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Sa De E Imigrantes


Sa De E Imigrantes
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Sa De De Migrantes E Refugiados


Sa De De Migrantes E Refugiados
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Author : Deisy de Freitas Lima Ventura
language : pt-BR
Publisher: SciELO - Editora FIOCRUZ
Release Date : 2019-01-01

Sa De De Migrantes E Refugiados written by Deisy de Freitas Lima Ventura and has been published by SciELO - Editora FIOCRUZ this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-01-01 with Medical categories.


Mais um título da coleção Fazer Saúde, o livro aborda um dos temas mais urgentes da contemporaneidade: a situação de migrantes e refugiados no Brasil e em diversas partes do mundo e da mobilidade humana internacional. Com um enfoque atualizado e preciso sobre o tema, o título é "fruto da produção híbrida de uma migrante boliviana e trabalhadora do Sistema Único de Saúde e de uma pesquisadora de alto nível no fascinante campo da saúde global", destaca o professor Paulo Buss, ex-presidente da Fiocruz. A primeira é a cirugiã-dentista Veronica Quispe Yujra, mestre em Patologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e fundadora do coletivo Sí, Yo Puedo!, espaço de acolhimento que promove a integração de migrantes em São Paulo. A outra autora, a advogada Deisy Ventura, é doutora em Direito Internacional pela Universidade de Paris I Pantheón-Sorbonne (França) e professora titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Em cinco capítulos, as pesquisadoras abordam a situação atual da mobilidade humana no mundo e da imigração no Brasil, a saúde como um direito humano para as comunidades de migrantes e refugiados, além de resumos sobre as experiência realizadas na Secretaria de Saúde do município de São Paulo, que contemplou rodas de conversas e sensibilização entre gestores e trabalhadores da saúde em unidades com grande fluxo de migrantes internacionais. A coleção Fazer Saúde pretende contribuir para a qualificação de profissionais, pesquisadores e gestores do SUS, estimulando o diálogo entre conhecimentos científicos, educação, inovações tecnológicas, saberes e práticas em saúde. A obra vai ao encontro dos preceitos da coleção, destacando a necessidade de acolhimento aos migrantes e refugiados como um fator de enriquecimentos para a sociedade, expressando, portanto, um projeto de fortalecimento de um SUS multicultural, "um SUS que respeite, que acolha e cuide de todo e qualquer tipo de diferença humana", afirmam as autoras.



Atitudes E Representa Es Face Sa De Doen A E Acesso Aos Cuidados De Sa De Nas Popula Es Imigrantes


Atitudes E Representa Es Face Sa De Doen A E Acesso Aos Cuidados De Sa De Nas Popula Es Imigrantes
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Author : Sónia Dias (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2018-04-01

Atitudes E Representa Es Face Sa De Doen A E Acesso Aos Cuidados De Sa De Nas Popula Es Imigrantes written by Sónia Dias (coord.) and has been published by Observatório das Migrações, ACM, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-04-01 with Social Science categories.


Neste volume 62 dos Estudos OM, os autores sob a coordenação de Sónia Dias, destacam como o maior impacto dos fluxos migratórios coloca-se ao nível da saúde das populações e da pressão exercida nas dinâmicas dos serviços de saúde. O estado de saúde das populações imigrantes, condicionado por diversos fatores interdependentes, é atualmente reconhecido como indicador de integração nas sociedades de acolhimento. Embora as questões relacionadas com a saúde dos imigrantes venham progressivamente a assumir maior relevância na agenda da investigação internacional e nacional, persistem lacunas no conhecimento desta temática. A adequação dos serviços de saúde, bem como a promoção do seu acesso e utilização pelos imigrantes contribuem para uma melhoria da saúde e da qualidade de vida desta população. Um maior conhecimento na área pode auxiliar os decisores políticos na identificação de necessidades e no desenvolvimento de políticas e estratégias orientadas para a promoção do acesso e utilização dos serviços e a adequação da prestação de cuidados de saúde aos imigrantes, levando a efetivos ganhos em saúde nestas comunidades. Neste contexto desenvolveu-se este estudo com o objetivo de explorar as atitudes e representações face à saúde, doença, acesso e utilização dos serviços de saúde pelos imigrantes, tanto na perspetiva destas comunidades como dos profissionais que exercem funções nos centros de saúde. O presente estudo está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo consiste num breve enquadramento teórico sobre os temas da migração, saúde e acesso e utilização dos serviços de saúde. Os três capítulos seguintes são dedicados à apresentação da investigação desenvolvida, em que se descrevem os objetivos, os métodos e os resultados dos estudos empíricos junto de imigrantes e profissionais de saúde. No último capítulo são apresentadas a discussão e as conclusões gerais deste trabalho, bem como as principais recomendações para o desenvolvimento de estratégias que contribuam para uma maior adequação dos serviços de saúde à diversidade cultural e promoção do seu acesso e utilização pelos imigrantes.



