[PDF] Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa - eBooks Review

Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa


Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa
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Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa


Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa
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Author : Inês Martins Andrade
language : en
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2008-12-01

Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa written by Inês Martins Andrade and has been published by Observatório da Imigração, ACIDI, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2008-12-01 with categories.


O objectivo central que sustentou o presente trabalho consistiu no aprofundar do conhecimento relativamente superficial sobre a Geografia da Saúde da População Imigrante, isto é, sobre o acesso e a utilização aos cuidados de saúde e sobre o estado da saúde de um grupo populacional, que embora estatisticamente relevante, não tem despertado o interesse de investigações no sector da saúde. O desfasamento entre os níveis de produção de conhecimento científico na temática da saúde da população imigrante registados em Portugal comparativamente aos observados em países como o Canadá, os Estados Unidos da América ou Holanda, assim como os efeitos negativos, directos e indirectos, desse desconhecimento, justificaram a necessidade de desenvolver este trabalho. Embora a investigação em Geografia da Saúde esteja a adquirir uma nova escala, nos anos mais recentes, persistem a nível nacional inúmeras temáticas por abordar. Do mesmo modo, os trabalhos académicos sobre imigração no contexto da Geografia portuguesa têm-se vindo a multiplicar, no entanto, marginalizando na maior parte das vezes a questão da saúde como factor de integração e, em trabalho algum conhecido, centrando-se totalmente no tema da saúde da população imigrante. Tendo como objectivos centrais o conhecimento da tipologia de acesso e utilização aos cuidados de saúde, a respectiva identificação das principais condicionantes e do estado de saúde dos imigrantes africanos, o presente trabalho divide-se em três grandes momentos. A primeira parte tem como finalidade fazer uma apresentação global da Geografia da Saúde e uma reflexão em torno dos principais conceitos para a compreensão deste tema. Na segunda parte apresenta-se o Sistema Nacional de Saúde, o debate e o quadro legislativo que regula o acesso e a utilização dos imigrantes aos cuidados de saúde e uma reflexão sobre a concentração dos imigrantes em cidades, em particular, no caso da Área Metropolitana de Lisboa (AML). A terceira parte consiste no desenvolvimento da parte prática que se centrou na AML a partir de cinco casos de estudo, a Quinta da Serra, Santa Filomena, Alta de Lisboa, Bairro Amarelo e Quinta da Princesa. O seu estudo visa a compreensão do tipo de acesso e utilização que os imigrantes fazem dos cuidados de saúde, das barreiras que se colocam ao seu acesso e utilização, do seu estado de saúde, nas principais determinantes de saúde e na satisfação desta população com a prestação destes cuidados de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. A integração dos imigrantes na sociedade de acolhimento é uma necessidade cuja omissão tem custos muito elevados. Atendendo a que a integração dos imigrantes passa necessariamente pela saúde, e que estes são hoje elementos centrais num urbanismo multi-étnico, a sustentabilidade das cidades e das grandes metrópoles implica necessariamente a promoção de sistemas de saúde mais equitativos. É em torno desta ideia, que partimos para a investigação.



Os Lugares E A Sa De


Os Lugares E A Sa De
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Author : Helena Nogueira
language : pt-BR
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press
Release Date : 2008-05-01

