paz / E vai assombrar outro de seus amantes? / Por que de minha sombra corre atrás, / A me vigiar em todos os instantes?” “Esses furacões que invadem nossas vidas, / Devastando paixões ensandecidas, / Destruindo nossas ilusões em série, / E corações naufragados na intempérie!” “Nesse indecifrável garrancho, / No simulacro de vida que me sobrou, / Entre lágrimas me desmancho, / Ao perceber que meu barco naufragou / Ao ver meu coração pendurado num gancho,” “Ela me deu um esporro / Só porque cheguei atrasado, / Agora, não sei se fico ou se corro / Para um lugar menos gelado!” “E onde haviam dois, agora só há um, / Solitário e triste, mesmo não estando sozinho, / Pois nada há mais triste do que olhos vazios, / A solidão disfarçada atrás de um cálice de vinho, / E a desilusão escondida atrás de olhos sombrios...” “Os tempos varrem / Para debaixo do armário, / Onde talvez se esbarrem, / Páginas rasgadas de um diário!” “A Poesia está em todos os lugares, / Mas só quem ama pode descobri-la, / No leito do mais remoto dos mares, / No fundo da mais brilhante pupila!” “Depois de noites vadias, / Submerso em frágeis delícias, / E ressurjo em quartos esquecidos / Onde, quando acordo, / Vejo rostos desconhecidos / Dos quais não me recordo,” “Poetas inventam novas gírias, / Que rimam com palavras estranhas, / Traduzem antigas epopeias assírias, / Versos em árabe frequentam suas entranhas!” “Li agora mesmo no jornal local, / Com tristeza e profundo pesar, / Uma breve nota de falecimento, / Pelo fim já previsto do nosso amor.” “Entre tantas perdas / E poucos ganhos, / Minhas duas mãos esquerdas / Estão cheias de lanhos, / E, cansadas de esmurrar facas, / Cada vez mais pontudas,” “Foi muito depois da meia-noite, / Minutos após ela voltar para casa, / Feliz e com o corpo saciado, / Por horas de paixão e loucura, / Que eu descobri que a amava, / E, louco, nunca lhe dissera, / Mesmo porque ainda não sabia!” “Leve-me em seu coração / Por onde você for, / Lembre-me de nossa paixão, / Que acabou virando amor.” “Faças tudo para sermos felizes, / Não deixes o amor deixar cicatrizes, / Juntemos nossos corpos ferozes, / E chega de encontros velozes, / Com tua doce seiva me lambuzes, / Enquanto sem censura me seduzes...” “Let’s go for a walk on the beach / Putting our footprints in the sand / Under that moon so out of reach / Letting our hearts each other mend”



A Porta Da Solid O


A Porta Da Solid O
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-03-01

A Porta Da Solid O written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-03-01 with Religion categories.


67º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE Alguns trechos: “E, ao cruzar aquela porta maldita, / Sei que dela não haverá retorno, / Ao transpô-la, herdarei uma saudade infinita, / Que girará sobre minha cabeça como um adorno, / A me lembrar para sempre do amor que passou, / Deixando-me nesse labirinto sem saída, / Que ao final de tudo, foi só o que me restou / Até o fim dessa aventura amarga que chamam de vida...” “Nesse vaivém do tempo que nos leva, / Entre lembranças do futuro e visões do passado, / Nossos caminhos nunca mais se tocaram, / Nem no meio de um deserto onde sempre neva, / E nunca mais aconteceu você do meu lado, / Nesses dias do futuro que jamais voltaram!” “Mas, sem motivo aparente, / Um dia se encerrou a nossa turnê, / Deixando-me com essa saudade intermitente, / Que às vezes dói, sem que eu saiba o porquê!” “Silêncios são instrumentos de tortura / Às vezes usados para nos levar à loucura, / Pois os sons do silêncio são imensuráveis, / Caóticos, sísmicos, inexplicáveis!” “Minhas memórias dominas, / E esse teu perfume intenso / Não me deixa esquecer / Aquela noite distante, / Em que até o amanhecer / Tive nas mãos o teu corpo pulsante,” “Não me olhe como se fosse impossível / Um reles poeta olhá-la como a encaro, / Causando-me essa dor indescritível / Por ignorar o meu verso mais raro!” “Nessa existência que perdeu o sentido, / Depois que o amor me abandonou, / A música de minha vida virou um ruído, / As luzes se apagaram antes do final do show!” “Eu lhe respondi que minhas preces foram atendidas, / E que Deus tivera pena de minha tristeza, / Sempre tentando arranjar um meio de atraí-la, / E de alguma forma aproximar nossas vidas, / Pois seu oceano atraía minha correnteza, / Todo o meu universo girava em sua pupila.” “Será que às vezes não te dói a ausência / De nossos encontros cheios de magia, / Ou ainda tens alguma reminiscência / De nossas sessões de sexo e Poesia?” “E agora, que estamos ausentes, / Cada um em um lado do planeta, / Eu em Goiânia e tu em Pequim, / Conversando em línguas diferentes, / Tu num palácio e eu na sarjeta, / Será que ainda sentes falta de mim?” “Essas feridas virulentas / Em tua alma expostas / E que em tua volta se espalham / Revelam essas raivas sangrentas / Que dás como ácidas respostas / Às cascavéis que atrás de ti chocalham” “As piores prisões / Não têm grades, / Paredes ou celas, / Nem guardas armados, / Correntes e grilhões. / Não estão nas cidades, / Vilas e favelas,” “Um disparo soou na noite escura, / Causando sinistros calafrios / Em quem o ouviu! / Terá sido alguma vingança obscura, / Calando lábios erradios, / Para não revelarem algo vil?” “E, quando a chuva vem, soprada pelo oceano, / O lavrador mais uma vez ao Criador agradece, / Por salvar sua colheita por mais este ano, / E por Deus ouvir a sua fervorosa prece.” “Sou o rei do contrassenso: / Afogo-me em águas tranquilas, / Sobrevivo em mar aberto, / Navego em suas pupilas, / E não sei nadar num lago imenso.” “Há gente que se ofende diante de minha alegria, / E não é fácil tentar ser feliz nesse mundo ingrato, / Mas quem sabe um dia, verei a própria Poesia / Batendo palmas para mim, em meu último ato?” “Foi sem estrépito / Que virei esse carro decrépito, / Que mal dá a partida, / No final de seu tempo de vida. / Os faróis quebraram, / Todos os pneus murcharam, / A luz alta queimou, / O óleo acabou.” “Foi um esplêndido choque / Descobrir que você também me amava / Ao sentir aquele seu toque / Delicado e quente como lava” “Algumas vezes, a saudade nos assaltará, / Com uma onda terrível de nostalgia, / E uma avalanche de memórias nos atraiçoará, / Lembrando o desejo que nos atraía!” “Estrofes em beijos florescem, / Criam vida, e saem voando, / E onde nasceram se esquecem, / Mas versos já nascem amando,” “Pois afinal poetas são mesmo imprevisíveis, / Fazem brotar perfume da mais feia flor, / Mas escolhem as mulheres mais insensíveis, / Para lhes dedicarem lindos poemas de amor!” “Ela me olhou, pela última vez, / A dor estampada em seu olhar / Cheio de dúvidas e de porquês, / Onde antes brilhava um luar!” “Essa tua fonte murmurante / Ecoa teus doces gemidos / Do prazer mais delirante, / Que soam como música aos meus ouvidos!” “Eu a beijei docemente, / Enquanto num bolero rodopiávamos / Por aquele imenso salão, / E a abraçava suavemente, / Enquanto nos beijávamos, / Ao sabor daquela paixão.” “Foi então que lhe disse que sempre a amara, / E respondeu-me que aquilo não tinha explicação, / Pois, se jamais sequer pensara em nós, / Como de repente por meu olhar se enamorara, / Por que, sem mais nem menos, surgira a paixão / Que provocou aquele tremor em sua meiga voz?” “As tuas promessas eram mentiras, / Grandes como as que de outros ouviras, / Mas me deixei iludir por elas, / E construí ilusões tão belas / Sobre fundações de palha,” “Eu pensava que a felicidade / Era um ser abstrato, / Com o qual eu não tinha contato, / Até você me mostrar / O que era amor de verdade, / E como era bom se apaixonar!” “Que possam ser contadas às futuras gerações, / Sob fogueiras, à luz do luar, / Até o despertar da aurora, / Quando a Lua esconder seu dragão, / Pois mais um ano foi-se embora, / Com seu carrossel de ilusões, / Que nunca mais voltarão...” “Como foi que chegamos a esse fim, / Olhando-nos com ódio e amargura, / Quando foi que te afastaste de mim / E aquele amor intenso virou essa tortura?” “Não sei porque fui tirar sarro / Quando escutei um seu berro / Tive que reprimir um espirro / Quando me deu um esporro / Seguido de um enorme urro” “Essas procelas que se lançam / Sem paraquedas de teu olhar / De me seduzirem não se cansam / Tentando em vão me afogar” “Ando perplexo com esse caso sobrenatural, / Será que amantes confusas voltam do além? / Ou será que caí numa armadilha mental, / E conjuro fantasmas onde não há ninguém?” “Devolva um pouco do amor que lhe dei, / Rasgue os cadernos cheios de versos sem pudor, / Apague os pendrives onde gravei / Aquelas lindas canções de amor...” “Mas ela sabe que a verdade sincera / É que a vida só faz sentido / Se um estiver ao lado do outro, / E, quando brigamos e voltamos, / Aqueles dias de louca paixão / São o que há mais próximo da felicidade...” “Ponha suas coisas dentro da mala / E dê o fora! / Corra como uma bala / E vá embora...” “Ainda está longe o Carnaval, / Mas 4ª feira de Cinzas já chegou, / Nosso amor foi parar no hospital, / E nem mesmo saudades deixou!” “O amor, durou só um Carnaval, / Abstrata, a noite te levou, / Depois, jamais houve outra igual!” “Por algum tempo fomos felizes, / Antes das tempestades surgirem / E dos carinhos fugirem! / Depois, ficaram as cicatrizes, / Típicas dos amores extintos, / Após os sorrisos sumirem, / As palavras nos agredirem / E o amor se perder em labirintos!” “Até quando durarão essas desigualdades, / Famílias que passam fome o tempo inteiro, / Lado a lado nas mesmas cidades / Com ricaços que esbanjam dinheiro?” “Como terá a Vida se originado, / Em suas múltiplas facetas, / Incrível, perfeita e maravilhosa, / Perpetuando-se na memória das espécies, / Como vemos nos mínimos detalhes / Desse nosso ínfimo planeta, / Perdido num braço obscuro / De uma minúscula galáxia?” “Fugi de mim mesmo, / E numa fuga alucinada, / Saí derrubando pontes, / Demolindo muros, / Rasgando mapas, / Devorando estradas, / Em caminhos que não levavam / A lugar nenhum.” “E, desde aquele dia fatal, / Sou um poço de tristeza, / Como nunca vi algo igual, / Um copo vazio a me espiar sobre a mesa!” “Só pude deixar o poema como ficou, / Mas o final dele virou só um borrão, / E em vez de lindo, tornou-se um poema abstrato, / Naquele caderno de poemas que o fogo queimou!” “Projeto versos pungentes / Em lindas estruturas pendentes, / Que vistas de perto fascinam / E às vezes até alucinam!” “Quanto o amor dá sinais de exaustão, / É melhor ligar o sinal de alerta, / Pois, depois que se vai a paixão, / A separação deixa a porta aberta.” “Dê-me uma prova pungente / Do que sente, / Um beijo demolidor, / Ruborizador, / Que derreta meu escudo / Sisudo, / E com suas sedes, / Derrube as paredes” “Sem deixar marcas nem riscos, / Devorando-se como se fossem petiscos, / Apetitosos, submissos, / Experimentando o amor sem compromissos, / Até que as últimas defesas desabem, / Em beijos que nunca se acabem...” “E, quase invisíveis, haverá outros traços: / Dezenas de livros num site esquecido, / Páginas nunca mais alimentadas / Com poemas, fotos, piadas, abraços, / Postagens que em breve não mais farão sentido, / Memórias de mim, para sempre arquivadas.” “A compartilhar essa ternura infinda, / Sua corda a me puxar do precipício / Em cada momento difícil, / Seu sorriso firme sempre me inspirou, / E em cada um deles seu amor me salvou...” “Tell me your greatest wills / And then let me feel / As life spins the wheels / Of this unexpected love to fill”