Os Imigrantes Ucranianos Em Portugal E Os Cuidados De Sa De


Os Imigrantes Ucranianos Em Portugal E Os Cuidados De Sa De
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Author : José Edmundo Xavier Furtado de Sousa
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIME
Release Date : 2006-03-01

Os Imigrantes Ucranianos Em Portugal E Os Cuidados De Sa De written by José Edmundo Xavier Furtado de Sousa and has been published by Observatório da Imigração, ACIME this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2006-03-01 with categories.


Este livro resulta de um percurso de investigação terminado em Outubro de 2003 no âmbito de uma dissertação de mestrado em Relações Interculturais, na Universidade Aberta, orientado pela Professora Doutora Natália Ramos. Pretendeu efectuar um diagnóstico da situação sociodemográfica da população imigrante ucraniana – residente em Portugal - que recorre aos serviços de saúde portugueses; clarificar e relacionar o processo de aculturação com a sociedade de acolhimento em que se encontram; detectar as principais solicitações e dificuldades deste grupo de imigrantes nessa fase de aculturação; e compreender alguns dos mecanismos que interferem no estabelecimento da relação imigrante ucraniano e profissional de saúde. Com o decorrer do trabalho de campo, com as dificuldades sentidas e as soluções encontradas, a nossa pesquisa apropriou-se de características que de algum modo se enquadram no tipo de estudo etnográfico, “field research” ou método etnográfico. Foram constituídas duas amostras, uma de Imigrantes Ucranianos formada por cento e dois indivíduos, aos quais foi aplicado um questionário, outra de Profissionais de Saúde formada por oitenta e quatro indivíduos, submetidos também a um inquérito por questionário. Os resultados obtidos permitem-nos pronunciar acerca da questão de investigação inicial: Imigrantes ucranianos e cuidados de saúde em Portugal: Qual a situação? Que relação?”A construção de um cuidado de saúde culturalmente competente passa pela capacidade do profissional de saúde analisar a cultura do outro, mas também analisar essa cultura enquanto processo de integração na sociedade de acolhimento, é um cuidado de saúde construído em processo.



Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa


Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa
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Author : Inês Martins Andrade
language : en
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2008-12-01

Geografia Da Sa De Da Popula O Imigrante Na Rea Metropolitana De Lisboa written by Inês Martins Andrade and has been published by Observatório da Imigração, ACIDI, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2008-12-01 with categories.