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Este estudo tem como objetivo conhecer a forma como diferentes factores influenciam a saúde da população residente na Área Metropolitana de Lisboa (AML), colocando a ênfase no impacte dos fatores ambientais, físicos e sociais. Sendo o contexto multidimensional, teorizam-se as múltiplas dimensões do ambiente sociomaterial local, insistindo sobretudo nos aspetos que fazem a diferença entre os lugares. Avaliadas as dimensões ambientais, procura-se modelar e explicar a sua influência na saúde individual, recorrendo-se a metodologias de análise estatística multivariada. Os resultados obtidos comprovam a tese colocada: na AML há uma forte relação entre saúde e espaços de vida quotidiana – os lugares. Essa relação, que se verifica para diferentes características contextuais, permanece quando são controladas características individuais tidas como determinantes maiores da saúde. A boa acessibilidade ao transporte público, a maior disponibilidade de serviços de saúde preventiva, níveis elevados de capital social e baixos níveis de privação material contribuem significativamente para um melhor estado de saúde auto-avaliado. Todavia, o quadro das variações em saúde não se apresenta linear; o efeito do lugar na saúde não é universal, mas específico, afetando de forma distinta diferentes grupos populacionais. Este trabalho, revelando uma topografia do risco e da proteção na AML, reconhece ao lugar a capacidade de gerir/gerar saúde e doença, constituindo-se como uma nova abordagem a um velho problema de saúde pública. Esta nova abordagem, integradora e local, fundada na análise das determinantes ambientais da saúde, aponta a possibilidade de romper a cadeia de factores de risco que conduz ao empobrecimento da saúde. Considera-se, pois, que agir sobre os lugares é agir socialmente sobre os indivíduos, integrados nas suas comunidades. This study looks at the different factors (environmental, physical and social) influencing the health of the population resident in the Lisbon Metropolitan Area (LMA). It theorizes the multiple dimensions of the local sociomaterial context, focusing above all on aspects that differentiate between places, and seeks to model and explain their influence on individual health by means of multivariate statistical analysis. The results obtained prove the hypothesis that in the LMA, there is a strong relationship between health and the spaces, or places, of daily life. That relationship, which is found for different contextual characteristics, remains true when individual characteristics, considered to be major health determinants, are controlled. Good access to public transport, the availability of preventive health services, high levels of social capital and low levels of material deprivation contribute significantly to a better self-assessed health status. However, the relationship is not linear; the effect of place on health is not universal but specific, clearly affecting different population groups. This work, which reveals a topography of risk and protection in the LMA, recognises the capacity of place to manage/generate health and disease, thereby constituting a new approach to an old problem of public health. With its suggestion that By suggesting that it might be possible to break the chain of risk factors that leads to health impoverishment, acting upon places becomes a way of acting socially upon individuals, integrated into their communities.



Sa De E Imigra O Utentes E Servi Os Na Rea De Influ Ncia Do Centro De Sa De Da Gra A


Sa De E Imigra O Utentes E Servi Os Na Rea De Influ Ncia Do Centro De Sa De Da Gra A
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Author : FONSECA, Maria Lucinda
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2010-02-01

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Em Portugal, à semelhança de outros países, a relação entre saúde e imigração tem adquirido importância crescente e os estudos nesta área têm-se mostrado fundamentais para conhecer uma realidade cada vez mais importante para a coesão das sociedades multiculturais. Nesta conformidade, o objectivo geral deste estudo é contribuir para um melhor conhecimento das práticas e do estado de saúde dos imigrantes em Portugal, bem como das condições de acesso e da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde às novas procuras associadas ao aumento do número de imigrantes e à diversidade étnica e cultural da população residente no País. A problemática em análise foi abordada segundo duas perspectivas: i) das populações imigrantes – no que se refere aos comportamentos, condicionantes e percepções destas relativos ao acesso aos cuidados e serviços de saúde; ii) da oferta de respostas dadas pelas instituições/entidades envolvidas, directa ou indirectamente, nos cuidados de saúde prestados a estas populações. A investigação baseou-se num caso de estudo na cidade de Lisboa – a área de intervenção do Centro de Saúde da Graça, que abrange as Freguesias do Castelo, Madalena, Graça, Santiago, S. Cristóvão e S. Lourenço, S. Miguel, S. Vicente de Fora, S. Estêvão, S. Nicolau, S. Paulo, Sé e Socorro. Actualmente, residem neste território muitos estrangeiros, de origens diversas, (africanos, asiáticos, brasileiros, europeus de leste, etc.), com diferentes tempos de permanência no País e também com situações de regularização de permanência distintas. O estudo desenvolveu-se em três fases que correspondem fundamentalmente a: i) enquadramento da temática, do contexto territorial e respectiva população; ii) diagnóstico do acesso das populações imigrantes aos cuidados e serviços de saúde e das respostas institucionais existentes; iii) discussão dos resultados e recomendações. Os dados existentes sobre a utilização dos serviços públicos de saúde pela população imigrante, além de escassos e de difícil acesso, têm limitações resultantes do facto de não haver critérios bem definidos para a sua recolha e organização por parte das unidades de saúde. Considerando o conjunto dos agrupamentos de centros de saúde do concelho de Lisboa, observa-se que o número de imigrantes inscritos equivale a 5,6% do total de utentes dos mesmos. Embora essa percentagem seja ainda relativamente baixa, tendo em consideração que o peso dos imigrantes, em 2001, no total da população residente em Lisboa era de 3,3 %, pode inferir-se que, tendencialmente, o número de imigrantes inscritos nos centros de saúde tem acompanhado o ritmo de crescimento da população estrangeira residente em Portugal. A caracterização do acesso das populações imigrantes, aos serviços públicos de saúde na área de estudo, foi efectuada com base em entrevistas a imigrantes, profissionais de saúde e instituições de apoio aos imigrantes.



