[PDF] Olympus Livro 1 Eros 3 Parte - eBooks Review

Olympus Livro 1 Eros 3 Parte


Olympus Livro 1 Eros 3 Parte
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-08-10

Olympus Livro 1 Eros 3 Parte written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-08-10 with Literary Collections categories.


42º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA Alguns trechos: “Como posso acreditar em alguém / Que diz ter estrelas no céu da boca, / Se é no olhar que elas se escondem?” “Para te procurar, / Pelas ruas, a esmo, / Eu me vesti de luar, / E me disfarcei de mim mesmo...” “Por isto, tristeza, sente-se em qualquer canto, / Para mim é o fim, para você pode ser só o começo / De uma história que perdeu todo o encanto!” “Diz que não consegue entender / Porque é impossível me esquecer, / Porque o amor dói tanto assim!” “E naquela cidade tão fria, / A escuridão se instalou / Naquela noite vazia / Que nunca mais terminou!” “Como dois malucos ousam / Amar desse jeito profano, / Como sem asas pousam / Nos raios do luar?” “Arrumei em minha sacola os poucos pertences que levara para o templo, / E, desolado, voltei para o mundo lá fora, onde a sua ausência era tudo que havia...” “O desespero reina em todos os lares, / A esperança há muito se perdeu, / A tristeza mora em todos os olhares, / Pois Cupido, o deus-menino, morreu...” “Esse luar que em teus olhos habita / Provoca-me uma ilusão infinita / De uma paixão sem limites / Cada vez em que me fites / Como se o tempo fosse parar / Como se fosses me amar” “Em teus olhos castanhos, / Escondem-se tantos astros, / De diversos tamanhos / Que por lá deixaram seus rastros...” “Eu já tinha te esquecido há eras, / Onde foi que o vento achou tua voz? / Por que me relembrou antigas quimeras / Daquele grande amor que havia entre nós?” “Você se foi, mas continua por aqui, / E permanece ao meu lado, imperturbável, / Adejando ao meu redor como um colibri, / Com as recordações de seu sorriso adorável...” “Why don’t you phone me in the middle of the night, / Inviting me to be the one you love once more? / I miss you, and your eyes’s bright, / Your screams of desire in this desert shore...” “Quando a tristeza escapar, / Não desista, / Resista, / Insista, / Pois quando a saudade aperta, / E a solidão ronda a alma deserta, / Há um perdão à espera em cada olhar...” “Let’s make our destinies be one / Change your anger for a smile / Let´s fill our paths with fun / And only love will be here for a while” “E, depois do êxtase com que me premias, / Olhas-me com esse teu sorriso desafiador, / Transformado por esse mais doce dos dias, / E radiante me confessas: o nome disto é amor!” “Será hoje que tirarei a timidez de campo, / Essa maldita timidez que no rosto estampo, / E criarei coragem para lhe perguntar afinal: / ‘Será que seu beijo sobe minha pressão arterial?’.” “Enquanto essa melodia enche a noite de magia, / Entre nossos corações se estende uma teia, / Tecida pelo doce amor que une a minha Poesia / A seu rosto admirável, que meu olhar bombardeia...” “Pois essa viagem para dentro de mim, / Que terminou inesperadamente assim, / Trouxe de volta um tempo onde o relógio não para, / Num redemoinho que a lembrança dispara, / E ressuscitou uma perdida paixão, / Que não sossegará enquanto não lhe pedir perdão!” “Quando nasceu essa atração esquisita / Que tua gravidade sobre mim exerce, / Que abalou tanto assim minha escrita, / E fez tremer até o meu último alicerce?” “Foi quando eu afinal desisti de você, / E, pela primeira e única vez, / O amor se calou, e eu lhe disse adeus...” “Deixa-me fotografar teu sorriso / Lindo de morrer / Para que não seja preciso / Lembrar de não te esquecer” “Talvez eu a tenha amado, talvez não tenha, / Embora acreditasse que aquilo era amor, / Provavelmente eu apenas errei a senha / Ao digitar teu nome, trocado pelo corretor!” “I feel the tears rolling down my face / And I try to calm this infinite pain / Thinking of our last embrace / But your memory will always remain” “Foi num dia 5 / Que eu te vi pela última vez / Depois minha calça perdeu o vinco / E esqueci a resposta de todos os porquês” “Depois não me restará mais vida / Porque você era tudo o que havia / A felicidade estará para sempre perdida / E o funk tomará o lugar da Poesia” “Soltei no mar meu barco de papel, / Que devagar foi sendo carregado / Pelas ondas e pelas espumas... / Logo depois, surgiu a Lua no céu, / Com seu lindo manto prateado, / A desvanecer, devagar, as brumas...” “Leva-me contigo para longe daqui, / Não precisa nem me dizer para onde, / Ensina-me línguas que nunca aprendi, / Mostra-me onde a Poesia se esconde...” “Existem tantas paredes / Que entre nós se ergueram / Por isto é que não vedes / Minhas lágrimas que se perderam” “Por que não apago essa reminiscência, / E esqueço essas lembranças sem nexo? / Por que quando me aperta a tua ausência, / Se olho no espelho vejo o teu reflexo?” “Tenho pressa, e tenho premência de abraços, / Mas, quando eu tiver de morrer, / Que seja entre os teus braços, / Bem antes de amanhecer...” “Derrame sobre mim pedaços de seu sorriso, / Jorre em meus olhos gotas de seu olhar, / Faça com eu lhe confesse, assim de improviso, / Onde foi que escondi a magia de amar.” “O amor é sempre feiticeiro, / E nos ensina a magia de sonhar / Com quem a noite trouxe o cheiro, / Depois nos deixou sem hesitar...” “I should to forget you but I can´t / You live in my memories and dreams / For you will be my last lament / And my ultimate screams” “Como explicar esse silêncio absurdo? / Os sons do silêncio não conhecem fronteiras, / E só não os ouve quem por acaso for surdo, / Ou quem se houver trancado em trincheiras!” “É a noite que me traz esta tristeza sem fim, / Que para sempre me envolveu, / Pois foi a noite que te levou para longe de mim, / E nunca, nunca mais te devolveu...” “There will be no you and I / Our future will no more exist / We’ll be like clouds in the sky / Dispersed in the mist” “Andei seguindo os seus passos, / Em vão buscando os seus traços, / Mas nada encontrei, / E sem você, nada sei, / Sou uma fagulha perdida no ar, / Um barco sem GPS no mar, / Um triste verso sem rima, / Um salmão a saltar rio acima,” “Ando sonhando com Universos paralelos, / Povoados por estranhas alienígenas, / Com teu rosto em corpos amarelos, / Ou teus olhos em traços indígenas!” “Nosso amor era tão jovem, / Mas morreu, e agora é findo, / Por que todos não se comovem / Com o fim de um amor tão lindo?” “Essas tuas rútilas pupilas / Onde estrelas cintilam / São onde teu amor desfilas / E os meus sonhos se exilam” “E, nessa noite imensa em que fui mergulhado, / A escuridão se instalou e nunca mais passou, / E qualquer futuro possível foi sepultado / Por aquele amor que se foi, e nunca voltou...” “Nada entendia de abandono, / Até que chegou o inferno: / Partiste, e ainda era outono, / Mas mergulhei no inverno...” “Quando você me abandonou / Suas marcas ficaram / Foram só o que sobrou / E nunca mais me deixaram” “ Cause I m the one who let you go. / Without almost sketching resistance / And the reflection of this now I know / With the agony of your absence” “Vamos juntos tomar um sorvete, / E falar sobre paixões reprimidas? / Vamos adicionar um novo verbete / Ao dicionário de nossas vidas?” “Extraordinário é quando, saciada, / Depois de soltares teu último grito, / Vejo em teu olhar uma lua prateada, / A me banhar com teu amor infinito...” “E logo depois me deixaste / Legando-me essa imensurável solidão / Pois minha luz contigo levaste / E só me deixaste a escuridão” “Lá fora, múltiplas cores fazem a festa, / Mas aqui dentro, reina a escuridão! / A vida insiste em me espiar pela fresta, / Mas desiste, diante da minha solidão...” “Como foi que tanto amor pôde assim terminar, / O que foi que um ao outro desde então fizemos? / As lágrimas escorrem, e sei que continuo a te amar, / E esse choro pungente é pelo amor que já não temos...” “Por isto, eis-me aqui agora, / Catando do chão o que restou de nossos espólios, / O pouco que ficou depois que você foi embora, / Até a última lágrima cair de meus olhos...” “Mas cada vez que você me olha / Com esse olhar avassalador / Essa lágrima que o seu rosto molha / Diz-me que vale a pena morrer de amor” “Comprei equipamento de alpinismo / Para escalar as tuas túrgidas montanhas / Para depois mergulhar nesse abismo / Que me aguarda em tuas entranhas “Quem pode pensar, vendo-a desfilar na avenida, / Que a alegria que exibe ao passar radiante / Durará apenas até o desfile chegar ao último instante / E depois a tristeza durará pelo resto da vida?” “As últimas gotas de suor / Que de nossos corpos exalaram / Foram as últimas marcas de nosso amor, / E nunca, nunca mais secaram” “E, quando desistir de me expulsar de perto, / Atire-se em meus braços e me aperte, / Jogue a sua água pura em meu deserto, / Enquanto com um beijo você me perverte!” “Leves tuas roupas, teus retratos, teus discos, / Tudo que possa me lembrar tua ausência, / Mas não mexas em meus versos, tristes rabiscos, / Últimos traços de tua fugaz existência...” “Quando foi que começou esse desencontro / E a desilusão acampou lá fora? / Quando a tristeza veio ao nosso encontro / E depois nunca mais foi embora?” “Deixou uma tênue esperança, / Deixada assim sem cuidado, / Que um dia então se perdeu, / Em uma última lembrança, / Que virou para o meu lado, / Soluçou, depois morreu!” “Toda vez que te vejo passar, / Fico com duas mãos esquerdas / (E olha que sou destro!),” “Vivemos tantas vidas com nosso amor imortal, / Que sempre esteve acima de todo o mal, / E agora, quando me declaro te enfureces, / E vens dizer que nem me conheces?” “Quando me despedi de você / Foi um enorme choque / Nunca mais liguei a TV / Nem para ver o Sherlock” “Deixe que a paixão a cegue, / Vigie os meus passos, / Mas nunca me negue / A fúria de seus abraços...” “Como foi acabar desse jeito, / Sem deixar sequer um vestígio, / Um amor que era tão perfeito / E que morreu sem nem litígio?” “Quem sabe um dia, leias alguns desses versos, / Que guardam a beleza com a qual te descrevo, / E enxergues a paixão e o amor neles imersos, / E me fales então de amor, como eu não me atrevo?” “E cá estou, nessa cidade esquecida, / Nessa solidão que beira a eternidade, / Banhando-me até o fim da vida / Na fonte sem fim da saudade...” “Mas não esquecerei, enquanto vida me reste, / Daquela única noite, tão ligeira, / Em que tanto amor represado me deste, / Por uma noite apenas, tão passageira,” “Tentei deixar a tristeza lá fora, / Mas foi tudo em vão: / Você levou a sua luz embora, / E deixou comigo a escuridão...” “Por que você qualquer dia desses não me convida / Para um filme do Tarantino, do qual só nós sairemos com vida? / Por que você não me chama com tato / Para a noite em que afinal faremos contato?” “Mas, se você quiser, eu confesso, / Tudo aquilo que de mim temeu, / Mas logo a seguir me despeço, / Pois confesso, mas não fui eu!” “Tão de repente como chegou, / O amor some, / E depois que se evaporou, / Esqueço até o seu nome...” “Ah, ausência que virou minha confidente, / Leva a ti uma última confidência, / Diz que em meus sonhos és residente, / Que em minha cama deixaste tua carência, / E que sem teu amor, não sou ninguém!” “Conta-me no ouvido / Porque eu te apavoro! / Será porque atiço tua libido / Ou porque te adoro?” “Ando criando raízes / De tanto te esperar, / Colecionando dias infelizes / E lágrimas pungentes no olhar.” “Já não sei mais onde paro, / Nem sei se quero parar, / Ligo meu carro, disparo / Até na beira do mar, / Vendo teu riso tão raro / Na solidão mergulhar!” “E, quando me disseres, sorrindo: “Diga logo”, / Vou encostar em teu ouvido, e sussurrar: “Te amo”, / Afastar-me um pouco, e ler os teus olhos, / E num instante, saberei a resposta...” “O que será que farias, se algum dia / Eu sentasse em tua mesa, onde almoças, / E te desse de presente uma rosa e uma poesia, / Onde revelasse como, com tua indiferença, me destroças?” “Esse meu cego coração é meio pirata, / E gosta de sofrer como boi no matadouro, / Onde é que já se viu, pensar que é de ouro / Um triste sentimento, que é feito de lata?” “Secando com um lenço imundo / As lágrimas desse amor vagabundo, / Que não secarão jamais, / Vertidas por esse amor que não tenho mais...” “Por que fizemos a primeira lágrima escorrer, / Em qual vereda nos escondemos, / O que fez nossa paixão derreter?” “Eu, que nunca fui insensível, / Sem me controlar, ainda incrédulo, / Reagi de modo terrível, / Escrevendo então o último capítulo, / Daquele amor, encerrado com uma lástima, / E que sucumbiu, desse modo esdrúxulo, / Enterrado numa última lágrima...” “Fecha os olhos e ouve esses acordes, / E deixa meus versos por ti fluírem, / Fazendo com que de nós dois recordes / Antes de nossos sonhos ruírem...” “Não há sinal de nuvens, o dia está claro, / Não relampejou, nem o céu escureceu, / Na verdade, o Sol brilha, mas nem reparo, / Pois é de meus olhos que essa chuva desceu...” “Pois esta casa de você ficou repleta, / Mesmo estando mais vazia do que seria possível, / Nossa história seguirá sendo incompleta, / E meu amor por você, para sempre impossível...” “Em minha mente sempre tão clara / Viraste uma lembrança difusa / Eras a minha rima mais rara / Mas hoje és somente a mais confusa...” “Já não me lembro teu rosto / Nem mesmo o teu telefone, / Aos poucos, larguei o desgosto, / E troquei-te por um saxofone...” “Eu me lembro de nossas travessuras, / De nossas fomes e sedes, / E também de nossas loucuras / Entre quatro paredes!” “Ensine ao meu coração apedeuta / Como conquistar o seu amor, / Seja a minha doce psicoterapeuta, / Deixe-me provar de seus lábios o sabor,” “Love s a strange feeling that hurts / Forever and ever until the world ends / A crossroad of a pair of lonely deserts / The only thing that time cannot mends” “Sempre que penso em você, passo mal, / Dá-me um bolo no estômago, e não passa, / Sinto uma sinistra dor abdominal, / Como se eu tivesse comido pão com argamassa!” “Como Houdini, estou preso em uma caixa de vidro, / Algemado, com água até o pescoço, e subindo. / Agora, o que é que eu faço, / Para não viver sem você?” “Ilusões feridas às vezes escapam / E se elevam e voam pelos ares, / Em nossos sonhos derrapam, / E se esparramam pelos mares...” “Eu, uma banheira e você / Que importa / Se o mundo acaba hoje?” “Por causa dessa tua estupidez / Nossa relação virou estilhaço / Não sobreviveu à pouca solidez / De teu coração faltando pedaço” “Enquanto passa o tempo / Nesse cruel passatempo / De amar quem não me ama” “Para ti, sou invisível, / Como se não existisse, / Mas para mim, és incrível, / Mas nunca, nunca te disse...” “Qual é o sentido de abraçar uma paixão obscura / Somente por alguma espécie de atração física, / E sem o saber embarcando numa aventura / Ou entrando de sola numa experiência metafísica?” “Leve-me para sua casa, / E depois jogue a chave fora! / Deixe-me ficar sob a sua asa / E nunca mais me deixe ir embora...” “O tempo passou e sepultou o passado, / Matou os sonhos, a esperança acabou, / Das fantasias, restou um peito rasgado / E de nosso amor, nada mais restou!” “E naquela madrugada, levei um soco no peito, / E só muito depois, percebi que meu relógio parou, / Enquanto a vida lá fora seguia do mesmo jeito, / Naquele exato instante em que meu mundo acabou!” “Em poucos anos, estará mais alto que eu, / Mas, quando estiver com quase 2 metros, / E para olhar em seu rosto, / Eu tiver de olhar para cima, / Ainda segurarei um nó na garganta / A cada vez que disser: - Vovô, te amo!” “Mas e daí? Eu me pergunto / De que adianta tanta paixão, / De teu queijo não tenho o presunto, / De tua letra não sei fazer a canção...” “A mais relevante notícia dos jornais de amanhã / Não será sobre um grande filme de terror, / Nem sobre a Paolla, o Neymar ou o Cauã, / Mas sobre o último capítulo de nossa história de amor...” “E tua lembrança aqui permanece / Como um suplício / Prestes a me mandar para um hospício / Nessa doença sem cura / Nesse limiar da loucura / Ao ver na boca de um manequim sem vida / Esse sorriso solto à noite na avenida / E teu rosto numa iluminada vitrine / Na escuridão de um grande magazine” “As manhãs trazem-me nostalgia, / Quando acordo, e, ao meu lado na cama, / Você não está aqui, por mais um dia, / E a sua ausência de meus olhos derrama...” “Manipulações de corações alheios sempre falharam: / Os corações escorregaram e se quebraram, / E nas mãos, restou apenas o sangue que deixaram...” “Depois, será preciso que me açoite / Para fazer que eu queira ir embora, / Para não deixar que aqui eu pernoite, / Não na solidão da noite lá fora...” “Nada mais me interessa, nem a Poesia, / Que fica só me sugerindo versos de amor, / Um amor que se foi, e levou junto a alegria, / Deixando-me apenas esse filme de horror,” “Sem você, essa vida é um saco, / Não existe nada que me dê sossego, / Nesse mundo nebuloso e opaco, / Onde sou mais cego do que um morcego...” “Esse seu olhar inocente, / Que carrega tão poucos enganos, / Contrasta com o meu, experiente, / Com lembranças de milhares de anos!” “E pergunta meu lado indagador: / Neste mundo, tão cheio de veneno, / Como pode caber tanto amor / Num coração tão pequeno?” “Fiz na tua academia uma matrícula, / Mas logo machuquei a clavícula, / Tentando descobrir uma fórmula / Para te sugerir uma cópula, / Juntando de nós cada molécula!” “Diga-me, como posso aplacar / Essa insanidade que nos embaralha, / Derrubando-nos como dominós?” “Não sei, mas agora não tenho vontade, / A sua lembrança ainda me dá arrepios, / Tristeza e solidão são minha realidade, / O oceano para onde correm meus rios...” “Você se foi, mas permanece comigo, / Em cada vez que acordo, sinto seu cheiro, / De sua lembrança, nunca me desligo, / Você vive em mim o tempo inteiro...” “Por isto, resista, / Não se deixe jogar no inferno, / Não ponha seu nome na lista / De culpados em seu caderno!” “Eu não te perdoo / E por que deveria? / Tu me abateste em pleno voo / E destruíste a minha fantasia!” “Ascenderei quando em ti estiver imerso, / Como um submarino em teu oceano, / Minha estrela em teu universo, / Tu, deusa, e eu, simples humano...” “Não quero mais te ver, / Nunca mais! / Sob pena de outra vez sofrer / Por esse amor que foi demais...” “O amor é um mistério / Que jamais desvendamos / É um som em estéreo / Que sempre escutamos / E que nos incita / A cair em tentação / Numa paixão maldita / Que pode acabar num caixão!” “O amor espalha pelo ar armadilhas, / Esperando que numa delas você caia, / E o prende num navio sem escotilhas, / Por causa de um lindo rabo de saia!” “Não importa como nos encontrarmos, / Simplesmente nos reconheceremos / No primeiro olhar que trocarmos, / De nossas vidas passadas nos lembraremos...” “O olhar fica perdido no horizonte, / Sonhando com o que era bom e se acabou, / Ficamos aguardando que alguém nos conte / Histórias daquele tempo bom que passou!” “O amor foi embora / De nossas vidas, / E o que faço agora / Se não há outras saídas?” “Em cada beijo, o amor se renova, / Nessa troca de seivas bucais, / O amor vence mais uma prova, / Que quem ama não esquece jamais!” “No mesmo instante em que você partiu, / Morri, mesmo que o coração ainda bata, / Mas descompassado como nunca se viu, / Nessa nostalgia imensa que me arrebata!” “Tudo o que ficou foi esse triste buraco / Deixado nele pela sua ausência infinita, / E desde então, ele bate cada dia mais fraco, / Cada vez mais torturado por essa desdita.” “Pois a tristeza não espera / Você sarar desse tormento / Que de suas noites toma conta / Numa saudade feroz e doída / Na lágrima que em seus olhos desponta / E escorre pelo resto da vida” “Pensei haver amor em teu beijo quente, / Que misturava sonhos e hortelãs, / Nesse louco delírio da minha mente, / Que misturava ontens e amanhãs...” “Se Deus conceder-me esse final que antevejo, / Ao teu lado quero ficar até a hora de adormecer, / E ao partir, será por certo meu derradeiro desejo / Dar-te um último beijo, e depois morrer...” “Olhaste-me então, cada vez mais surpresa, / Ainda sem acreditares que tango eu dançava, / Acabaste o teu sorvete, já quase indefesa, / E, antes que percebeste, eu já te beijava!” “Olá, eis-me aqui de novo, / Frágil casca de ovo / Sem ti para me fortalecer, / Sem teu carinho, que não consigo esquecer, / Pois, sem o teu olhar mágico, / Meu mundo ficou antropofágico,” “Acabei por me emaranhar / Em tuas envolventes redes, / Querendo para sempre contigo navegar, / Mas entre quatro paredes, / Onde foi parar a luz que habitava teu olhar?” “Somos agora meros fantasmas de nós, / Juntos, mas vivendo vidas separadas. / A tristeza emudeceu nossa voz, / Deixando nossas mãos amarradas...” “Quem será o seu Pierrot, / De que cor será seu vestido? / Ou irá de havaiana, com um pareô, / Sem nada por baixo, do seu jeito atrevido?” “Onde foi que você escondeu / Aquela fogueira que em teus olhos havia? / Quando foi que você se perdeu, / E trocou um vulcão por essa boca tão fria?” “Da imensa e milenar China, / Vieram os brotos de bambu, / O tango veio da Argentina, / E de teus olhos, esse oceano azul...” “Fiquei em choque olhando para o OVNI metálico, em vão / Esperando que dele saíssem ETs cinzentos ou verdes, mas não! / Do acidente aéreo, restaram um punhado de açúcar e outro de desilusão...” “Para que poetas mesmo / Nos entregamos à emoção / Fazemos versos a esmo / Por causa de uma louca paixão?” “Ela não me dá mais um cumprimento / Desde que critiquei o seu comprimento, / Desde que o guarda lavrou-me uma infração, / Só porque critiquei a volta da inflação,” “Por isto, suavemente eu te deixo, / Sem choros nem despedidas, / Para meu mundo voltar ao seu eixo, / Rumo a paragens desconhecidas.” “Passei só pra dizer o quanto te amei, / Que em minha vida, nunca encontrei / Quem eu tenha querido tanto assim. / E que, deste jeito, nunca mais amarei, / Mas não precisas ter pena de mim, / Pois o que não disse, jamais te direi!” “Pedaços de mim te seguirão, / Por onde quer que vás: / Nossas lembranças, / Meus versos de amor, / Carregados de paixão, / Que de ti correm atrás, / Que te deixarei como heranças, / E que por ti vivi a compor...” “Já nos demos adeus tantas vezes, / Que já virou até brincadeira, / Fizemos isto quase todos os meses, / Sem acreditarmos ser pela vida inteira!” “Naquele sonho estranho, / Eu falava francês sem uma falha, / E ainda tinha o cabelo castanho, / E não essa cabeleira grisalha... / Como num livro de Sartre, / Eu vagava sem rumo pelas ruas / E pelas vielas de Montmartre, / Entre mulheres quase nuas...” “Só para você saber que não a esqueci jamais, / Como é grande a saudade que jazia adormecida, / E que eu não voltarei a ir embora, nunca mais, / Nem poderia, pois você é o amor da minha vida...” “Cada vez que te convido de novo / Para sairmos uma segunda vez, / Com nada do que digo te comovo, / Então ligo o botão de insensatez!” “Conheço todos os seus segredos, / Mas você nunca me deu valor, / Não passo de um de seus brinquedos, / O único que lhe deu amor...” “Fez-se fada, / Foi-se, fantástica, / Falso fetiche, / Faces febris, / Fabulosa fantasia, / Fascinante fagulha, / Fugaz felicidade...” “Vivi divertidas aventuras, / Vencendo incontáveis vilões, / Velhacos, viscosos, avessos, / Devassos em vigorosas bravuras, / Que vi revelados em diversas visões!” “Talvez depois de algumas horas eu confesse / Que há muito tempo em você sou vidrado, / Mas sei que você pouco me conhece, / E não sabe quase nada de meu passado.” “Por que não me respondes, / O que pensas que te fiz? / Por que afinal te escondes, / Por que me fazes tão infeliz?” “Acho que o jeito é te fazer a proposta / Para nossos olhares se acasalarem, / E imagino, antes de receber a resposta: / Como olhares farão para se beijarem?” “Vou fazer uma promessa, / Para ser cumprida depressa, / Nada que seja trágico, / Nada que seja mágico, / Nada que seja inédito, / Ou que não mereça crédito, / Para me fazer te esquecer, / Mesmo sem merecer, / Mesmo sem comédia, / Mesmo sem tragédia,” “O punhal que me cravaste / Ainda está preso em minha carcaça, / Mas o amor que me juraste / Desapareceu como fumaça...” “Mas seus monstros internos são tão imensos, / Por isto, até hoje não consegui combatê-los! / Contra eles, não adiantam meus versos densos, / Nada consigo fazer contra os seus pesadelos...” “Quando a manhã chegar, / Não haverá mais nós dois, / O amanhecer irá nos separar, / E não haverá um depois.” “Quando finalmente me amei, / Deixei de te amar também, / Nunca mais te telefonei, / E isso me fez tão bem!” “Quando você chegou, / Depois de tanta espera, / A paixão me cegou / E meu outono virou primavera...” “Quando seu coração é quebrado, / Não existe cola que dê jeito / Para tentar deixar remendado / Esse imenso vazio no peito!” “Quem sou eu para me indignar, / E lhe dizer coisas que não quer escutar, / Se isto nem sequer lhe importa, / Se não liga se minha cachorra / Está doente ou está morta?” “E foi assim que sobrevivi à tortura, / Que foi viver sem você no início, / Quando nada mais me fazia sorrir. / Mas aos poucos reconstruí a armadura, / E finalmente emergi desse precipício / Infernal, onde seu abandono me fez cair!” “O meu violão / As cordas partiu, / Sofreu na paixão, / Na dor desistiu!” “OK, você ganhou, eu me resigno / E finalmente lhe confesso / Que de você não sou digno, / Mas mesmo assim me interesso.” “No dia em que te esquecer, / Vou soltar um foguete, / Dançar muito e beber, / Até meu casebre virar palacete!” “Pois você deixou rastros perenes / Mesmo durante a sua única estada / E ficou entranhada em meus genes / Até o fim de minha jornada” “Cansei de tentar ser o seu dono, / Enjoei dessa linda boca carmim, / Não quero mais perder o sono, / Pela última flor em meu jardim...” “Existirá algum psicocardioterapeuta / Que se compadeça dessa sua desdita, / E consiga ensinar esse coração apedeuta / A dar um jeito nessa tristeza infinita?” “Adeus e até nunca / Saio desta espelunca / Que um dia chamamos de lar / Pois apenas cansei de te amar“ “Essa runa antiga é mágica, / E talvez te traga de volta para mim, / E acabe com essa solidão hemorrágica, / Que enfrento encharcado de gim.” “Se um para o outro nascemos, / Se um ao outro é o que temos, / Por que não nos entregamos ao verbo amar?” “Se é assim que você quer, / Que a Magia dê lugar à insanidade, / Que os loucos tomem conta do hospício, / Internando nele os antigos doutores!” “Segure em minhas mãos bem firme, / Faça-me lembrar que sem você não há nada, / Olhe com candura em meus olhos e confirme / Que você é o início e o fim de minha estrada...” “Saí sem destino à tua procura, / Vagando por cidades enormes, / Imbuído dessa estranha loucura / De te achar entre rostos disformes,” “Depois dessa incrível experiência, / Desse beijo que virou um banquete, / Para não derreter com tua falsa inocência, / Antes de um novo beijo, vou tomar um sorvete!” “Sempre foi você quem eu quis, / E só você é quem não sabe! / Por isto estou aqui, tão infeliz, / Esperando que a tristeza acabe,” “São sete letras apenas, / Que certamente condenas / Por dizerem mais do que devem, / E que todos os poetas descrevem... / Extravasam o meu sentimento / Quando o teu nome chamo, / Na magia desse momento: / ‘Eu te amo’...” “Mas descobri que benzer-me não adianta, / Este fogo que sinto não vem do inferno, / Não estou condenado a ser um sofredor, / Pois já sei o que é essa coisa que se agiganta / Quando me olhas com esse olhar tão terno: / Li no dicionário que o nome desse fogo é amor!” “As agressões tomam o lugar dos abraços, / A tristeza insondável a cada instante aflora, / Afrouxam-se pouco a pouco os laços, / Delimitando a hora de amar, e a de ir embora!” “Sinais de paixão são volúveis, / E de tanto serem ignorados, / Causam uma explosão, / Gerando mágoas insolúveis, / E na mente ficam marcados / Os sinais que deram fim a uma paixão...” “Esse amor que sepultas / Foi tão triste que nem mereceu / Tantas lágrimas ocultas, / E por completo abandono se perdeu.” “I’ll always be true / With you / In this love so sublime / That we’ve found / More profound / And poetic than the sea / And you’ll be with me / Until the end of time...” “Descontrolada, durante mais um assalto, / Ela de repente deu um salto, / E proferiu ao ladrão um pesado insulto, / Daqueles que de vez em quando escuto, / E que quase me matou de susto!” “Socorro! / De mim tenha piedade, / Senão eu morro / De saudade...” “Pensei que nosso amor fosse sólido, / Mas qual o que! Era líquido apenas, / E desceu ladeira abaixo, como um bólido, / Tornando nossas grandes esperanças pequenas!” “Mas algum dia, essa angústia vai passar, / No dia em que me convencer que eu mudei, / Quando seu fantasma não mais me assombrar, / E me esquecer enfim do último beijo que te dei...” “Onde foram parar minhas ilusões? / Em que encruzilhada se perderam / As memórias das nossas canções, / Que a tanta solidão se renderam?” “Somente tu penetras em meu mundo, / E o reviras em um único segundo, / Quando me dizes palavras doces / Ainda que doce não o fosses...” “Deixei de lado esse meu jeito sério, / Joguei-me nesse perigoso jogo, / A investigar de perto esse mistério / Que percebi no teu cabelo em fogo!” “Foi quando, de repente, voltou seu cavalo, / Que passou por mim, depois disparou, / Mas não havia ninguém a montá-lo, / E minha musa nunca mais retornou...” “E quando acordar, não deixará que eu parta / Antes de revivermos as nossas sanhas / E de que eu mate suas sedes tamanhas, / Enquanto a manhã não nos aparta...” “Mas o amor não se intimida, / E pode até ser traiçoeiro, / Mas dura por toda uma vida, / Quando é verdadeiro...” “Sem você, agora falta um pedaço de mim, / A última flor morreu em meu jardim, / E, junto com você, foi-se embora a Poesia...” “Por que essa angústia proscrita / Em meu mundo mágico veio morar? / Por que me aconteceu essa desdita, / E logo por você fui me apaixonar?” “O que foi que aconteceu conosco, / Como o sonho se tornou pesadelo, / Quando o amor se tornou tão tosco / E as chamas se converteram em gelo?” “As palavras ficaram presas na boca, tantas vezes, / Mas nunca te disse o quanto te amo, / Fiquei perto de confessar, nesses últimos meses, / Que acordo no escuro e sempre te chamo,” “Deixando atrás de si destruídas / As lembranças de nosso amor / Que ficaram apenas no passado / Substituídas por esse horror / De viver sem você ao meu lado” “Amor é assim: / Um sentimento estranho, / Que quando nasce é fresco, / Parece gigantesco, / Mas encolhe de tamanho, / E de repente chega ao fim...” “E no fim, até as mãos se recusam, / Depois da cruel separação, / Dois pares de olhos se acusam, / De mãos dadas com a solidão...” “Meu bem, quando nos amamos, / Sacudimos a cama com tanta vontade / Que ainda vamos abalar as estruturas da cidade!” “Our love story came so fast, / And I wonder why / We have a beautiful past, / A solid love sculpture, / But not a future!” “Com o tempo, a dor aos poucos ameniza, / E a saudade devagar acaba doendo menos, / Mas a tristeza da paixão nunca cicatriza, / E as doçuras do amor perdido viram venenos!” “Em meus poemas, você é constante, / Só você é que não enxerga isto, / E neles, você é minha amada ou amante, / Não sei porque me pegou para Cristo!” “Ah, como é triste essa enorme solidão, / Como dói em meu coração tua ausência, / De que me serve olhar para a imensidão, / Se o que me resta é essa quase existência?” “Nosso amor, que era tão sólido, / De repente tornou-se tórrido, / Mas acabou de modo mórbido, / Afogado em um ciúme sórdido!” “Esse amor excomungado / Expulsei de mim em definitivo, / Deixei esse amor maluco no passado, / Nele enterrado enquanto estou vivo...” “Você chegou de surpresa, / Como quem não quer nada, / Mas a você minha alma está presa / Até o final da estrada...” “Desejo que tenhas um novo amor, / Pois o nosso, ficou no passado. / Foram dias de sexo e estupor, / Mas tudo agora está enterrado...” “Vidas depois, eu era então o feiticeiro, / Fazendo adivinhações por meio de fumaça, / Mas pensando em ti o tempo inteiro, / Pois tinhas dono, e esse amor foi nossa desgraça!” “Hoje teria sido / Apenas mais um dia / Como outro qualquer, / Se você não me tivesse trazido / Essa inexprimível alegria, / Que não a deixa um instante sequer.” “Aquele único dia que juntos passamos / Valeu para mim por toda uma vida! / Por um único dia nos amamos, / E depois nos afastamos, / E sem ao menos uma despedida, / Os nossos corpos separamos, / E nem por uma vez choramos / Por uma ausência nunca sentida, / A qual nem sequer reparamos...“ “Depois fechei numa mala / Tudo o que tinha direito / E lhe entreguei minha última bala / Antes de pular do parapeito” “Veja você que coisa mais incrível, / Esqueci nosso amor inesquecível, / Coisa que nunca me pareceu possível, / Esse esquecimento implausível...” “Mergulhei naquele teu olhar hipnotizador, / E dessa hipnose nunca mais despertei, / E aquele meu sonho se converteu em amor, / Será que isto era destino? Já nem sei...” “Mas você é fruto de minha fantasia, / E por isto, apenas nela persiste, / Você foi criada em minha Poesia, / E somente em meus sonhos existe...” “Quando a tarde chega ao fim, / Na noite enluarada / O seu fantasma me assombra / Sob a luz do luar...” “Será que você se lembra de mim, / De nossos abraços no jardim, / Daqueles doces beijos na chuva, / Ensopando-nos sem guarda-chuva?” “E sempre volta essa estranha vontade, / De ver nas fotos tuas longas madeixas, / E o fogo em teu olhar de novo me invade, / Mas o que posso fazer, se nunca me deixas?” “Hoje, despertei com vontade de te beijar! / E agora, não sei se ligo para ti pelo telefone, / Se vou à tua casa, espalhando estrelas pelo caminho, / E, em frente à tua janela, declaro amor pelo megafone, / Ou se fico em meu canto, sentado quietinho, / Esperando essa vontade maluca passar...” “Nunca mais te afoguearás / Com meus beijos kamikazes / E o resto da noite nunca mais dormirás / Após combates de nossos corpos vorazes” “Eu trabalho desde que o dia desponta, / E vivo sob intenso tiroteio, / E você mal se dá conta, / Pois só quer injetar silicone no seio!”