A Imensid O De Sua Aus Ncia


A Imensid O De Sua Aus Ncia
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2016-11-19

A Imensid O De Sua Aus Ncia written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2016-11-19 with Religion categories.


O 10º livro impresso do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS Especialista em poemas românticos, líricos ou suavemente eróticos, sua poesia encanta pela fluência de rimas raras e poderosas, que levam o leitor a navegar por Universos nunca antes visitados, atrás de anjos, fadas, sereias, bruxas, feiticeiras, ciganas ou princesas, mergulhando no fundo do mar ou do olhar de suas personagens exóticas, em encontros com deuses e deusas, ou em busca de amores impossíveis, sonhos inesperados, reconciliações improváveis ou simplesmente filosofando sobre Poesia, situações e fatos da vida, em inesquecíveis histórias de amor, devaneando com mulheres lindas, sedutoras e inesquecíveis, no mundo mágico criado pela imaginação do autor, com seu estilo romântico e envolvente, que emociona e enleva leitores de qualquer idade. Leitura imprescindível para os amantes da Poesia. Alguns trechos dos poemas deste livro: “Jamais lhe confessarei O quanto me dói sua ausência, E nunca lhe direi Pois não quero sua clemência...” “Na selva de seu coração Habitam imensas feras Que alimentam minha ilusão E as minhas quimeras Há troncos gigantescos Com imensas folhas Que inspiram belos afrescos E as minhas escolhas” “Ah, quanta falta você me faz! Que saudade tenho de seus braços, De nossas loucuras na cama… Você se foi e levou minha paz, Deixando os meus olhos baços, E a tristeza que deles derrama!” “Seu olhar carente Lança-me dardos Que me fuzilam Diz-me o que sente Nesses petardos Quando cintilam” “Não há nada pior do que um poeta inerte, Cuja inspiração se perdeu no fundo do mar, Sem nada que a conserte, Exceto um derradeiro raio de luar,” “Versos vagam em minha mente, Esperando que eu os escreva, Imagens lindas estão lá, somente Aguardando que eu as descreva… A Poesia conta-me histórias De aventuras que nunca vivi, E insere em minha mente memórias De lindas mulheres que não conheci!” “E, depois que formos embora, De volta às nossas cotidianas lidas, Tente se esquecer dessa hora, A primeira do resto de nossas vidas!” “Já lhe contei que você habita Debaixo da minha pele, Onde gravou essa atração esquisita Que às outras mulheres repele? Já lhe disse que você reside Dentro de meu coração, Onde às vezes colide Com o que me resta de razão?” “Olho esperançoso pela janela, Ansiando vislumbrar o teu vulto, Sonhando em rever teu sorriso, Que minha tristeza congela, A conceder um temporário indulto A esse meu coração sem juízo…” “Tranquei a sua lembrança Numa cela no fundo de minha memória, E a chave deixarei como herança A quem for contar minha história…” “Foi por teu amor que fiz loucuras, Sonhando com lindas aventuras, Entre infinitas estrelas, a navegar, Entre astros que se escondem em teu olhar… Ofereces-me uma vida de magia, Acorrentado na redoma de teu coração, Onde a minha doce ilusão principia, Nessas névoas densas de paixão…” “Trocado pela saudade Que resiste por todos os meios Que vem como um ciclone E que é de verdade Ao contrário de seus seios Que são de silicone” “O Sol se pôs na linha do mar, E o pôr do Sol Junto com ele levou A luz do teu infinito olhar…” “Esquecer de você é bem fácil: Basta inventar uma máquina do tempo, E voltar a algum lugar do passado, Séculos antes de você ter nascido!” “Algumas coisas parecem tão semelhantes: Por exemplo, eu, tu e o oceano! Como assim, se são tão discrepantes Como um terrestre e um marciano?” “Sei que você anda sonhando comigo, E gostaria de saber o porquê, Pois saiba que tenho um sonho antigo De um dia perder-me em você…” “E assim foi, você entrou naquela aeronave, E em seguida, para bem longe voou, Levando de meu coração a chave, Pois nunca, nunca mais voltou…” “Dentro de seus olhos se esconde A felicidade, que esqueci não sei onde…” “Morro de medo Desse seu olhar flamejante Que distribui um torpedo A cada instante” “E logo depois me deixaste Legando-me essa incrível solidão Pois minha luz contigo levaste E só me deixaste a escuridão” “Nesses olhos rasos dágua, Enormes como o Aconcágua, Enxergo uma promessa de amor… Ou não seria de pavor?” “Gastam-se apenas 4 letras para escrever amor, E toda uma vida para compreender seu valor. Usam-se somente 5 letras para soletrar afeto, E descobrir que sem ele não se é completo.” “Teu viçoso olhar na noite vasta Vagando entre as nuvens devagar Revela essa paixão que me devasta Enquanto segue entre estrelas a vagar Vens com esse vestido esvoaçante Leve e livre como um raio de luar Brevemente com esse olhar vibrante Vertendo tua paixão a me enlevar” “Mal abri os olhos, e lá estava ela, A me olhar com seus olhos de fada, Do lado de fora da minha janela, Naquela linda e triste madrugada! Quando percebeu que eu a vira, sorriu, Com seus dentes brancos como a neve, E como num sonho, de repente sumiu, Naquela maravilhosa visão, tão breve!”



Essa Aus Ncia Que Me Devora


Essa Aus Ncia Que Me Devora
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-07-02

Essa Aus Ncia Que Me Devora written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-07-02 with Religion categories.