Imigra O E Envelhecimento Ativo


Imigra O E Envelhecimento Ativo
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Author : António Fonseca
language : pt-BR
Publisher: ACIDI, I.P.
Release Date : 2012-04-01

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Este número da Revista Migrações mantém, como os anteriores, a estrutura tripartida formada por artigos científicos, análises de boas práticas e textos de opinião. No que se refere, em particular, aos artigos científicos, há textos nacionais e internacionais, de modo a dar ao leitor uma visibilidade alargada do fenómeno do envelhecimento das migrações e dos migrantes idosos no mundo. Assim, além dos três textos que se referem à realidade portuguesa, há um artigo sobre os migrantes idosos na Suíça e outro sobre um grupo particular de idosos de origem migrante no Brasil, os nipobrasileiros. As abordagens disciplinares seguidas nos artigos são sociológicas, antropológicas e demográficas; as metodologias utilizadas nas investigações a que os textos se referem são quantitativas e qualitativas; há leituras de natureza macro e micro; há análises históricas e comparativas; e, no que se refere especificamente aos estudos sobre Portugal, todos as populações migrantes presentes no país são abordadas, desde os migrantes laborais aos reformados do norte da Europa, passando pelas minorias intermediárias.



Revista Migra Es 16


Revista Migra Es 16
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Author : Catarina Reis Oliveira
language : pt-BR
Publisher: ACIDI, I.P.
Release Date : 2019-12-01

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Pol Ticas Da Cura Ret Ricas Da Cultura Encontros E Desencontros Entre Mediadores E Imigrantes


Pol Ticas Da Cura Ret Ricas Da Cultura Encontros E Desencontros Entre Mediadores E Imigrantes
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Author : Chiara Pussetti
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2017-12-01

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Em Portugal, o incremento dos fluxos migratórios de mulheres, idosos e crianças a partir da década de 1990 tem gerado a necessidade de criar dispositivos de qualidade, culturalmente competentes, nos serviços educativos e sanitários. Surge nestes anos a figura profissional do mediador cultural, destinada a facilitar a realização da igualdade de oportunidades de acesso aos principais direitos sociais: educação, direito, trabalho e justiça. Na base do trabalho de campo que realizei durante quatro anos em Portugal no âmbito do projeto europeu Transcultural Skills for Health and Care, e da minha própria experiência prévia de pesquisa num serviço de psiquiatria transcultural e de formação de mediadores culturais em contexto clínico, irei debater necessidades, desafios, paradoxos e ambivalências da mediação intercultural nos serviços sociais dirigidos à população imigrante.



Atitudes E Representa Es Face Sa De Doen A E Acesso Aos Cuidados De Sa De Nas Popula Es Imigrantes


Atitudes E Representa Es Face Sa De Doen A E Acesso Aos Cuidados De Sa De Nas Popula Es Imigrantes
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Author : Sónia Dias (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2018-04-01