Olympus Livro Iii


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-10-03

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44ª livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS Este é o 5º volume - com 300 poemas em cada um deles - da série Olympus, com 14 capítulos, cada um dedicado a um deus grego, todos eles publicados pelo Clube de Autores. Este Livro III é dedicado aos deuses APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA e ZEUS. Alguns trechos dos poemas deste livro: Alguns trechos: “Quando nos separamos, eu a olhei, / E vi as estrelas que em seu olhar brilhavam, / Embora ainda fosse dia claro, / E então outra vez a beijei, / E colhi os líquidos que em sua boca brotavam, / Naquele beijo cheio de paixão e tão raro!” “Descobri em tuas macias costas / Uma colorida e perfeita tatuagem, / Mas elas nunca ficaram expostas, / E faltou-me um pouco de coragem / Para te perguntar o que havia tatuado!” “És para mim o desejo que alucina, / És o veneno que me contamina, / És o vento soprando na esquina, / És a paixão que nunca termina!” “Tu me olhas com esse olhar candente, / Daqueles que me causam alvoroço, / Mas não posso matar teu desejo ardente / Apenas meia hora depois do almoço!” “Tentei dizer que te amava, mas não conseguia, / Meus olhos mergulharam ao encontro dos teus, / E naufragaram quando beijei tua boca macia...” “Depois disto, como te deixar / Desse jeito como estás agora, / Com o corpo todo a pulsar, / Nessa paixão que me apavora?” “Quando me beijas com paixão, / Vou ao céu, e volto à Terra, / Tua língua bombeia meu coração, / Nessa batalha que se descerra...” “Liberamos milhões de anticorpos / Quando minha alma encontra a tua / Ao emaranharmos nossos corpos / Enquanto deliro de te ver toda nua” “Depois de saciados, sussurro em teus ouvidos, / Sobre esse imenso amor, do qual nunca reclamo, / Palavras tão doces, de sentimentos proibidos, / Para nunca esqueceres o quanto te amo...” “Let me kiss you / And dry your eyes of blue / While the passion arrives / For the rest of our lives” “Tomara que não seja um sonho, pois não suportaria, / Depois de tanto sofrimento, te ver desaparecendo, / Como se fosse um fantasma que me fizesse uma visita, / E sumisse de novo, apagando toda essa alegria / Que sinto, quando de novo em meus braços te prendo, / E te cubro de beijos, revivendo essa paixão infinita...” “Então, vamos seguindo assim, / Nesse estranho jogo de cabra-cega, / Onde você nunca tira a venda, / E acha que o amor deve ser uma lenda, / Onde você para sempre me nega,” “Deixe-me saborear sua inesperada avidez, / Tome mais um gole de vinho, e não pare, / Destrua de uma vez minha maldita timidez, / E nos amemos, antes que a manhã nos separe...” “Fiquei estático e ofegante, / Sem poder acreditar em minha sorte, / Depois de tanto desejo lancinante, / Ficarei sorrindo de orelha a orelha / Até o dia da minha morte...” “E quando a luz do dia nos desperta, / Juntas tuas roupas, me beijas e partes, / Mas deixas a porta apenas entreaberta, / Para à noite voltares às minhas profanas artes...” “A chuva intensa molha os teus cabelos, / Uma nuvem de água te moldando um vestido / Que esconde de mim os teus pelos / Eriçados, úmidos de desejo, / Inebriando-me cada sentido,” “Calma, linda Condessa, não desanimes, / Nem te preocupes com versos com que rimes, / Pois o pior desses combates de que tanto gostas, / Quando alguém te pega de jeito pelas costas, / É sem dúvida depois arrumar a cama, / E disfarçar as marcas deixadas / Pelo amante de tão fogosa dama,” “Seu olhar carente / Lança-me dardos / Que me fuzilam / Diz-me o que sente / Nesses petardos / Quando cintilam” “Ao ver que os meus a perseguem, / Seus olhos se erguem, / E nessa troca de olhares, / Eu penetro em dois mares, / De um brilho tão profundo, / Que transforma meu mundo, / De angústia e amargura, / Em paz e ternura, / De encontro ao paraíso, / Que descubro em seu sorriso...” “Deixa-me ocupar teus espaços / Até a noite acabar / E nunca mais te esquecer / Até o fim do caminho...” “E, nesses torniquetes contra a solidão, / Fazer explodirem em gozo teus sentidos, / Para não sair nunca mais de teu coração...” “Já vejo ao longe tuas belas curvas, / Próximo de cumprir esse destino profano, / De misturar minhas águas turvas / Ao teu límpido e profundo oceano...” “E entre beijos e gritos roucos, / Assim varamos a madrugada, / Entregando-nos aos poucos, / A essa paixão desmesurada...” “Descemos bem devagar aquelas escadas, / Acalmando por instantes nossas bocas atrevidas, / Olhando-nos profundamente, de mãos dadas, / No primeiro dia de amor do resto de nossas vidas...” “Eu e você juntos somos incríveis, / Minha tristeza junto com sua alegria, / Ultrapassando todos os níveis possíveis, / Para disseminar pelo mundo a Poesia...” “Mas, quando acordei, não entendi mais nada, / Estava sozinho no apartamento dela, deserto, / A única roupa era a minha, na sala espalhada, / Não havia rastros dela, e fiquei boquiaberto!” “No dia em que isto acontecer, / Os esquimós se amarão nos iglus, / As camas do planeta irão estremecer, / E as cidades se encherão de luz!” “Tive medo de que notasses meu dilema íntimo, / Alimentado pelo meu desejo erótico, / De rolar contigo por um colchão aquático!” “Do alto de 40 séculos de história, / Teu corpo nu me desafiava, / Qual uma linda esfinge moderna, / A descobrir teus mais profundos segredos.” “Acho que um de nós dois se descuidou, / Pois juramos amor e fizemos um pacto, / Mas aquele amor onírico se evaporou, / Embora meu desejo por ti continue intacto!” “Depois, a noite se esvaiu tão ligeira, / Enquanto nossos corpos se saciavam, / Eu te amava de qualquer maneira, / Enquanto as nossas mãos se enlaçavam, / Enquanto tua risada ecoava, / Enquanto a noite se acabava, / Até confessares que me amas, / Enquanto o lençol ardia em chamas...” “Teus olhos me seduzem, / Como nunca quiseram, / E na noite reluzem / Como sempre fizeram! / E por momentos incríveis, / Nós nos tornamos um só, / Em beijos inesquecíveis, / Até a ilusão virar pó...” “E dessa nossa paixão verborrágica, / Que até então só fizera doer, / Ficarão os rastros dessa noite mágica, / Que nunca mais poderei esquecer...” “Singro os mares em ti aprisionados, / Imensos corais de reluzente azul, / E neles jazem para sempre naufragados / Meus versos, abalroados pelo teu corpo nu... E durante o que te restar de eternidade, / Teu corpo lembrará nossa paixão, / E às vezes rolarão de teus olhos de jade / Gotas de nosso amor na imensidão!” “Neste dia que até então era sórdido, / Sob os olhares de um casal mórbido, / Que se beijava ferozmente de modo hórrido, / Engatamos o início de um romance tórrido.” “Até que enfim você desiste, / E desvenda o corpo lindo de doer. / E então a solidão pede licença, / E mansamente se ausenta,” “Então minhas costas com tuas unhas rabiscas, / Enquanto sobre a cama, por entre os lençóis, / Nossos corpos se juntam e soltam faíscas, / Gastando energia como se fossem dois sóis, / E nossos olhos se estreitam em duas riscas, / Iluminando a noite como se fossem faróis!” “E vestirei a carapuça, / Assumindo que fugia de ti, / Por medo de me apaixonar, / Pois poucas vezes senti Desejo tão grande de alguém tocar / Intimamente, até teu néctar fluir / E molhar tuas entranhas,” “Se eu pudesse te guardar num volume, / E bastasse abri-lo, / Para, junto com teu perfume, / Voltasses com tudo aquilo / Que aprendi a mentalizar com fervor, / Seria uma combinação incrível / Entre um sonho e um sonhador!” “E teu êxtase explodia e se acalmava depois,/ Por tantas vezes, que eu nem contei, / Naquele momento mágico de nós dois, / Que mesmo que viva mil anos, nunca esquecerei...” “Em teu corpo encontrei / Algumas gélidas trilhas, / Alvas como as neves do Aconcágua, / Mas quando as explorei / Revelaram-se doces armadilhas, / Pois escondiam uma tépida água, / Tórrida como um vulcão inativo, / Aguardando que alguém te despertasse / E percorresse teus caminhos inexplorados...” “E na cama, entre cetins e sedas, / Trocaremos nossos fluidos, / E sentirei tuas gentis labaredas, / Depois de alguns descuidos!” “Beija-me, faz um chamego qualquer, / E logo começa de novo a orquestra / Nesses jogos de homem e mulher, / Onde você é regente e maestra...” “Até o final deste semestre, / Serei o teu humilde mestre / De artes impudicas e sensuais, / Que não se acham em manuais...” “Abafo com meus beijos os teus gritos / De prazer, devassidão e loucura, / Perdendo-me em teus olhos infinitos, / Nessa doce doença da qual és a cura!” “In the solitude of her room, she put her hands on her dry lips, / As dry as if she had not drunk anything in millions of years. / She remembered again, as ever since she met him, / That strange and overpowering man who made her lose her mind.” “Começas a dizer obscenidades / De como meu beijo te excitou, / Bem junto ao meu ouvido, / Enquanto teus lábios me percorrem, / Desafiando-me cada sentido, / E de tua boca suavemente escorrem / Gotas de puro prazer...“ “Depois, deixamos a noite ruborizada, / E a lua tímida sair detrás do nevoeiro, / Que, denso, cobria essa noite estrelada, / Enquanto você me devora por inteiro!” “Ontem, tive um sonho tão insólito, / Estava voando num tapete mágico, / Junto ao teu retrato, que se tornara sólido, / Sobre um país que era tão exótico, / E nessa trama de teor onírico, / O nosso amor não era mais tão trágico...” “Não foi mais do que um sonho bom, / Que logo se afogou na areia, / Uma linda sinfonia sem som, / Preenchendo o espaço que nos rodeia!” “E agora, não consigo mais esquecê-la, / Apago a luz, e fico quieto no escuro, / Mas você entra, e acende sua estrela / E me leva em seu submarino, rumo ao futuro.” “Esperando até que vertes / Em minha boca gotas de teu prazer, / Depois de, por horas, arder / Nessa volúpia que me devora / Até chegar a hora de ires embora, / Depois de enfim te cansares, / Mas espero até voltares, / Para recomeçarmos a brincadeira, / Que durará pela nossa vida inteira...” “Como esquecer nossa história, nós que nos amávamos tanto? / Entro no meu carro e tomo o rumo do teu apartamento, / E quando abres a porta, encaras-me com raro espanto, / Mas te jogas em meus braços, curtindo aquele momento...” “O que vem a ser essa emoção esquisita, / Que quando estamos juntos explode? / O que vem a ser essa solidão infinita, / Que longe de você me sacode?” “E assim foi, por toda aquela noite inesquecível, / Da qual emergimos imersos em suor intenso, / E da qual guardaremos uma lembrança incrível / Do dia em que começou esse nosso amor imenso!” “Vou deixar de lado esse meu jeito sério, / E jogar-me nesse teu perigoso jogo, / Para investigar de perto o mistério / Escondido em teus cabelos de fogo!” “Peque, / Mostre-me o seu leque / De ocultos prazeres, / Escondidos nos dizeres / Do Kama Sutra / Ou em outdoors na Via Dutra! / Passe sua ardente língua / Em meu sexo, que está à míngua, / Ansiando pelo seu, / Que você escondeu / Sob montanhas de pedra, / Num terreno onde não medra / Nenhum prazer!” “Fica comigo esta noite, / E depois desse pernoite, / Junta às minhas tuas roupas, / Para ver se me poupas / De ficar esperando por ti, / Nessa angústia que tanto vivi / Pelas noites e madrugadas, / Aguardando por tuas chamadas,” “Varrerei nuvens de estrelas, num vórtice, / Na noite voraz que nossas ilusões devora, / Desmontando polígonos sem vértice, / Vertendo-se em suas veias lá fora...” “Varrerei nuvens de estrelas, num vórtice, / Na noite voraz que nossas ilusões devora, / Desmontando polígonos sem vértice, / Vertendo-se em suas veias lá fora...” “Deixa-me te narrar um sonho que tive / Em que eras o último amor de minha vida, / E te contarei dos lugares em que estive / Na eterna procura por uma paixão suicida!” “Ainda não foi desta vez / Que fizemos amor, / Mas nas preliminares / Chegamos bem perto! / Mas ainda neste mês, / Tentarei ser mais sedutor, / Até enfim te entregares, / E minha chuva molhar teu deserto!” “E ao final dessa doce batalha / Sem vencido nem vencedor / Por tua linda boca espalha / O néctar de nosso amor” “Por horas, ficamos nadando por ali, / Tu, brincando de engolidora de espadas, / Eu, de mágico, sumindo dentro de ti, / Nós dois, num circo de conto de fadas...” “E quando o sobes inteiro, num último gesto, / Jogando-o sobre mim, numa insana sedução, / Vejo que eu tinha razão, pois era todo o resto / De roupa a te afastar de minha louca paixão!” “Tua volúpia assassina / Que sempre versejo / Aos poucos me mata / Quando me ensina / A matar teu desejo / A secar tua cascata” “Oferecerás as tuas lindas fendas, / Deixando que eu preencha os teus espaços, / E construiremos novas lendas, / Até a noite vencer nossos cansaços...” “Sentimentos cadentes, / Sobre corpos / Sedentos, candentes, / Sôfregos, cálidos, / Saciados, corados, / Sexy carne / Sem censura...” “Foi tanto amor reprimido / Que às vezes ainda duvido / Que hoje estamos distantes, / E que aquele fogo de antes / Sucumbiu à primeira tempestade, / Deixando essa imensa saudade, / Essa tristeza atroz e infame, / Que, não importa como a chame, / Tem impresso o teu nome” “À noite, galgo devagar tuas costas, / Deixando o teu corpo arrepiado, / Esquecendo as normas impostas, / Pois vale tudo em nome do pecado!” “E quando saímos dali saciados, / O mar nos joga uma onda derradeira, / Como se saudasse os nossos bailados, / Que ensaiamos pela vida inteira...” “Em meus sonhos diurnos, / Lembro essa linda tatuagem alada que carregas / Logo acima dessas tuas grossas coxas. / É onde inicio longos voos noturnos, / E te mordo devagar e às cegas, / Mas sem deixar manchas roxas...” “Tentes esquecer nossas tardes / De paixão, vinho e loucuras, / Na cama em que sempre ardes / Com os nossos beijos e juras...” “Teu beijo é mais longo que ano bissexto, / Vicia muito mais do que droga pesada, / Para ganhar o primeiro inventei um pretexto, / E agora não consigo mais sair desta cilada!” “E no vaivém que a noite admira, / Navegamos contra as correntes, / Num desejo que o quarto nunca vira, / Tu me mostrando o amor que sentes!” “E no primeiro beijo que trocamos, / Naquela mesma noite mágica, / Quando os nossos corpos colamos, / O desejo cresceu de forma ilógica...” “Fiquemos um pelo outro loucos / E em minha casa pernoites / Depois de muitos gritos roucos / Na primeira de infinitas noites” “Cansei de calcular senos e cossenos! / Tudo o que quero de agora em diante / É escalar o teu Monte de Vênus... / E com dureza digna de diamante, / Umedecer de amor tuas cavernas,” “E depois de horas de gritos e uivos, / Você nunca mais conseguirá me seduzir, / Será apenas uma pasta em meus arquivos, / Depois de tantos anos a me consumir!” “Quando os lábios se tocam, / E carinhos trocam, / Quando mostras os seios, / Quando tiras as roupas, / E então deixas expostas / As tuas lindas costas / E essas rijas polpas, / A tua carne quente, / O teu corpo carente.” “Where are thou / Other half of me? / The memory of you / Surrounds me / And so it always will be!” “Se será por sua magia que virarei seu escravo, / Mas talvez seja nesta noite que eu desbravo / Se farei suas vontades, ou ela será minha serva, / Nessa aventura que a bola de cristal nos reserva...” “Prédios ardiam até sobrarem as brasas, / E carros também eram incendiados, / Eu te procurava em todas as casas, / Desviando-me daqueles amaldiçoados...” “Sem controle, o suor brota da minha fronte, / Fico ali parado, junto à porta fechada, / Eu e seu fantasma, no fundo da sala ali defronte, / Nesta noite sinistra e assombrada!” “Faz muito tempo que o nosso amor já morreu / Mas fica me rondando como se fosse um zumbi, / Com lembranças que o próprio tempo esqueceu / E cobrando-me um amor que eu nunca recebi!” “Esta noite, você me apareceu, / Com olhos de quem pede perdão, / Mas deve ter sido só uma ilusão, / E quando abri os olhos, estava só eu.” “Nos trilhos da vida, a tristeza dispara / Como se fosse uma veloz locomotiva, / E a maldita solidão ri de nossa cara, / Quando percebe nossa dor convulsiva...” “Quando foi que abandonaste / Nosso mundo de sonhos e fantasia / Onde o meu amor te prendeu? / Como foi que te afastaste / De nossas noites de sexo e Poesia / Só porque um vampiro te mordeu?” “Assim que começou o inverno, / Você me mandou para o inferno, / E eu fui! Mas voltei, sabe por que? / Estou aqui para lhe assombrar, / Pois como vou ficar sem você, / Lá ou em qualquer outro lugar?” “Vou escrever um último poema de amor, / Para te contar o tamanho dessa dor, / Que quando vem a noite, chega ao cúmulo, / E gravá-lo para sempre em teu túmulo, / Para, quando o leres, teres pena de mim, / E finalmente parares de me assombrar assim...” “Doce vampira, chupe meu sangue, / Até a última gota, com vontade, / Até me deixar completamente exangue, / E farei parte de ti, por toda a eternidade...” “Descobri, tarde demais, que as bruxas hoje nos reduzem / A inofensivos brinquedos, escravos sexuais e joguetes, / Enquanto voam por aí, lindas e louras, / E aos pobres e infelizes mortais seduzem, / Montadas em seus avançados foguetes, / Disfarçados em inocentes vassouras!” “Olhei pela porta semicerrada, / E quase morri de susto, / Pois estavas no escuro pelada, / Mas escorria sangue por teus caninos! / Pensei que Deus fosse justo, / Queria teu amor, não teus dentes assassinos...” “Infame vampira, que dormes numa tumba, / Em teu sinistro castelo moderno, / Lutarei até que como guerreiro sucumba, / Pois não tenho intenção de ser eterno, / E te exorcizarei com uma macumba / Que anotei na última folha de meu caderno,” “Vermelha é a cor de teu sangue / Que espalhas pela relva, / Pelo pântano, pelo mangue, / Pela planície, pela selva,” “Vá ver se estou na próxima esquina / Olhando construírem o metrô / Tente me encontrar na China / Ou contrate para você um gigolô” “Como fui amar uma vampira, / E viver nesse eterno alvoroço, / Se sei que por minha nuca suspira, / Sonhando morder meu pescoço?” “E camuflado pelos trilhos do bonde / Um soluço desesperado se esconde / Triste sobrevivente de um cataclismo / Tentando escapar do fundo do abismo” “Um dia, alguém que eu amava / Perguntou-me, perplexa: / ‘Você existe mesmo? / Difícil acreditar que é de verdade!’ / Pesaroso, respondi: / ‘Existi, até duvidares de mim.’ / E numa nuvem de fumaça, desapareci / Diante de seus olhos dilacerados...” “E entre teus dentes de marfim / Juro que vi presas pontiagudas / Que em meu pescoço estudas / Cravar sem qualquer compaixão / Enquanto por ti morro de paixão / E sugar-me com tuas presas primevas / Depois levar-me para tuas trevas” “À noite na praia, julguei ver teu fantasma, / Mas não sabia que havias morrido! / Será mesmo um ectoplasma, / Ou será um sexto sentido?” “Seu fantasma fica me rondando, / Dando risadas na minha frente, / Mas não sei até quando / Durará esse ectoplasma insistente!” “Os políticos brasileiros, / Especialistas em jogos cênicos, / São mestre galhofeiros, / Ou então são esquizofrênicos!” “Esse horror tão intenso / Que te circunda / Gera o pavor imenso / Que te inunda...” “Terroristas adoram espalhar o pandemônio, / Será que algum dia deixarão de adorar o demônio, / Essa besta à solta em Riad, Damasco ou Bagdá, / A quem cultuam, disfarçado de Allah?” “Quem dorme ao teu lado na cama, / Não é mais quem tanto te amou, / Mas um espectro distante do passado, / Que a poeira do amor apagou...” “Quanto mais se mexe, mais fede! / Jura inocência o político de nove dedos, / Que à Justiça clemência pede, / Mas é cheio de torpes segredos!” “Voas livre pelos ares, / enfeitiçando todas as criaturas, / Sem nem te lembrares / desse amor cuja saudade é a maior das torturas...” “Um enorme sufoco calou minha voz, / E sequei, como se mordido por um vampiro! / Levarei essa dúvida atroz / Até o meu último suspiro, / Pois cada vez que penso em nós, / Só não dói se eu não respiro!” “Nosso amor foi mágico até o fim, / Sempre repleto de ternura e esperança, / E para mim sempre será / O mais cobiçado troféu. / Quando tiveres saudades de mim, / Beija suavemente a minha lembrança, / Que sempre te guardará / Até que eu volte do Céu...” “Mas o toque de seus lábios permanecerá / Para sempre em mim tatuado, / Como se fosse um beijo roubado, / Ou como se houvesse sido esculpido / Por uma flechada invisível de Cupido! / E esse beijo sutil e momentâneo, / Mas principalmente espontâneo, / Terá sido dado para ver se eu descubro / Nesse dia trinta e um de outubro / Se você é mesmo de verdade, / Com esses seus infinitos olhos de jade?” “Então você encheu minha mente com memórias, / Com histórias nunca vistas e nunca sonhadas, / Mas o pior é o horror que apaga a luz, / Trazendo seus rastros na noite sombria...” “Não quero Maisena ser o seu almoço, / Puma vítima indefesa de sua fúria homicida, / Mas essas marcas que Colgate em meu pescoço / Irão me acompanhar por Toddy a vida!” “Com meu destino, não me conformo, / De um homem, virei apenas a sombra, / Tantas noites acorrentado num mastro, / Atormentado por sedes estranhas. / Mas não me esqueci de tua pele de alabastro, / Nem de teu cheiro, gravado em minhas entranhas...” “Por que quando acordo de nada me lembro, / Mas minhas roupas estão sempre em farrapos? / Por que o ano todo, de janeiro a dezembro, / Minhas lembranças noturnas são apenas fiapos?” “E nesses versos sombrios, deixo aqui registrado / Que o inferno tem entre nós seus enviados, / E entre quem tem o poder, haverá um amaldiçoado, / A cravar na jugular de inocentes seus dentes afiados!” “É tão estranho, saber que você existe em dois níveis, / O físico, que está pelo mundo a vagar, sorridente, / E esse sobrenatural, que só existe em meu quarto! / Essa manifestação é uma daquelas coisas impossíveis, / Quando estou distraído, aparece de repente, / E, quando a vejo, quase tenho um infarto!” “Jamais serei o teu consorte, / Comigo só encontrarás a morte! / Serei eu a dar a última cuspida / Nesse teu simulacro de vida!” “Não tenho medo de avião, / Só de que ele caia, / E nem tenho medo da paixão, / Só de que ela me traia!” “Mas não o vejo, pois é um fantasma afinal, / Mas esse mistério esquisito me descabela, / Pois esse frio na noite quente não é normal, / De onde vem tanto gelo numa noite tão bela?” “Não sei de onde você veio, / Pois surgiu bem na minha frente, / Mas tem tatuado no seio / Um vermelho tridente!” “A noite liberta um denso nevoeiro, / E esconde a solidão que me espreita, / Aprisionado nesse sinistro cativeiro / Com seu espectro que comigo se deita...” “Não chores, todas as cores um dia passam, / Pessoas vão para os cúmulos todos os dias, / O quiabo é irredutível, não importa o que façam, / Arrasta para o inverno quem viveu em regalias!” “Pensei que a houvesse expulsado, / Mas qual o que! / Você é um espectro vindo do passado, / E em tudo ao meu redor vejo você...” “O que poderia te dizer nessa hora, / Em que vejo esse morteiro / Que sobre mim paira agora? / Melhor não mexer nesse vespeiro, / Pois esse teu olhar apocalíptico / Já me julgou, condenou e executou!” “Saímos dali correndo, apavorados, com a brisa fria em nossas costas, / Convictos de que um pedaço do inferno morava junto de nós, / Todo esse tempo, sem que sequer percebêssemos, / Mesmo que de vez em quando um dos aldeões sumisse, / Sem deixar nenhum rastro, e nunca mais voltasse. / Eu vi, senhor viajante, e nunca mais me esquecerei / Daquele dia amaldiçoado em que dois demônios se cruzaram, / E o demônio mais antigo venceu a batalha...” “Estou a navegar em meu barco, / Quando ouço cantar uma sereia, / E então numa aventura embarco, / Sob as bençãos da lua cheia...” “Rezam as lendas que, além da última luz, / Há feras que nunca foram vistas, / Ferozes como nenhuma palavra traduz, / Cujos olhos brilham como ametistas! / Não se arrisque por lá, nobre viajante, / Nada há além do farol que possa seduzi-lo, / Por tudo que há de sagrado, não siga adiante, / Pois dizem que aquelas feras podem abduzi-lo...” “Do lado de fora das vitrines / Dos grandes magazines, / Pessoas famintas espreitam, / Pedindo esmolas aos que se deleitam / Em comprarem o que não precisam, / Desprezando o solo onde pisam, / Sem ligarem para quem morre de fome, / Para os desprezados sem nome, / Para os quais o Natal é um teatro, / Encenado nas ruas onde ficam de quatro / Por um mísero prato de comida, / Sem mais nenhuma esperança na vida,” “Nesses teus olhos fantasmagóricos / Que me testam sob a luz do luar, / Vejo rastros de monstros pré-históricos / Que se esconderam no fundo do mar!” “Oh, oráculo das brumas, / Que em algum antro te escondes, / Entre pântanos e negras espumas, / Em cujos segredos sombrios sondes...” “Até onde podem chegar / As mentiras deslavadas / Desses ladrões que nos governam? / Pensam que ainda iremos acreditar / Nessas histórias descaradas / Com que suas virtudes externam!” “Espalham-se entre nós, ocultos, / E deles só vemos os olhos avermelhados, / Nos becos escuros, surgem seus vultos, / Caindo como pragas sobre os desabrigados... / Nada podemos fazer contra esses seres, / Oriundos do inferno, são crias do mal, / Mas durante o dia, se os perceberes, / Ocupam gabinetes no Congresso Nacional!” “Esses corruptos já passaram de qualquer limite, / E cada nova declaração de inocência que fazem / Tem como consequência que eu quase vomite, / De tanto nojo que esses patifes me trazem!” “Ó, ser profano, / Egresso das profundezas, / Que nada tens de humano, / Exceto as tuas torpezas, / Que pareces um homem, / Mas na verdade és um demônio, / E nas chamas que já te consomem, / Rodeado pelo pandemônio, / Hás de arder eternamente / Nas profundezas do inferno!” “E, quando a radiação chega, impiedosa, / Invadindo nossos corpos suados, / Beijando-nos até o instante de morrer, / A radiação se instala, vitoriosa, / Sobre nossos corpos desintegrados, / Num amor que nem a morte foi capaz de vencer...” “Ali parece um antro de torpes batalhas, / Cada um tentando levar vantagem, / Mas no fim, são um bando de canalhas, / Abutres sórdidos de negra plumagem!” “Ando desconfiado de que você é uma vampira, / E que essa palidez quase cadavérica, / Que às vezes deixa transparecer no rosto, / É porque você não mais respira, / E é por isto que me olha assim tão colérica, / Cada vez que meu pescoço deixo exposto!” “Depois que seus segredos são descobertos, / As pessoas ficam dizendo: “É mentira”, / Mas se fossem negócios tão certos, / Para que escondê-los como quem conspira?” “Os teus lábios têm um rio de gelo, / Os olhos sombrios emanam raios, / Serpentes circundam teu cabelo, / E desmortos viram teus lacaios...” “Tenho um monte de amuletos, / No pescoço carrego uma figa, / Para ti já fiz vários sonetos, / Cultivando essa paixão antiga!” “Parecem seres humanos, esses ‘talking deads’, / Mas mal conseguem, em suas pretensas vidas, / Manterem-se nas empresas, em cujas sedes / Escondem suas lágrimas, nunca vertidas...” “The darkness exists since the beginning, / Tangible over all the things, / And even when you think you’re winning, / It comes and cuts your wings!” “And the more you fear it, you stop to breath, / The darkness surrounds your young wife, / And the more you tremble, you’re closer to death, / Until the morning save your life...” “Nesse giro sinistro pela Europa gótica, / Fui para a gélida Londres, com seu fog, / E entrei sem querer numa boate erótica, / Onde tomei uísque até ficar grogue!” “Como combater uma sombra escusa, / Que se esconde entre as paredes, / Talvez fugida de uma história confusa, / Tentando saciar suas inconfessáveis sedes? / Como evitar que minha mente se apavore, / E se refugie nos desvãos da memória, / Como impedir que essa sombra me devore, / E apague dos registros do tempo minha história?” “Fiquei numa inusitada sinuca, / Quando deste um beijo neste vampiro, feio e gordo. / Agora, não sei se te dou um safado beijo na nuca, / Ou se te mordo...” “Você ainda é tão nova, / E eu tenho centenas de anos, / Por isto eu lhe fiz essa trova, / Por motivos profanos.” “Se você me oferecer o pescoço, / Talvez eu lhe crave os dentes, / Mas nunca até chegar ao osso, / Pois nucas são como presentes, / Onde beijos são sempre bem vindos / E costumam provocar um tremor, / E esses arrepios são sempre lindos, / E às vezes se convertem em amor...” “És tão bela, tão sexy, tão desejável, / Que fiquei com uma dúvida miserável: / Não sei se te como até de madrugada, / Ou se bebo teu sangue, antes da alvorada!” “No fundo de velhos cadafalsos / O Mal se deleita / Mostrando suas garras / Soltando uivos agudos / Que enlouquecem infelizes caminhantes / Deliciando-se com nossos percalços / O Mal estende-nos o fio da suspeita / E levanta sobre nossas cabeças suas cimitarras / Enquanto aguardamos mudos / Por sonhados instantes” “Em seus peitos, há corações que (quase) não batem, / São como verdadeiros desmortos, / Criando tristes cães que não latem, / Aguardando navios que nunca atracam nos portos!” “Meu amor por ti já morreu, / Mas, como um cadáver insepulto, / Fica pelas noites buscando teu vulto, / Esperando em vão por um sorriso teu!” “Quando passas por mim, tão altaneira, / Estendo aos teus pés o meu casaco, / Tecido em suaves fios de paixão e sonho! / Mas, sem olhar, o pisas e te vais, ligeira, / Sem nem ouvir o som, cada vez mais fraco, / Das lentas batidas de um coração tristonho...” “Ofertei-lhe o meu amor todo dia, / E, por vezes, ela também me queria! / Mas uma deusa só sabe ser divindade, / Nada entende de amor e saudade...” “Deus te abençoe, anjo da guarda chamado mãe, / E te recompense pelas noites em claro, / Pelo desprendimento de teu carinho eterno, / Pela beleza de tua alma tão pura, / E pelo amor que em teu peito se encerra...” “Pois mãe, Deus só lhe deu uma, / Quem ainda a tem, ame-a tanto quanto puder, / E mesmo se estiver doente, leve como uma pluma, / Leve-a em seus braços, enquanto vida tiver...” “Senhor, ensine-me a perdoar, / Antes de seguir por esses caminhos, / Para que eu consiga não amaldiçoar / Quem lhe puser Sua coroa de espinhos...” “Nessa busca pelo conhecimento, / Descubro ser apenas um grão de areia, / Tentando desvendar num único momento / Os mistérios da imensidão que nos rodeia!” “E do pó, se fez a carne, / E da carne, se fez o amor. / E do amor, se fez o sonho, / E do sonho, se fez a paixão. / E da paixão, se fez o sexo, / E do sexo, se fez a vida. / E da vida, se fez a morte, / E da morte, se fez o pó. / E do pó, se fez a carne...” “E as lágrimas escorrem por sua face, / Por alguns minutos, soluços a sacodem, / Descarrega em choro a sua enorme ferida, / Estranhamente, sente como se alguém a beijasse, / E quando de repente as suas tristezas implodem, / Compreende que Deus entrou em sua vida...” “E então, solta-me no infinito, / Para que minhas asas cresçam, / Majestosas como as tuas, / Ou, se eu não o merecer, / Que eu despenque das alturas, / Rumo ao esquecimento, / Até virar poeira de constelações, / E de mim, só restarem meus versos...” “E é então que nos entregamos / À força infinita de Seu amor, / No momento em que, de mãos postas, / rezamos: / ‘Obrigado, Senhor’! “ “Vi Jesus, já prestes a expirar, / Sussurrar: ‘Pai, por que me abandonaste?’, / E no instante em que Cristo pereceu, / Vi então o céu desabar, e completei: “ ‘Senhor, por que aqui me mandaste?’, / E em pleno dia, de repente anoiteceu, / Quando se foi para o céu quem era rei / De um reino que estava além do nosso!” “Passo a noite contando estrelas, / Montando seu rosto / Num cósmico quebra-cabeça, / Pensando nos mistérios da imensidão.” “O Amor é meu pastor, / E nada me faltará! / Afasta a minha dor, / E só a venturas me levará.” “Rogo a Deus que isto não seja um sonho ligeiro, / Pois descubro que nasci para viver celestes aventuras, / E espero que este voo mágico seja apenas o primeiro / E que eu viva feliz, voando nesse santuário nas alturas...” “Que de nossa boca saiam palavras divinas, / Inspiradas pelo exemplo de Jesus, / Que possamos reproduzir tuas doutrinas, / E que à recompensa eterna façamos jus, / Permita-nos aumentar o teu rebanho, / Quando conseguirmos ajudar alguém, / E que a nossa fé sempre aumente de tamanho, / Até a hora de em teu reino chegarmos, amém!” “Os olhos que tudo veem nos acompanham atentos, / Tentando entender nosso desejo incurável / De amar, mesmo famintos ou sedentos, / Cultivando nossa fé inabalável!” “Como podemos querer sermos salvos por Deus, / E pedirmos que Ele livre nossas almas das trevas, / Se nada fazemos para merecê-lo? / Não somos mais dignos filhos Seus, / Estamos perdidos em armadilhas primevas, / Malditos até o último fio de cabelo!” “A passagem para o Paraíso / É uma tênue ponte, cheia de curvas, / Sem corrimão ou paraquedas. / Para cruzá-la, é preciso / Que deixes para trás ideias turvas, / Does todas as tuas moedas,” “Sumiste no mundo, e cobriste bem tuas pegadas. / Mas sou bom detetive, / E busquei-te em vão por toda a Terra, / Escavando nas pirâmides do Egito, / Orando no templo de Ártemis, / Navegando sob o Colosso de Rhodes,” “Se podemos construir obras tão imensas, / Por que não conseguimos compartilhar o Amor / Em vez de ódio e ofensas, / Guerras, destruição, morte e dor?” “Ó, Senhor de infinita bondade, / Olhai com carinho por cada um de nós, / Que herdemos de teu Filho a humildade, / E nos calemos para ouvir tua voz...” “’Raios! Duplos raios!’, / Exclamou Zeus, ao entrar em sua morada! / ‘Quem foi o deus moleque / Que roubou os meus papagaios? / Esse mequetrefe vai levar uma bofetada, / Pois só podia estar de pileque / Para fazer uma besteira dessas, / Roubando meus papagaios de estimação!’” “Formulei aos céus uma humilde pergunta: / ‘Senhor, eu existo?’ / Esperei que uma voz poderosa viesse com um trovão, / Mas em vez disto, quase imperceptivelmente, / Um pensamento foi sussurrado em minha mente: / ‘Meu filho, agora você sabe a Resposta...’” “Aí, ouço um pássaro a cantar, um rio a correr, / Um cachorro a latir, flores a brotar pelos campos, / A chuva a cair, a música de minha vida a fluir. / E percebo com clareza que nada é por acaso: / Deus está me chamando sutilmente a atenção, / Mostrando-me, sem qualquer sombra de dúvida, / A Sua presença onipresente, em toda a criação. / E esses sinais que cruzam meu caminho, / Como se fossem por acaso, sussurram em meus ouvidos: / ‘Meu filho, finalmente você entendeu’...” “Em um sinistro Universo paralelo, / Jesus Cristo foi crucificado, / Mas não ressuscitou! / Debaixo daquele sol amarelo, / O amor foi vencido pelo pecado, / E Cristo aos céus não se elevou!” “Enquanto tanta miséria nos assiste, / Não queria falar sobre Papai Noel, / Mesmo porque sei que ele não existe, / Nem renas aladas voam no céu. / Não vou falar sobre nada disto / (Mesmo porque, sem querer, já falei), / Só queria lhes passar uma mensagem de Cristo: / ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei...’” “Pois enquanto as nuvens ocultam a lua / Outra chuva branda em forma de pranto / Escorre pela minha face que acentua / A saudade tua que me dói tanto” “Depois, a escuridão durou por milênios, / As noites se tornaram enfim permanentes, / E o frio, a falta de comida, a guerra insana, / Abateram até mesmo os últimos gênios, / Acabaram-se enfim as últimas sementes, / E o planeta se vingou, destruindo a raça humana!” “Triste de quem não vê a beleza / Exposta em cada obra-prima / Como as araras em seus voos suaves / Ou o salto das jubartes nos mares” “Quanto mais subimos, mais o ar fica rarefeito, / E a temperatura desce, até se tornar negativa, / O mundo visto lá de cima é um lugar tão perfeito, / Tão perto de Deus, numa visão tão exclusiva!” “Caro poeta Drummond, / Lembra-se da pedra que estava no meio do seu caminho? / Pois é, agora a danada plantou-se no meio do meu, / E não dá sinais de querer ir embora! / E o pior, essa é uma bendita pedra-bumerangue, / E se eu a jogo longe, ela volta, / E cai bem sobre a minha cabeça, / Que já está cheia de cortes e hematomas!” “Que esta chuva benfazeja / Apague de teus olhos tantas mágoas / E para este teu amigo que verseja / Carregue para longe em suas águas / Todas as amarguras, todo o mal / E lave a alma (e a lama) do país do carnaval” “E eu, quieto aqui em meu apartamento, / Fico divagando sobre essa força da Natureza, / Nesse domingo que de repente ficou cinzento, / Mas estranhamente encharcado de beleza...” “Encontrei, em um canto da sala, / Encolhida e tímida, uma crisálida, / Frágil, transparente e pálida, / Como se algo fosse quebrá-la.” “E agora, já é tarde demais / Para reconstruir o que desabou, / Não serás minha nunca mais, / De nós dois, só a saudade ficou...” “Quando perceberemos que a vida nos aguarda, / Escondida atrás de óculos escuros, / E porque não o procuramos, o amor tarda, / Resignado por trás de altos muros?” “E agora, que a saudade bate forte, / Nessa hora em que Deus me tocou, / Colocando-me face a face com a morte, / Essa tristeza insiste em fazer parte do show, / E quando essa lágrima termina de rolar, / Eu me ajoelho e rezo pelo meu amor, / Cuja lembrança para sempre aqui jaz, / E me reconcilio com o Criador, / Para que minha amada encontre a paz...” “No meio da noite desperto, / E tento me levantar depressa, / Mais cego do que um morcego! / Percebo que estou descoberto, / E cercado por pernilongos à beça, / Que tiraram o meu sossego...” “E no sonho, o anjo revelou-me segredos, / Sobre o Cosmos e a imensidão dos Universos, / E uma de suas penas deixou em meus dedos, / Pedindo que em troca eu lhe escrevesse alguns versos!” “Ou talvez os polos da Terra se inclinem, / Provocando fantásticos maremotos, / Incêndios farão com que cidades se calcinem, / E metrópoles serão destruídas por terremotos.” “Os passos do último dinossauro retumbam como um trovão, / Nos primevos pântanos pré-históricos. / O impacto de um improvável meteoro destruiu sua raça, / Deixando-o sozinho pela Terra, a vagar sem destino. / Não mais ruidosas caçadas junto a suas fêmeas, / Nem pavorosas lutas com outros dinossauros, / A fazerem tremer a úmida e densa floresta.” “Por isto, amigo que, ao passar pela rua, / De meu destino infeliz tivestes piedade, / Soltai-me, para eu poder brindar à Lua, / O maior dom que Deus me deu: Liberdade!” “Vem, chuva refrescante, / Mas, quando te fores, clareia a minha mente, / Dá-me forças para seguir adiante, / Até que eu consiga amar novamente...” “Encontrei uma ossada de um peixe arcano / Bem no meio das areias do Saara / Onde é que foi parar o oceano / Que um dia de lá se afastara?” “O que fazer, quando seus filhos foram levados / Pela correnteza, e nunca mais voltaram, / Até descobrir que morreram afogados / Nessas águas, que suas histórias marcaram?” “A magia voa pelos ares, explícita, / Na gaivota que afunda no mar, / Nas cores da Natureza, solícita, / No amor que ilumina o teu olhar...” “Não chore pelos meus versos, / Pois são quase todos de mentira, / Nunca vaguei por outros Universos, / E nenhuma deusa me admira!” “Há os amigos que chegam dando porrada, / Quando nos vêem envolvidos em uma briga, / Os que choram conosco até de madrugada, / Quando juntos perdemos alguma pessoa amiga.” “E, de repente, que eu me veja em teus olhares, / Emerso de um buraco negro devastador, / E me deixes mergulhar em teus pulsares, / Para vivermos um lindo sonho de amor...” “E assim, ao final de tudo, / Ficou em mim uma saudade, / Erguida como meu escudo, / Contra a dura realidade...” “Poetas são grandes arquitetos aéreos / Sempre construindo castelos no ar / Feitos com imensos pilares etéreos / Moldados com a essência do sonhar” “Em minhas veias, correm rios de Poesia, / Versos líquidos percorrem meu sangue, / Meu coração bombeia pura Fantasia, / Que dispara e volta como um bumerangue!” “Every neuron in my brain shines, / Building grandiose factories of rhymes, / Every of my cells sings verses so divines / When sonnets are produced by my enzymes.” “É um lugar encantado, esse bosque poético, / Onde os deuses do Olimpo abrigam suas filhas, / Junto com animais que jamais existiram, / Que um dia mostrarei para seu olhar magnético, / Que tanto se encantará entre essas maravilhas / E meus versos em línguas que nunca se ouviram...” “São tantas musas que me perseguem / Por esses sonhos onde me perco! / Não deixo que seus encantos me ceguem, / Enquanto tento escapar de seu cerco...” “Andei lendo Cecília Meireles, / E estou tentando aprender com as primaveras / A deixar-me cortar, para depois voltar inteiro. / Ainda não deu muito resultado: / Até o momento, colecionei alguns hematomas, / Vários cortes incuráveis (na pele e na alma), / Mas ainda não desisti! / Quem sabe, um dia dá certo?” “Ao terminar aqueles lindos cantares, / O anjo abriu suas asas, e se elevou / Às nuvens, lenta e mansamente, / Deixando um rastro branco pelos ares, / E já bem alto, de leve me acenou, / E se foi, junto com o Sol no poente...” “Às vezes, a Poesia me chama / E mando dizer que não estou, / Pois nas brasas dessa chama, / Ainda sou o dono deste show. / Às vezes, ela está no comando, / Outras, quem comanda sou eu, / Pois quando estou versejando, / O próprio tempo já me esqueceu!” “Algumas chaves abrem portas / Que jamais deveriam ser abertas, / Acordam lembranças que pareciam mortas, / E para sempre permanecem despertas...” “Olhando para minha imagem no espelho / Percebo que as rugas que o tempo / Espalhou pelo meu rosto / Não dizem nem metade das coisas / Do que as inúmeras cicatrizes / Que deixou em meu coração!” “Estou de volta a meus dias taciturnos, / Tento dormir de novo, mas é tarde demais, / Pois só apareces em meus sonhos noturnos, / E fora deles, não consigo te ver nunca mais...” “Um dia, uma hipotenusa / Apaixonou-se por dois catetos, / Iniciando um triângulo amoroso... / Mas ela logo ficou confusa, / Tendo pesadelos com quartetos, / Por ter começado esse jogo perigoso!” “A coisa não anda fácil para ninguém! / Dia desses, a minha mulher se distraiu, / E inadvertidamente chamou-me de “meu bem”. / O gerente do banco estava perto e ouviu, / E por pouco não me toma de mim! / Quase não escapo dessa sinuca sem fim, / E para sair dessa situação vexatória, / Fui obrigado a pedir moratória, / Pois como eu poderia ficar assim, / Vivendo o resto da minha vida sem mim?” “Poetas não gostam de mesmice, / Mas sim de doidice! / Vivemos de paixões / E explosões, / Amor / E terror, / Beleza / E tristeza, / Sonhos / E versos tristonhos, / Lembranças / E esperanças, / Belezas / E tristezas, / Esperas / E quimeras, / Ilusão / E decepção / Saudade / E eternidade, / Alegria / E fantasia, / Esplêndidas luas ; E amantes nuas, / Noites de sexo, / E espelhos sem reflexo, / Lindas musas / E mulheres confusas, / Beijos roubados / E poemas guardados, / Num mundo / Que muda em um segundo, / E uma nova emoção aflora / A cada hora... / Assim é a Poesia, / Que se renova todo dia!” “Só posso então gentilmente lhe oferecer / Meu ombro para você desabafar e chorar, / Contar-lhe piadas para não enlouquecer, / Ficar ao seu lado para você não desabar!” “Quando foi que deixei a Poesia / Arrastar-me para dentro de um barco / Carregado de sonhos e fantasia, / Cheio de flechas mas nenhum arco?” “És a minha fada! / Serei eu o teu fado?” “Minha mochila foi roubada, / E dentro estava o meu coração, / Envolto em poemas de amor, / Mas quem roubou logo o devolveu… / Tenho pena daquela moça perturbada, / Com sua enorme confusão / Por aqueles versos com tanto fervor / Daquele coração que nunca foi seu!” “Um poeta tem um pé no céu, e outro no inferno, / Um no verão, e outro no inverno. / Costuma ser um iludido, um sonhador, / Sempre a fantasiar a paixão e o amor, / E a cantar a divina beleza / Da vida, dos sonhos, da Natureza.” “Essa tristeza que disfarço / Não diz nem metade das coisas / Do que diz minha solidão” “O poeta vive a divagar, / Devagar, / E de repente / Derrapa nas curvas / Turvas / Da mente.” “Seres humanos são duais / Compartilham trevas e luz / Ódio e amor / Maldição e cruz / Bênçãos e terror / Tristeza e alegria / Vingança e perdão / Concretismo e fantasia / Pena e condenação” “E se amanhã eu me tornar triste, / E levar toda a sua alegria embora? / E se o bandido vier com a faca em riste, / Ou se o inverno chegar fora de hora?” “Essas rimas que enfeitam meus versos / Também não são minhas, pois são sopradas / Pelos deuses da Poesia de mil Universos, / Para que as semeie por suas moradas...” “’Então, dizei-me, ó poderosa esfinge, / Olhando para todo esse Universo desafiador, / Será que essa verdade afinal te atinge, / E confessas que o segredo da vida é o amor?’ / Atônita com as palavras do poeta inspirado, / A esfinge olhou-o como se não acreditasse / Ser tão simples o segredo que não havia encontrado, / E disfarçou a primeira lágrima que rolou em sua face!” “Ressuscitaste a minha Poesia, / E em desejos me fizeste arder! / O que é afinal essa tua magia, / Que conseguiu de repente me reviver?” “Não se preocupe, você que lê os meus versos, / Não sou eu quem sofre assim, / Não foram amores meus que se perderam, / Nunca viajei para outros Universos, / Dragões nunca se aproximaram de mim / E deusas meus poemas nunca leram!” “Poetas são pessoas muito engraçadas, / Que vivem em um mundo quase profano, / No qual sonhos são artimanhas usadas, / Para passar de um para outro oceano!” “Quando chega ao final essa estranha apoteose, / Em que um novo poema de meus dedos emerge, / Acordo em seguida dessa estranha hipnose, / Quando então a Poesia de novo submerge...” “Minha loja tinha perfume de brisa, / E ficava onde o vento batia ponto… / Na fachada, o retrato de uma poetisa, / Cujo último verso jamais ficou pronto!” “Essa súbita guinada para baixo / Que meus versos de repente fizeram / Não querem dizer que ando cabisbaixo / Por causa de amores que não me quiseram” “Dia desses, estava em meu canto meio quieto, / E uma amiga me disse, acho que meio brincando, / Que me achava um poeta completo. / Respondi, meio sério, meio pensando, / Com o olhar perdido em sua boca meio carmim: / ‘Devo ser, a menos que alguém meio desavisado / Acaso tenha por aí encontrado / Um perdido pedaço de mim!’” “Levanto-me até meio tonto, / Flutuando a um palmo do chão, / Tropeçando em minha pobre cachorra, / Peço perdão, e ela me dá um desconto, / Já sabendo que vou me fechar na masmorra / De minha fértil imaginação...” “Você é meu poema predileto, / Aquele que recito todo dia, / Colhido no jardim secreto / Onde plantei minha Poesia...” “E vamos levando a vida assim, / Nessa amizade que cresce todo dia, / E que espero perdure até o meu fim, / Eternos amantes, eu e a Poesia...” “Leve-me em seu coração, / Por onde quer que for, / Mesmo que não haja paixão /Ou nem mesmo amor… / Eu só quero estar com você, / Em minha última fantasia, / De que importa quem nos vê, / Se você só existe em minha Poesia?” “Mantenho bem guardadas / Em lugares remotos, / Coleções arquivadas. / E lá, deixei tuas fotos, / Lindas e perfumadas / Como flores de lótus...” “Há mãos que assinam, / Outras que assassinam, / Mãos que afagam, / Outras que apagam, / Mãos que acariciam, / Outras que surrupiam, / Mãos que transcendem, / Outras que prendem, / Mãos que escrevem, / Outras que se atrevem, / Mãos que tratam, / Outras que matam...” “Não ultrapasse a marca / De dez cervejas por dia! / Bebida demais o encharca, / Embebedando-o de Poesia...” “Li no jornal de domingo a notícia: / ‘Sujeito azarado preso no Zoológico, / porque queria acabar com a macaca’. / Ri tanto com esse texto cheio de malícia, / De puro ‘non sense’, onírico, / Que, sem querer, meti o pé na jaca!” “O cientista analisa, / Com sua mente precisa, / Os mistérios da Ciência, / Com enorme paciência, / Em seu microscópio / Ou em seu telescópio, / Vê células quase invisíveis / Ou pesquisa galáxias inatingíveis,” “Para mim sobraram apenas restos, / E lembranças que não cessam, / Só ficaram sentimentos funestos, / E tristezas que me engessam! / Sou o personagem sem glória, / Para quem só a tristeza resiste, / Aquele para quem restou a memória / De um amor que não mais existe...” “Mas o poeta não entendeu / As intenções de sua musa, / Que nada queria de seu, / Ou de sua mente obtusa! / Tudo que ela queria era sexo, / E o poeta só pensava numa rima, / E, cada vez mais perplexo, / Queria compor uma obra-prima!” “Entre fogueiras escondidas em subterrâneos, / Serão lidos os versos dos escrevinhadores do futuro? / Poemas líricos trarão de volta sorrisos espontâneos, / Trarão de volta em meio ao horror o amor mais puro?” “Tanta gente vive atrás / Da pregação tonta de algum pastor; / Eu, vivo dentro de um sonho de Paz, / Que nasceu de um conto de Amor...” “O olhar do poeta decola e pousa / Sobre portas e janelas entreabertas, / Com sua fértil imaginação que ousa / Procurar respostas nas coisas incertas... / Que importa se seu coração sangra, / Se sua vida foi levada pelas águas? / O mar guarda sempre uma angra / Pronta para abrigar barcos e mágoas. / Nas asas de seu olhar transeunte, / O poeta verte suas penas e chora, / Sobre um triste verso que junte / As dores de amar e de ir embora.” “Palavras podem mudar o mundo, / Depois de percorrê-lo em um segundo, / E tocarem fundo em milhões de pessoas, / Que acreditam que suas vidas são boas, / Mesmo sem nunca terem ajudado ninguém, / Vivendo sem sequer terem apoiado alguém, / Fechando-se como uma ostra inerme, / Pisando nos outros como um paquiderme, / Divertindo-se com algum reality show, / Mas nenhuma emoção jamais os tocou, / Jamais atravessou aquela carapaça / Erguida em volta de sua triste carcaça...” “Um dia, alguém irá me perguntar: / ‘Poeta, defina-me o que é Poesia’. / E, exercitando o que sei fazer de melhor, / Pensativo, certamente irei retrucar, / Que a Poesia está ao nosso redor, / Espalhando pelo mundo sua magia, / Que só precisamos aprender a ver... / Poesia é sentir um suave arrepio / Quando o vento sussurra em nossos ouvidos / Contando-nos histórias que ouviu dizer, / Enquanto seguia a correnteza de um rio. / Poesia é ler aventuras de reinos esquecidos, / Cheios de fadas, grifos, unicórnios e leões, / E de um valente guerreiro lutando para viver / Ou perder-se de amor por uma linda princesa, / Enquanto persegue imensos dragões.” “O amor é um sentimento esquisito, / De momentos divinos e profanos, / Podendo ser efêmero ou infinito, / Naufragar na primeira tempestade, / Esconder-se no coração por anos, / Ou mudar de nome e virar saudade!” “Encontrei um verso perdido, / Numa esquina em que Drummond andava, / Recolhi o triste verso, ali caído, / Guardei-o e levei-o para a casa onde morava. / Tratei do pobre verso destruído, / E depois o encaixei em um lindo soneto, / E o agora orgulhoso verso esquecido / Foi incorporado em um belo minueto!” “Achar rimas não é tão improvável, / Pode ser uma diversão bucólica, / Quando se achar uma rima notável / Para uma palavra meio diabólica! / Até que chegue o último capítulo, / Vou seguindo nesse instável ofício, / Irmanado com um estreito círculo / De pessoas que têm esse mesmo vício: / Escrever para esse público incrédulo, / Que acha que deviam estar no hospício!” “’Onde moras?’, / Perguntou ao poeta a moça linda. / Ele respondeu, pensativo: / ‘Morei em todos os lugares, / Hoje moro em lugar nenhum! / Mudo de lugar como mudam as horas, / Mas não sei dizer onde moro ainda, / E não saberei enquanto for vivo! / Já andei por todos os continentes e mares, / Mas não achei meu lugar, em lugar algum.’” “Ora, direis: ‘Fazer poesia, / Por certo, ficaste maluco, / Foste a um Baile da Fantasia, / Ou então já estás caduco...’” “Os anos que me restam / Serão tocados pela Poesia, / Que tem me acompanhado / Nas coisas que ainda prestam, / E que me traz inspiração todo dia, / Sempre aqui ao meu lado...” “E vamos navegando por essa estrada, / Para onde for que o vento nos leve, / Fazendo festa e amor até de madrugada, / Enquanto dura essa vida tão breve...” “Como foi que me apaixonei por você, / Sem nem saber que um dia a encontraria? / Desse imenso amor, não entendo o porquê, / Mas dele nasceu toda a minha Poesia... / E ainda a maior de todas as perguntas, / Da qual um dia encontrarei a resposta: / Nossas almas estarão sempre juntas, / Depois que minha paixão foi exposta?” “Em meus oceanos, ficam submersos, / Mas ascendem, quando o mundo gira, / Pelas noites ardentes, ficam dispersos / À procura de seus olhos cor de safira, / Que desafiam milhões de universos, / Escondidos no meio de minha lira!” “Mas assim é a vida, ele sempre segue, / Zombando cruel de quem a renegue, / Por isto de ti não mais sinto saudade, / Agora sou feliz, não mais tua triste metade...” “Reaja! / Não deixe levarem seu cão / Para o mato / Ou para a cova do leão, / A algum lugar abstrato / Onde não haja / Carinhos nem ração! / Não importa se a causa é legítima, / E se você sabe o porquê,/ Mas se hoje for ele a vítima, / Amanhã será você,” “Pensando cá com meus botões, / Percebi que o milagre que chamamos vida / Não é uma estrada perdida, / E não se resume a dois corações...” “Relações nascem em bailes funk, / Loucas como esse ritmo estranho, / E morrem no fundo de um tanque, / Afogadas por um cinismo sem tamanho!” “Arquivei todas as dores do mundo / Dentro de meu sofrido violão / Embalei e guardei lá no fundo / Junto aos acordes de uma triste canção / Queria fazer o mesmo com as tristezas / Mas elas são por demais arredias / Fazem questão de ficar sobre as mesas / Escancarando as suas faces sombrias” “A gente se vê por aí, não tema, / Qualquer dia nos encontraremos numa festa, / E nesse dia, eu lhe mostrarei um novo poema, / Pois estar de mãos dadas com a Poesia é o que me resta!” “Deixe-me agora ler a sua primeira questão! / Como assim? Parece-me que você perdeu o juízo, / Pois desta sua primeira pergunta, até Deus duvida! / Como é que você quer que a minha imaginação / Consiga conceber, mesmo que de modo impreciso, / A maior de todas as respostas: qual é o segredo da Vida?” “Um agricultor sua colheita lavra, / Enquanto semeio em cada palavra, / Esperando com essa insana labuta / Encontrar em quem me escuta / Que seja tocado pelos versos de amor, / Que espantem o seu próprio horror, / E por impulsos diversos,” “Soprei ao vento uma semente de Poesia, / Que se espalhou, sublime, por todo o Universo, / Preenchendo de luz cada alma vazia, / Tocada pelo amor contido em cada verso! / E então, como se fossem mágicas crisálidas, / Todos os versos se transformaram em poéticas borboletas, / Que encheram os ares com suas formas e cores cálidas, / Espalhando o amor de Deus por todos os planetas!” “Era uma vez um quadrado mágico. / Por certo um estranho quadrado, / Não porque fosse trágico, / Eram só 225 números, lado a lado, / Em uma mesma matriz, / Todos com uma só diretriz; / Sem vassoura, varinha ou condão, / E até sem feiticeira, / Mas com uma estranha repetição / De uma mágica soma inteira,” “Todo solitário tem uma paixão secreta, / Que veio e partiu sem deixar endereço, / Deixando de herança essa dor indiscreta, / Da qual o coração partido é o preço!” “São sempre quatorze versos, / Alguns doces, outros perversos, / Contando histórias de mil Universos. / Começam com dois quartetos, / Terminam com dois tercetos, / Mas merecerão ser chamados sonetos?” “Passo o tempo contando os minutos, / Esperando em vão até você voltar, / Pensando em alguns epítetos brutos, / Pois fico doente até você chegar... / Fico olhando essa maldita ampulheta, / Enquanto espero o Windows recarregar, / Pois não sei mais escrever com caneta, / Desde que o notebook tomou seu lugar!” “Tenho tantas histórias / Para contar, mas não conto, / Pois delas jurei segredo / E a ninguém mais interessam.” “Não tenho tempo a perder, / Pois a Poesia me atropela, / Contando-me histórias de derreter / A chuva que escorre pela janela... / Como arranjarei tempo para contar / Todas as histórias que me ocorrem, / De casais que não se cansam de amar, / Deixando lembranças que nunca morrem? / Como encontrar tempo para repassar / A história de um amor intergalático / Que um cometa veio me narrar, / Dando uma pausa em seu passeio errático?” “As mulheres colocam enormes seios de silicone, / Para impressionar principalmente outras mulheres, / E mostrá-los em muitas selfies pelo seu telefone, / A regra mais simples é: mostre até o que não tiveres!” “ “Compus para ti uma música em ritmo lento, / A ser tocada por uma orquestra mágica / Feita de sonhos e sentimento, / Com instrumentos de precisão cirúrgica / E até um raro violino Stradivarius. / Formatei o meu amor de uma forma tão clara, / Combinando tons extraordinários, / Dignos de uma paixão que é tão rara, / Criando até ritmos imaginários, / Que ninguém nunca sonhara, / Rimando sons tão contrários, / Que até a noite se encantara...” “A solidão, desumana, / Engana, / Oprime, / Comprime, / Sufoca, / Provoca, / Assola, / Esfola, / Perverte, / Subverte, / Agride, / Colide, / Aperta, / Desperta, / Condena, / Envenena, / Violenta, / Atormenta, / Trucida, / Revida, / Irrita, / Debilita, / Desfere, / Fere, / Desespera, / Exaspera, / Maltrata, / E às vezes mata...” “Não me peça para definir Poesia, / Pois fiz isto de forma definitiva / Na primeira vez em que amei você...” “Meus silêncios são rebeldes: / Sempre que tento falar com eles, / Transformam-se em Poesia...” “Palavras são mágicas, / Trágicas, / Virulentas, / Sangrentas... / Palavras comentam, / Violentam, / Ferem, / Dardos desferem... / Palavras trucidam, / Suicidam, / Convertem, / Pervertem... / Palavras fomentam, / Acalentam, / Cutucam, / Machucam/ Palavras emergem, / Submergem, / Explicam, / Complicam... / Palavras elogiam, / Aliviam, / Deprimem, / Reprimem... / Palavras são válidas, / Cálidas, / Explosivas, / Quase vivas... / Palavras são sucintas, / Famintas, / Surgem, / Insurgem... / Palavras explodem, / Implodem, / Encantam, / Espantam... / Palavras segredam, / Degredam, / Demovem, / Comovem... / Palavras explicam, / Justificam, / Escorrem, / Morrem... / Palavras agridem, / Colidem, / Devastam, / Não bastam... / Palavras são ácidas, / Flácidas, / Teorizam, / Aterrorizam... / Palavras se vingam, / Xingam, / Murmuram, / Torturam... / Palavras versejam, / Desejam, / Maltratam, / E às vezes matam...” “Tomei todos os vinhos de minha cave, / E agora meu coração não há quem desbrave, / Depois que desisti de meu ex-amor suave, / Por não encontrar nada que a deprave!” “Subiremos ao ar mais rarefeito, / Veremos a noite encontrar-se com o dia / E os raios do Sol baterem em meu peito... / Iniciaremos então a última travessia, / E o nosso encontro terá sido perfeito, / Reunindo um anjo, um sonho e a Poesia...” “Palavras sem rimas são solitárias, / Sempre buscando em vão companhia, / Tomando ônibus em tristes rodoviárias, / Fugindo de um câncer que crescia... / Em seus cérebros em vão procuram / Além de nuvens de chuva, vocábulos perversos, / Como víboras cujos venenos não duram, / Mas são órfãs, e não rimam seus versos, / Nunca ficam livres desse triste destino...” “Na vida tudo muda / Até a surda-muda / Na vida tudo passa / Menos a uva-passa / A vida tudo quebra / Exceto o quebra-quebra / Da vida tudo quero / Exceto o quero-quero / A vida te deixa burro / Após cair num mata-burro” “Resgate-me dessa cruel enrascada, / Dessa tristeza da qual nunca soubera, / Pois estou à solta no meio do nada, / Um ditongo perdido à sua espera!” “Outros versos encontraram, nesse passeio pelos ares, / Cada um com um sonho parecido, / Pois queriam conhecer outros lugares, / E saciar algum desejo escondido... / E os versos foram se tornando revolucionários, / Cada um com sua lúdica fantasia, / E esse encontro de versos até então solitários / Cresceu, tomou corpo, e virou Poesia...” “O vento não para / De me soprar Poesia / Que lindos versos ele prepara / Nessa noite tão fria / A vida mascara / O que você fantasia / De forma tão clara / Que você renuncia” “Escrevo versos candentes, / De amores que nunca terminam, / Vivem de encontros incandescentes, / Onde os amantes se alucinam!” “Teu violino toca suavemente / Tirando belos acordes / Na mística desse poente. / Como é linda essa música, / Mais do que um dia recordes. / Pelo céu espalhas a tua mágica, / Mesmo que não concordes, / Mesmo que seja para mim somente...” “Nas asas de meus sonhos voo / Um encarnado Ícaro flutuando no ar / E mesmo nas alturas não enjoo / Pois a Poesia dá-me asas para voar” “Contai-me, Senhor do Universo, / Algo que me aflige desde cedo: / Há mais segredos num verso, / Ou mais versos num segredo? / E antes que a morte me arrebate, / Contai-me a verdade, Senhor: / Há mais amor em um combate, / Ou mais combates no amor? / E em Vossa infinita grandeza, / Contai-me por favor a verdade: / Há mais saudade na tristeza, / Ou mais tristezas na saudade?”