73º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , com os seguintes livros publicados pelo Clube de Autores e Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. CIRANDA POÉTICA 68. A PORTA DA SOLIDÃO 69. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 70. EROTIQUE 6 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI Alguns trechos: “Nesse mundo cheio de maldades, / Onde quase todos têm uma vida secreta, / Quem mais iria desvendar suas verdades, / Se não tivesse coração de poeta?” “Ah, ausência que me devora, / Por que ainda devo guardá-la, / Se até hoje ainda me apavora, / Essa saudade que me apunhala?” “A falta de teus beijos ainda me causa desgosto, / Assim como de teu calor em cada noite fria, / Minhas mãos ainda procuram o teu rosto / Quando acordo sozinho na cama vazia...” “As gotas que vejo escorrendo pela vidraça / São rastros do amor que tua ausência baniu, / Deixando-me essa saudade que me abraça / Nessa chuva inclemente que a noite não viu...” “Pois enquanto as nuvens ocultam a lua / Outra chuva branda em forma de pranto / Escorre pela minha face que acentua / A saudade tua que me dói tanto” “Às vezes, a dor é passageira, / Em outras, insiste em nunca terminar, / E de repente dói a vida inteira / Um sonho de uma noite de luar...” “Penso em ti, mas me faz mal / Essa ferida que nunca sara, / As memórias que doem na alma, / As lembranças que nunca cessam...” “Fugi para muito além de mim, / Onde o espelho me sorria, / Longe dessas estradas sem fim, / Onde a solidão não me ouvia...” “Quando você foi embora, / Fui quebrado em vários pedaços, / Fui remendado por fora, / Mas continuo cheio de estilhaços...” “A longa e sinuosa estrada / Que conduz à tua porta / Enche de lágrimas minha face, / Mas, nesta vida agitada, / De que isto importa, / Por mais triste que me tornasse?” “Quando o seu olhar disparou / Sobre mim balas de AK-47, / Minha armadura se desintegrou / E se derreteu o meu trompete!” “Mas enquanto eu me reinvento, / Sem nem mesmo saber onde andas, / Como foi que essa travessura do vento / Trouxe a tua voz por essas bandas?” “Bem que eu queria te esquecer / Inutilmente nessa tristeza tamanha / E por isto aqui estou a enlouquecer / Enquanto a solidão me acompanha” “Amanhã, seremos de novo estranhos, / Andando por caminhos tão diferentes, / Contabilizando nossas perdas e ganhos, / Depois de tantas noites ardentes...” “Depois, o vento levará para longe todas as folhas, / E amargaremos o tipo mais cruel de saudade! / A vida traz-nos algumas simples escolhas, / Mas outras, fazem doer por toda a eternidade...” “E essa inesperada reminiscência / Traz-me de volta toda a saudade / E abarrota-me de toda a sua ausência, / E daquele amor que nunca morreu de verdade!” “São 5 letras apenas, / Mas duram toda uma vida / As inesquecíveis cenas / No instante da despedida...” “Esta noite, você me apareceu, / Com olhos de quem pede perdão, / Mas deve ter sido só uma ilusão, / E quando abri os olhos, estava só eu.” “As areias do tempo são traiçoeiras, / Em suas ampulhetas escondem armadilhas, / E nessas sendas da memória, tão passageiras, / A mente guarda lembranças andarilhas...” “Quando vi em seu negro olhar / Que chegara a hora de mais um adeus / Inexplicável, / Imensurável, / Desta vez nada disse, / Pois o que havia a dizer / Depois de tantas vezes, / Tantas partidas, / Tantas lágrimas, / Tantas despedidas?” “Quando cheguei em casa e descobri / Que ela de repente se fora / Veio uma dor avassaladora / E então meus olhos cobri / Para secar as lágrimas que não havia” “Entre as saudades que tenho, / A mais linda é lembrar de você, / Mas, nos caminhos por onde venho, / A sua ausência cassou meu brevê, / E não sonho mais tão alto, / Mas não esqueço de seu olhar blasê, / Nem de sua voz de contralto, / A me dizer sei lá o que,” “Formo teu rosto nas nuvens, me engano, / Que é de teus olhos a imensidão do oceano, / Que se esconde em teu peito a minha essência... / Mas a dor emerge qual nervo exposto, / Uma lágrima rola, suave, em meu rosto, / Deixando o rastro de tua ausência...” “Certifico a quem ainda me lê / Que machuquei meus punhos / Numa briga sem saber porque / E joguei fora meus rascunhos” “Nessa estranha ampulheta / Que controla meus minutos de dor, / Gravaste com tua própria caneta / Um recado de teu bailado opressor...” “Estou de volta a esse sinistro mundo real, / Onde tua ausência é tudo o que sinto, / Até de novo mergulhar nesse sonho surreal, / Longe desse indecifrável labirinto!” “Eu a vi passar por mim pedalando, / Linda, de short e camiseta preta, / Em sua bicicleta amarela rebolando, / Deixando rastros como um cometa!” “Tomo a tua mão, e suavemente te levo para dentro, / E quando ficamos sozinhos, me agarras com toda fúria, / Mostrando que de nosso velho amor ainda estás sedenta, / E gemes roucamente, quando de novo te adentro, / E pela noite afora, extravasas comigo a tua luxúria, / Enquanto nos amamos com paixão, e em câmara lenta...” “Onde foi parar aquela paixão / Que no teu olhar se escondia? / Por que morreu aquela canção / Com que a tua voz me iludia?” “E a cada adeus, um balde de gelo / Era jogado em meus sentimentos, / Tanta desilusão embranqueceu meu cabelo, / E cada frase tua liberava o uivo dos ventos!” “Celebremos o fato de estarmos juntos, / Mesmo que seja por uma noite apenas, / Se quiser, falemos de outros assuntos, / Nessas doces e poucas horas, tão plenas!” “Em meus beijos, mate a saudade, / E confesse baixinho em meus ouvidos / Que durou quase uma eternidade / Esse tempo que passamos divididos!” “Juntos, dançamos um tango incrível, / Rodopiando por um imenso salão, / Mas acordo sozinho, e é terrível / Dançar um tango com meu louco coração!” “Por isto, enquanto a vida lá fora flui, / E a muralha de nosso amor rui, / Fui!” “Nossos encontros são sempre assim / Combinamos para irmos ao cinema / Mas vou ver Spielperg em Berlim / E você Woody Allen em Ipanema” “Mas lembranças são um prazer solitário, / E nesse mundo, todo ao contrário, / Onde apenas prazeres se justificam, / Onde sobrevivo, mesmo sem merecer, / Minhas memórias não me explicam / Como faço para te esquecer...” “Passamos toda a noite voando, / E quando acordo, sinto o teu perfume, / A tua ausência ainda me rondando, / Por muito que eu não me acostume...” “Ah, ausência que virou minha confidente, / Leva a ti uma última confidência, / Diz que em meus sonhos és residente, / Que em minha cama deixaste tua carência, / E que sem teu amor, não sou ninguém! / Pergunta se ainda ouves nossas canções, / Se sabes que de nosso amor ainda sou refém, / E se não queres juntar nossas solidões...” “Lá fora, múltiplas cores fazem a festa, / Mas aqui dentro, reina a escuridão! / A vida insiste em me espiar pela fresta, / Mas desiste, diante da minha solidão...” “Sonhos tristes estão cheios de corações partidos, / Destruídos quando a tristeza começa, / Em peças quebradas, desconectadas, / Pintadas com estranhas artes exóticas...” “E quando o amor se diz ausente, / E aquele brilho some do olhar, / Então a escuridão se faz presente, / E a solidão convida pra dançar...” “Então, a porta se abre, e lá estás, linda, / E ao me veres, um sorriso te brota, / E essa lágrima a rolar diz que me amas ainda, / Enquanto o teu riso minha tristeza enxota...” “Algumas sombras vêm, outras se vão, / Mas algumas por muito tempo ficam, / São os restos daquela perdida ilusão / Que de estrelas meus olhos salpicam...” “Meus olhos andam liquefeitos / Com essa sua ausência / Por esses espaços rarefeitos / Dessa triste existência.” “Mas de teu mundo não faço parte, / E meu coração permanecerá um museu, / Repleto de obras de arte, / E desesperadamente teu...” “Mas nosso amor pertence ao passado, / Um fogo que ardeu mas foi cremado, / Uma tristeza que me dói como um açoite, / Quando surge em meus sonhos no meio da noite...” “E mais uma vez revelas / Aquelas palavras tão belas: / “Eu te amo”, / Pois somos flores do mesmo ramo, / E só então eu noto / Que estou a olhar tua foto, / Onde me dizias exatamente isto, / E que esta cena que assisto / Pertence às minhas memórias / E são apenas imagens ilusórias / Plantadas por minha mente, / Mas não mais estás presente.” “E hoje não sei mais o que faço / Perdido no estranho compasso / Dessa música sem som das esferas / Que alimenta minhas quimeras / Esperando em vão você voltar / Antes que eu desista de lhe esperar...” “Está sendo caótico / Sobreviver nesse conto gótico / Com o que me sobrou de alegria / Depois que você se foi com a Poesia” “Mas eu me lembro de seu olhar sedutor, / Atrás de uma taça de vinho gelado, / Daquele fogo que em seu olhar crepitou, / Naquela noite com desejos febris...” “Todos os meus pelos se arrepiaram / Com aquela visão terrível e inusitada, / Pois quantas pessoas até hoje se assombraram, / Com um fantasma que não desceu à última morada?” “E agora, que estamos ausentes, / Cada um em um lado do planeta, / Eu em Goiânia e tu em Pequim, / Conversando em línguas diferentes, / Tu num palácio e eu na sarjeta, / Será que ainda sentes falta de mim?” “Eu te vejo em todos os lugares, / Acenando para mim, numa tela de cinema, / Como uma protagonista secundária, / Que por ali estava passando, tão triste, / Sinto o teu perfume em todos os bares, / E ouço na noite o som de tua risada lendária, / Por isto mergulhaste em meus poemas, / E deles nunca mais saíste...” “Pois sei que não a verei nunca mais, / A menos que aconteça algum milagre, / Entre nós haverá sempre distâncias abissais, / Você é meu vinho, e eu o seu vinagre...” “Mas, quando percebi que partiste, / Uma parte de mim contigo levaste, / E ficou para trás a parte mais triste, / Essa saudade sem fim que deixaste...” “Olho no espelho, não vejo ninguém, / Exceto uma sombra do que fui um dia, / A tua ausência não me fez nenhum bem, / Levou para longe o que me restava de Poesia...” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida.” “Está sendo uma triste sina, / Meu coração ficou sem gasolina, / E se recusa a voltar a bater, / Nessa fornalha que parou de arder!” “Meu coração pediu falência / Por carência múltipla de órgãos / Por causa dessa tua ausência / Que deixou meus olhos órfãos” “Leves tuas roupas, teus retratos, teus discos, / Tudo que possa me lembrar tua ausência, / Mas não mexas em meus versos, tristes rabiscos, / Últimos traços de tua fugaz existência...” “Não sei onde foi parar minha inspiração, / Depois que saiu flanando atrás de você, / Mas de que adianta mesmo tanta paixão, / Se você faz de conta que nem me vê?” “E então, de repente, toca a campainha, / E quando abro a porta, não creio no que vejo, / Pois é você que lá está, e parece que adivinha, / Pois pergunta se dormi, num doce gracejo!”” “E nesses sonhos, visito outros planetas, / Com ETs verdes, amarelos ou cinzentos, / Navego pelas estrelas, montado em cometas, / Sou mordido por sinistros animais peçonhentos, / Mas no fim, eu me recupero, e sempre os derroto, / Simplesmente apertando o controle remoto!” “Você me causou uma ilusão de ótica, / E me joguei de ponta numa paixão kamikaze, / Mas julguei ver amor numa amizade caótica, / Que nunca nos deixará passar de fase!” “Naquele dia, eu me salvei do incêndio, / Onde nosso amor em cinzas se transformou, / E depois disto, escrevi um compêndio, / Sobre essa tragédia, que tudo mudou!” “Ando tão perto do zero, / E, como todo ser vivo, / Às vezes me desespero, / Pois, sem ti, eu nem vivo...” “Será que às vezes não te dói a ausência / De nossos encontros cheios de magia, / Ou ainda tens alguma reminiscência / De nossas sessões de sexo e Poesia?” “Nunca julgue alguém só pela aparência, / Porque, por trás do mais lindo sorriso, / Pode existir o fardo de uma ausência!” “Como eram lindos aqueles dias / Mas morreram e não voltarão / Como as ilusões e as fantasias / Que se foram e não retornarão” “Cada vez mais, há casas / Que um dia foram lares, / Onde havia corpos em brasa, / E moravam todos os luares...” “Sob uma rua / Nua / Dessa cidade / Vaga essa lua / Crua / De saudade / E na verdade / Por muito que influa / E destrua / Minha sanidade / Essa ausência tua / Em meu olhar flutua / E em mim se perpetua / Pela eternidade”



Nunca Mais Teus Beijos


Nunca Mais Teus Beijos
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-04-01

Nunca Mais Teus Beijos written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-04-01 with Religion categories.