O objectivo central que sustentou o presente trabalho consistiu no aprofundar do conhecimento relativamente superficial sobre a Geografia da Saúde da População Imigrante, isto é, sobre o acesso e a utilização aos cuidados de saúde e sobre o estado da saúde de um grupo populacional, que embora estatisticamente relevante, não tem despertado o interesse de investigações no sector da saúde. O desfasamento entre os níveis de produção de conhecimento científico na temática da saúde da população imigrante registados em Portugal comparativamente aos observados em países como o Canadá, os Estados Unidos da América ou Holanda, assim como os efeitos negativos, directos e indirectos, desse desconhecimento, justificaram a necessidade de desenvolver este trabalho. Embora a investigação em Geografia da Saúde esteja a adquirir uma nova escala, nos anos mais recentes, persistem a nível nacional inúmeras temáticas por abordar. Do mesmo modo, os trabalhos académicos sobre imigração no contexto da Geografia portuguesa têm-se vindo a multiplicar, no entanto, marginalizando na maior parte das vezes a questão da saúde como factor de integração e, em trabalho algum conhecido, centrando-se totalmente no tema da saúde da população imigrante. Tendo como objectivos centrais o conhecimento da tipologia de acesso e utilização aos cuidados de saúde, a respectiva identificação das principais condicionantes e do estado de saúde dos imigrantes africanos, o presente trabalho divide-se em três grandes momentos. A primeira parte tem como finalidade fazer uma apresentação global da Geografia da Saúde e uma reflexão em torno dos principais conceitos para a compreensão deste tema. Na segunda parte apresenta-se o Sistema Nacional de Saúde, o debate e o quadro legislativo que regula o acesso e a utilização dos imigrantes aos cuidados de saúde e uma reflexão sobre a concentração dos imigrantes em cidades, em particular, no caso da Área Metropolitana de Lisboa (AML). A terceira parte consiste no desenvolvimento da parte prática que se centrou na AML a partir de cinco casos de estudo, a Quinta da Serra, Santa Filomena, Alta de Lisboa, Bairro Amarelo e Quinta da Princesa. O seu estudo visa a compreensão do tipo de acesso e utilização que os imigrantes fazem dos cuidados de saúde, das barreiras que se colocam ao seu acesso e utilização, do seu estado de saúde, nas principais determinantes de saúde e na satisfação desta população com a prestação destes cuidados de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. A integração dos imigrantes na sociedade de acolhimento é uma necessidade cuja omissão tem custos muito elevados. Atendendo a que a integração dos imigrantes passa necessariamente pela saúde, e que estes são hoje elementos centrais num urbanismo multi-étnico, a sustentabilidade das cidades e das grandes metrópoles implica necessariamente a promoção de sistemas de saúde mais equitativos. É em torno desta ideia, que partimos para a investigação.



Sa De Na Fronteira Brasil Venezuela


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Author : Lincoln Costa Valença
language : pt-BR
Publisher: Editora Dialética
Release Date : 2022-05-13

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Compreender os desafios da gestão em saúde em zonas de fronteiras, observando os direitos sociais, políticos e econômicos que exemplificam a construção da utilização dos serviços de saúde por estrangeiros. Os objetivos são Analisar as ações dos Gestores do SUS sobre a saúde na Fronteira do extremo Norte do Brasil; Caracterizar as demandas dos atendimentos de venezuelanos nas unidades de saúde de Roraima; e Compreender as atividades de formação dos gestores em Roraima a partir dos relatórios da Rede Colaborativa do COSEMS/RR. O debate acerca da relação entre a migração venezuelana e a gestão da saúde em Roraima torna-se necessário principalmente pela urgência, aumento da demanda e da falta de recurso. As ações dos gestores do SUS são analisadas, principalmente nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, como também são identificados os atendimentos de venezuelanos nas unidades de saúde de Roraima. Deste modo, foi observado que o aumento dos atendimentos em saúde acompanhou o crescimento da imigração venezuelana, no entanto, sem o aumento proporcional dos recursos financeiros. Palavras-Chave: Migrantes, Refugiados, Gestores Públicos, Políticas Públicas de Saúde.



Viajantes Do Tempo


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Author : Alexandre Branco Pereira
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2020

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Sa De E Imigra O Utentes E Servi Os Na Rea De Influ Ncia Do Centro De Sa De Da Gra A


Sa De E Imigra O Utentes E Servi Os Na Rea De Influ Ncia Do Centro De Sa De Da Gra A
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Author : FONSECA, Maria Lucinda
language : en
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2010-02-01