Olympus Livro Ix Esparta


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-06-25

Olympus Livro Ix Esparta written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-06-25 with Poetry categories.


90º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores e na Amazon (exceto “Poeticamente Teu”, da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia-GO), em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO Alguns trechos: “Quando estou meio down, você volta, / E troca o fusível que se rompera, / Nas horas mais tristes, você se solta / Da prisão onde eu a escondera.” “Enquanto se movem os universos, / Eu nunca mais a esqueci, / Nem as lembranças de nós dois, / Mas sei que jamais lerá esses doces versos, / Que, numa tarde triste, para você escrevi…” “Eu sou o seu contrabaixo, e você, meu violino, / Eu sou a sua marcha, e você, o meu hino, / Você é minha revelação, e eu, o seu segredo, / Você é meu videogame, e eu, o seu brinquedo, / Você é a minha alegria, e eu, a sua dor, / Eu sou a sua paixão, e você, o meu amor…” “Da minha inspiração, que era um colosso, / Já quase não saem mais poemas de amor, / Meu filé mignon transmutou-se em um osso, / A comédia que escrevia virou um enredo de terror,” “Olhando-me nos olhos, apenas sorria, / E depois, parta com uma lágrima no olhar, / E, se não sentir saudade, / Não se vire para trás, para olhar para mim, / Para ver se eu fiz o mesmo…” “Não há réquiens para amores extintos, / Em vez de poemas lindos, algum verso manco, / O amor perdido se esconde em labirintos, / Nos cadernos do amor, só restam páginas em branco...” “Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...” “Fico por horas a admirar o teu corpo despido, / Essa linda escultura de carne, ossos e músculos, / Pois, nessas batalhas nas quais tens me prendido, / Essas tuas alvoradas atraem meus crepúsculos...” “E meus risos deram lugar à tristeza, / Pois não há maior tormento que esse, / Chamado saudade, doença traiçoeira, / Provocada pela sua ausência...” “No seu aniversário, num certo dia de Agosto, / Nesse clima seco, em mim faz um frio polar, / Por que minha nave te trouxe a bordo, / Em minhas viagens sem fim pelo inverno, / E essa lágrima doida insiste em rolar / Pelas rugas que marcam meu rosto?” “Na catedral de minha mente, / Onde a Poesia reina, silente, / Tu estás no altar há eras, / E alimentas as minhas quimeras!” “Sem você, nada sou, / Senão um romance sem final, / Um amor que se foi e não voltou, / O sangue na ponta de um punhal.” “E, no ardor dessa chama, / Ficar longe torna-se um problema, / E não há palavra que exprima / O amor que se entranhou no genoma, / Durante um beijo numa banheira de espuma!” “Malditas desmemórias, essas que não tenho, / Onde sepulto as lembranças mais queridas, / Que surgem de repente, por causa de algum gatilho! / Por que vejo suas feições como se fosse um desenho, / Traços mal-acabados, feições quase esquecidas, / Que quase relembro, quando ouço esse suave estribilho?” “E então, a primeira coisa que fiz / Foi descobrir onde você mora / E vir aqui, cheio de medo, / Tocar a sua campainha, / E, ainda cheio de rubor, / Pois algumas coisas não mudam, / Perguntar-lhe, olhos nos olhos, / Se existe alguma forma, / Por mais difícil que seja, / De armar de novo / Aquelas doces armadilhas / Nesse seu olhar que jamais esqueci...” “O seu oceano engoliu o meu lago, / Seu martelo entortou o meu prego, / E o tempo virou meu maior inimigo! / Em nome da emoção, apague o meu fogo, / Só por ti o verbo amar de tantas formas conjugo...” “Talvez eu perca todas as fichas, / Mas vale a pena correr alguns riscos, / Cansei-me de fugir de prováveis rixas, / Troquei minhas certezas pelos seus asteriscos!” “Silêncios que em teu olhar se escondem, / Será que um dia irás me contar? / Por que teus lábios não me respondem / À questão que não sei te formular?” “E, apesar do avançado da hora, / Quando voltarmos para casa, / Ainda com os corpos em brasa, / Será que me deixarás ir embora, / Ou me pedirás para ficar, / Com esse mesmo olhar / Súplice, carente, arrebatador, / Onde vejo brilhando um sinal de amor?” “Se houver outra vida além desta, / Como sempre acreditei que existe, / Acompanharei o pranto de meu amor, / Com as lágrimas que minha memória lhe empresta, / Aquele olhar brilhante por algum tempo tão triste, / Sem saber que meu amor a acompanha, por onde for...” “Mas o tempo passou, nesse galope incessante, / E até hoje me lembro de seus olhos perversos, / Ao me dizer adeus naquela noite escaldante, / Que fez nascerem os mais tristes de meus versos...” “Nossa festa acabou, / A magia / Que entre nós havia / Apenas cessou, / Sem vestígios deixar,” “Depois dessa última estação, não há mais passagens disponíveis, / O condutor já recolheu o derradeiro bilhete, / Tudo o que nos resta é nos lembrarmos dos momentos incríveis, / E de quando, no dicionário do amor, adicionamos o último verbete!” “Poderia jurar que em suas costas enxerguei asas, / Transparentes, mas que deixavam sombras na parede, / E esse feitiço que até onde você estava me levou / Não tem registro em lugar nenhum do planeta!” “E assim vamos levando a vida, / Quando saio dos trilhos, tu me corriges, / O teu doce sorriso, a te amar me convida, / E lindos poemas de amor, com teus olhos rediges...” “Veja só que coisa horrível: / Esqueci a nossa noite inesquecível! / Será que você me perdoaria / Se eu a esquecer algum dia?” “E quem seria maluco de acreditar / Que não existe nada entre nós, / Se nossos olhares se entregam, / E se procuram sem cessar, / Na volúpia que há nos olhares / Interligados pelo verbo amar?” “Eu já preparava o ataque / Para te dar um beijo, mas me deste um breque, / E, com aquele teu enorme chilique, / Confesso que levei um choque, / E acho que fiquei mais verde que o Hulk!” “I wish I didn t love you, but I do. / I wish I didn t think about you anymore, / But how, if I don t know how to forget you? / The cold night wind blows in my ears, / Whistling melodies, and murmuring meaningless phrases. / And in the deep silence that follows when it goes away, / The longing for you remains intact...” “Acho que tens milhares de anos, / E eu, apenas meros segundos, / E eis-me à mercê de teus encantos profanos, / Egressos de outros mundos.” “E esse beijo imenso que recebo me mostra / Que o tempo que passamos distantes / Fê-la enxergar que sempre foi mais que amizade, / Mas você apenas não havia percebido / Que sentimentos mudam, evoluem, / E, quando você menos percebe, / Descobre que deixara o amor ir embora...” “Penses nos dias lindos que tivemos, / Um no outro, 24 horas por dia imersos, / Nos poemas lindos que juntos vivemos, / E me faças reviver em meus próprios versos...” “Quando mencionas o que leste, / Dizes que fui daquele texto o autor, / Mas acho que foste tu quem o escreveste, / Não são meus esses versos de amor.” “Arquivei cada foto tua, / Maravilhosamente linda e nua, / No pendrive de meu coração, / Onde as guardo com devoção,” “Mas li em seus olhares / Que é uma questão de tempo / Até que um dia você me ligue / E pergunte onde nos encontraremos / Para eu lhe contar os detalhes, / Tudo o que ficou nas entrelinhas, / E que lhe despertaram a curiosidade, / Pois você andou pensando / E percebeu que talvez, apenas talvez, / Não devesse ter recusado...” “Mantenho uns pequenos prazeres, / Para me lembrar que ainda vivo, / E, entre os meus tantos afazeres, / A tua lembrança doída cultivo! / Dói, mas dela não me desfaço, / Pois serve sempre para me lembrar / Que eu não sou feito de aço, / E por amor, posso me quebrar...” “De meu antigo eu, ando à procura, / Aos poucos, vou perdendo a sanidade, / E essa vacina contra amor não é a cura / Para essa doença chamada saudade...” “Como faço pra fugir dessa cela, / Num lugar qualquer dessa minha mente? / Como driblar essa triste novela, / Que me aprisionou de repente? / Como esquecer que você é tão bela, / Mas perigosa como uma serpente?” “Então, diga essas palavras que transcendem, / Enquanto continua suavemente a me fitar, / Essas doces palavras que acendem / Esse mundo mágico que mora no fundo do olhar...” “Devo ter feito alguma cara estranha, / Pois todos em volta de mim repararam, / Só mesmo uma deusa para provocar tal façanha, / Pois todos os meus relógios internos pararam. / Ao perceberes, fizeste uma cara cômica, / Seguida de um sorriso arrebatador! / Será que essa fantástica reação atômica / É aquilo que chamam de amor?” “Muito tempo atrás, / Fiquei de lhe telefonar, / Mas nem sei por que, nunca o fiz, / E você também não me ligou! / Mas os anos não me trouxeram a paz, / Enquanto rios se afogavam no mar, / A roda do tempo não me fez feliz...” “A vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, / E a desilusão tomou conta de mim, / Quem mandou me apaixonar pela tua picanha, / Se tudo que me ofereceste foi o teu cupim?” “Mas eu preferiria / (Que me desculpe a Poesia!) / Que esse deus desalmado / Tivesse me acertado, / Em vez dessa cruel flechada, / Quem sabe com uma pedrada / Bem no meio do rim...” “Mas eu não a amo mais (eu acho!), / Acredite quando eu lhe disser / Que eu a esqueci por completo (é mentira!), / E que não me lembro mais dos seus gemidos / Em nossas noites de prazer e loucura (não é verdade!)... / Não olhe para trás, / Para ver se eu também me virei para você, / Porque eu não o farei (onde foi que aprendi a mentir assim?),” “Pois poetas são assim, sonhadores, / Sempre surfando em ondas proibidas, / Explorando cavernas mentais, / Imaginando replicar seus amores, / Guardando paixões reprimidas, / E sonhando com beijos siderais...” “Nós dois juntos / Somos incríveis, / O Yin e o Yang, / O alfa e o ômega, / O princípio e o fim, / Almas gêmeas, / Corações síncronos, / Olhares cúmplices, / Beijos doces, / Um ao lado do outro,” “Teu olhar / Fogo profundo / Sem rival / Neste mundo” “Abaixarias essa máscara alguns minutos / Para que eu te beijasse com ardor? / Manterias os teus olhos enxutos / Se eu te revelasse a imensidão do meu amor?” “Nossa história de amor é um suplício, / E, por causa dele, muitas vezes morri, / Então, por que será que é tão difícil / Lembrar quantas vezes já te esqueci?” “O verão passou, tu me deixaste, / Mas ele em minha memória permanece, / Pois em meu coração para sempre ficaste, / Nessa doce saudade, que nele floresce...” “Cansei de ficar dando conselhos que você não ouve, / De agora em diante, eu me esquecerei do que houve, / A partir de hoje, minha vida terá conserto, / Pois troquei seu funk por um lindo concerto!” “Mas, no fim do ano, volta o mesmo calvário, / E começa novamente meu inferno astral... / Por que cargas d’água o seu aniversário / Tinha que cair em pleno Natal?” “Será que algum dia finalmente terei paz, / E poderei dizer que o meu coração sossegou, / Transformado em cinzas por um último amor voraz, / Deixando vestígios de um fogo que afinal se apagou?” “Enquanto essa vida louca me espia, / Meu coração as suas penas expia, / Não mais termino as coisas que começo, / Pois ela era o fim e também o começo...” “Caí de meu sonho espúrio, / Onde sonhava com os anéis de Saturno, / E rolei pelos degraus, escada abaixo, / Onde tudo que há é o calor de Mercúrio, / Oculto atrás do Sol nesse dia taciturno, / Tu lá em cima, e eu, cá em baixo!” “Sobraram só recordações / Quase nada mais além disso / Como sucede às paixões / Teu sorriso tomou sumiço / Rasguei nossas doces canções / Acabou-se nosso feitiço” “Mais um sonho foi enterrado, / Sem corbelhas e nem caixão, / E nem há um corpo a ser velado, / Pois sonhos são etéreos, / E amores são assim, indesvendáveis, / Cheios de resultados funéreos, / E palco de lágrimas incontroláveis...” “Perguntei se ainda havia algum sonho, / Mas já não havia mais nenhum, / E agora, o que se pode fazer, / Se nesse mundo bizarro e bisonho, / Não se encontram sonhos para vender?”