68ª obra do autor dos seguintes livros, todos eles publicados no Clube de Autores e na Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO Alguns trechos: “Não quero teus beijos nunca mais, / Cansei-me de ser por ti magoado, / E depois consolado por beijos sensuais, / Para que deixasse a mágoa de lado!” “Seu amor era volátil, / E súbito se desintegrou, / Sua paixão era retrátil, / Foi-se e nunca voltou!” “Sou um bardo / Felizardo / Carregando segredos / Na ponta dos dedos / Disfarçados de Poesia” “Ah, Poesia, fique bem à vontade, / Conte-me segredos do fundo do baú, / Ainda que nem sejam verdade, / Voe comigo na imensidão desse azul!” “Talvez a mais linda flor / Já não tenha nada a desabrochar, / Talvez morra por amor, / Antes da Lua se ocultar!” “Que espécie de estupor causaria essa magia, / Se sempre vivemos em mundos diversos, / Você no Olimpo, eu junto às minas terrestres, / Como você se interessaria por Poesia, / E seus olhos brilhariam por meus versos, / Bem distantes daqueles dos grandes mestres?” “Sorris, mais um gole de vinho bebes, / E te aproximas, devagar, / Um sorriso cínico no olhar, / E me saúdas com um beijo ardente, / Enquanto me encostas, indecente, / Num beijo que inicia uma sequência / De carícias cheias de urgência,” “Você se foi, mas nem parece, / Ainda ouço tua meiga voz ao relento, / E todos os dias, quando anoitece, / Escuto tua risada, nos uivos do vento!” “Conta-me como faço para deixar essa página virada, / Mas acho que agora já é tarde demais, / Em minha mente, ficaste para sempre impregnada, / E inventei a Poesia, só para não te esquecer nunca mais...” “Olho para esse ser que me fita / Pelo espelho, e que mal reconheço, / De onde veio essa tristeza infinita, / Quando foi que ela teve começo?” “Depois que você me beijou, / Não me restou ambição nenhuma, / Só queria continuar lhe beijando, / Enquanto vida houvesse!” “Esse novo vírus / Que anda por aí circulando / Desafiando vacinas e antivírus / E o mundo inteiro apavorando / Devia tomar vergonha / Pois onde é que já se viu / Um minúsculo ser que nem sonha / Extinguir os abraços dessa forma tão vil?” “Já não tenho lágrimas para verter, / A última lágrima foi derramada, / Já não temos milhas para percorrer, / Chegamos ao fim da jornada.” “Ando numa secura danada, / A minha vista anda fraca, / O meu gás acabou. / Aproxima-se o fim da jornada, / A minha vida anda uma caca, / Até meu relógio parou!” “Enquanto isto Arminda não acontece, / Minha Karen de rugas anda cheia, / Todo Dina essa saudade maluca cresce, / E meu Conceição pela tua volta anseia!” “Às vezes, a tristeza aparece, / Mas só fica se você deixar, / E se abandonar às recordações, / A uma lembrança que lhe entorpece, / E eu me recuso a deixá-la ficar, / E mandar embora minhas ilusões!” “Aquele tiro numa noite estragada, / Onde amantes se jogaram embaixo da cama, / Transformando sua paixão em um drama, / Mais um pequeno crime numa noite perdida, / Apenas outro incidente idiota nessa droga de vida...” “Quando cheguei em casa e descobri / Que ela de repente se fora / Veio uma dor avassaladora / E então meus olhos cobri / Para secar as lágrimas que não havia / E no que restou daquele longo dia / Percebi que nem um bilhete deixara / E nenhum objeto dela ficara” “Um poeta / É um acurado esteta / Sempre a procurar a beleza / Onde ela nem mesmo existe / Mas com crises monumentais de tristeza / Por isto às vezes escreve o poema mais triste / Capaz de tirar até pica-pau do oco / Mas logo a alegria vem e dá o troco” “Como pode acusar-me disso, / Se você era tudo o que eu queria, / Como pode acusar-me de omisso, / Se foi sua ausência que me legou a Poesia?” “Foi um desastre inesperado / O nosso encontro tão aguardado: / Nossas almas não se encaixaram / E depois, nunca mais se encontraram!” “A vida é uma peça de teatro, / Que nos deixa de quatro / A cada vez que terminamos / Com a pessoa que amamos, / E, cada vez que a cortina se cerra, / Uma nova ilusão se encerra, / E, quando os atores se encaram, / Antigas feridas abertas não saram...” “O vento faz curvas incríveis / Somente para tocar-me o ouvido / E contar-me histórias extraordinárias / Que ouviu quando estava a passar / Sobre grandes amores impossíveis / Amantes contumazes que perderam a libido / Ou histórias sobre cortesãs lendárias / Que se dividiam entre a cama e o altar” “Danem-se as convenções / Sobre insuspeitas paixões, / E essas idiotas críticas / Sobre minhas convicções políticas.” “Paixões não nascem assim, tão avassaladoras, / Mas costumam ir num crescendo, / Às vezes se revelam fora de hora, traidoras, / Mas eu te amo desde que por gente me entendo!” “Ela se foi, sem deixar nem refrão, / Levou até meu velho violão, / Junto com todos os seus pertences, / Deixando-me só, nas noites goianienses!” “Antes que a última bomba exploda, / Um dia antes dos mísseis cruzarem os céus, / Quero estar em tua doce companhia, / Compartilhando essa emoção toda, / Desvendando do amor todos os véus, / Numa última noite de amor e Poesia...” “Amores deixam impressões digitais / Reconhecíveis / Memórias e ocultos sinais / Inconfundíveis / Palavras e versos banais / Intraduzíveis / Promessas sensuais / Irreprimíveis / Seguidas de olhares fatais / Inconcebíveis” “Tu olhas através de mim, / Como se eu nem mesmo existisse, / Ou estivesse em Pequim ou Berlim, / E ficas sem saber o que nunca te disse!” “Teu amor é uma canoa furada, / Declino dessa missão suicida, / És apenas uma página virada / No livro de minha vida.” “De uma estrela que chamamos Sirius B, eles vieram, / Em dias de um passado remoto, / E entre nossos antepassados estiveram, / Causando o impacto de um terremoto. / Suas naves eram confundidas com dragões, / E seus trajes espaciais, com vestes cerimoniais, / Ao voarem, pareciam navegar através de trovões, / Deixando maravilhados nossos ancestrais.” “Para que irmos à guerra / Tanto ódio, tanta revolta, / Tanto sangue em nossas mãos? / Para que incendiarmos a Terra / Com esse caminho sem volta, / Se afinal somos todos irmãos?” “Ela chegou sem que eu a esperasse, / Cheia de sorrisos e olhares, / Esperando que eu a convidasse / Para mergulhar em meus mares, / Profundos e cheios de segredos, / Confidenciados a mim pela Poesia, / Disfarçados em intrincados enredos,” “Vamos juntos cavalgar as horas, / Enquanto a lua brilha sobre o mar, / Crave em meu dorso suas esporas, / Grite de prazer, enquanto a noite durar!” “Mas, enquanto isto não acontece, / Devo me conformar em perdê-la, / E, em cada vez que anoitece, / Preciso me lembrar de esquecê-la.” “Essa imagem que o espelho captura, / Onde paira o amor do qual não cuidara, / Revela a minha dúvida mais obscura: / Será porque jamais te olvidara?” “E, por toda essa noite obscena, / Aproveite essa doce travessura, / Dê-me uma overdose de sua pele morena, / Nesse quarto de onde se evadiu a censura!” “Antes que surja o Sol, / Enquanto a lua anda alta, / Ligue-me, dê um call, / Confesse que de mim sente falta!” “Hoje, bem distante do Halloween, / Conte em segredo para mim: / Você prefere gostosuras / Ou travessuras?” “Esse filme estranho que assisto, / Solitário sob a luz de neon, / Traz uma tristeza à qual não resisto, / Uma oitava acima do som!” “Esse corte por onde meu sangue se esvai, / Jorrando em borbotões pela calçada, / Carrega minha vida, que por ele sai, / No fim dessa minha longa jornada!” “Se você me chamar, eu não voo, / Dois cansei de ser desprezado, / De você amora só tenho enjoo, / E só faz Marte de meu passado!” “Enquanto te despes sensualmente, / Gravo tua imagem em minha mente, / Ponto a ponto, pixel por pixel, / Nenhuma outra chegou ao teu nível, / Que me fizesse transpirar assim, / Um anjo a poucos passos de mim, / Tirando devagar roupas e asas,” “E se, mesmo no limiar da loucura, / Ainda que um psiquiatra me dê um atestado, / Se alguém me oferecer uma cura, / Preferirei continuar louco, se for ao teu lado...” “Mas deixemos isto para lá, meu bem, / Nesta noite linda, quero invadir um trem, / Ou quem sabe até mesmo um navio, / Mas hoje à noite nem está muito frio, / E toda essa cerveja me deixou meio tonto, / Por isto, antes de encerrar esse louco conto, / Quero em teus beijos o resto da noite me afogar, / E despertar, sóbrio, mergulhado em teu mar...” “Quando apertei a tua mão tão quente, / E vi aquele teu sorriso encantador, / Descobri que o que bailava em minha mente / Era somente o chamado do amor...” “Filhos e netos são agora a sua realidade, / Faça a sua parte para que sejam felizes, / Para que, quando você partir, tenham saudade, / E que os momentos alegres suplantem os deslizes.” “Será que essa loucura que vi num relance, / Quando o espelho se quebrou, sem que eu saiba por quê, / Nesses múltiplos Universos, terei uma nova chance, / E em alguma dessas realidades, ainda tenho você?” “She leaved and with her my soul is gone / Dark shadows had cover the moon, / I hear in the night the ring of her phone, / And our hearts beat together in the same tune.”