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Neste volume 62 dos Estudos OM, os autores sob a coordenação de Sónia Dias, destacam como o maior impacto dos fluxos migratórios coloca-se ao nível da saúde das populações e da pressão exercida nas dinâmicas dos serviços de saúde. O estado de saúde das populações imigrantes, condicionado por diversos fatores interdependentes, é atualmente reconhecido como indicador de integração nas sociedades de acolhimento. Embora as questões relacionadas com a saúde dos imigrantes venham progressivamente a assumir maior relevância na agenda da investigação internacional e nacional, persistem lacunas no conhecimento desta temática. A adequação dos serviços de saúde, bem como a promoção do seu acesso e utilização pelos imigrantes contribuem para uma melhoria da saúde e da qualidade de vida desta população. Um maior conhecimento na área pode auxiliar os decisores políticos na identificação de necessidades e no desenvolvimento de políticas e estratégias orientadas para a promoção do acesso e utilização dos serviços e a adequação da prestação de cuidados de saúde aos imigrantes, levando a efetivos ganhos em saúde nestas comunidades. Neste contexto desenvolveu-se este estudo com o objetivo de explorar as atitudes e representações face à saúde, doença, acesso e utilização dos serviços de saúde pelos imigrantes, tanto na perspetiva destas comunidades como dos profissionais que exercem funções nos centros de saúde. O presente estudo está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo consiste num breve enquadramento teórico sobre os temas da migração, saúde e acesso e utilização dos serviços de saúde. Os três capítulos seguintes são dedicados à apresentação da investigação desenvolvida, em que se descrevem os objetivos, os métodos e os resultados dos estudos empíricos junto de imigrantes e profissionais de saúde. No último capítulo são apresentadas a discussão e as conclusões gerais deste trabalho, bem como as principais recomendações para o desenvolvimento de estratégias que contribuam para uma maior adequação dos serviços de saúde à diversidade cultural e promoção do seu acesso e utilização pelos imigrantes.



Revista Migra Es 14


Revista Migra Es 14
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Author : Ana Piedade
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2017-12-01

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Este volume 14, uma coletânea selecionada de artigos originais - entre tantos outros acolhidos e apreciados pela Comissão Editorial e Científica deste volume -, traz-nos seis artigos científicos de investigação e dois ensaios. Os três primeiros artigos deste volume trazem-nos vários olhares acerca da relação entre imigração e saúde, curiosamente o tema que lançou esta revista científica. No primeiro artigo as autoras (Rute Gomes, Sónia Dias e Carla Nunes) analisam a prevalência da tuberculose entre os imigrantes residentes em Portugal, refletindo acerca dos fatores de risco e das características sociodemográficas e clínicas da população que induzem à relação entre a epidemiologia e o fenómeno das migrações. Recorrendo a dados oficiais sistematizados pelo Programa Nacional de Vigilância Epidemiológica da Tuberculose, as autoras mostram que embora Portugal seja ainda classificado como um país de incidência intermédia de tuberculose, tem vindo a ter um aumento da proporção de casos de tuberculose na população imigrante, identificando a necessidade de serem desenvolvidas abordagens diferentes e adaptadas às necessidades específicas das populações residentes no país. O segundo artigo centra-se no estudo comparado dos comportamentos de saúde e de risco de adolescentes portugueses e estrangeiros residentes em Portugal, entre 2010 e 2014, exatamente nos anos em que o país viveu uma crise económica e financeira. Recorrendo a dados do estudo internacional Health Behaviour in School-aged Children, que retratou também o caso português, as autoras (Margarida Gaspar de Matos, Tânia Gaspar e Cátia Branquinho) concluem que as variáveis nacionalidade e estatuto socioeconómico são fundamentais para ter em conta na investigação e na intervenção em promoção da saúde em Portugal. O terceiro artigo científico, de Chiara Pussetti, apresenta uma visão e reflexão antropológica para problematizar e recomendar o desenvolvimento de dispositivos culturalmente competentes e competências interculturais por parte de profissionais, nomeadamente da saúde, perante o incremento dos fluxos migratórios em Portugal e a associação entre migrações e psicopatologias. A autora enquadra o papel do mediador cultural em contexto clínico, refletindo acerca dos desafios, paradoxos e ambivalências da mediação intercultural nos serviços procurados por imigrantes. O quarto artigo, de Nuno Oliveira, traz um olhar inédito ao estudo da participação política e cívica dos estrangeiros residentes em Portugal por retratar a realidade dos cidadãos comunitários, em particular dos ingleses, espanhóis e romenos. O autor sistematiza legislação nacional acerca dos direitos políticos dos cidadãos europeus em Portugal e dados oficiais acerca do recenseamento eleitoral, refletindo acerca das estratégias políticas e de representação dos grupos estudados. O quinto artigo, de Inês Branco, reflete acerca do papel da língua e dos media na integração dos imigrantes, surgindo o caso dos imigrantes portugueses em Macau como bastante interessante e relevante para esta análise por o português ter um enquadramento histórico naquela região que enquadra (e desmobiliza) a aprendizagem de outras línguas locais pelos imigrantes portugueses, o que induz a uma reflexão pertinente acerca do que significa neste contexto a integração. Finalmente no sexto artigo científico, Diane Portugueis, assume o contributo da História para a reflexão do lugar que adquirem socialmente e ao longo do tempo os fluxos de imigração, bem como o sentido que a História dá à integração dos descendentes de diferentes gerações de imigrantes. A autora centra-se no caso da imigração alemã para o Brasil, recordando os primórdios desse fluxo ainda sob a regência de D. João VI - com os contornos e desafios do encontro entre populações ainda no século XIX que conduziram ao seu fechamento e isolamento -, para a fase da campanha do Estado Novo de nacionalização e promoção da assimilação e ‘abrasileiramento’ das populações imigrantes. Este volume conclui com dois ensaios que se enquadram de diferentes formas na atualidade das migrações. No primeiro texto de natureza ensaísta, Ana Piedade problematiza o lugar do ‘corpo’ enquanto território cultural, refletindo acerca de que forma as práticas corporais podem induzir à construção de identidades e alteridades múltiplas. Finalmente o último ensaio promove uma reflexão acerca dos desenvolvimentos e dificuldades da ação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) face à situação atual dos refugiados.