Olympus Livro Vii Acropolis


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-08-02

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75º livro do autor das seguintes obras, todas elas publicadas no Clube de Autores e na Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66.PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68.NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69.EROTIQUE 6 70.CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72.ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 73.A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 74.A NOITE IMENSA SEM ELA Alguns trechos: “Depois disto, a solidão me abraçou, / Como um torniquete a me comprimir, / A luz de meus olhos se apagou, / E nunca mais voltei a sorrir.” “Talvez eu não te ame mais, / O amor pode ser tão volúvel, / Barcos do amor vivem deixando o cais, / E por que não voltam, é um mistério insolúvel!” “Mas o que eu mais temia / Terminou por acontecer, / Em teu olhar cheio de Poesia, / Que acaba de meus olhos prender.” “Milhões de neurônios já me abandonaram, / E esse acúmulo de anos desligou meu relê, / Por que as outras lembranças me deixaram, / A não ser essas memórias doídas de você?” “Então, quem sabe, em algum dia qualquer do futuro, / Quando alguém resolver revisar o que eu tenha escrito, / Para decifrar os mistérios dessa inspiração que herdei, / Descubra que todas as histórias que jamais te contei / Não passam de versos de amor que transfiguro, / Para recontar que tenho por ti esse amor infinito?” “Quando cheguei em casa e descobri / Que ela de repente se fora / Veio uma dor avassaladora / E então meus olhos cobri / Para secar as lágrimas que não havia” “Entre as saudades que tenho, / A mais linda é lembrar de você, / Mas, nos caminhos por onde venho, / A sua ausência cassou meu brevê, / E não sonho mais tão alto, / Mas não esqueço de seu olhar blasê, / Nem de sua voz de contralto, / A me dizer sei lá o que,” “Tentei invadir tua nave / Com minha Poesia lasciva / Mas fugiste como uma ave / De quem a quisesse cativa” “Tomei um foguete, rumo aos teus beijos siderais, / Mas o céu explodiu, e não te vi nunca mais!” “Quando finalmente nos sentamos, / Nossos olhares se interrogaram, / Querendo saber se o amor nos unira, / E outras vezes mais nos beijamos, / Nossas línguas gulosamente se exploraram, / Num momento tão lindo que parecia mentira.” “Por que esse cata-vento não cata / Minhas emoções que se espalham no vento? / Por que esse danado não trata / De soprar à minha amada meu doce sentimento?” “As areias da ampulheta do amor, / Quando terminam, só resta o terror / De noites vazias à espera inútil, / Numa esperança tola e fútil, / De alguém que para sempre partiu, / Para quem você não mais serviu, / Deixando essa ausência que é tudo que há, / De alguém que nunca mais voltará...” “E foi então que você me abraçou / E perguntou por que demorara tanto, / Sem perceber como sempre me olhou, / Provocando-lhe tanto desencanto?” “O final desse jogo já é conhecido, / Mesmo se eu fizer alguma trapaça, / Ao final, eu me quedarei vencido, / Não importa o que eu faça!” “E então, desisti e me atirei em seus braços, / Num abraço que durou um milhão de anos, / Reunindo enfim todos os meus pedaços, / E rasguei minha apólice de perdas e danos, / Depois que pela primeira vez a beijei,” “Vejo teu vulto cruzando a estrada, / Mas tudo não passa de uma visão, / Te vejo nua, bem no alto da escada, / Apenas fruto de minha paixão...” “Meu amor por você não é ficção, / É fricção! / Não é um verbete da Wikipédia, / Mas uma enciclopédia! / Não é apenas uma memória, / Mas toda uma história!” “Fugi de mim mesmo, / E numa fuga alucinada, / Saí derrubando pontes, / Demolindo muros, / Rasgando mapas, / Devorando estradas, / Em caminhos que não levavam / A lugar nenhum.” “E nesse mundo assim desa(l)mado, / Minha alma jaz no fundo do rio, / E a solidão me manda recado / Do fundo de um copo vazio!” “Os jogos de tronos não mais me atraem, / Torço para que Castle seja chutado pela Beckett, / Olho as luzes do crepúsculo que caem, / O mentalista foi vencido por um astro do críquete!” “Faça, com esses seus olhos risonhos, / Para meus braços sua próxima viagem, / Não me deixe no aeroporto dos sonhos, / Sem nada a declarar na bagagem...” “Quebras minhas barreiras, / Que, frágeis, desmoronam / Quando te avizinhas, / Com teu riso a bailar, / E derretes as geleiras, / Que perto de ti não funcionam, / E minhas preces adivinhas, / Com esses olhos da cor do mar...” “Você se foi, mas nem parece, / Ainda ouço tua meiga voz ao relento, / E todos os dias, quando anoitece, / Escuto tua risada, nos uivos do vento!” “Não sei dizer, e mesmo se soubesse, não te diria, / Porque é que em meus sonhos és tão indecente, / E sempre que acordo, transbordo de Poesia, / E vou correndo escrever o que houve entre a gente...” “Pois como explicar, se nos amamos tanto, / Por que então sempre nos dizemos adeus, / E depois escondemos um do outro o pranto, / Como se meus olhos não amassem os seus?” “Isto não passa de um engodo, / Não fazemos parte do mesmo todo, / Tudo não passa de uma ilusão, / Essa nossa desesperada paixão / Não nos levará a nada senão ao nada, / Ao mesmo precipício no fim da estrada” “Nosso caso de amor é estranho, / Pois vivemos entre tapas e beijos, / Discutimos o tempo inteiro, / Mas um não sai do lado do outro.” “Nas entrelinhas / De teus olhares fatais / Enxergo todas as minhas / Impressões digitais” “Será que essa loucura que vi num relance, / Quando o espelho se quebrou, sem que eu saiba por quê, / Nesses múltiplos Universos, terei uma nova chance, / E em alguma dessas realidades, ainda tenho você?” “Esse esqueleto que me sustenta / Anda precisando de uns reparos, / Pois sofreu uma queda violenta, / Por causa de alguns disparos!” “E vamos assim seguindo esse estigma, / Acrescentando as letras após o ABC, / Tentando decifrar o indecifrável enigma: / O que seria de mim sem você?” “Entrei numa canoa furada, / E fiquei até sem o meu telefone, / Que enorme roubada, / Troquei um violino por um saxofone!” “As tuas promessas eram mentiras, / Grandes como as que de outros ouviras, / Mas me deixei iludir por elas, / E construí ilusões tão belas / Sobre fundações de palha,” “Já não tenho lágrimas para verter, / A última lágrima foi derramada, / Já não temos milhas para percorrer, / Chegamos ao fim da jornada.” “Foi por uma noite apenas / Que eu te tive em meus braços, / Por algumas horas plenas, / A sentir teus cansaços, / Mas depois jamais / Aquele sonho voltou, / Não aconteceu nunca mais, / Como todo sonho, acabou,” “É mais ou menos assim / Que tudo se resume: / Eu gosto dela, / Mas ela não gosta de mim, / E nem posso ter ciúme, / Pois moro numa favela / E ela numa torre de marfim!” “Mas me causou arrepios / Imaginar que uma deusa assim se interessasse / Por esse pobre poeta das rimas mais loucas, / Se para o seu oceano correm todos os rios, / E todos os olhares se desviam para sua face, / Como se encantaria por minhas palavras roucas,” “Não sei se eu me procuro / Ou se te acho, / E levo a um quarto escuro / Ou a um riacho!” “Foi um desastre inesperado / O nosso encontro tão aguardado: / Nossas almas não se encaixaram / E depois, nunca mais se encontraram!” “Em meus sonhos, eu te procuro, / Através das estrelas mais distantes, / Mas não consigo atravessar esse muro / Que ergueste ante teus olhos faiscantes!” “É irracional essa saudade que tenho / Por você, que já não me ama, / Desce uma lágrima, franze-me o cenho, / Nessa tristeza que de minha alma derrama.” “Será que às vezes não te dói a ausência / De nossos encontros cheios de magia, / Ou ainda tens alguma reminiscência / De nossas sessões de sexo e Poesia?” “Confesse que nunca me amou / Aquilo era só uma personagem / Que na verdade nunca me enganou / Pois não passava de uma miragem” “Rasguei antigas cartas de amor, / Bilhetes com convites recusados, / Fotografias sem qualquer pudor, / E até nudes jamais reprisados.” “Essa imagem que o espelho captura, / Onde paira o amor do qual não cuidara, / Revela a minha dúvida mais obscura: / Será porque jamais te olvidara?” “Ela se sentou ao meu lado / Na sala de cinema, / E olhou-me com olhar de pecado, / Tão linda como um poema!” “Por tua boca linda / Naveguei / Até que o Sol despertasse / E depois me perdi não sei onde / Nas curvas de teu corpo infindo” “Não me olhe como se eu não existisse, / Ou se fosse uma estrada fora do mapa, / Olhe-me como se de repente descobrisse / O amor sem fim que de meus versos escapa...” “There’s no hope for us, / Our love is destined to die, / Funk has killed our jazz, / And I didn’t find the reasons why.” “Essa nostalgia que sinto / Cada vez que em você eu penso, / Acho que é por causa do instinto, / Alma gêmea desse vazio imenso!” “Ela me olhou, pela última vez, / A dor estampada em seu olhar / Cheio de dúvidas e de porquês, / Onde antes brilhava um luar!” “Não quero teus beijos nunca mais, / Cansei-me de ser por ti magoado, / E depois consolado por beijos sensuais, / Para que deixasse a mágoa de lado!” “Quando apertei a tua mão tão quente, / E vi aquele teu sorriso encantador, / Descobri que o que bailava em minha mente / Era somente o chamado do amor...” “São tão poucos metros que nos afastam, / Mas entre nós dois há um vácuo sideral! / Por que apenas olhares de amor não bastam / Para preencher essa distância brutal?” “Chegaste espalhando tua graça, / Emprestando sonhos à minha dor, / Que nem pude descobrir a trapaça, / Atrás desse teu olhar devastador...” “Nesse inverno sem fim / Em que minha alma mergulhou, / Ando escrevendo versos em latim, / Sobre aquele sonho que se acabou.” “Às vezes, encontrava em minha carteira, / Debaixo do tampo escondido, / Algum delicado bilhete, / Que me acendia a fogueira, / Pois dizia: Te gosto! , ou algo parecido, / E ficava a fantasiar que era dela,” “Entre tantas lembranças suas / Que de uma caixa resgatei, / Estavam dezenas de fotos nuas, / E no meio delas encontrei / Um retrato de um beijo roubado, / Que de nós dois alguém tirou, / Um doce beijo molhado, / Cuja lembrança me abalou!” “Foi então que lhe disse que sempre a amara, / E respondeu-me que aquilo não tinha explicação, / Pois, se jamais sequer pensara em nós, / Como de repente por meu olhar se enamorara, / Por que, sem mais nem menos, surgira a paixão / Que provocou aquele tremor em sua meiga voz?” “Que terremoto foi esse / Que fez de geleia os meus ossos, / Como se a própria terra tremesse, / E fizesse secar os meus poços?” “Pelo paladar, sinto o selvagem gosto / Do néctar de suas profundezas, / E meu amor fica tão exposto, / Ao caírem minhas últimas defesas...” “Houve uma vez um verão / De dois corpos suados / E enamorados, / Num frenesi de paixão.” “Quando me vejo pensando nela, / Às vezes dá vontade de desistir, / Então fico olhando pela janela, / Até a saudade sumir.” “Que beijo mágico foi esse, / Que me deixou assim tão feliz, / Como se a vida sonhos tecesse, / Como se o amor não deixasse cicatriz?” “Por algum tempo fomos felizes, / Antes das tempestades surgirem / E dos carinhos fugirem! / Depois, ficaram as cicatrizes, / Típicas dos amores extintos, / Após os sorrisos sumirem, / As palavras nos agredirem / E o amor se perder em labirintos!” “Onde você estiver, estarei por perto, / Mesmo a milhas de distância, / Meu espírito estará com você, é certo, / Sob qualquer circunstância. / Basta você me chamar, / Não importa aonde você for, / Em qualquer tempo, universo ou lugar, / Pois simplesmente o nome disto é amor!” “Por trás da máscara e pela sua silhueta, / Tinha certeza de que seu rosto era muito lindo, / E, prometendo contato, com pesar nos afastamos, / Guardei o número dela no bolso da jaqueta, / E, ao me afastar, ouvi alguém, de leve, tossindo, / E com os corações apertados, um ao outro deixamos.” “Esse teu olhar puro, / Desafiador, / Onde tantas estrelas brilham, / Refletidas no mar, / E nele fervilham, / É meu porto seguro,” “Se ficar louco é o preço que pago / Por te amar tanto assim, / Que seja, em teus braços naufrago / Com toda a loucura que há em mim!” “Antes que surja o Sol, / Enquanto a lua anda alta, / Ligue-me, dê um call, / Confesse que de mim sente falta!” “Era apenas um encontro de amizade casual, / Mas num beijo no rosto, nossos lábios se tocaram! / Terá sido apenas um beijo acidental, / Ou nossas bocas deliberadamente se rebelaram?” “Nessa viagem, eu me reencontrei, / E descobri que sem ti, nada sou, / Minha alma nada tem de eterna, / Pensei que tudo sabia, mas nada sei, / O plano que havia traçado fracassou, / Descobri que teu olhar é minha lanterna.” “Não entendes / Que essas redes / Que estendes / Entre nossas paredes / São fúteis / E inúteis / Pois tentam remendar / O que se quebrou / E os escassos / Amassos / Tentam colar / Os muitos pedaços / E os fracassos / De um amor que já se acabou” “Será que por acaso ela sabe / Que nunca mais a esquecerei, / E que em minhas noites não cabe / A solidão que para sempre terei?” “Nessas memórias confusas / Que tenho de meu passado, / Para as tuas, preciso de uma senha. / Talvez sejas uma de minhas musas, / Talvez eu tenha te amado, / Ou talvez não tenha,” “Até quando conseguirei assistir / A esse apelo que leio em sua pupila, / Quanto tempo ainda conseguirei resistir / A esse meu desejo insano de possuí-la?” “Será que um dia ela volta, / Com um sorriso no olhar? / Será que a tristeza me solta / No dia em que ela voltar?” “Relate como essa relação é difícil, / E que me amar é quase impossível, / E que só me mandando para o hospício / Colocarei uma capota em meu conversível!” “Pensamos ser amor, mas é apenas paixão, / E, volátil, desfaz-se numa nuvem de fumaça, / Deixando para trás quem brincou de sonhar, / Sem saber que a felicidade depressa passa, / E de repente se vai, para não mais voltar!” “O que fiz para merecer esses teus sorrisos, / Se não sou nada além de um poeta caótico? / Quantos versos de amor serão precisos / Para manter longe de nós esse pesadelo gótico / Que tenta nos subjugar todos os dias, / Nessa estrada confusa que nos oprime? / Mas basta um sorriso teu nas noites mais frias / Para criar uma nova estrofe que com ele rime!” “Disseste que nunca receberas um olhar assim, / Do fundo da alma subitamente extraído, / Tão cheio de súplicas e de angústias sem fim, / Um grito de ajuda, sem sequer um gemido!” “E agora, descobri que sou ainda mais feliz / Do que era antes de você me encontrar, / Pois guardei o amor, / que eu nem sabia que existia, / E que você exibe, em cada frase que diz, / E aquela paixão, que guardei no fundo do olhar, / Cresceu tanto, que virou Poesia...” “Cross your arms around my neck / Give me a kiss after whispering my name / Put me in your life’s soundtrack / Let’s play together the love’s game “Sem você, não tenho função no mundo, / Não passo de um espectro sem reflexo, / Uma sombra emersa do submundo, / Um triste verso sem rima nem nexo!” “Antes que a última bomba exploda, / Um dia antes dos mísseis cruzarem os céus, / Quero estar em tua doce companhia, / Compartilhando essa emoção toda, / Desvendando do amor todos os véus, / Numa última noite de amor e Poesia...” “Essa chama que está a brilhar / Quando me fitas, / Esse fogo que vejo / Em teu meigo olhar, / Encerra promessas infinitas / E um insuspeitado desejo?” “Pois um raio de repente rasga o vento, / Naquela noite sem sinais de tempestade, / E percebo que Deus escutou meu lamento, / E sei que me esperas, lágrimas a escorrer de saudade...” “O Amor morreu / E foi sepultado em 2020, / E no dia seguinte, / O mundo perdeu / O que o fazia girar!” “Quantas vezes precisarás apertar minha mão, / Quantos encontros ainda serão precisos / Para enxergares enfim a imensa paixão / Que se esconde por trás de meus sorrisos?” “Mas, enquanto isto não acontece, / Devo me conformar em perdê-la, / E, em cada vez que anoitece, / Preciso me lembrar de esquecê-la.” “Nossa canção de amor pintou o sete, / Criou corpo, e escapou pelos ares, / Espalhou-se como vírus pela internet, / E se foi, para visitar outros mares!” “E a saudade chegou sem aviso, / Daquela nossa paixão de cinema, / E por isto escrevi de improviso / Esse triste e saudoso poema...” “Depois, a paixão volta a nos assombrar, / Mas nunca mais será tão intensa, / E ficaremos o resto da vida a imaginar / Porque trocamos o amor por uma saudade imensa!” “Quando nos desvencilhamos, eu lhe perguntei: / “O que foi esse torvelinho que você me causou?”, / E, em seus seios arfantes, a resposta encontrei. / Era o amor que ali brotava, e nunca mais se apagou...” “Tell me your greatest wills / And then let me feel / As life spins the wheels / Of this unexpected love to fill” “Por que seu vulcão se tornou extinto /E cinzas tomaram o lugar de seu fogo? / Por que ao vê-la tanta dor eu sinto / Por nunca ter feito parte de seu jogo?” “Nesses sonhos doidos nos quais a procuro, / Corro perigos dos quais nem passei perto, / Procuro monstros em algum beco escuro, / Busco um oásis em meio a um deserto, / Persigo dragões em balões coloridos, / E, voando em minha mágica vassoura, / Mergulho entre raios que me abalam os sentidos, / Tentando capturar uma sinistra bruxa loura!” “Em teus sonhos eu me achei, / Mas é contigo que sou de verdade, / E somente em teu amor encontrei / O que chamam de felicidade...” “Quando já chegávamos ao final de tudo, / Juntei alguns pedaços minúsculos / De minha alma que sobraram, / E juntei-os como se fossem retalhos, / Fragmentos de um caso em estudo, / Que retesou os meus nervos e músculos, / Porque por algum tempo se mesclaram / Cartas misturadas de diferentes baralhos!” “Mas o que mais me chateia, em cada sonho maluco, / É que, embora saiba que nenhum sonho me destruirá, / E que, mesmo levando tiros, jamais me machuco, / Por que Morpheus só me leva a lugares onde você não está?” “Quando dou por mim, até me assusto, / Minha mente já passara dos anéis de Saturno, / E volta ao meu corpo, com muito custo, / Pois já ia longe naquele sonho diurno, / E já estava chegando em Alpha Centauri, / E ia mais além um pouco, para explorar um quasar, / Aí, respiro lentamente, até que o controle restaure, / Mas, se me distraio, de novo volto a sonhar!” “Será que alguma transa entre nós rolou / Ou tudo se limitou a beijos e amassos? / Por que será que o tempo nos afastou, / A ponto de se apagarem nossos traços?” “E, depois de, por horas, de prazer gritares, / Tu me abraças, beijas e te vais, / E espero ansioso a hora de voltares / Para esses nossos bailados sensuais!” “The dark of the night goes down, / With the rise of a brand new day, / But the sadness remains in this lost town, / Asking me: will her return to me someday?” “O que tínhamos, já não sei, / Mas não deixou nem sinal, / Nunca mais em você eu pensei, / E este verso foi o ponto final.”