Ela Se Foi E Nem Deixou Mensagem


Ela Se Foi E Nem Deixou Mensagem
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-06-01

Ela Se Foi E Nem Deixou Mensagem written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-06-01 with Religion categories.


53º livro (todos publicados pelo Clube de Autores) do autor de: Outros livros do autor, todos eles publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA Alguns trechos: “Tão rapidamente como veio, / Ela se foi, e nem deixou mensagem, / Mal me mostrou a curva de seu seio. / Mas gravou em minha mente sua imagem.” “Sei que nunca mais serei o mesmo, / Pois neste dia, e não num outro qualquer, / Trocamos o primeiro beijo de tantos, / E descobrimos, depois de tantos anos distantes, / Que nada mudou e recuperamos os encantos / De quando éramos melhores amigos,” “Quero lhe roubar um beijo valente, / Caliente, / Denso, / Imenso, / Que lhe invada as entranhas, / E revitalize sedes estranhas, / Tamanhas, / E em tuas suaves montanhas / Deixe arrepios / E vazios, / Rastros / E lastros, / Saudades, / E vontades,” “Essa longa noite que atravesso / Num ser noturno me transformou, / Pois fui virado desse jeito do avesso / Desde que você se foi, e nunca voltou...” “E já tarde da noite, feliz e radiante, / Pela última vez me beijas e partes, / Para na noite seguinte, voltares, triunfante, / Para compartilharmos nossas tântricas artes...” “Quando o amor se quebra em pedaços, / Quando você se fere com os estilhaços / De um grande amor que naufragou, / Quando a lembrança é tudo que sobrou / De uma paixão enorme que se perdeu, / De um amor que aos poucos morreu, / Mas não deixe que isto conosco aconteça, / Juntemos as peças desse quebra-cabeça, / E aceitemos essa paixão que nos convida / A ficarmos juntos por toda uma vida...” “Mas é uma pena você não me querer ao seu lado, / Pois sei que no fundo de mim você gosta, / Mas não sei porque, não quer me ver nem pintado, / Você é um enigma para o qual não tenho resposta!” “E então, darei adeus às ilusões que tive / De que seria com você meu último dia, / Desse amor que apenas em mim sobrevive, / Desse fantasma que da janela me espia...” “Vai, vento, entregue a ela / Um beijo cálido, estrepitoso, / Diga-lhe que sinto falta dela, / E que ficar sozinha é perigoso... / Conte-lhe da minha tristeza, / E que o chão me engoliu / E deixou-me sem defesa, / E que meu mundo ruiu...” “Em cada noite solitária, / Frequentas os meus pensamentos, / E, nessa solidão ordinária, / Tua ausência me insulta / E grito teu nome aos ventos, / Mas nem a noite me escuta!” “Contabilizando as perdas e danos, / As lágrimas silenciosas / Em todos esses anos, / As promessas perigosas / Que eu nunca cumpria, / Sob minha máscara de cinismo, / E dessa vez, onde você já não havia, / Fechei os olhos, e me entreguei ao abismo...” “Deixe que eu lhe conte histórias / De antigos amores famintos, / Que deixaram saudades ilusórias, / Enquanto aguço os meus instintos, / Pois o que sinto por você já é quase amor, / Mas não vá embora ainda, / Fique mais algumas horas, por favor, / Já lhe disse o quanto você é linda?” “Já fiz serenatas sob as janelas / De moças por quem arrastava a asa, / Mas nunca fiz poemas com os nomes delas, / Pois nunca notaram meus olhos em brasa.” “Mas o que se perdeu foi o respeito, / Que será difícil que se recupere, / Pois, depois que se xinga um amigo do peito, / Descobre-se que fogo amigo é o que mais fere...” “E é por isto que estou aqui, apenas para te proteger / Dessa maluquice que está por trás de tudo isto, / E o pior é que nem notas que, por trás de meu ardor, / Finamente disfarçado, nos protestos que não consigo entender, / Nessa exposição sinistra como nada que eu já tenha visto, / A te velar, veladamente, tudo o que há é o meu amor...” “Depois, / Diáfana, / Divinal, / Deixou-se despir, / Despojada de dúvidas, / Desvendando-se, / Devorando-me, / Devagar, / Dilacerante, / Doida de desejo, / Deliciosa, / Deslumbrante, / Desprendida, / Desvairada, / Desinibida, / Devassa, / Despudorada, / Deusa...” “E em meu pobre coração insensato, / A veia onde escrevi seu nome gangrena, / Enviando-me disfarçado um ultimato / Desse passado que à solidão me condena...” “Por favor, devolva, eu lhe rogo, / Reconheça que você errou, / Que escolha sem explicação! / Por que tinha que apanhar logo, / Entre tudo o que não levou, / Esse meu proscrito coração?” “Meu náufrago coração, / Bailando ao sabor de teus ventos, / Entoa uma triste canção, / Por onde jorram os seus sentimentos, / Inúteis, desperdiçados, / Pois batem contra tuas paredes, / E se despedaçam, quebrados, / Pedaços presos em tuas redes,” “Mal notam o risco que correm, antes que acordem, / De por tua podridão serem devorados, / Por teus dentes, que a todos ao redor mordem, / E esses abutres que te rodeiam por todos os lados / Sejam consumidos numa voraz labareda, / Como tudo que em tua volta rasteja, / Mas quem se importa que tua pele feda / Se é tua alma que o mal do inferno despeja?” “Esse ar que respiro / Ficou de repente contaminado / Por lágrimas de um vampiro, / E o sorriso de um corpo recém-sepultado!” “De várias maneiras / Impossíveis / Eu te amo, / Todas elas verdadeiras / E todas elas terríveis, / Mas não reclamo!” “Estás plantada em mim, até as raízes, / Ouvi tua voz, na chuva que na noite caía, / Curaste minhas mais antigas cicatrizes, / O que eu poderia fazer sem ti, Poesia?” “Nossos caminhos se cruzaram / E se identificaram, / Se enredaram, / Se enroscaram, / Se emaranharam, / Se encantaram, / Se apaixonaram, / Se eternizaram / E nunca mais se separaram!” “E, quando já saciada / Daquela tua inusitada fome, / Tu me olhaste, extasiada, / E afinal perguntaste meu nome, / E li em teus olhos sinceros, / Que, num átimo, estavas apaixonada, / Só então revelei que meu nome é Eros...” “Conte-me histórias que não sabe, / Narre um filme que não assistiu, / Onde o amor nunca se acabe, / Em um mundo que nunca existiu...” “Tenho a idade do Tempo, / Nasci com a primeira explosão, / E já vi tantas coisas / Que mal sei explicar. / Meus ossos estão frágeis, / Minha pele enrugada, / Meus cabelos brancos como a neve, / Meu olhar envelhecido, / E minhas unhas quebradas...” “O perigo de espreitar monstros, / Que no fundo de fossos se escondem / É que, quando você se levanta, / Os monstros estão bem atrás de você!” “Vou recolhendo os restos / De teus beijos desonestos / Que inspiram esses versos funestos / Vou assumindo os riscos / Retirando dos olhos esses ciscos / Entre hashtags e asteriscos” “O leão dorme à noite, / Morrendo de medo / De que sua leoa o açoite / Até que revele seu segredo, / Que ninguém sequer adivinha, / Pois no fundo ainda lhe dói / Aquele seu caso com a coelhinha / Que posou nua para a Playboy!” “Acertas minha mão suavemente, / E nesse aperto, dizes-me estudo, / Em teus óleos há um amor premente, / Que põe por guerra meu último escudo!” “Como pode uma simples cachorra ser tão doce, / E provocar sorrisos com sua simples presença, / Agindo como se um ser humano fosse, / Com esse amor tão dócil e essa paixão imensa?” “Morreu o pouco de mim / Que ainda havia em você, / E nem mereceu sepultura / Ou sequer uma nota no jornal... / E, dessa forma rude, foi assim / Que acabou nossa breve turnê, / Findou-se toda aquela ternura, / Que não lhe deixou nem sinal...” “Ontem, perguntei ao vento / Se ela acaso gosta de mim, / Mas no mesmo momento, / Ele parou de soprar no jardim! / Fiz ao tempo a mesma questão, / E a ampulheta travou por encanto, / Um grão de areia fechou o portão / E o tempo estacou, naquele recanto!” “E à noite, quando chego para te ver, / Jogas-te em meus braços, cheia de saudade, / Como se só depois de anos me pudesses rever, / Nesse nosso sonho, de mãos dadas com a felicidade...” “Entrei numa mala de aula cheia / De fofuras geométricas interessantes, / Resenhadas no quadro-negro retangular... / Havia alguns circos ligados em cadeia, / Ao brado de três cilindros equidistantes, / Em rima de uma estranha mesa triangular!” “Não chame o meu nome em vão, / Para depois me largar no chão, / Basta de seus desvarios, / E de acender meus pavios / Para depois explodi-los / Com dinamite aos quilos,” “Mas este mundo, de perfeito, nada tem, / E, por isto, vamos levando adiante esta vida, / Subindo e descendo, nas estações desse trem, / Até que chegue o dia da derradeira partida...” “O vinho que você me deu de presente / Transformou-se em água rubra, / E daquela sua foto sorridente / Por motivo algum que eu descubra, / Você sumiu, e só restou o seu vulto... / O CD que você gravou já não tem som, / Como mais nada seu que eu escuto, / O lenço onde deixou as marcas de batom” “Adoro o que vejo em teus olhos grandes, / De formas que nem mesmo entendes, / E os beijos que me dás como brindes, / Compensam os dias em que te escondes, / Antes que de amor me inundes...” “Mas depois daquele dia exótico e inesquecível, / Em que vieste desarmada, num sonho tão esperado, / Voltaste ao que eras antes, novamente inatingível, / Mas aquele dia mágico marcou meu passado...” “Quanta alegria desperdiçada / Por causa de algo que já morreu, / Por que essa lágrima despedaçada / Virou mais importante do que eu?” “Num dia frio de outono, / Descobri o significado de abandono, / Pois de repente você se fora, / Deixando essa solidão assustadora!” “Mas, se você não gostar, tudo bem! / Não se obriga alguém a lhe querer, / Se para você eu não for ninguém, / Terei a vida toda para lhe esquecer...” “Fazemos pouco caso dela, / E nem atiçamos sua vaidade, / E quando notamos, se foi pela janela / Essa tal de felicidade...” “No primeiro beijo que trocamos, / Nossas almas entrelaçamos, / E assim foi que nosso caso começou, / E depois, nunca mais terminou...” “Sou um peixe nadando no seco, / À procura de um oculto beco / Que só tem uma única saída, / Que está para sempre obstruída, / E onde você de mim se esconde, / Mas eu a chamo e você não responde, / Grito até que a voz fique rouca, / E a minha esperança ainda mais pouca, / Até que desisto e volto devagar / Pela noite que teima em lhe ocultar, / Nessa escuridão de neon revestida, / Nesse simulacro que chamam de vida...” “Que amor é este que se atreve, / Sem nem mesmo pedir licença, / A invadir picos cheios de neve, / Aquecendo a noite, com essa febre imensa?” “Ah, Poesia, por que me sugas? / Eu antes tinha a pele tão lisa, / Hoje estou cheio de rugas, / Tão enrugado quanto minha camisa...” “Please forgive me some day / Our love is not more here to stay / We let it gently die / It wasn’t you or I / It just had to finish / Like all other feelings vanish / And that’s why we are here now / Time will not cure my broken vow / So it’s goodbye / I don’t love you and that’s my last lie”