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Em Portugal, à semelhança de outros países, a relação entre saúde e imigração tem adquirido importância crescente e os estudos nesta área têm-se mostrado fundamentais para conhecer uma realidade cada vez mais importante para a coesão das sociedades multiculturais. Nesta conformidade, o objectivo geral deste estudo é contribuir para um melhor conhecimento das práticas e do estado de saúde dos imigrantes em Portugal, bem como das condições de acesso e da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde às novas procuras associadas ao aumento do número de imigrantes e à diversidade étnica e cultural da população residente no País. A problemática em análise foi abordada segundo duas perspectivas: i) das populações imigrantes – no que se refere aos comportamentos, condicionantes e percepções destas relativos ao acesso aos cuidados e serviços de saúde; ii) da oferta de respostas dadas pelas instituições/entidades envolvidas, directa ou indirectamente, nos cuidados de saúde prestados a estas populações. A investigação baseou-se num caso de estudo na cidade de Lisboa – a área de intervenção do Centro de Saúde da Graça, que abrange as Freguesias do Castelo, Madalena, Graça, Santiago, S. Cristóvão e S. Lourenço, S. Miguel, S. Vicente de Fora, S. Estêvão, S. Nicolau, S. Paulo, Sé e Socorro. Actualmente, residem neste território muitos estrangeiros, de origens diversas, (africanos, asiáticos, brasileiros, europeus de leste, etc.), com diferentes tempos de permanência no País e também com situações de regularização de permanência distintas. O estudo desenvolveu-se em três fases que correspondem fundamentalmente a: i) enquadramento da temática, do contexto territorial e respectiva população; ii) diagnóstico do acesso das populações imigrantes aos cuidados e serviços de saúde e das respostas institucionais existentes; iii) discussão dos resultados e recomendações. Os dados existentes sobre a utilização dos serviços públicos de saúde pela população imigrante, além de escassos e de difícil acesso, têm limitações resultantes do facto de não haver critérios bem definidos para a sua recolha e organização por parte das unidades de saúde. Considerando o conjunto dos agrupamentos de centros de saúde do concelho de Lisboa, observa-se que o número de imigrantes inscritos equivale a 5,6% do total de utentes dos mesmos. Embora essa percentagem seja ainda relativamente baixa, tendo em consideração que o peso dos imigrantes, em 2001, no total da população residente em Lisboa era de 3,3 %, pode inferir-se que, tendencialmente, o número de imigrantes inscritos nos centros de saúde tem acompanhado o ritmo de crescimento da população estrangeira residente em Portugal. A caracterização do acesso das populações imigrantes, aos serviços públicos de saúde na área de estudo, foi efectuada com base em entrevistas a imigrantes, profissionais de saúde e instituições de apoio aos imigrantes.



Sa De E Imigrantes


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Author : Bárbara Bäckström
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2009-09-01

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Este trabalho de investigação constitui uma aproximação sociológica no âmbito da saúde internacional e no contexto da sociologia da saúde, em particular da saúde dos imigrantes, relativamente às suas representações e práticas de saúde e de doença. O objecto de investigação centra-se na análise das questões sobre a saúde e a doença dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociológica. O estudo teve como principal objectivo compreender - através de relatos pessoais - a forma como os indivíduos entendem a saúde e a doença no campo das representações sociais de saúde e analisar os seus comportamentos em termos das suas práticas de saúde e de doença. Pretendeu-se estabelecer uma análise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanças e/ou divergências das representações e das práticas de saúde e de doença dos entrevistados. A nossa intenção era verificar se elas se deviam a factores socioeconómicos, a factores culturais e de identidade étnica, ou à combinação de ambos. No plano teórico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em várias áreas das Ciências Sociais, (sociologia da saúde, sociologia das migrações e antropologia da saúde). A hipótese geral centrava-se na ideia de que as representações e as práticas de saúde e de doença destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferências do carácter cultural e da pertença étnica. Estas dimensões podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconómicos. A hipótese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere à autoavaliação e percepção do estado de saúde, às representações, crenças e atitudes face à saúde e à doença, às experiências e comportamentos, aos estilos de vida e às práticas de saúde e percursos de doença. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivíduos cabo-verdianos da “primeira geração” em Portugal, mais precisamente os que residem na região de Lisboa, a qual para efeitos de análise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), geração (mais jovens e mais velhos) e género (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optámos por uma metodologia qualitativa através da realização de entrevistas semiestruturadas para recolha da informação. O tratamento dos dados consistiu na análise de conteúdo temática das entrevistas e na identificação de diferenças e semelhanças entre e intra cada um dos subgrupos. A análise dos resultados comprova a existência de diferenças entre os grupos sociais relativamente às representações e práticas de saúde e de doença. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconómicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenças fizeram também sobressair dois tipos de visão: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma visão mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma visão existencial, mais ligada às condições materiais de existência e que corresponde às representações feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivíduos mais velhos do grupo popular encaravam a saúde e a doença de forma semelhante ao “modelo biomédico”, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do “modelo biopsicossocial”. As representações de saúde e de doença traduziram-se em definições que foram desde o orgânico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a saúde a aspectos fisiológicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a saúde e a doença enquanto fenómenos mais globais e externos aos indivíduos. Também se evidenciou, quando da análise dos dados, ao nível dos subgrupos de género e geração no seio do mesmo grupo social, que as diferenças eram menos evidentes entre eles do que as que encontrámos quando comparámos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconómicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranças culturais. Em geral, os indivíduos sobrevalorizaram a sua identidade étnica e a cultura de origem comum. A pertença a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, dá origem a uma partilha do sentimento de pertença cultural, mas não a comportamentos e práticas idênticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidadãos e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de saúde às transformações multiculturais, que neste momento são vividas a rápidos ritmos de mudança.