Olympus Livro Vi Parthenon


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-01-26

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65º livro do autor das seguintes obras, todos elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V - THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU Alguns trechos: “Apostei, já sabendo que perderia! / Como vencer aquela aposta iludida, / Pois, se te amo, como poderia, / Te esquecer pelo resto da vida?” “Ontem, perguntei ao vento / Se ela acaso gosta de mim, / Mas no mesmo momento, / Ele parou de soprar no jardim!” “E daquele nosso amor desalmado / Acendi com destemor a última pira / E mandei de volta ao passado / Toda aquela nossa paixão vampira” “A verdade que não quer calar / É que eu te amo / Pelas noites a te buscar / Mas não reclamo” “Vivo atormentado por teus acidentes topográficos, / Vales, montanhas, morros e cavernas, / Os quais percorro em meus sonhos mágicos, / Ou em minhas fantasias eternas!” “Dissimulo, assobiando um adágio, / Uma peça clássica com raro esplendor, / Para disfarçar os rastros do naufrágio / No qual submergiu o nosso amor.” “Recorda-te de nossas noites insones, / Um no outro buscando prazeres, / Nossas bocas trocando ciclones, / E entre gritos os lençóis a morderes?” “Nossas almas se adoram / Amantes há tantas eras / E uma pela outra imploram / Cansadas de tantas esperas” “E, quando ouvir a imensidão de meus versos, / Tantos deles dedicados à minha infinita paixão, / Saberá que nossos caminhos não podem ser diversos, / E enlace com seus suaves dedos a minha mão...” “Sei que parece loucura / Insistir nessa paixão obscura, / Que não me leva a lugar algum. / Sei que sou apenas mais um / Candidato a ser esquecido, / Outra paixão sem sentido,” “Quando vi em seu negro olhar / Que chegara a hora de mais um adeus / Inexplicável, / Imensurável, / Desta vez nada disse, / Pois o que havia a dizer / Depois de tantas vezes, / Tantas partidas, / Tantas lágrimas, / Tantas despedidas?” “Aquele seu olhar / Maléfico e azedo / Doeu como um tiro no peito / Que me arrancasse um segredo / Que eu não quisesse revelar” “Em uma noite, vivemos uma vida, / Mesmo que isto nem fosse preciso, / Pois seu amor é a mais rica jazida / Escondendo pepitas de ouro em seu sorriso.” “Você é muito grande para minha raquete, / Como é que eu poderia assumir esse amor? / Você anda de Rolls Royce, e eu de charrete, / Jamais passei de um infeliz sofredor.” “Ela se foi, mas deixou suas marcas: / Fotografias, cartas e seus discos, / Guardados no fundo de velhas arcas, / Junto com alguns de meus rabiscos, / Que acabei convertendo em poemas / Ou letras de músicas melosas, / Com o amor rolando entre os fonemas, / E a paixão, entre os versos e prosas.” “Foi de repente que fiquei triste, / Quando vi o seu dedo em riste, / E eu que pensava então ser feliz / Ganhei essa infame cicatriz.” “Mas a verdade que todos sabem, / Até a torcida do Flamengo sabia, / E somente eu fazia de conta que não, / É que já estou há muito apaixonado.” “E, quando você me olhar meio confusa, / Vou lhe dizer que sou poeta, e você, minha musa, / E há muito tempo venho sozinho ensaiando / Como lhe dizer que com você vivo sonhando!” “E à noite, quando chego para te ver, / Jogas-te em meus braços, cheia de saudade, / Como se só depois de anos me pudesses rever, / Nesse nosso sonho, de mãos dadas com a felicidade...” “Os dias passam, sem deixarem vestígios, / Um atrás do outro, em sucessão litúrgica, / Minhas tristezas são verdadeiros prodígios, / Que se sucedem, com precisão cirúrgica!” “Não és mais tu que aqui estás, / Vejo somente uma sombra crua, / E me pergunto se acaso estarás / Aprisionada numa arcana alma tua?” “Confesso que sempre me lembro, / Entre janeiro e dezembro, / Com um cálice de cabernet, / De meus encontros com você,” “Essa saudade de você me alucina, / Meu calhambeque ficou sem gasolina, / Minha canoa furada afundou em um dique, / O navio onde embarquei foi a pique, / Essa tristeza sem fim me arrebata, / E, no rio de minha vida, secou a última cascata...” “E vamos vivendo nesse caos, / Resta sabermos até quando / Durarão esses tantos dias maus / Que entre nós vão se acumulando!” “Mas a palavra maldita ainda bailava até mim, / E por isto cheguei ao meu limite, / E então congelei o espaço sem fim, / Até o dia em que Deus ressuscite...” “Sendo assim, estou fora desse teu jogo, / Bem que eu queria de tua vida fazer parte, / Mas já me cansei de brincar assim com fogo, / Mesmo que sejas essa verdadeira obra de arte!” “E, na manhã seguinte, quando acordo, / Estás a me sorrir, com lágrimas no olhar, / E toda aquela tua doçura a bordo / Aumenta mais ainda a certeza de te amar...” “Como evitar de lhe mandar um post pelo Whatsapp, / Emoldurando um lindo poema que para você escrevi, / Pois tenho que impedir que você me escape, / E desde aquele dia, não sei como até hoje sobrevivi?” “Lembra-te de nossas mãos entrelaçadas, / E de nossos beijos apaixonados, / De nossas infinitas madrugadas / E de nossos corpos fatigados, / Do amor imenso que entre nós havia, / De nossas viagens pelo mundo afora, / E do rombo que deixaste em minha Poesia / Naquele instante em que foste embora...” “Esta noite não conseguirei dormir mesmo, / E assim sendo, ainda bem que aceitaste o convite, / Para percorrermos pela noite bares a esmo, / Experimentando drinques, e depois, em minha suíte, / Abrirmos uma garrafa de uísque de 18 anos, / Que nos deixe relaxados, para fazermos confissões, / E, enquanto despes de teu corpo esses panos, / Falemos sobre drinques, versos e paixões,” “És tão linda / Que me amedrontas / Em qualquer dia da semana / E nessa batalha infinda / Perco sempre as contas / Das vezes em que a vida me engana” “Não me perguntes o motivo, / Já que não o sei, / Tudo que sei é que te quero, / Enquanto ainda for vivo, / E recordar o beijo que não te dei, / Mas meu amor é sincero!” “Talvez quando eu me tornar anjo, / De minha boca saiam cânticos / De amor cósmico ou divino. / Mas agora apenas digo que te amo, / E sempre velarei por ti, / Muito menos do que velas por mim, / Mas és um anjo em forma humana, / Que Deus colocou em meu caminho” “O governo baixou vários decretos, / E um entre eles, condenou amores secretos / E um outro, proibiu poemas clandestinos! / E agora, que o governo coibiu versos cretinos, / Como vou cantar esse nosso amor proibido?” “E isto parece que foi até feitiçaria, / Pois no momento em que te vi, fui flechado / Por uma invisível flecha, obra da Poesia, / E desde então por você fui fisgado!” “Às vezes, noto seu olhar de soslaio, / Quando pensa que não estou olhando, / E em outras, a te encarar me distraio, / Com nós dois bem juntos fantasiando!” “Adeus, meu ex-amor, seja feliz, / Não tenha remorso pelo que tivemos, / Não deixe em seu coração uma cicatriz / Ocupar o lugar do amor que já não temos...” “Ora, pois! / A vida não nos leva a lugar nenhum, / Onde éramos dois, / Agora só resta um, / Alquebrado, / Partido, / Derrotado, / Perdido,” “E meu velho violão solitário me olha, / Em seu canto, desolado e mudo, / Lamentando o pranto que meu rosto molha, / Pois ela se foi, e isto é tudo...” “E, ao raiar de uma linda manhã de agosto, / Quando de êxtases já estiver saciada, / Faça um carinho suave em meu rosto, / Comece junto de mim uma nova jornada...” “Ao entardecer, quando o Sol se escondeu, / Não sei porque, lembrei-me de tuas curvas, / Então, por algum tempo meu olhar se perdeu / Entre as fotos que sobraram daquelas noites turvas!” “E os muros que entre nós se erguiam / Seguiam firmes e intransponíveis / E nada que eu acaso fizesse / Moveu neles sequer um tijolo” “Onde é que te escondias / Que até hoje não havia te visto? / Em quais esquinas sombrias / Desfilava esse espetáculo que assisto?” “Espalho entre os postes cartazes, / Declarando o meu perdido amor, / Como a Lua, mudo de fases, / Quando te vejo, encho-me de rubor!” “Ando farto / De visitar seu quarto / Onde o silêncio impera, / E depois de uns abraços / Voltar aos espaços / Onde a solidão me espera!” “Vou colhendo / Os frutos dessa paixão encantada / Sempre escrevendo / Versos dessa incrível jornada” “I know you are gone, / But you stayed here in my heart / Your photos are on my phone / And our souls will never part.” “Qual não foi então a minha surpresa / Quando aquele beijo criou várias crias, / E toda aquela paixão que andava presa, / Encontrou guarida em nossas bocas macias!” “Você é minha musa, o meu amparo, / E em seu olhar doce eu me alimento, / Sob as bênçãos de seu sorriso tão raro, / A cada novo dia, eu me reinvento!” “Essa esmaecida fotografia / Em que você me sorria / Com estrelas a brilhar / No fundo de seu olhar / Causou-me um choque” “Metade de mim te ama, / E a outra metade também! / Um terço de mim te chama / Para seres para sempre o meu bem, / E um quarto de mim deseja / Te levar para um erótico quarto / Onde um quinto de mim te veja, / Nua a mostrar teu colo farto,” “Em vez de respostas / Deixaste-me fraturas / Expostas / Sem curas / E rupturas / Obscuras / Em meio às trevas / Primevas / Para onde me levas” “Pois esses ritmos modernos de rap e funk, / Ou do bendito sertanejo universitário, / Fazem meus peixinhos pularem do tanque, / E o relógio rodar ao contrário!” “Que amor é este que se atreve, / Sem nem mesmo pedir licença, / A invadir picos cheios de neve, / Aquecendo a noite, com essa febre imensa?” “Sei que esta é uma paixão funesta, / E tudo que me resta é enlouquecer, / Então me diga como sair desta, / Como é que faço para te esquecer?” “Por que você dispara / Sobre mim esse sorriso que adultera / Esse meu coração que suspira / Depois que você vai embora / E leva junto esse olhar que fulgura?” “Contigo já não me importo, / Foi apenas um sonho mau, / Mas será que foi tão ruim, / Ou essa lágrima que aborto, / A qual disfarço tão mal, / É porque ficaste dentro de mim?” “Já nem ligo para essa quarentena / Sua frigidez entortou meu chassis / Seu silêncio estragou minha antena / E seu perfume entupiu meu nariz” “E quem sabe assim me apaixone / Pois vê-la ao vivo deve ser incrível, / Já que sua foto queimou meu fusível / E deixou-me assim meio sem energia, / Provocando-me uma doce fantasia / De bailarmos juntos por um salão,” “Essas lágrimas solitárias, / Que de meus olhos fogem, / Desafiam a minha dor, / Que nem as viu cair.” “Distribuí os seus discos, / E queimei os lindos versos / Que um dia para você escrevi, / Esses simples rabiscos, / Com sentimentos diversos / Que eu nunca resolvi...” “Mas me escondi atrás de um disfarce, / E nem te mostrei os versos que para ti escrevi, / E, numa verdadeira catarse, / Desnudarei o que me vai por dentro, / Mostrando-lhe o meu poema mais revelador, / Onde você está bem no centro / De minha mais linda história de amor...” “Coloquei um drone a filmar, / Do lado de fora de tua janela, / Para teus novos segredos desvendar! / Mas o que o vídeo me revela / Confirma o que eu mais temia, / Pois não estás mais sozinha...” “As árvores no outono perdem as folhas, / Enquanto me arrependo de minhas escolhas, / Por amar quem nem nota que existo, / Mas mesmo assim eu ainda insisto!” “Como pode uma simples cachorra ser tão doce, / E provocar sorrisos com sua simples presença, / Agindo como se um ser humano fosse, / Com esse amor tão dócil e essa paixão imensa?” “Terá ficado arranhada a minha imagem, / E por isto estou agora nesse degredo? / Será que foi culpa daquela mensagem, / Que confessava um inconfessável segredo?” “Não quero que te redimas / Por tripudiares de minhas rimas, / E também não quero criar neologismos / Para meus versos invadirem teus abismos!” “Nada mais faz sequer diferença. / Tudo o que ficou foram escombros, / Abraçados com essa saudade imensa, / Uma tonelada de dor sobre os ombros!” “Nossa história não deu liga, / Apesar do início avassalador, / Mas o que mais me intriga / É porque não surgiu o amor, / Pois abriste a porta de teus luares / Para se mesclarem com o meu olhar,” “O inverno gelado chegou / Com inacreditáveis tempestades / E depois que meu sangue congelou / Tudo o que restou foram saudades” “E, depois de veres o estrago que me causaste, / E de provares o sabor de minha boca sedenta, / Ao sentires teus seios arfarem porque me beijaste, / Saberás que o amor chegou, ao fim dessa tarde cinzenta!” “Meu náufrago coração, / Bailando ao sabor de teus ventos, / Entoa uma triste canção, / Por onde jorram os seus sentimentos, / Inúteis, desperdiçados, / Pois batem contra tuas paredes, / E se despedaçam, quebrados, / Pedaços presos em tuas redes,” “We’ll watchin’ life passing by / My hand interlaced with your hand / And our love will never die / And our story will never end” “Nossos caminhos se cruzaram / E se identificaram, / Se enredaram, / Se enroscaram, / Se emaranharam, / Se encantaram, / Se apaixonaram, / Se eternizaram / E nunca mais se separaram!” “Mas este mundo, de perfeito, nada tem, / E, por isto, vamos levando adiante esta vida, / Subindo e descendo, nas estações desse trem, / Até que chegue o dia da derradeira partida...” “Nesse cosmos em miniatura voam cometas, / Pulsares imensos que atraem minha matéria, / Circulam em volta de tuas pupilas lindos planetas, / Piscam para mim asteroides de antimatéria!” “Todas as vezes em que você me fita / Com essa paixão no olhar impressa, / Sinto na alma que a Poesia é infinita, / E o amor que lhe dou, a mim regressa...” “E, depois de algum tempo, sumiram, / E nunca mais ninguém os viu na cidade, / Dizem que para as estrelas se evadiram, / E foram se amar, junto à Eternidade...” “Quando li o seu bilhete, / Extraordinário, / Adicionei um verbete / Ao meu dicionário.” “Fui eu quem me fiz mistério / E te convidei para me desvendar / Oferecendo-te meu espaço aéreo / Para que ousasses me decifrar” “Mas, quando dei por mim, / Já não havia seus rastros, / O sonho sumiu no jardim, / Ou se escondeu entre os astros!” “Mas, nas noites seguintes, lá estávamos de novo a voar, / E como no primeiro sonho, outra vez eu te possuía, / Depois de voarmos, naquela piscina, tão junto de mim, / Era como se fosses de verdade, ali a me amar, / Naquele sonho realizado, que era pura Poesia, / E estivéssemos para sempre juntos, pelas noites sem fim...” “Sou poeticamente teu, / E mesmo que nem existas, / Teu corpo se enrosca no meu, / Em posições nunca vistas!” “Sonhei contigo esta noite, / E no sonho eu te beijei! / Que sonho estranho / E sem qualquer sentido, / Pois eu nem te amo, / Ou será que amo e nem sei?” “Ou será que terminarás confessando / Que acreditas nesse estranho amor, / E que tínhamos que acabar nos encontrando, / Pois de teus sonhos eu também era invasor?” “E enquanto ardes em chamas, / De novo pergunto se me amas, / E, antes mesmo que respondas, / Um novo êxtase chega em ondas, / E, no olhar que deixa tua alma exposta, / Recebo a tua mais sincera resposta!” “E, depois que formos embora, / De volta às nossas cotidianas lidas, / Tente se esquecer dessa hora, / A primeira do resto de nossas vidas!” “Bendita sejas / Pela devassidão / Com que meu corpo desejas, / Por esse olhar cheio de paixão, / E quando nos tocamos / Um frêmito nos arrepia, / Até quando nos beijamos, / Nesse beijo cheio de magia!” “E depois suavemente comigo se emaranhe, / Por uma noite inteira me cavalgue furiosa, / Durante os êxtases minhas costas arranhe, / E em meu peito se aninhe depois, toda dengosa.” “Diga que meu lirismo a enleva, / E que entende as subliminares mensagens, / E que a sensualidade de meus versos a resgata / Dos terrores em suas noites insones, / E, sem aviso, encharca as suas entranhas, / Causando-lhe prazeres que nem conhecia, / Provocando-lhe doces ciclones / E sedes inconfessáveis e estranhas, / Como se de repente se tornasse uma vadia!” “E, quando de paixão me olhas e urras, / Enquanto me cavalgas em êxtases profundos, / Mal consigo acreditar quando me sussurras / Que finalmente se mesclaram nossos mundos...” “E vamos nós dois assim, / Cumprindo a nossa sina, / Curtindo-nos aos poucos, / Em cada fantasia, em cada tara, / Nesse desejo sem fim / E nessa febre que nos alucina, / Amando-nos como loucos, / Enquanto o relógio não nos separa...” “E depois, bem mais tarde, tudo então fez sentido, / Quando te revelaste uma amante insaciável, / Derrubando aquele muro ante mim erguido, / Tornando-me escravo de teu desejo imensurável...” “Abraçados, caminhamos para a saída, / Abro a porta do carro, e entras, sorrindo, / Onde foi que te esconderas por toda a vida, / Como foi que nunca vi esse sorriso lindo?” “Numa inusitada tática, / Disse àquela cientista tão bela, / Que pôs o meu olhar em sentinela, / Que eu era tarado em Matemática, / E propus fazermos um jogo geométrico / De nos reunirmos em um retângulo, / Olhando-nos num espelho simétrico, / Que, explorando o seu melhor ângulo, / Deixasse meu cilindro, elevado ao ápice, / Enroscar-se em seu triângulo, / Enquanto tomássemos vinho em um cálice, / E minha hipotenusa beijasse os seus catetos!” “Quando caímos nos lençóis de seda, / Deliciosamente abraçados, / Eu te exploro cada vereda, / Enquanto sussurras de prazer, / E nem ouves a música de fundo, / E entre meus braços, a se derreter, / Teu corpo imerge num êxtase profundo,” “E depois do último êxtase, enfim saciada, / Tu me olhas e perguntas onde me escondia, / Respondo que para ti eu deixara guardada / A mais linda estrofe da minha Poesia...” “E, quando já saciada / Daquela tua inusitada fome, / Tu me olhaste, extasiada, / E afinal perguntaste meu nome, / E li em teus olhos sinceros, / Que, num átimo, estavas apaixonada, / Só então revelei que meu nome é Eros...” “Um olhar voador não identificado / Viajou de encontro ao meu sorriso, / E, naquele voo com destino marcado, / Meu purgatório encontrou o seu paraíso!” “Não me atrapalhe, / Tenho urgência, / Tantos sonhos para viver, / Tantos poemas para escrever!” “Invada meus sonhos, quando eu estiver dormindo, / E veja como você se encaixa tão bem em alguns, / E quando eu acordar, abrace-me sorrindo, / E deixe-me louco, com posições incomuns!” “Nos vastos oceanos onde naveguei, / Procurando amor onde não havia, / Foram só naufrágios onde nada guardei, / Só restaram versos, nessa mochila vazia!” “Percorro tuas correntes / À mercê de ondas velozes / E nessas horas ardentes / Submerjo em teus lábios ferozes” “E as minhas fogueiras acendes, / Por mais alguns longos minutos, / A saborear os teus frutos, / Entre êxtases e beijos profanos, / A mergulhar em teus oceanos, / Tateando no escuro às cegas, / Enquanto sem pudor te entregas, / Ensinando-me a contigo conjugar / As delícias sem fim do verbo amar...” “Percorro tuas suaves planícies / E escalo teus túrgidos montes, / E enquanto exploro tuas superfícies, / O suor escorre de nossas frontes!” “Como um Titanic moderno, nosso amor foi a pique, / E hoje dele não restou sequer um vestígio, / Uma tempestade bravia rompeu nosso dique, / Explodiu pelos ares o amor que parecia um prodígio!” “Como chegamos nesse ponto, / A essa dor que não tem cura, / E ao final desse triste conto, / Que o oceano do tempo não cura?” “Sei que, dentro de alguns anos, / Relerás os versos que lhe dediquei, / E de teus olhos escorrerão oceanos, / Quando perceberes quanto amor eu te dei, / Mas foi inútil, pois não o quiseste” “Esse teu olhar demolidor / Fez-me pela primeira vez falar de amor, / E conhecer enfim esse sentimento tão bonito, / Um reflexo desse teu olhar vindo do infinito!” “Num poema lindo como nunca se viu, / Que fale de amor e dos astros, / Enquanto tento encontrar os teus rastros, / Para ver se em teu oceano se esconde / A felicidade, que perdi não sei onde...” “E então, quando minha alma se elevar, / E nos campos celestes for acolhida, / Velarei pelas lágrimas que ficarem no olhar / De quem me amou por toda uma vida...” “Nesse mundo, de perdão tão parco, / Procurando culpados, eu me perco, / Pois, nesse país que virou um circo, / Cada político é um espírito de porco, / Negociando tudo com espírito de turco!” “Muito tempo depois de incendiarmos o quarto, / Percebo o seu olhar ainda pleno de desejo, / Uma toalha mal cobrindo o seu colo farto, / Vejo o amor em seus olhos num doce lampejo.” “Mas a verdade que não quer calar / É que um artista não morre, / E não devia causar essa dor imensa, / Afinal deixou seu legado por toda parte, / E da vida apenas nos pede licença, / Pois agora vai mostrar a sua arte / Em outro tempo e lugar...” “Do lado de fora da minha janela / O teu rosto esmaecido me encara, / Um espectro nessa noite tão bela, / Cutucando a saudade que se escancara!” “Em meio às trevas, / Busco um sinal de luz, / Mas, nessas noites primevas, / Só a Escuridão se reproduz.” “Quando nasci, Deus Se pôs ao meu lado, / Olhando para aquele bebê no pequeno berço, / E cofiou Suas longas barbas brancas, / Indagando-se o que esperar de mim!” “Em algumas dessas noites, / Desço ao inferno, mas escapo; / Nem o demônio pode comigo, / Mas quando acordo, você ainda está morta! / Nesse meu pesadelo recorrente, / Será que algum dia eu acordo / Para uma realidade em que ainda tenho você?” “Em uma imensa nave / Vinda dos confins do espaço, / Os colonizadores chegaram, / Trazendo com eles a chave / Para a evolução genética” “Salva-me, Senhor, / Dessa limitação terrena, / Conceda-me asas angelicais, / Para do alto ver a extensão plena / De Teu infinito amor, / Que não me abandonará jamais!” “Sei que não tenho como lhe agradecer / Por me amar muito mais do que mereço, / E sobre minha escuridão estender sua luz, / Mas dedicarei o resto da vida a lhe dizer, / Mesmo não podendo retribuir o seu apreço, / Que louvarei para sempre seu doce nome: Jesus!” “Que sua mesa seja farta, / E sua alegria perdure, / Que seu amor nunca parta, / E não haja dor que o tempo não cure.” “Vou me comendo pelas beiradas, / Cada dia um pedaço, / Até não restar quase nada, / Exceto, talvez, alguns poemas, / Ou saudades em quem eu nem imaginava!” “Deus conosco foi bondoso, / Pois a felicidade mora neste lar, / No pior verão, no inverno mais rigoroso, / Conjugamos sempre o verbo Amar...” “Pois, nesse teu olhar, havia abismos, / Que num instante me engolfaram, / E, em tua boca, cruéis cataclismos, / Que por dentro quase me mataram!” “Depois do vendaval / Que devastou nossas vidas / Nada mais foi igual / Sobraram árvores destruídas / Onde antes fora um lar / E folhas murchas espalhadas / Onde antes brilhava o luar” “Num dia frio de outono, / Descobri o significado de abandono, / Pois de repente você se fora, / Deixando essa solidão assustadora!” “Juntaremos as flamas, numa grande explosão, / Quando nossos lábios se tocarem, / Num frêmito louco de pura paixão, / Quando nossos corpos ardentes se explorarem!” “When you love someone / How many battles you have to fight / To don’t end your life alone / After the world turn off your light?” “Hoje somos apenas cascas vazias, / Trocando palavras sem conteúdo, / Ou em silêncio nas noites sombrias, / O amor foi embora, e isto é tudo!” “Grito até que a voz fique rouca, / E a minha esperança ainda mais pouca, / Até que desisto e volto devagar / Pela noite que teima em lhe ocultar, / Nessa escuridão de neon revestida, / Nesse simulacro que chamam de vida...” “Pensei que não te esqueceria jamais, / Mas em ti, já quase não penso. / Em meus sonhos, não vives mais, / Desvaneceu-se aquele amor imenso...” “E não adianta depois ficar arrependida, / Pois palavras soltas não voltam atrás, / E ressoam na alma por toda uma vida, / Tristes fósforos que fazem explodir o gás!” “Game over / My lover / This is the end / And time will never mend / This broken heart / From you forever apart” “Observa enquanto derrubo os astros / Que à tua constelação me guiavam / Olha só como derrubo os mastros / Que nossos barcos no mesmo cais abrigavam “E, naquela noite trágica, / Que tão tristemente acabou, / Perdi minha varinha mágica, / E meu mundo de sonhos desmoronou...” “Mas eu, confesso que deixarei cair uma lágrima, / Porque tinham tudo para se espalharem como formigas / Por todo o espaço conhecido ou não, / E no entanto, jamais sairão de seu próprio planeta, / Porque não terão tempo para isto... / Quem sou, perguntas tu, com essa desconfiança no olhar? / Já me chamaram de muitos nomes, / Mas podes me chamar apenas de Eternidade...” “O vinho que você me deu de presente / Transformou-se em água rubra, / E daquela sua foto sorridente / Por motivo algum que eu descubra, / Você sumiu, e só restou o seu vulto...” “Conto histórias que invento, / Sopradas pelo vento, / Ou em minha mente enxertadas, / Talvez na memória implantadas, / Mas nunca foram minhas, / Apenas aparecem sozinhas, / Revelando-me sutis segredos / Que saem da ponta de meus dedos, / Mas nunca foram meus,” “Se você prestar atenção / Nas histórias que o vento conta / Com seu sibilar inconstante, / Que invade becos onde amantes se encontram, / Protegidos de olhos curiosos pela escuridão, / Colocando o desejo acima do perigo que os amedronta, / Conhecerá aventuras sopradas pelo som sibilante, / Histórias emocionadas de amantes que se reencontram,” “Esse autorretrato que pintei / Está faltando um pedaço! / Será que foi de propósito que deixei / Um buraco do lado esquerdo, ao lado do braço? / Será que o coração que lá devia estar fugiu / Daquela tela, assim como o meu escapou? / Por que não escondi aquela lágrima vil / Que de meus olhos enquanto pintava brotou?” “Por favor, dê um beijo neste pobre bardo, / Pois você sabe que em seus braços ardo, / Depois que Cupido me atirou um dardo, / E por isto eternamente sou um felizardo!” “E, na mesa carta do café da manhã, / Enquanto decoras uma fatia de mamão, / Fazes uma homessa para cumprires amanhã, / Para me deixares tonto de manta paixão!” “Você é a minha outra metade, / Mesmo sendo apenas uma fantasia, / Para mim você sempre será de verdade, / Mesmo sendo invenção de minha Poesia...” “Essa couraça que usas, / Com a qual te blindas / De relações confusas / E tristezas infindas, / É uma faca de dois gumes também,” “Por onde quer que eu ande, eu te vejo, / Soprando-me histórias que nunca ouvi, / De amantes perdidos de tanto desejo, / Em cidades distantes que nem conheci... / Depois de ter por tantos anos te satisfeito, / Narrando tantos poemas cheios de paixão, / Uma dúvida cruel invade meu peito: / Será que tu, Poesia, chorarás em meu caixão?” “O leão dorme à noite, / Morrendo de medo / De que sua leoa o açoite / Até que revele seu segredo, / Que ninguém sequer adivinha, / Pois no fundo ainda lhe dói / Aquele seu caso com a coelhinha / Que posou nua para a Playboy!” “Vou recolhendo os restos / De teus beijos desonestos / Que inspiram esses versos funestos / Vou assumindo os riscos / Retirando dos olhos esses ciscos / Entre hashtags e asteriscos” “E, quando se vê, já se está velho demais, / A vida passou na janela, e você nem viu, / Já é muito tarde, o amor não virá nunca mais, / O último vagão do trem da vida já partiu...” “Escrevi um poema confuso / Sobre o amor que tinha por ela, / Mas esse meu amor obtuso / Suicidou-se, pulando pela janela!” “Um verso suicida / Atirou-se na frente / De um amor desgovernado / Cansado da sua não-vida / Enlouqueceu de repente / Jogando letras para todo lado” “A Poesia que em mim habitava, / Deu um tempo e se afastou, / A luz que em meu olhar brilhava / Disse adeus e nunca mais voltou.” “Só por ti inventei rimas tão raras, / Que com o seu doce nome principiam, / Mas lindas como o voo síncrono das araras, / Com palavras que ainda nem existiam!” “E o tempo impiedoso, não sei o porquê, / Brinca com o que me restou de sanidade, / Pois tudo o que me deixou de você / Foi essa infinita saudade!” “Ser poeta é cultivar a arte / De se tornar ausente / Mesmo estando presente / Pois a Poesia está por toda parte / E de repente o convida / Sem qualquer motivo aparente / A tecer doces loas à vida / Ou àquela morena da esquina / Cuja risada o fascina” “Não reconheço esse rosto cansado / Que através do espelho me fita, / Será algum avatar de mim? / O que lhe terá provocado / Essa tristeza infinita, / Para parecer infeliz assim?” “Dê-me um pouco do seu nada, / Do amor que nunca me teve, / Mostre uma foto já quase apagada / De um lugar onde nunca esteve! / Conte-me histórias que não sabe, / Narre um filme que não assistiu, / Onde o amor nunca se acabe, / Em um mundo que nunca existiu...” “E o dragão de São Jorge me responde, / Piscando galhofeiro sob a luz do luar, / Que a vida morreu sob os trilhos do bonde / E o amor se escondeu nos abismos do mar...” “Os teares do Tempo tecem, tecem, / Urdindo para alterar versos e vidas, / Enquanto meus cabelos embranquecem, / Reabrindo minhas velhas feridas... / As engrenagens do Mundo giram, giram, / Ressuscitando antigas paixões, / Contra minha sanidade conspiram, / Despertando adormecidos vulcões...” “Foi o tempo, esse devorador de paixões, / Que para tão longe de mim a levou, / Deixando-me com esse memorial de ilusões, / Pois nunca mais você voltou...” “Preciso descobrir em algum instante, / Nessas dobras do Tempo que te levaram, / Por que tanto amor não foi o bastante, / Deixando essas reminiscências que nunca cessaram!” “O que farei ontem? / Será que amanhã eu era feliz, / Ou esperei que me contem / De onde virá essa cicatriz? / Eu te amava no ano que vem, / Mas o que será que aconteceu / Que de nós não sobrou um vintém / No futuro que há duas horas ocorreu?” “Até que muda de repente o clima / E a chuva molha a calçada / E encharca o meu violão / De tantos acordes adios / Carregados de paixão / Em terrenos baldios / Ou debaixo de janelas fechadas / Testemunhadas pela Lua e seu dragão” “Talvez eu me renda a termos uma despedida, / E me deixe ficar até que a noite acabe, / Mas não pense que vou ficar por toda a vida, / Talvez por um dia, um mês, um ano, quem sabe?” “Sob uma rua / Nua / Dessa cidade / Vaga essa lua / Crua / De saudade / E na verdade / Por muito que influa / E destrua / Minha sanidade / Essa ausência tua / Em meu olhar flutua / E em mim se perpetua / Pela eternidade” “Ando por aí, espalhando versos / Que causam emoção ou espanto, / Provocando sentimentos diversos, / Enquanto por você me encanto!” “Michelângelo também era um kartista incrível, / Crack em ambas as artes, pintor e escultor, / E adorei um mameluco chamado Salvador Dalí, / Entre outros extintores de vanguarda!” “Meu espírito flutua a quilômetros do chão, / Imaginando versos que meu cérebro fabrica, / E de vez em quando, é atropelado por um avião / Mas esse acidente para ele nada significa!” “Fui contem ao cinema, / Assistir a um filme dos Xingadores, / Grupo de heróis liderados pelo Homem de Berro, / Secundado por Thor, o Deus do Escovão, / Pelo gigante verde, o Incrível Truque, / Pelo adolescente Homem Piranha,” “Em ti, conheci esse amor, forte e bendito, / Que nossos corações rasga como uma seta, / Pois desde o início dos tempos estava escrito / Que o mais lindo amor seria entre uma deusa e um poeta!” “De uma vez por todas, encostei meu violão, / Deixando-o encostado no fundo de um armário, / Desolado, por não ter feito brotar nela a paixão / Debaixo da lua que a trocou por um amor imaginário!” “Oh, espelho onde vejo minha imagem pão triste, / Sempre com sucos estampados na face, / Liga-me: no mundo dos espelhos o amor existe, / Encontrarei alguém que tom amor me abrace?” “Entrei numa mala de aula cheia / De fofuras geométricas interessantes, / Resenhadas no quadro-negro retangular... / Havia alguns circos ligados em cadeia, / Ao brado de três cilindros equidistantes, / Em rima de uma estranha mesa triangular!” “Quando escrevo um poema, / Logo vem inspiração para outros dois, / Mas isto não chega a ser um problema, / Uma vez que, logo depois, / O que seria um, viram três, / Ou às vezes quatro ou mais,” “Talvez, dentro de alguns anos, / Eu permita publicar tal compêndio, / Carregado de muitos relatos profanos, / E amores quentes como um incêndio!” “Mesmo que nenhuma gota seja derramada, / Mas a tristeza penetra em seus genes, / E se impregna para sempre em seu olhar, / E ficarão na lembrança imagens perenes, / Que o tempo jamais conseguirá apagar...” “Fazem-se coisas estranhas / Com a Poesia, / Mas a mais estranha de todas / Foi quando a sorrir, / Dormindo, / Eu lhe disse adeus...” “A linda moça, com olhos sem donos, / Cujas palavras vinham em trancos, / Perguntou-me: “Afinal, o que são poetas?”! / Respondi, pois evito respostas diretas: / “Linda jovem, poetas são seres estranhos, / Que se distraem vendo a primavera / A brotar de seus outonos”...” “O uivo dos ventos me embaralha, / Meus pensamentos se tornam fragmentos / De versos em minha cabeleira grisalha, / Embranquecida pela sanha dos ventos.” “Why, por que me disseste / Que não soul nada do que pareço? / Say que falo às vezes muita tolice / Mas tool disseste coisas que não mereço!” “Escrevo rimas bélicas / Angélicas / Psicodélicas / Escrevo rimas satíricas / Empíricas / Líricas / Escrevo rimas proféticas / Frenéticas / Poéticas” “Meu ortopédico me receitou / Um tédio controlado de tarja preta / Pata que eu não fique louco / Por pausa de tua infinita ausência” “Em tua mata inculta, / Encondem-se doces delícias, / No fundo de uma gruta, / Que anseiam por minhas carícias...”