Aquela Noite Do Adeus


Aquela Noite Do Adeus
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-11-05

Aquela Noite Do Adeus written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-11-05 with Religion categories.


62º livro do autor das seguintes obras, todas eles publicadas no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digita (exceto Poeticamente teu l: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II-ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU Alguns trechos: “Não lhe pedi explicações, / Nem tentei argumentar, / Pois a chuva não cai no deserto, / E em seu olhar não havia oásis, / Apenas redemoinhos e tempestades de areia!” “Pois ficar sozinho não é o pior de tudo, / O mais cruel é disfarçar a realidade / Com o meu violão que ficou quase mudo, / E com essa canção, que é pura saudade...” “Nossas almas se adoram / Amantes há tantas eras / E uma pela outra imploram / Cansadas de tantas esperas” “E, quando chegar de novo a hora de partir, / Deixe os soluços que rolam sem que os controle / Dizerem-me, numa única palavra que me console, / Todo o amor que por mim diz sentir, / E depois se vá, chorando até que seu voo decole, / Sem ver a última lágrima de meus olhos cair...” “Essas lágrimas solitárias, / Que de meus olhos fogem, / Desafiam a minha dor, / Que nem as viu cair.” “Parece que foi há um segundo / Que percebi enfim que fiquei sozinho / Preso nesse buraco do submundo / Tomando meu último cálice de vinho” “Você está a um passo de mim, / Mesmo do outro lado do oceano, / Vejo sua história em algum folhetim, / Saltando de paraquedas de um aeroplano!” “E, quando a manhã nos acordar, / Depois de uma noite escandalosa, / Olhe-me com o mesmo amor no olhar, / E beije-me com essa paixão tão fogosa!” “Digo-te tantas coisas / Sem proferir uma palavra / Recito com o olhar lindos poemas / Que nem mesmo escutas / E enquanto meus olhos te devoram / Num recital de amor incontido” “Lembrarei do som de sua risada, / A preencher os silêncios da vida, / A me olhar tão enamorada, / E meio tarada, sob os efeitos da bebida.” “Toquei de leve a tua mão, e te puxei para mim, / E nossas bocas sôfregas se entrelaçaram, / Explorei até o fundo de tua boca carmim, / Enquanto nossas almas se abraçaram!” “Não sei porque, acordei triste, / Mas a Poesia à tristeza resiste, / Então, pus um sorriso no rosto / E joguei para longe esse encosto.” “Então abri os olhos pequeninos / E pisquei o olho, galhofeiro, para aquela figura, / Bem ali ao meu lado, majestática e invisível! / E, ao perceber que, mesmo assim, eu O vira, / Ele prontamente vaticinou, sem mais dúvidas: / ‘Esse aí vai ser poeta’!” “Vem, vamos fazer de nós um sanduíche, / Minha boca enroscada em sua boca feroz, / Uma mão em seu cabelo cor de azeviche, / E a outra percorrendo seu corpo, tão veloz!” “Por um motivo fálico / Ignorei o teu olhar bélico / E com um sorriso idílico / Recitei-te um poema bucólico / Sobre esse teu olhar telúrico” “Se me perguntarem para onde vou, não sei, / No teatro da minha vida, a bilheteria fechou, / Minha alma se apagou, de tanto que a remendei, / E as cortinas caíram, antes do final do show...” “E, quando me olha ao meu lado na cama, / E em seus olhos vejo tanta ternura, / Com tal doçura a sussurrar que me ama, / Sei que para a doença da solidão você é a cura...” “Fui eu quem me fiz mistério / E te convidei para me desvendar / Oferecendo-te meu espaço aéreo / Para que ousasses me decifrar” “Tentei em vão chegar em ti por algum mail, / Mas minha door teu olhar não entende! / Conta-me por que fizeste algo tão fail, / Só porque meu coração a ti se hand?” “Sei que, dentro de alguns anos, / Relerás os versos que lhe dediquei, / E de teus olhos escorrerão oceanos, / Quando perceberes quanto amor eu te dei,” “Jogo-me de ponta no espaço sem tirar o brevê, / Em frágeis asas que o Amor me emprestou, / E em ágeis voos tento descobrir quem sou, / Se apenas um poeta tentando resgatar sua paixão, / Ou talvez um profeta a fugir da Escuridão,” “Escrevi uma mensagem cifrada / Em um código que só você entenderia, / E coloquei numa faixa na sua sacada, / Para ter certeza de que você a leria.” “Escrevo rimas suspeitas / Refeitas / Perfeitas / Escrevo rimas caóticas / Exóticas / Eróticas / Escrevo rimas sáficas / Fotográficas / Pornográficas” “Diga que minha Poesia é um espanto, / E que às nuvens de repente a leva, / E que forma em sua mente as imagens / Das histórias de amor que retrata...” “Não quero que te redimas / Por tripudiares de minhas rimas, / E também não quero criar neologismos / Para meus versos invadirem teus abismos!” “Como foi que viraste essa triste figura, / Por que ao meu lado sufocas, / Quando foi que um fantasma tomou teu lugar? “ “Mas foi inútil e nunca mais voltei / E depois meu pobre violão se escondeu / E junto com minha alma continua guardado / Na Poesia que para você se desnudava” “Pare com essa sua cantilena / Pois nunca mais lhe pedirei bis / Sua angústia agora só me dá pena / Tire de seu quadro-negro o meu giz” “E, a cada vez que você voltar, / Depois de tantos meses longe de mim, / Para nós dois, será sempre assim: / Poucos dias de sonhos, beijos e danças, / E, quando você se for, apenas lembranças...” “O nosso amor é um triste legado, / Um fogo brando que queria crescer / Uma relíquia vinda do passado, / Um pobre morto que só quer viver...” “Entre bilhões de estrelas no Universo, / Circulando uma estrela obscura, / Maculado por um dominante perverso, / Navega um planeta lindo e sem cura!” “E agora, já não sei como faço / Para viver sem você, / Sou um piloto perdido no espaço, / Que perdeu até o brevê!” “Essa saudade de você me alucina, / Meu calhambeque ficou sem gasolina, / Minha canoa furada afundou em um dique, / O navio onde embarquei foi a pique, / Essa tristeza sem fim me arrebata, / E, no rio de minha vida, secou a última cascata...” “E, naquela noite trágica, / Que tão tristemente acabou, / Perdi minha varinha mágica, / E meu mundo de sonhos desmoronou...” “Mas a suave melodia que coloquei / Nessa música tão linda e romântica / Fez com que ela me achasse quase fora da lei, / Como se falasse de Física Quântica!” “E entre carícias obscenas nos amarmos, / Desvairados, / Descontrolados, / Saciando a vontade reprimida / Por toda uma vida...” “Hoje somos apenas cascas vazias, / Trocando palavras sem conteúdo, / Ou em silêncio nas noites sombrias, / O amor foi embora, e isto é tudo!” “Vou colecionando sonhos e rimas, / Contando as histórias que me são sopradas / Pelas musas encantadoras da Poesia, / Que não se cansam de me soprar novos casos / Entre deuses antigos e mundanas vadias, / Ou sobre as sombras que invadiram os ocasos!” “A varinha trágica que vejo em sua mão, / Será que é para me caçar um encantamento? / Gomo é que me livrarei dessa maldição, / Para não viver nesse interminável fomento?” “Foram-se meus sonhos, minha Poesia, / Junto com outros 7 bilhões de seres humanos, / Que se esfarelaram, naquele inferno radioativo, / Bem como os animais, naqueles momentos profanos, / Deixando morto um mundo que parecia tão vivo!” “Porque, quando o vidro me fita / Revela-se a dura verdade: / Que minha paixão por você é infinita, / E minha vida é pura saudade!” “Em meu livro de segredos confesso / O que jamais revelei a ninguém, / E logo no início, já começo / A revelar segredos de alguém!” “E vê-se namorados em doces começos, / Trocando juras de amor que não duram, / Pessoas levando cachorros para passear, / Crianças perdidas que seus pais procuram, / Gritando e com lágrimas no olhar.” “Oh, espelho onde vejo minha imagem pão triste, / Sempre com sucos estampados na face, / Liga-me: no mundo dos espelhos o amor existe, / Encontrarei alguém que tom amor me abrace?” “Deus conosco foi bondoso, / Pois a felicidade mora neste lar, / No pior verão, no inverno mais rigoroso, / Conjugamos sempre o verbo Amar...” “O uivo dos ventos não me deixa em paz! / Por que não foi chatear outro escritor, / E escolheu logo esse pobre poeta de Goiás / Para contar essas loucas histórias de amor?” “Mas a verdade que todos sabem, / Até a torcida do Flamengo sabia, / E somente eu fazia de conta que não, / É que já estou há muito apaixonado.” “Michelângelo também era um kartista incrível, / Crack em ambas as artes, pintor e escultor, / E adorei um mameluco chamado Salvador Dalí, / Entre outros extintores de vanguarda!” “E outras vieram, e nessa viagem autofágica / Vou devorando as lembranças delas, / Até chegar aquela que chegou e ficou, / Da qual guardarei seu amor para sempre, / Sua presença doce a inspirar meus versos, / Velando-me enquanto vago pelas estrelas” “Let me look at your beautiful face / With tears rolling out of control / Then hold me with a big embrace / And fill with your love my heart’s hole”



As Hist Rias Que N O Te Contei


As Hist Rias Que N O Te Contei
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-05-09

As Hist Rias Que N O Te Contei written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-05-09 with Religion categories.