Sa De E Imigrantes


Sa De E Imigrantes
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Author : Bárbara Bäckström
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2009-09-01

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Este trabalho de investigação constitui uma aproximação sociológica no âmbito da saúde internacional e no contexto da sociologia da saúde, em particular da saúde dos imigrantes, relativamente às suas representações e práticas de saúde e de doença. O objecto de investigação centra-se na análise das questões sobre a saúde e a doença dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociológica. O estudo teve como principal objectivo compreender - através de relatos pessoais - a forma como os indivíduos entendem a saúde e a doença no campo das representações sociais de saúde e analisar os seus comportamentos em termos das suas práticas de saúde e de doença. Pretendeu-se estabelecer uma análise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanças e/ou divergências das representações e das práticas de saúde e de doença dos entrevistados. A nossa intenção era verificar se elas se deviam a factores socioeconómicos, a factores culturais e de identidade étnica, ou à combinação de ambos. No plano teórico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em várias áreas das Ciências Sociais, (sociologia da saúde, sociologia das migrações e antropologia da saúde). A hipótese geral centrava-se na ideia de que as representações e as práticas de saúde e de doença destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferências do carácter cultural e da pertença étnica. Estas dimensões podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconómicos. A hipótese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere à autoavaliação e percepção do estado de saúde, às representações, crenças e atitudes face à saúde e à doença, às experiências e comportamentos, aos estilos de vida e às práticas de saúde e percursos de doença. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivíduos cabo-verdianos da “primeira geração” em Portugal, mais precisamente os que residem na região de Lisboa, a qual para efeitos de análise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), geração (mais jovens e mais velhos) e género (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optámos por uma metodologia qualitativa através da realização de entrevistas semiestruturadas para recolha da informação. O tratamento dos dados consistiu na análise de conteúdo temática das entrevistas e na identificação de diferenças e semelhanças entre e intra cada um dos subgrupos. A análise dos resultados comprova a existência de diferenças entre os grupos sociais relativamente às representações e práticas de saúde e de doença. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconómicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenças fizeram também sobressair dois tipos de visão: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma visão mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma visão existencial, mais ligada às condições materiais de existência e que corresponde às representações feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivíduos mais velhos do grupo popular encaravam a saúde e a doença de forma semelhante ao “modelo biomédico”, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do “modelo biopsicossocial”. As representações de saúde e de doença traduziram-se em definições que foram desde o orgânico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a saúde a aspectos fisiológicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a saúde e a doença enquanto fenómenos mais globais e externos aos indivíduos. Também se evidenciou, quando da análise dos dados, ao nível dos subgrupos de género e geração no seio do mesmo grupo social, que as diferenças eram menos evidentes entre eles do que as que encontrámos quando comparámos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconómicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranças culturais. Em geral, os indivíduos sobrevalorizaram a sua identidade étnica e a cultura de origem comum. A pertença a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, dá origem a uma partilha do sentimento de pertença cultural, mas não a comportamentos e práticas idênticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidadãos e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de saúde às transformações multiculturais, que neste momento são vividas a rápidos ritmos de mudança.



Cadernos Curso De Doutoramento Em Geografia


Cadernos Curso De Doutoramento Em Geografia
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language : pt-BR
Publisher: Universidade do Porto
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