Olympus Livro Iv Pantheon


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-03-03

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50º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR Este é o 6º volume - com 300 poemas em cada um deles - da série Olympus, com 14 capítulos, cada um dedicado a um deus grego, todos eles publicados pelo Clube de Autores. A partir deste Livro IV, todos os volumes terão um capítulo para cada um dos deuses.



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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-10-12

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60º livro do autor das seguintes obras, todos elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO “Durou apenas alguns dias / A nossa aventura de amor, / Cheia de sonhos e alegrias, / E noites de vinho e furor...” “Depois disto, jamais / Eu voltei, / E nunca mais / Eu a amei, / Pois se partiu / A ligação que havia, / Naquela noite vil / Soube que não mais me queria...” “A lente do amor distorce / Retorce / Uma imagem retocada / Desfocada / Descolorida / Desfalecida / Como se vida tivesse / E o amor de volta trouxesse” “Por onde estiveres, meu amor te acompanha, / Em algum rincão dessa Galáxia imensa, / Mesmo em alguma estrela estranha, / Sentirás contigo a minha presença!” “Que atitude tomar para retomar a vida / Que havia antes desse sentimento opressor? / Como dominar essa sensação oprimida / Que começou com a visita do amor?” “O que é essa incrível magia / Que me faz sonhar contigo, com ardor, / Por que me despertas tanta Poesia? / Acho que chamam isto de amor...” “Foi apenas uma casualidade, / Confundir paixão com felicidade, / Talvez tenha sido uma crise da meia-idade, / Esse amor que nem sei se foi de verdade.” “Saudade é isto que me dói / De janeiro a dezembro, / Saudade é esta dor que me rói / Cada vez que de você eu me lembro...” “Você é a única estrela de minha constelação, / E até o fim da vida quero seguir navegando / Nesse seu olhar que transborda emoção, / Onde vivo me perdendo e me encontrando...” “E rastros de poemas deixou / Em seus caminhos, mas você nem nota, / Nem vê a lágrima que brota / De meus olhos, quando em você penso, / A cada vez que perco o bom senso,” “Estou por aqui, sem promessas, / Caminhando com você lado a lado, / Juntando em silêncio as peças / De seu gigantesco quebra-cabeça, / Que seguirá me torturando, / Esperando que algo aconteça,” “E vem aquele dia em que as máscaras caem / E o que parecia um amor tão lindo vem abaixo / Descobre-se que os antigos amantes se traem / E o violino Stradivarius era um contrabaixo!” “E de repente, só resta a saudade / A lembrar de momentos esquisitos, / Onde só um lado abriu a porta, / E a outra permaneceu fechada, / Mas de que afinal isto importa, / Quando se chega ao fim da estrada?” “E, quando chegar o outono, em julho, / Tomaremos, na piscina, aulas de mergulho, / Depois iremos para a praia em agosto, / Para eu encharcar de beijos seu rosto, / E ao começar o verão, em setembro, / Esquecerei seu aniversário, que nunca me lembro,” “Ao longe, vejo tua imagem, / Devagar outra vez se afastando, / Meu olhar em teu vulto naufraga, / Indo em direção ao portão de embarque, / Embarcando para a mais triste viagem, / De mim novamente se distanciando, / Marcando-me de novo essa chaga, / Que não há quem desmarque!” “Foi apenas um sonho de verão, / Que desaguou nesse inverno, / Narrado em uma triste canção / Guardada no bolso de meu terno.” “Desde o início de tudo / Estava escrito que serias o escudo / Contra todos os meus medos / Que escorrem através de meus dedos / Nessas estranhas noites solitárias / Entre tempestades contrárias / Que me enchem de pavor / Nessas madrugadas cheias de horror” “Que peça foi esta que a vida me pregou? / Como eu poderia esperar, jovem como era, / Toda aquela confusão que o amor provocou, / Todo o torvelinho que de mim estava à espera?” “Nessa estranha ampulheta / Que controla meus minutos de dor, / Gravaste com tua própria caneta / Um recado de teu bailado opressor...” “E agora, o que eu faço, / Depois de ficar tão lasso, / Tão a você entregue, / Por muito que negue, / Ainda que quisesse / Dizer que você não me enternece, / Mesmo que não queira / Ficar com você a vida inteira?” “Afinal, como esperar de ti tal reação, / Logo tu, que tanto me desprezavas? / Como poderia esperar despertar teu vulcão / E responderes que também me amavas?” “Don’t turn out the light / Let me see you at all / And your eyes’ bright / Will witness my fall” “E, no momento em que eu fizer menção de ir embora, / Será que deixarias que eu apenas me fosse? / Ou será que perguntarias, em meu ouvido, a que hora / Voltarei para provar desse teu veneno tão doce?” “O que pensava ser um amor perfeito / Estava cheio de imensas crateras, / E por isto naufragou desse jeito, / Soterrando todas as minhas quimeras.” “Por mim, você pode ir para o inferno, / Talvez arranje por lá um demônio, / Ou pode ir para a Antártida no inverno, / Ou sufocar sob a camada de ozônio!” “Nossos encontros são sempre assim / Combinamos para irmos ao cinema / Mas vou ver Tarantino em Berlim / E você Woody Allen em Ipanema” “Fui eu quem lhe fez uma serenata, / Disfarçando a voz para não saber que era eu! / Por que você me trata com uma chibata, / Será que não quer um louco para chamar de seu?” “Deixe que eu lhe conte histórias / De antigos amores famintos, / Que deixaram saudades ilusórias, / Enquanto aguço os meus instintos, / Pois o que sinto por você já é quase amor, / Mas não vá embora ainda, / Fique mais algumas horas, por favor, / Já lhe disse o quanto você é linda?” “Desse crime cruel não me arrependo, / Mas na cadeia do amor perdido, às vezes me prendo, / E enquanto isto, vou vivendo assim, / A vida toda tentando sepultar você dentro de mim...” “Quero lhe roubar um beijo valente, / Caliente, / Denso, / Imenso, / Que lhe invada as entranhas, / E revitalize sedes estranhas, / Tamanhas, / E em tuas suaves montanhas / Deixe arrepios / E vazios,” “Nessas memórias que vêm não sei de onde, / Percebo que nós dois crescemos juntos, / Brincando de amarelinha e pique-esconde, / Sempre a inventarmos novos assuntos, / Indo juntos à sessão de cinema, / Comendo pipoca e tomando refrigerante, / Aprendendo e recitando um lindo poema, / Abraçando-nos e gargalhando a cada instante.” “Que decote é esse como nunca vi igual? / Como pode um busto ser tão belo, / Encimado por esse teu olhar fatal, / E enfeitiçado por teu vestido amarelo?” “Definitivamente eu a quero, / Mas não sei dizer o quanto, / Só sei que isto é sincero, / Por muito que me cause espanto!” “Não é justo, ouvir as suas risadas, / Enquanto meus soluços disfarço, / Sem nem notar as minhas mirads, / Ou sequer o meu sorriso esparso.” “O ruim de ter esses momentos redivivos / É sofrer de novo os mesmos martírios, / Todos os fantasmas voltam a ficar vivos, / A paz que alcancei, trocada por velhos delírios...” “E depois, tiras a última peça / E não há mais nada que impeça / De nossos corpos juntarmos / E um no outro nos encaixarmos, / Num vaivém que a noite assiste, / Durante o qual nada mais existe, / Exceto nós dois.” “Depois, / Diáfana, / Divinal, / Deixou-se despir, / Despojada de dúvidas, / Desvendando-se, / Devorando-me, / Devagar, / Dilacerante, / Doida de desejo,” “Como pode entre nós resistir / Assim toda essa cumplicidade? / Como pode nesse mundo cruel existir / Um amor que não se verga à maior tempestade?” “Nossos insensatos corações, / Por diferentes razões, / Um ao outro se ofereceram, / Mas depois disto só padeceram, / Tentando resolver seus conflitos, / Calando no silêncio seus gritos,” “Por que ela teve de ir e não voltar, / E depois daquela noite não mais a vi, / Em qual estrela terá ido morar, / Será que sabe que nunca mais a esqueci?” “Ficaste pregada a mim como uma maldição. / Ou talvez seja apenas uma eternizada paixão, / Pois até hoje minhas noites escuras iluminas, / Para sempre impregnada em minhas retinas...” “Desde quando me beijaste / Com teu toque me enfeitiçaste / E acabei virando esse triste traste, / Mas como te esquecer, se em tudo ficaste?” “Quando o verão chegar, será que voltas, / Ou seguirás tua fuga, enquanto o mundo dá voltas? / Enquanto sigo minha sina, escrevendo versos, / Terás me esquecido, entre braços perversos?” “Onde / Você se esconde? / E dos trilhos do bonde / A solidão me responde, / E, esperando que a noite me sonde, / A Escuridão comigo se corresponde, / Mas, por muito que a saudade me ronde, / Sigo a lhe buscar não sei aonde, / Enquanto o amor brinca comigo de esconde-esconde...” “Depois daquela noite tão linda / O destino nos juntou / Demorou tanto a tua vinda / Mas o amor para sempre nos ligou” “Pois isto é que me diz o meu instinto, / Talvez meu olhar tenha sido traidor, / E não é só isto que por você eu sinto, / Mas, se quiser, pode chamar de amor!” “E agora eis-me aqui tão exposto / Com essas marcas de insônia no rosto / A te encarar perplexo / E a murmurar versos sem nexo / Mas agora é tarde demais / Pois não haverá nunca mais” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida.” “E nos alvoreceres ou nos ocasos / Abre a porteira para a próxima estrada / No fim da qual a felicidade reside / E a tristeza não tem mais lugar / Pois a sua paixão com a minha se divide / Num reino eterno onde o amor foi morar” Falemos sobre um filme do Tarantino, / Em que gastaram toneladas de sangue, / Sobre um parente que morreu de modo repentino, / Ou de uma baleia que encalhou num mangue!” “Vives atrás de mim, com o dedo em riste, / Procurando minha agenda secreta, / Sem saber que ela sequer existe, / Mas quem te mandou amar um poeta?” “Então nos entreolhamos, perplexos e ruborizados, / Você a me encarar, com um sorriso inseguro, / Porque a amizade entre nós era tudo que havia, / E perguntou, suavemente: por que demorou tanto?” “Mas não pode ser você que voltou! / Deve ser outra que usa o mesmo frasco, / E que soube dessa saudade que me devastou, / E está aqui a me lembrar do meu fiasco...” “Você não percebe meus olhares perdidos, / Quando você passa por mim requebrando, / Nem desconfia de meus sonhos proibidos, / E eles continuam, só não sei até quando!” “E o primeiro beijo acontece, / E faz tremerem nossas estruturas, / Como se fosse causado por uma prece / Que unisse num instante duas criaturas...” “Esses muros que entre nós se seguem / São praticamente intransponíveis, / Mas tuas lembranças me perseguem, / Daqueles nossos momentos incríveis!” “Nossa história teve início / E também um meio, / Mas nunca teve final, / E deixou esse indício / De um breve passeio / Pelo espaço sideral,” “Naquele dia, eu me salvei do incêndio, / Onde nosso amor em cinzas se transformou, / E depois disto, escrevi um compêndio, / Sobre essa tragédia, que tudo mudou!” “Mas é uma pena você não me querer ao seu lado, / Pois sei que no fundo de mim você gosta, / Mas não sei porque, não quer me ver nem pintado, / Você é um enigma para o qual não tenho resposta!” “Como esquecer teu corpo indomável, / De nossas noites de beijos e vinhos? / Como olvidar teu sorriso indecifrável, / Como arrancar de mim teus espinhos?” “É nesse teu olhar que eu me banho / Para me livrar das tristezas diárias / É nesse brilho que vejo o tamanho / Dessas tuas paixões incendiárias” “A tristeza não vai embora, / Seu amor é o remédio que me cura, / Mas essa solidão sempre me aflora, / E me diz que esse mal não tem cura...” “Quando pela primeira vez eu te vi, / Teu sorriso invadiu meu castelo, / Derrubando fossos e muralhas, / E indefeso, então eu me ofereci / Para defender o teu corpo tão belo / Contra todas as espadas e navalhas.” “Junte-se a mim para cultivarmos um amor imenso, / Vamos juntos descartar o bom senso, / Pois amar nem sempre traz felicidade, / E às vezes, a paixão se converte em saudade, / Quando o amor se quebra em pedaços, / Quando você se fere com os estilhaços” “A vida nos quis desse jeito, / Um ao outro fazendo companhia, / Nesse nosso amor tão perfeito, / Para sempre, eu e a Poesia...” “O que é este súbito mal / Que às vezes me acomete, / Quando te vejo chegando, / Com esse teu sorriso fatal? / O que significa isto afinal, / O que é esse fogo que me derrete, / Quando te vejo passar rebolando, / Mais abençoada do que o Santo Graal?” “Em um ambiente bucólico, / No interior de um templo católico, / Escrevi um poema melancólico, / Cheio de um teor simbólico.” “Como adivinhar que nesse interno deserto, / No qual és apenas um vulto errante, / A minha dor é espalhada pelos ventos, / E, cheio de alimento, morro de fome?” “Entre nós, existe um muro, / Que ergueste ao teu redor, / Para nós, já não há futuro, / Conheço cada tijolo de cor!” “Mas o que eu podia fazer, / Se em ti o meu olhar pernoita, / Tentando em vão te acender / O fogo que em meu peito se amoita, / Nessa paixão maldita que só faz doer?” “Por favor, não duvide / Desse amor enorme, / Que com muros colide / Nesse tempo disforme, / De relações instantâneas / Que mal captam um flagrante / E paixões momentâneas / Que só duram um instante.” “E quando você me toca, / Não me provoca arrepios, / Mas meu olhar se desloca / Para onde correm seus rios! / E quando você me sorri, / Enfim eu me arrrependo, / E confesso que menti, / Pois a você eu me rendo...” “E onde havia dois hoje há quatro / A tristeza foi só o que restou / E de nossa paixão de teatro / Só uma cortina rasgada ficou” “No instante em que nossos olhos se cruzaram, / Soube que era contigo ou com mais ninguém, / Quando nossos olhares mutuamente se encantaram, / E depois nunca mais me encantei com alguém!” “Sometimes when I’m waked / I follow dreaming of you, / And there you’re are naked / With your eyes of blue.” “Depois de uma noite eufórica, / E de um último beijo apaixonado, / Deixe-me dormir sob suas pupilas, / Iluminado pelo seu lindo sorriso! / E, se eu não despertar nunca mais, / Que jeito mais feliz de morrer...” “Há tantas nuances / Contidas em romances / Que pela vida se arrastam / De amantes que não se afastam / Entre idas e vindas / E esperanças infindas / Mensagens perdidas / Ligações interrompidas” “Nessa sinistra ciranda, / Parece que a vida espera que eu aprenda / Como me livrar dessa tristeza infinda, / O amor com minha solidão tirando onda, / Nessa desilusão tão profunda!” “Bailemos juntos por esse lindo salão / Onde a noite enluarada nos reuniu, / Nessas horas em que reina a paixão, / Numa oportunidade como nunca se viu.../ E, quando a alvorada nos separar, / Voltaremos a ser o que sempre fomos, / E nunca mais outra vez seremos um par, / Tão enamorados como hoje o somos...” “Hoje, o dia depois de ontem, / Sob as bênçãos desse lindo luar, / Aguardo que mansamente despontem / As lágrimas suaves que insistem em rolar, / Em cada noite solitária que se inicia, / Sem ter hora para terminar, / Depois de mais um longo dia, / Até que o Sol emerge do mar...” “Coloco minha melhor roupa para te ver, / Ponho um terno, passo perfume francês, / Mas sou como um livro que não queres ler / E passo despercebido de ti outra vez! / Mas não desisto, e continuo em vão a tentar, / Que um dia a te encarar teu olhar me flagre, / E com esses olhos cheios da magia do luar, / Leias enfim nos meus esse verdadeiro milagre!” “Descuidei de você, perdi seu amor, / E descobri apenas tarde demais, / Que o amor não passa de um predador, / Um navio que se recusa a deixar o cais!” “Ela me ouviu dando risada, / E quis saber se o motivo dessa alegria / Tinha alguma coisa de seu! / Respondi: queria que fosse por você provocada, / Como quis até ontem, em cada dia, / Só que nunca aconteceu! / Mas foi só um beijo apaixonado e ardente / Que a noite me deu de presente...” “E serei para sempre incompleto, / Tentando remendar esse pedaço sumido, / Que se foi, como se fosse um mero objeto, / Deixando para trás um coração ferido! / Nessa vida que desmoronou, / Minha desilusão anda em alta, / E você é o pedaço meu que falta / Pois se foi, e nunca mais voltou...” “Mas no fundo sei que não adianta / Fazer de conta que não te amo / Pois minha sede de ti é tanta / Que quando durmo eu te chamo / Inutilmente pois estás tão longe / Como seria possível estar / E minha sina parece a de um monge / Que fizesse preces a Deus e ao luar” “Só restou a saudade onde havia o amor, / E essa triste ausência de nós / Até que eu morra me assombra, / E talvez também me assombre depois! / Isto é terrivelmente assustador, / E me conduz a um fim atroz, / Num abismo onde fica essa sombra, / Que foi o que sobrou de nós dois!” “E foi assim que sempre vivemos, afinal: / Um barril de pólvora sempre a explodir, / Mesmo pelos mais insensatos motivos, / Agora aqui estamos, vendo a morte eclodir, / E este é o último instante em que estamos vivos, / E então você me beija, cravando-me o último punhal...” “Esse teu mágico olhar telepata / Todos os meus segredos desvendou, / E quando estamos juntos me arrebata / E confesso que, sem ti, nada sou...” “Talvez tenha sido num sonho poético, / Que acabou se tornando profético, / Pois aqui está você, para mim sorrindo, / Usando o seu sorriso mais lindo, / Com esse olhar cheio de promessas, / Encaixando com ele as últimas peças, / Depois de um período assustador, / De meu último quebra-cabeça de amor...” “Ali reprimidos, esperando que alguém tocasse / Com um olhar apenas aquele fogo na face, / Que em um instante inesperado se revela, / Quando surge da forma mais bela, / Puro, inocente, apenas uma crisálida, / Despertada da maneira mais cálida / Por um tão aguardado olhar sedutor, / Para se tornar a borboleta que chamam de amor...” “A paixão deixa cicatrizes como um açoite, / Que se compraz em deixar suas marcas, / O amor chega do mar junto com a noite, / E nos leva a passear em suas barcas...” “Onde foi que você deixou / A felicidade que me escondeu, / Para onde foi que você levou / O beijo de amor que nunca me deu? / Onde foi que você cravou / O prego que de meu peito recolheu, / Por onde foi que você espalhou / As folhas do livro que você nunca leu?” “Eu te amo, mas não te quero, / Sei que parece loucura, / Mas é assim que me sinto, / E nada acontece como espero, / Sua presença me tortura, / Longe de você fico faminto!” “E, nesse passeio lindo que saboreamos, / Faz de conta que sou o seu cavaleiro andante, / Cavalgando num dragão aéreo, / Enfrentando com coragem o uivo dos ventos, / Desfilando esse amor que se tornou um mito, / A bordo desse lindo balão etéreo, / Que desafia cumulus nimbus cinzentos, / E a leva sem destino rumo ao infinito...” “Ando tendo pensamentos impuros / Em relação a ela / Sonhando em vê-la em quartos escuros / E com sua lingerie amarela / Quem sabe se mostrar minha expertise / Em escrever poemas românticos / Ela se anime a me fazer um strip-tease / Seguido de beijos quânticos” “Não sei como curar essa cegueira, / Que faz com que você não note / Como vê-la me provoca uma tremedeira, / E que um novo poema de repente me brote...” “Esses pingos de chuva na janela / Sempre fazem que me recorde dela / E dos riscos molhados em sua face, / Esperando que seu amor retornasse.” “Porque este era o nosso destino / Inexplicável como os grandes amores o são / Quando não se acabam num desatino / Mas numa incontrolável paixão / Como essa nossa aventura em carne e osso / Cujas lembranças em mim para sempre ficaram / E por alguns dias saudosas marcas no pescoço / E outras na alma que nunca mais se apagaram” “É tua a culpa / Por meus olhos inchados, / Pela lassidão que ocupa / Os meus membros cansados. / São por tua causa / Esses poemas que escrevo, / Sem nenhuma pausa, / Onde minha dor descrevo.” “Quantos segredos precisarei descobrir? / Quantos brontossauros renascerão no mar, / Quantos unicórnios deverão ressurgir, / Quantos sonhos enterrará este sonhador, / Quantos poemas deverei escrever para ti somente? / Será que para ver brotar em ti o amor, / Será preciso que eu te reinvente?” “Esse nosso encontro, por Deus programado, / E não me olhe como se disto descresse, / Pois esse olhar fatal entre nós estava marcado / E um dia teria mesmo de acontecer, / Pois em meus sonhos eras onipresente, / E eu tinha certeza que um dia te encontraria, / E, hoje, que o céu te enviou para mim de presente, / Não negues que eu te encaixe para sempre em minha Poesia!” “Por que não me medicas / Com uma transa vibrante? / Por que não me suplicas / Para ser para sempre teu amante? / Por que não me replicas / Com um abraço sufocante? / Por que não classificas / De amor nossa aventura errante?” “Joguei para o ar tantas quimeras, / Que alçaram voo, e não voltaram, / Vi fugirem tantas primaveras, / Onde as flores que amava não voltaram...” “Nesses teus olhos cravejados de astros, / Meu olhar poético passeia, sonhador, / Tentando encontrar os doces rastros / De algum perdido rastilho de amor... / Mas esses teus olhos sedutores / Ocultam bem de mim seus segredos, / E parecem não perceber que são causadores / Dos versos que se derramam de meus dedos...” “Essa fonte que agora ouço murmurar / Versos e canções tão belas e tristes, / Descubro que de teus olhos está a jorrar, / Vertendo essa dor da qual não desistes. / E quando essa suave fonte seca, / Então o silêncio de novo impera, / E a noite estupefata vem e checa / Por que insistes nessa inútil espera.” “Em meio àquela tempestade terrível, / Aquele seu sorriso enorme me cativou, / E parei em sua frente, debaixo da chuva, / Olhando para você sem dizer nada, / Hipnotizado de uma forma incrível, / E comprovei que você me enfeitiçou, / Quando seu beijo me vestiu como uma luva, / E invadiu meus sonhos desde a sua chegada...” “E, ao fim desses loucos passeios, / Você me leva para o seu quarto, / E desnuda devagar os seus seios, / Dos quais jamais ficarei farto! / O mundo joga seus dados soturnos, / Enquanto a mim você se rende, / E, nesses nossos jogos noturnos, / A Poesia, ruborizada, conosco aprende!” “Por que você não deixa / De sugar todo o meu sangue, / Deixando-me assim exangue, / Murcho como uma ameixa?” “Pois fico atrás de você, submisso, / Esperando para você me dar mole, / Mas só você ainda não sabe disso, / Não vê meu olhar que a você engole, / Nem o meu sorriso de presa fácil, / Esperando a chance para lhe dar o bote, / E colocá-la como rainha em meu palácio, / Onde seu olhar brilhe como um archote,” “O Mal está por aí à espreita, / Os olhos dele são implacáveis, / A tragédia conosco se deita, / Nessas noites inexplicáveis! / Caçadores andam pelas noites / Atrás de suas presas humanas, / Amantes portam balas e açoites / Debaixo de suas camas profanas!” “Senti-me como se estivesse sonhando acordado, / Flutuando entre nuvens em plena rua, / No meio de um trânsito caótico e assustador, / Mas tudo o que via eras tu ao meu lado, / Encantando-me com cada risada tua! / Serão esses os sintomas do amor?” “Só tu me deixas assim, / Tão perto do abismo / E tão distante de mim; / E teus olhos cheios de lirismo / Os meus sonhos pervertem, / E para ti os leva, / Enquanto meus olhos vertem / Esse amor que me subleva” “Depois dessa noite, exaurida, / Você iria se arrepender / De nunca ter me querido em sua vida, / Até perceber o que iria perder. / Mas aí, já seria tarde demais, / Pois não quero com você ter um caso, / Apenas uma vez, depois nunca mais, / Mesmo se depois nos encontrarmos por acaso.” “Talvez um dia / Quando eu já houver partido / Você descubra os poemas proscritos / Onde lhe revelo todo o amor que sentia / Por esses versos frágeis vertido / Nos doces sentimentos por você ali descritos...” “Acreditarias se eu te confessasse / Que sou um escravo da saudade? / Corresponderias se eu te beijasse, / Como morro de vontade?” “Agora me repreendo, como posso ter sido / Desta forma tão cego e tolo, / Como pude não ter percebido / Aqueles teus tantos sinais? / Mas isto não me serve de consolo, / Pois não te verei nunca mais...” “Como duvidar que o amor existe / Se eu o vejo todos os dias? / Como duvidar que o amor resiste / Às tempestades mais sombrias?” “Arranjei uma nova tática / Para chamar a tua atenção / Mas não sei se é prática / E se tem alguma razão / Essa ideia errática / Que já me trouxe aflição / Pois depois que fizeste plástica / E ficaste com esse corpão / Mesmo com minha mente elástica / Corro o risco de levar um bofetão” “Qual é o teu doce mistério / Por que me encantas? / Eu que era tão sério, / Não sei porque me espantas / E em teu rastro me levas, / Como é que me fazes / Confrontar minhas trevas / Com teus olhos audazes?” “Kiss my lips / Like you never did / Make a little apocalypse / That you had always forbid” “Tudo o que me resta / É fazer de conta / Que não mais a quero, / Mas uma lágrima como esta / Que dos meus olhos desponta, / Tonta, revela que não sou sincero...” “Já não há mais chance de salvação, / Inoculamos raiva por simples contágio, / A insensatez tomou o lugar da razão, / Mesmo antes do derradeiro naufrágio!” “Adeus, meu derradeiro amor, rasgue esses versos, / Depois de ler esse desesperado e último apelo, / Uma triste despedida, antes dos dias perversos, / Pela frente, até que a morte encerre esse pesadelo!” “Mesmo que por esse beijo me condene, / Lembrarei dele eternamente, pois sei / Que será uma lembrança perene / Do único beijo que um dia lhe dei...” “Num instante se desfez em pó / Tudo o que entre nós existia, / E cada um de nós ficou só, / Como antes era tudo que havia!” “Quem sabe o remédio esteja ao meu alcance, / E baste um sorriso seu para me medicar, / Ou um olhar devastador, mesmo de relance, / Seja tudo de que preciso para me curar?” “Nunca te disse o quanto me encantas, / E sonho em juntar nossas línguas sedentas, / Para fazer com que por horas sintas / Todo o prazer que nunca me contas, / E responder o que não me perguntas...” “Onde mais eu poderia encontrar / Tanta força para me redimir? / Nos braços de quem iria acordar / Antes desse submarino partido submergir?” “Olhei para você e pedi desculpa, / E você respondeu que era só o destino / E que nenhum de nós dois tinha culpa, / Aquele brilho a jorrar de seu olhar cristalino! / Não percebi e nem liguei quando meu voo partiu, / De tão tomado que estava por tanta paixão, / Pois encontrei um amor como nunca se viu, / E tudo aconteceu num bendito esbarrão...” “E, nesses momentos onde fico tão frágil, / Tudo o que eu queria era lhe dar um abraço / E um beijo que lhe transmitisse amor por contágio, / E então lhe confessar que, sem você, nada faço!” “Vacinei-me um dia contra você, / Mas a vacina deu efeito contrário, / Pois as cepas inoculadas de seu vírus / Destruíram de uma vez, não sei porque, / Minhas defesas contra esse amor lendário, / Contra o qual foram inúteis juras e tiros!” “Vendi um pouco do amor que não tenho, / E entreguei apenas uma parte, / Pois do lugar de onde não venho, / Enganar é uma forma de arte.” “És para mim um enigma sem solução, / Não encontro a resposta para essa charada, / Sempre que me vês, dás sinais de irritação, / Mas quando não estou olhando, sinto tua mirada!” “E, quando éramos adolescentes, / Algo então começou a mudar, / Você já não era minha amiga somente, / Andávamos de mãos dadas sob o luar...”