71ª obra do autor dos seguintes livros, todos eles publicados no Clube de Autores e na Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA Alguns trechos: “Então, quem sabe, em algum dia qualquer do futuro, / Quando alguém resolver revisar o que eu tenha escrito, / Para decifrar os mistérios dessa inspiração que herdei, / Descubra que todas as histórias que jamais te contei / Não passam de versos de amor que transfiguro, / Para recontar que tenho por ti esse amor infinito?” “E nessa guerra onde o amor morreu, / Vítima inocente desse seu breu, / Tudo o que quero é enterrar meus versos, / Que andam por cemitérios dispersos, / Sem rimas ou qualquer esperança,” “Sou um humilde artesão / A construir esses versos / Que esculpo com precisão / Nos quais exploro universos / Que só existem em minha imaginação” “Desde então, fiquei tão triste, / Que nem sei se a felicidade existe, / Pois eu levava uma enorme fé em nós, / E agora me lembrei que nem sei desatar nós!” “Por que fico pensando nela, não sei, / Se nem a vejo, há muitos anos, / Mas da ausência dela, jamais me curei, / Para sempre imerso nesses pesadelos tiranos.” “Esses mantras que me sussurras / Dizem-me tudo que preciso saber, / Quando meus lábios empurras, / À fonte inesgotável de teu prazer.” “Não passou de fogo-fátuo / O que em seus olhos luzia, / E eu, tolo e insensato, / Pensei que era Poesia!” “Mas deixei guardados numa caixa / Os poemas que para ti escrevi, / Num estilo que hoje não se encaixa, / Nesse futuro que nunca previ.” “Ameace mandar-me para a Sibéria, / Ou talvez para uma base na Lua, / Diga que está farta dessa miséria, / E que nunca mais eu a verei nua!” “Nessas memórias confusas / Que tenho de meu passado, / Para as tuas, preciso de uma senha. / Talvez sejas uma de minhas musas, / Talvez eu tenha te amado, / Ou talvez não tenha,” “Em teus sonhos eu me achei, / Mas é contigo que sou de verdade, / E somente em teu amor encontrei / O que chamam de felicidade...” “E, em algumas noites em que não aparece, / Sinto falta de sua espectral presença, / Um vulto que com você se parece, / E essa voz a aplacar essa saudade imensa...” “Meu amor por você não é ficção, / É fricção! / Não é um verbete da Wikipédia, / Mas uma enciclopédia!” “Será que num futuro distante / Seguiremos nessa relação delirante, / Um para o outro somente, / A nos devorarmos mutuamente?” “E, nesta Galáxia obscura, / Restará de nossa linda aventura / Apenas mais um minúsculo mundo, / A deixar marcas no espaço profundo / De nossas humanas recordações / E de tantas perdidas ilusões...” “Essa nostalgia que sinto / Cada vez que em você eu penso, / Acho que é por causa do instinto, / Alma gêmea desse vazio imenso!” “Um sorriso abre portas trancadas, / Escancara janelas, / E no silêncio das madrugadas / Inspira as canções mais belas!” “Em teus olhos palpitam / Espetaculares cometas, / Que nesse olhar orbitam, / Vindos de distantes planetas,” “Uma lágrima vez ou outra cai em meu copo, / Juntando-se ao que nele resta de cachaça, / Vou passear na chuva, e enquanto me ensopo, / Uma bala perdida na noite raspa minha couraça!” “Essa sua fantasia de pirata / Convida-me a desbravar os seus mares / Atrás de um tesouro de ouro e prata / Que me leve para todos os lugares” “Nunca mais tinha ouvido falar / Em trapaças no amor, / Até alguém me apresentar / A teu olhar sedutor!” “Esse esqueleto que me sustenta / Anda precisando de uns reparos, / Pois sofreu uma queda violenta, / Por causa de alguns disparos!” “Ela se sentava quase ao meu lado, / E eu a amava em silêncio inquieto, / Aqueles amores da juventude, / Quem nunca teve, não teve passado, / Mas a olhava sem que notasse, / Com um olhar de paixão repleto,” “Nossa canção de amor pintou o sete, / Criou corpo, e escapou pelos ares, / Espalhou-se como vírus pela internet, / E se foi, para visitar outros mares!” “Reflito sobre essa enorme desigualdade, / No muro que se ergue entre ricos e pobres, / Na devassidão que há na sociedade, / Na corrupção sem fim, por motivos nada nobres.” “Se ainda não me achar, vá até Machu Picchu, / Entre as ruínas de uma civilização que foi um colosso, / E quem sabe, talvez por um estranho capricho, / Deixe você afinal cravar esses dentes em meu pescoço?” “Foi uma transa louca, / Onde sua voz rouca / Tantas vezes meu nome gritou, / E sua boca, com todo requinte, / Minha fome aplacou, / Mas na manhã seguinte, / Foi-se embora e nunca voltou!” “Não me abandones / Antes de em meus lábios deixares / Amostras de tua língua onde brotam ciclones / E de teus rios invadirem meus mares...” “Eu sem você nada tenho, / Não sou chuva nem temporal, / Nem meu bom humor eu mantenho, / Fico a oscilar entre o bem e o mal!” “Em teus olhos transitam / Enfeitiçados açoites, / E quando me vês pelas noites / Teus órgãos por mim palpitam!” “As palavras duras que vociferas / A cada vez que sorrindo me vês, / Serão porque liberto tuas feras, / Ou amor não correspondido, talvez?” “E selvagemente nos amamos, / Como se a hora da partida não viesse, / Ou como se amanhã não houvesse, / Mas sempre chega a hora do adeus, / Tão triste a te afastares dos olhos meus, / Até chegar afinal o próximo dia, / Em que venhas alimentar minha Poesia...” “Sem você, não tenho função no mundo, / Não passo de um espectro sem reflexo, / Uma sombra emersa do submundo, / Um triste verso sem rima nem nexo!” “É tarde demais para sermos felizes, / Não era esse o roteiro, / O amor nos deixou cicatrizes / Para doerem o tempo inteiro!” “Devore-me / Com seus lábios de veludo, / Implore-me, / Confesse que sou o seu escudo!” “E no meio delas encontrei / Um retrato de um beijo roubado, / Que de nós dois alguém tirou, / Um doce beijo molhado, / Cuja lembrança me abalou!” “Nessa estrada / Comprida / Chamada / De vida / Corações / Sedentos / Guardam paixões / E lamentos” “Confesse que sobre mim você se jogou / Sem usar o seu kit de maquiagem / E que toda a paixão que você revelou / Não passava de uma infame molecagem” “Até quando conseguiremos esconder esse amor proibido, / E fazer de conta que não somos, um pelo outro, loucos, / Por quanto tempo ainda poderemos estancar nossa libido, / Como calar essa paixão que nos destrói aos poucos?” “Não reconheço nem mais meu quarto, / Que era o lugar feliz onde eu dormia, / Será que por acaso sofri um infarto, / E o maldito funk tomou o lugar da Poesia?” “Sob uma rua / Nua / Dessa cidade / Vaga essa lua / Crua / De saudade” “Que feitiço foi que me jogaste, / Que me deixou assim de quatro, / Sob o teu inteiro domínio, / E contigo nem vejo o tempo passar? / Como foi que me enfeitiçaste, / E virei marionete numa peça de teatro, / Aprisionado pelo teu fascínio, / Logo eu, que nunca conseguira amar?” “Acabei indo parar no psiquiatra, / Que me diagnosticou doido de amor, / E disse que meu coração que te idolatra / Não se curará desse sentimento opressor!” “Os jogos de tronos não mais me atraem, / Torço para que Castle seja chutado pela Beckett, / Olho as luzes do crepúsculo que caem, / O mentalista foi vencido por um astro do críquete!” “E ao raiar a manhã seguinte, / Olhe-me bem no fundo do olhar, / Amemo-nos de novo com todo o requinte, / E compartilhe para sempre de meu sonho de amar...” “Essas curvas abundantes, / Que percorro com o olhar encantado, / E depois volto a percorrer devagar, / Têm vários acidentes topográficos: / Planícies, morros, colinas, / Com picos túrgidos e delirantes, / E um vale que descubro orvalhado, / Apenas por estares aqui ao meu lado,” “Não sei se eu me procuro / Ou se te acho, / E levo a um quarto escuro / Ou a um riacho!” “Mas o que mais me chateia, em cada sonho maluco, / É que, embora saiba que nenhum sonho me destruirá, / E que, mesmo levando tiros, jamais me machuco, / Por que Morpheus só me leva a lugares onde você não está?” “Numa fria manhã no final do Inverno, / Ela chegou para mim sorrindo, / Então vesti o meu melhor terno, / E fui me encontrar com aquele sorriso lindo!” “Drive me crazy / All through the night, / Use your Waze / To discover my ways, / And when you see my eyes bright, / Say you will love me for always”



Versos Que Jamais Esqueci


Versos Que Jamais Esqueci
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-08-12

Versos Que Jamais Esqueci written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-08-12 with Poetry categories.