Cuidados De Sa De Materno Infantis A Imigrantes Na Regi O Do Grande Porto


Cuidados De Sa De Materno Infantis A Imigrantes Na Regi O Do Grande Porto
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Author : Joana Topa
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2016-12-01

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De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (2013), vivemos num mundo em progressiva movimentação, com sociedades cada vez mais diversificadas onde o número de mulheres a viver a maternidade em contexto multicultural e migratório é uma realidade com uma expressão reconhecida, tanto a nível mundial como nacional. O direito à saúde constitui um direito fundamental indispensável para o exercício dos outros direitos humanos e fundamental no processo de integração nos países recetores. Todavia, segundo o International Women’s Health Coalition (2013), entre os obstáculos identificados no processo de integração das comunidades migrantes, o acesso à saúde continua a figurar entre os mais relevantes uma vez que muitas vezes é ainda limitado e condicional. O conhecimento em torno da qualidade e da eficácia do acesso dos/as imigrantes aos cuidados de saúde, especialmente no que respeita às mulheres imigrantes, é ainda escasso em Portugal (Fonseca, Silva, Esteves & McGarrigle, 2007). Os estudos sugerem que as mulheres migrantes se deparam com enormes desafios no que à questão da acessibilidade aos cuidados de saúde diz respeito. As dificuldades parecem intensificar-se durante a gravidez e a maternidade, períodos de maior vulnerabilidade à doença e ao risco, para elas e para as/os suas/seus descendentes. Este trabalho de investigação, elaborado no decurso do Doutoramento em Psicologia com a especialidade de Psicologia Social pela Universidade do Minho, teve como principal objetivo analisar e caracterizar os cuidados materno-infantis prestados à população imigrante residente em Portugal. Este estudo propôs-se, assim, escrutinar a qualidade e a eficácia dos cuidados materno-infantis prestados no país pelo Serviço Nacional de Saúde a mulheres imigrantes de nacionalidade brasileira, cabo-verdiana e ucraniana, tomando como referência os seus discursos, bem como os discursos de profissionais de saúde. Situada em pressupostos teóricos e epistemológicos críticos oferecidos pelo construcionismo social, a presente investigação, de natureza qualitativa, compreendeu a realização de dois estudos empíricos. O estudo 1, pretendeu caracterizar os discursos, perceções e vivências de trinta mulheres de nacionalidade cabo-verdiana, brasileira e ucraniana nos cuidados de saúde materno-infantis em Portugal. O estudo 2, pretendeu contribuir para um melhor conhecimento sobre o acesso e capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde e suas/seus profissionais à procura de cuidados por mulheres imigrantes grávidas residentes em Portugal bem como pretendeu caracterizar os discursos de catorze profissionais de saúde sobre os cuidados específicos preconizados às mulheres imigrantes durante o período de gravidez, parto e puerpério. Os resultados relativos ao estudo 1 mostram, de um modo geral, que os padrões de procura de serviços de saúde para vigilância de gravidez destas mulheres são tardios. Para isso contribuem as experiências vivenciadas nos diversos contextos sociais (e.g., experiências discriminatórias) bem como os múltiplos e diferenciados obstáculos que encontram (e.g., culturais, informativos, económicos, comunicacionais, burocráticas, familiares) quando acedem ou tentam aceder aos serviços. Embora a maioria faça uma apreciação positiva dos cuidados recebidos, todas elas alertam para a insensibilidade demonstrada pelas/os profissionais face à diversidade cultural e a constante discriminação preconizada, que é diferenciada consoante as suas pertenças identitárias. Face às dificuldades sentidas e aos discursos com os quais vão contactando, estas mulheres vão alimentando uma noção de si como pessoas com menos direitos, o que as leva conformarem-se com as práticas ocidentais de cuidado e a silenciar-se face às práticas discriminatórias a que são sujeitas. Deste modo, os resultados apontam para que as estratégias individuais utilizadas não constituem qualquer tipo de ameaça ao grupo hegemónico, contribuindo para a manutenção do status quo (Lewin, 1948/1997) e da desigualdade. No estudo 2 os resultados apontam para a existência de vários entraves ao acesso das imigrantes aos cuidados de saúde primários. O desconhecimento da legislação vigente por parte das/os profissionais, a falta de infraestruturas de gestão capazes de responder às diferentes necessidades, nomeadamente no que concerne à atribuição de um/a técnico para seguir a grávida durante um longo período, o tempo limitado das consultas, bem como as barreiras comunicacionais e linguísticas existentes parecem contribuir para este cenário. Por outro lado, os resultados mostram que os discursos das/os profissionais são discursos hegemónicos que levam a uma regulação de saberes das imigrantes em prol do conhecimento biomédico ocidental. Assim, as evidências desta investigação apontam para as lacunas de um sistema de saúde que se diz universal e para todos/as, alertando para uma assimetria de poderes nas relações de cuidado maternoinfantis que, se por um lado, têm como função proteger as mulheres garantindo-lhes um melhor bem-estar e prevenção de problemas futuros, por outro lado, limitam, constrangem e reprimem as ações destas mulheres, aumentando assim a vulnerabilidade a que estão sujeitas durante o período de gravidez e puerpério.