O 93º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA Alguns trechos: “Mas esses versos seus latejam, / E muitas vezes na mente brotam, / E as suas lembranças cotejam, / Em reminiscências que nunca se esgotam...” “E depois, descíamos num balão / Até chegarmos ao Cristo Redentor, / No espaço de apenas alguns minutos, / E então, no mar de Ipanema, / Amávamo-nos de novo, / E no sonho sentia o seu gosto. / E então de repente despertei / Para essa realidade cruel / Onde você é apenas um sonho distante...” “Nesse circo das relações humanas, / Tu és a devoradora de espadas, / Através de nossas noites profanas, / E invadindo doces madrugadas,” “Teus olhos têm uma cor / Vibrante, inexplicável, / E em silêncio falam-me de amor, / Com uma ternura inimaginável,” “Quantas travessuras / Fazemos, / Apaixonados, / Debaixo dos lençóis, / Quando vens... / Que doces loucuras / Vivemos, / Iluminados / Por esses dois sóis / Que tens...” “Palavras jorram de minha mente, / Juntando-se num verso latente, / Como se estivessem vivas, / E algo as houvesse deixado cativas, / E brotam pulsantes, / Vibrantes, / Diretas, / Insurretas,” “Invadi tuas fronteiras, / Sem passar pela Alfândega, / Sem quaisquer brincadeiras, / Apesar de minha verve pândega!” “Doce paixão / Sempre proibida / Longa extensão / Duma vida” “Depois de alguns semestres dessas disciplinas, / De mestres em Kama Sutra teremos diploma, / E, enquanto eu te treino, tu me ensinas, / E a linguagem do amor será nosso idioma...” “Pequenos gestos de amor / Podem ser capazes / De manter aquele ardor / Ou reviver jogos vorazes / Entre amantes que se fartaram / Da falta de imaginação de relações antigas” “Até que enfim, / Você me falou toda a verdade, / Que há tempos me ocultava, / Mas não precisava ser sincera assim, / Não devia me falar da saudade,” “Mas, perto de você, / Disparo a declamar poemas, / Minhas pernas viram um purê, / Mas sou salvo pelos fonemas!” “Eu tinha um nome, mas o esqueci, / E afinal, para quem isto importa? / Eu tinha um amor, mas um dia o perdi, / Sou um nome esquecido numa alma morta...” “E então, você me confessou o contrário, / E revelou que aquelas lágrimas / Eram para agradecer aqueles momentos, / Onde eu a ensinara como se pode amar / Daquele jeito insano, sem amarras / E sem qualquer arrependimento! / Entendi o alcance do que você dissera, / Mas quem imaginaria em sã consciência / Que é possível chorar de prazer?” “Que destino darei a esses versos desperdiçados, / Tantas rimas nobres em uma triste canção? / Como atiçar os olhos dela blindados, / Insensíveis a essa demonstração de paixão?” “Cometi um terrível recado mortal, / E preciso pagar por esse enterro fatal, / Devo me redimir das minhas lupas, / Pois minhas extrações não são desculpas!” “O maior mistério do Universo / Não é quem foi o seu Arquiteto, / Nem quem inventou a rima para este verso, / Ou mesmo os problemas e contratempos, / Ou a maledicência e a ofensa, / Nem de quem foi o primeiro amor secreto,” “Tudo o que eu queria era um pouco de paz, / E que tivéssemos um instante de calmaria, / Sem ter de lidar com essa sua ânsia voraz / De colocar uma pá de cal em minha Poesia...” “Às suas opiniões, sempre recorro, / E seu equilíbrio assim me norteia, / E às vezes até lhe peço socorro / Se um soco da vida me nocauteia.” “Você era tudo que eu sonhava, / O oásis que não havia / Em meu deserto, / Que somente de areia pulsava, / E eu, inútil poeta / Que perdera a inspiração, / De seus caminhos passava longe,” “Memorizo cada detalhe teu e tua cor, / Com essa minha precisão incurável, / Para não mais esquecer, por onde for, / Cada instante dessa paixão inolvidável...” “E, se alguma coisa por ti acaso eu sentia, / Em algum instante, de mim foi expulsa, / E tudo que poderás saber de mim virá da Poesia, / Que jamais te revelará por quem o meu coração hoje pulsa...” “Foi inevitável: / Nossos cromossomos se amam, / Nosso DNA coincide, / E é indesvendável / Como nossos corpos se inflamam, / Cada célula uma na outra colide!” “Não me olhe assim desse jeito, / Como se te amar fosse possível! / Mais fácil arrancar o coração do peito, / Do que cultivar um amor impossível...” “Os versos então se juntaram, / Como se fosse o seu destino / E essa canção triste formaram, / Contando esse cruel desatino, / Em veloz sucessão, / Nesses versos nada modernos, / Pois neles explodiram, em profusão, / Rimas harmoniosas,” “Contamos nossas histórias de vida, / De encontros e desencontros, / Paixões desgovernadas, / Destinos jamais cumpridos, / E prometemos um ao outro / Concluirmos enfim o capítulo / Daquela noite jamais esquecida, / Aguardando por tanto tempo sua conclusão, / Nessa nossa história ainda sem ponto final” “Tentando navegar em teu oceano de gelo, / Minha bússola quebrou, / Minha âncora se espatifou, / A desilusão embranqueceu meu cabelo.” “Depois disto, tudo viraria passado, / E o futuro, uma noite escura e imensa, / Depois do enterro desse amor assassinado / Pela sua cruel indiferença...” “Esses meus esquecimentos andam crônicos, / E quanto mais rezo, mais assombrações aparecem, / Meus amigos comigo andam lacônicos, / E, como me esqueço deles, desaparecem!” “Se te descuidas, / Um passo sequer, / Com essas relações fluidas, / Escolhes uma mulher / Sem caráter, falsa, / Uma garota de programa / Sem nada debaixo da calça, / E que jura que te ama,” “Nunca saberás / O quanto eu te quero, / Mas minha esperança perdeu o gás, / E o que resta está perto do zero!” “E, olhos nos olhos, enfim crio coragem, / E trocamos um beijo libertador, / Nossas bocas fundem-se, numa só imagem, / E então eu te declaro que o nome disto é amor...” “Em pleno meio-dia, estava escuro, / Minha lanterna ficou sem pilhas, / O passado invadiu meu futuro, / Os meus Cs perderam as cedilhas.” “Terá a 4ª dimensão regras restritas, / Como nos filmes que se fizeram / Sobre viagens no tempo, / Onde tudo quase sempre dá errado, / Ou será que tudo que modificarmos / No passado, tentando resolver paradoxos, / Terá efeitos devastadores,” “O pão da vida / É a fé verdadeira, / Que transpõe abismos, / Move montanhas, / E a crer em Deus nos convida, / E dedicar-nos a Ele pela vida inteira, / Enfrentando cataclismos / Que nos expõem as entranhas,” “Um choro novo irrompe no ar, / Mostrando que o bebê / Tão esperado chegou, / Uma lágrima doce a se derramar, / Com a doçura que só nas mães se vê,” “E vamos juntos, pela vida afora, / De mãos dadas, entrelaçadas, / Que durará aqui até nossa última hora, / Mas reviverá em nossas derradeiras moradas...” “Faça de mim seu escravo, / Enquanto eu a desbravo, / Percorro os seus íngremes caminhos, / Para descrevê-los em meus pergaminhos, / Desvendo sua mata, / Para ver jorrar a sua cascata,” “Não tenho compromisso assumido, / Exceto com o diário de bordo, / Tirei férias desse tempo profano / Sob o jugo do qual tenho vivido, / Nesse sonho do qual não acordo, / No qual há somente eu, Deus e o oceano...” “Sim, eu me lembro dela, / Um sonho que jamais floresceu, / Apesar do fogo no olhar, / Não mais que uma paixão de novela, / Uma chama que aos poucos morreu, / Mesmo com tanto amor a pulsar...” “Nesse estranho Universo / Tridimensional / E inconsequente, / Virei um ser unidimensional: / Já não tenho frente, / Apenas verso...” “Sinto tua falta mais do que reconheço / Nessa ópera bufa na qual sou o jogral, / Alegrando uma corte que mal me escuta... / Será que essa tristeza é só o que mereço, / Serão essas lágrimas apenas um sinal / Do início dessa solidão absoluta?” “Nesses teus pensamentos subterrâneos, / Será que sentimentos por mim habitam, / Ou não passam de pruridos subcutâneos / Essas chamas nos olhos quando me fitam?” “Nosso amor foi um fogo de palha, / Que num instante queimou, / Uma breve fornalha, / Que tão pouco durou, / Uma afiada navalha, / Que em meu coração se cravou,” “Para mim, és o melhor energético, / Mesmo sem recitares nenhum poema, / Basta olhar para teu corpo atlético, / Para nos imaginar numa sessão de cinema, / Tu e eu, protagonistas de um filme erótico, / Agarrando-nos, jogando as roupas pelos ares, / E depois, surfando por teu corpo hipnótico, / Catalisador de todos os meus olhares,” “Nossos milênios podem ser diferentes, / Mas e daí, se você é breu complemento? / O que morta são nossas noites ardentes, / Ficar monge de você é um tormento!” “Nosso amor espalha-se pelos ares, / Doce fonte de tantos prazeres, / Encantas minha alma ao sorrires, / Espantando de mim todas as dores, / Que se escondem bem longe, alhures.” “Fica comigo por toda a madrugada, / Revela-me teu mais íntimo segredo, / Deixa-me ouvir teu doce gemido, / Enquanto juntos formamos um todo, / Eu a explorar o teu corpo desnudo...” “This darkness you belong / It’s in your inner cells / It grows ever and ever strong / In your multiple hells”