Migra Es E Sa De Em N Meros O Caso Portugu S


Migra Es E Sa De Em N Meros O Caso Portugu S
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Author : Catarina Reis Oliveira (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2018-09-03

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Os fluxos migratórios são normalmente identificados como um desafio de saúde pública, assumindo-se a importância (e a necessidade) de compreender os impactos das migrações na saúde, tanto na perspetiva dos sistemas de saúde dos países de acolhimento de imigrantes, como na perspetiva das populações imigrantes e não imigrantes residentes nesses contextos. O melhor conhecimento da saúde dos imigrantes e do seu acesso e utilização do sistema de saúde é essencial para as políticas de integração e de saúde de um país, sendo porém desafiado pela falta de dados disponíveis na maioria dos países europeus. Apesar do crescente reconhecimento da importância deste tema - patente tanto em recomendações e avaliações de organizações internacionais; no desenvolvimento de políticas e programas de intervenção para a saúde das populações migrantes; e no aumento da investigação e estudo neste domínio – persistem lacunas no conhecimento da relação entre migrações e saúde, e dos reais impactos das migrações na saúde. Este segundo Caderno Estatístico, da Coleção Imigração em Números do Observatório das Migrações, procura responder exatamente a estas lacunas, sistematizando e analisando informação estatística de várias fontes (nacionais e internacionais), para o período de referência de 2005 a 2016, que permitem retratar, de forma comparada os imigrantes e os nativos, quanto ao estado de saúde - a partir da autoapreciação do estado de saúde e da qualidade de vida, do reporte de incapacidades temporárias por problemas de saúde, e de doenças crónicas -, à acessibilidade e utilização dos serviços de saúde – confrontando as estatísticas da utilização de serviços de saúde, com o enquadramento legal e institucional do acesso à saúde e as barreiras de acesso e efeitos desmobilizadores do uso dos serviços de saúde -, e à mortalidade e causas de morte. A análise dos dados disponíveis induz à identificação de algumas iniquidades em saúde na comparação dos imigrantes com os não imigrantes em Portugal, sendo essas desigualdades enquadradas pelos determinantes da saúde, na sua dimensão estrutural, social e grupal, e individual. Assumindo que a relação entre migrações e saúde tem sido estabelecida de forma parcelar, as autoras caracterizam ainda para a última década a evolução desta relação atendendo a três universos que integram o mesmo fenómeno: (1) o universo de fluxos de entrada e de saída por razão de saúde, atendendo à articulação e cooperação internacional portuguesa na vertente da saúde; (2) o universo de imigrantes residentes que, em virtude da sua permanência e integração no país, necessitam de proteção de saúde; e (3) o universo de profissionais de saúde estrangeiros que integram o sistema de saúde português. O Caderno traz, assim, numa terceira vertente, a análise de dados que sustentam também a leitura dos contributos dos imigrantes para o sistema de saúde português.