A Nave Que Te Levou Para Longe


A Nave Que Te Levou Para Longe
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-07-01

A Nave Que Te Levou Para Longe written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-07-01 with Religion categories.


54º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM Alguns trechos: “Por onde estiveres, meu amor te acompanha, / Em algum rincão dessa Galáxia imensa, / Mesmo em alguma estrela estranha, / Sentirás contigo a minha presença!” “Talvez um dia / Quando eu já houver partido / Você descubra os poemas proscritos / Onde lhe revelo todo o amor que sentia / Por esses versos frágeis vertido / Nos doces sentimentos por você ali descritos...” “Onde foi que você trancou / A sete chaves o que já era seu, / Para onde foi a alegria que me arrancou, / Trocada por essa noite coberta de breu?” “Estou enclausurado numa torre de marfim, / Da qual você guarda a única chave, / O manche para conduzir minha nave / Pelo espaço sem fim de seus braços, / Dividindo com você meus espaços, / Cada vez mais profundos, / Onde navego em seus mundos,” “Em nossas noites de vinhos e queijos, / Provocas risos com teus casos engraçados, / E depois me enlouqueces com teus beijos, / E incendiamos a noite com nossos corpos colados!” “Como pode acontecer algo assim? / Só pode ter sido um milagre, / Para esse anjo passar tão perto de mim, / Cheio de sonhos, esperando algo que os deflagre!” “Amar não devia ser tão perigoso, / E nem nos torturar desse jeito, / Subjugando-nos como uma alma penada, / Jogando-nos num limbo pavoroso, / Um torniquete a comprimir nosso peito, / A nos assombrar até o fim da estrada...” “Tudo o que bagaço é por ti, meu amor, / Nesse raminho juntos que traçamos, / Sob a desproteção desse amor imenso, / Nesse roteiro prefeito do qual sou o autor!” “Estou por aqui, sem promessas, / Caminhando com você lado a lado, / Juntando em silêncio as peças / De seu gigantesco quebra-cabeça, / Que seguirá me torturando, / Esperando que algo aconteça,” “Será que acabarei indo parar num hospital? / Se for, quantos dias precisarei ficar internado, / Indefeso numa cama onde você não está, / Quanto tempo levará para voltar ao normal, / Será que algum dia poderei ser curado / Desse mal que torna sua ausência tudo o que há?” “Ao fim de mais uma madrugada insone, / Rolando de um lado para o outro na cama, / Esperando inutilmente tocar o maldito telefone / Inerme e silencioso, que quase nunca me chama, / Exceto para me cobrarem pelo que não devo,” “Por isto, declaro-me por fim derrotado, / E atiro em teu canto do ringue a toalha, / Não me verás mais aqui prostrado, / Desisto de escalar tua imensa muralha!” “Quando pela primeira vez eu te vi, / Teu sorriso invadiu meu castelo, / Derrubando fossos e muralhas, / E indefeso, então eu me ofereci / Para defender o teu corpo tão belo / Contra todas as espadas e navalhas.” “Vendi um pouco do amor que não tenho, / E entreguei apenas uma parte, / Pois do lugar de onde não venho, / Enganar é uma forma de arte.” “Xingas até a minha pobre cachorra, / Quando a vês passar, toda meiga, / Por que parece que queres que eu morra, / Enquanto te derretes como manteiga?” “Esse teu olhar me aprisiona / Dentro de tuas masmorras, / E exige que sejas minha dona / E minhas veredas percorras.” “E revelasses que eras tu, entre tantas, / Que irias despertar os sorrisos com que te encantas, / Ali reprimidos, esperando que alguém tocasse / Com um olhar apenas aquele fogo na face, / Que em um instante inesperado se revela, / Quando surge da forma mais bela, / Puro, inocente, apenas uma crisálida, / Despertada da maneira mais cálida / Por um tão aguardado olhar sedutor, / Para se tornar a borboleta que chamam de amor...” “Colocou a pasta do notebook no ombro, / E foi quando notou que sua cachorra querida / Olhava-o, no sofá da sala, com assombro, / E em seus olhos tristes, notou que ela sentia, / Com a certeza de sempre, sem explicação, / Que aquele seria mesmo o seu último dia, / E que nunca mais lhe daria carinhos nem ração...” “Nessa sinistra ciranda, / Parece que a vida espera que eu aprenda / Como me livrar dessa tristeza infinda, / O amor com minha solidão tirando onda, / Nessa desilusão tão profunda!” “O que foi que nos aconteceu, / Como deixamos chegar nesse estágio? / Como foi que tanto amor se perdeu, / Quem se salvará do naufrágio?” “Por que será tão difícil / Viver simplesmente em paz, / Sem o sangue que escorre pelo orifício / Do punhal que lhe cravaram por trás?” “Ainda a quero, / E pacientemente espero / Que saia de sua toca, / Onde seu desejo sufoca, / Sem deixá-lo aflorar, / Como um rio distante do mar, / Uma pintura barroca / Que sufoca sua boca, / De meus beijos reprimida, / Nesse simulacro de vida” “Não sabia do que éramos capazes / No amor que durou poucos meses / E deixou essas infames cicatrizes / Depois que se calaram nossas vozes / Porque agora não mais me seduzes” “Coloque uma pitada de perdão / Bem na ponta de seu dedo / Ou sairei correndo pelo portão / Para não lhe revelar meu segredo” “Quando estou nessas crises de tristeza, / Nem a Poesia consegue me libertar delas, / Ignoro até os presentes dados pela Natureza / Que põe em meu caminho as coisas mais belas!” “Teus olhos são um risco de luz, / Atravessando todos os universos, / E a eles docemente me conduz / O amor transformado nesses versos.” “Ela me ouviu dando risada, / E quis saber, brincando, se o motivo dessa alegria / Tinha alguma coisa de seu! / Respondi: queria que fosse por você provocada, / Como quis até ontem, em cada dia, / Só que nunca aconteceu! / Mas foi só um beijo apaixonado e ardente / Que a noite me deu de presente...” “Como assim, se ainda ontem me jurava amor, / E dizia que nunca me abandonaria, / Enquanto nos amávamos sem qualquer pudor, / E em seu corpo o êxtase explodia, / Entre beijos e abraços insanos, / Em mais uma noite encantada como tantas, / Como se não fôssemos apenas humanos, / Mas deuses em atividades quase santas?” “Nunca te disse o quanto me encantas, / E sonho em juntar nossas línguas sedentas, / Para fazer com que por horas sintas / Todo o prazer que nunca me contas, / E responder o que não me perguntas...” “De meus olhos uma Fátima escondida rolou, / Mas disfarcei que era só um Francisco, / Ficou Carlos que ela imediatamente notou, / Mas eu não Abadia correr nenhum risco!” “Quando me livrei de teu infinito desprezo, / Num sentimento de liberdade que se agiganta, / Soltei o grito que há tanto tempo estava preso, / Acorrentado às cordas vocais em minha garganta!” “Disse-lhe tudo o que não devia, / Sem pensar em machucá-la, / Mas era tudo o que eu queria, / Antes que me atingisse sua bala!” “Em teu beijo doce encontro paz / E inspiração para meus versos, / Pois todo esse carinho que me dás / Anima-me a atravessar dias perversos.” “Eu me perco em explorar teu vulcão / E o néctar dos deuses que dele brota, / E, ouvindo os teus gritos de paixão, / Minha inspiração arde e nunca se esgota!” “Nas ruínas de Notre Dame, / Dois fantasmas choram! / Quasímodo e Esmeralda / Não seguram as lágrimas / Com o teto desabado, / Cinzas por todos os lados, / Pinturas queimadas, / Vitrais destruídos, / Tesouros que se perderam, / Relíquias cristãs jogadas aos leões, / Um monumento que sangra, / Como sangramos todos nós / De tristeza e desolação!” “Esse vulto que no espelho me espreita / Parece comigo, mas não sou eu! / É igual a quem em minha cama se deita, / Mas é um espectro com o corpo que é meu.” “Um dia, eu lhe fiz uma homessa / De amá-la por toda a brida, / Mas pomo cumprir algo como essa / Invenção tão descabida?” “Aqueles teus olhares demolidores / Convidavam-me para uma aventura, / E aqueles sorrisos devastadores / Convidavam-me para uma loucura! / Mas não passou de um prenúncio, / Nunca chegamos ao finalmente, / E terminou sem qualquer anúncio, / Deixando esse vazio em minha mente!” “Algumas palavras soltam cometas / Que navegam pelo céu da boca / Revolucionam órbitas de planetas / E viram letras de uma música barroca” “Quanto tempo conseguirei resistir / Antes de para teus braços ser arrastado? / Até quais profundezas deverei submergir / Para em teu corpo não ficar naufragado?” “E então, virei essa sombra noturna, / A atravessar esses dias cinzentos / E a destilar essa Poesia soturna, / Dom Quixote lutando com seus cata-ventos...” “Fugi para muito além de mim, / Onde o espelho me sorria, / Longe dessas estradas sem fim, / Onde a solidão não me ouvia...” “Um amor novo é um espetáculo, / Mas, depois de um quarto de século, / Pode se tornar pequeno e ridículo, / Até ser necessário um binóculo / Para vê-lo, pois se torna minúsculo!” “Furei os botes salva-vidas, / E a âncora joguei no fundo do mar, / E minhas lágrimas fugidas / Espalhei entre as nuvens a passar... / Depois, nunca mais eu te vi, / Nem mesmo em fotografias, / E nada me restou de ti, / Exceto essas noites sombrias...” “E nessas guerras civis / Evocam-se deuses antigos: / Odin, Hórus, Ares ou Marte, / Que só querem aumentar suas tropas, / E fizeram da guerra uma estúpida arte, / Reis de espadas matam a dama de copas, / E decepam as cabeças inimigas, / Explodem templos cheios de fiéis / Como se não passassem de formigas,” “Que tortura é esta que me aplicas / De ficares assim tão distante? / Por que chegas mas não ficas / Por mais de um mero instante?” “Separamo-nos, sem palavras e afogueados, / E você me olhou, desse jeito tão puro, / Um brilho no olhar como há muito não via, / Deixando-o ainda mais cheio de encanto... / Então nos entreolhamos, perplexos e ruborizados, / Você a me encarar, com um sorriso inseguro, / Porque a amizade entre nós era tudo que havia, / E perguntou, suavemente: por que demorou tanto?” “Essa lágrima que você viu rolar / Não é minha, não foi de mim que saiu, / Deve ter sido mandada por esse luar / Lindo assim, como nunca se viu! / A tristeza que você pressente / Não é minha, alguém a plantou, / Mas fica por aí, toda saliente, / Como se fizesse parte do meu show!” “Assim é a vida, faz jorrar / Um milagre que não se espera, / E de onde não deveria brotar / A flor da mais linda quimera...” “Sometimes in the night / I dream of you, / I’m your armour knight / In our castle so true. / Sometimes when I’m waked / I follow dreaming of you, / And there you’re are naked / With your eyes of blue.”



Erotique 7


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-12-13

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82º livro do autor das seguintes obras, todas elas (exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO) publicadas no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS Alguns trechos: “E, bem distante no horizonte, / Reside essa fonte, / No final do arco-íris, / Que vejo em teu olhar ao sorrires, / Com essa meiga chama, / Que docemente me chama, / Para contigo descobrir / O que fazer, para com essas cores colorir, / Enchendo, com um espectro cheio de luzes, / O caminho no qual para o amor me conduzes...” “E, depois que formos embora, / De volta às nossas cotidianas lidas, / Tente se esquecer dessa hora, / A primeira do resto de nossas vidas!” “E depois, / Não importa o que haja, / Minha mente viaja / Levando os sentimentos / De volta àqueles momentos / Indecentes, / Excelentes, / De paixão incontida, / Em minutos que valem por uma vida...” “Drive me crazy / All through the night, / Use your Waze / To discover my ways, / And when you see my eyes bright, / Say you will love me for always” “Não sei que feitiço foi esse que me rogaste, / Mas, foi naquele dia em que chegaste, / Minha alma imortal se encantou pela tua, / Desde a primeira vez em que te vi toda nua...” “E hoje, que estamos distantes, / Com grande frequência me vejo, / Pensando em teus seios arfantes, / Pulsando de tanto desejo, / Enquanto rolávamos na cama, / E então a saudade de ti me liquefaz, / E permanece em mim esse antigo drama: / Como te esquecer, se comigo sempre estás?” “Teu corpo era meu templo, o meu era o teu, / E agora, depois de tantos anos distantes, / Meu coração sem ti virou um museu, / Cheio de lembranças tuas nessas noites errantes...” “Tu me olhas, teu olhar com essa cor inexplicável, / Depois de cair essa fortaleza antes inexpugnável, / E, do jeito doce como me fitas, / Liberas por fim aquelas palavras benditas: / “Te amo!”, e marco aquele dia em meu calendário / Como aquele em que recebi o melhor presente de aniversário!” “Depois disto, eu perco o sono, / E passo o resto da noite acordado, / Pensando sobre o teu legado, / Do qual herdei esse cruel abandono, / Tentando dormir em frios lençóis de cetim, / A pensar em ti nessas minhas noites sem fim!” “E, quanto mais te exploro, / Mais maravilhas descubro, / Entusiasmado, / Extasiado, / E mais por ti me enamoro, / Nesse inesquecível dia de Outubro...” “E esse teu brinquedo, / Que te dê alguns instantes de prazer / Será o nosso doce segredo, / Mesmo depois que eu morrer...” “Cruzemos os nossos co(r)pos suados, / Enquanto rolamos nessa cama imensa, / Ouvindo a música de nossas vidas... / Mergulhe em meus beijos apaixonados, / Maravilhe-me com sua nua presença, / Libere-me partes suas, antes proibidas!” “Foi no pior de meus dias, / Quando amaldiçoava todas as pandemias, / Que, como por mágica, você apareceu, / Com esse jeito especial todo seu, / E esse seu olhar pecaminoso, / Por trás da máscara um sorriso luminoso,” “Naquela mesma noite tivemos / Nosso contato imediato de 1º grau, / E não sei como foi que sobrevivemos / Àquele frisson, àquela loucura animal!” “Enquanto nos entretemos / Pela noite inteira, / Nesses movimentos blasfemos / Entre minha espada e tua caldeira, / O mundo simplesmente gira, / Sem prestar em nós atenção, / Arrastando em sua dança vampira / Amantes que talvez nunca mais se verão,” “Ando meio perplexo / Com seu jeito desconexo, / Que me atiça um complexo, / Mas, se você me dá um amplexo / E me esfrega em seguida o seu plexo, / Esqueço que às vezes lhe falta nexo, / E a você então fico conexo, / Retiro de você o acento circunflexo, / E ao fundo, no espelho convexo, / Vejo, lindamente nu, o seu reflexo, / Meu corpo vira então o seu anexo, / E tudo termina numa linda noite de sexo...” “Será que trocaremos beijos e juras, / Antes de cometermos doces loucuras, / Ou tudo se resumirá a esses dardos, / Dirfarçados nesses teus olhares-petardos?” “Quando eu te percorro, / Com minha língua sedenta, / Por cada vale e cada morro, / Novas carícias a paixão inventa...” “Em nossos encontros noturnos, / Aprisionas-me em tuas jaulas, / Pois te aproveitas de meus sonhos soturnos / Para de teus jogos eróticos me dares aulas!” “Sei que isto não faz sentido, / Porque toda vez é igual, / Pois com você me comovo, / Mas nosso amor é só um ruído, / Que somente me faz mal, / E você sempre me deixa de novo.” “Perdido a admirar de perto o teu corpo olímpico, / De repente, fiquei com um problema irônico, / Perplexo, senti um enorme aumento volumétrico. / Sem poder dissimular esse incidente fatídico, / Minhas pernas iniciaram um tremor telúrico, / Tentando disfarçar o meu volume homérico.” “E um vale que descubro orvalhado, / Apenas por estares aqui ao meu lado, / Entre lençóis macios e silentes, / Nessa aventura de procuras e encontros, / Gemidos, suspiros, ais e aís , / Onde eu me buscava e te achei, / Deliciosamente oferecida,” “Emaranhamos nossas sinas, / E descubro um novo universo, / Na música de teus gemidos, / Que suavemente me ataca / E ecoa em meus ouvidos, / Lembrando que minha carne é fraca, / Mas tu me embaralhas os sentidos, / Nessa noite que para sempre lembrarei, / Onde escalei os teus inescaláveis muros, / Deixando essas lembranças que guardarei / Por cada um dos meus dias futuros...” “Mas o tempo, esse vilão inexorável, / Atropelou nossas gêmeas luas, / Que agora giram em órbitas diferentes, / E não compartilham as mesmas ruas, / Nem aqueles antigos olhares indecentes...” “Não ficas às vezes os lençóis a morderes, / Ao perceberes que estás, como antes, encharcada, / Ao lembrares de nossos intensos prazeres, / Naquele distante inverno, / Em cada noite encantada, / Onde juramos tantas vezes amor eterno?” “No fim de tudo, tive o que queria, / Uma noite melhor do que jamais havia sonhado, / Mas o pior de tudo eu não imaginaria, / Pois agora sou eu que por ti estou enfeitiçado!” “Sem nenhuma batalha, / Você invadiu minhas entranhas, / Fez ruir minha última muralha, / Usando suas artimanhas, / Mas eu, já assim devassado, / Não sei de você nem de nada, / Pouco conheço de seu passado, / Sem nem mesmo havê-la beijado,” “Nossas bocas, uma na outra taradas, / Percorrem nossas íntimas veredas, / Em noites que valem por vidas, / E em tuas grutas tépidas me acomodas, / Enquanto se atracam nossas bocas carnudas!” “E agora, mudei por completo, / Pensei que tudo sabia de amor, / Mas agora virei o seu objeto / De gelo à mercê de seu calor, / Transbordante, / Irrecusável, / Palpitante, / Inenarrável,” “Put my hand on your breast / While we kiss for the first time, / Because life goes so fast / And my life poem never had a rhyme...” “Portanto, até que nos beijemos / Tanto tempo que dure minhas sedes, / Não deixarei você ir embora, / E o que rolar entre essas quatro paredes, / Ao doce som dessa trova de outrora, / Será testemunhado pelo dragão da Lua, / Que pela janela olha, indiscreto, / Encantado com você, toda nua, / A desvendar o que não mais é secreto!” “Acordei nesse momento desse devaneio exótico, / Voltando à realidade do meu mundo trágico, / Por tua presença outra vez mais ávido, / À espera do próximo sonho mágico...” “Perguntaste se eu estava sozinho, / E, diante da resposta positiva, / Se podias vir até o meu apartamento, / E chegaste com duas garrafas de vinho, / E quando abri a porta, te atiraste, lasciva, / Como se esperasses ansiosa por aquele momento!” “Pois em meus sonhos eu te revejo, / Nua e linda a me endoideceres, / Nesses sonhos quentes a me seduzires, / Em intermináveis horas de prazeres, / Com tua boca voraz a me sorrires, / Enquanto me devoras, / Loucos amantes a se abraçarem, / Sem ligarmos para o correr das horas,” “E, pela manhã, depois de uma doce reprise, / Ela me deixou no estacionamento, sorriu, tão bela, / E partiu, acenando, e por mais que isto me aterrorize, / Juro que vi sua Ferrari virar uma vassoura-foguete amarela!” “Mas, enquanto lá fora existe essa crise, / Dentro dessas paredes só há nós dois, / Mesmo que lá fora o mundo agonize, / Aqui dentro gritas, até o silêncio de depois!” “Mas isto jamais acontecerá, esses momentos são nossos, / E deles não esquecerei, enquanto o sangue em minhas veias correr, / Você estará sempre impregnada em mim, até os ossos, / Entranhada em minha alma, mesmo depois que eu morrer...” “Admiro os teus cabelos ruivos / Enquanto gemes / E delicio-me com teus uivos / Quando tremes / De prazer com meus carinhos / Que jamais esquecerás / E depois de meus doces caminhos / Nunca mais te ausentarás” “E depois, iremos andando de volta para casa, / Para que a bebedeira não nos atrapalhe, / Pois, depois de tanto tempo sem nos tocarmos, / Por medo de contágio ou de coisa pior, / Jogaremos na cama os nossos corpos em brasa, / E percorrerei de teu corpo cada detalhe, / Até que o dia raie a nos amarmos, / Deixando o amor se mostrar em nosso suor...” “Quando meus dedos / Tímidos / Esquálidos / Pálidos / Invadem teus segredos / Úmidos / Tremes / Gemes / Urras / Sussurras / Em meus ouvidos / Gemidos / Roucos / Loucos” “De qual cor é o teu preferido pecado, / Que dirás depois que tuas roupas desceres, / Qual é a senha do Wi-Fi de teu coração? / E, quando amanhã acordares, / Ao meu lado nesse macio colchão, / Será que terei me afogado em teus mares?” “Qualquer noite dessas, / Depois que nos desatracarmos, / Após por horas nos amarmos, / Como sempre sem pressa, / Talvez eu lhe confidencie / Algumas antigas reminiscências, / E talvez então você silencie / E mergulhe em minhas confidências,” “Mas acho que ainda é cedo / Para cair em tuas tentações, / Mas no fundo, morro de medo, / De me viciar em teus vulcões!” “E depois, ao final do programa, / Sugere que eu a acompanhe, / Para terminarmos a noite em sua casa, / E, depois de um beijo, confessa que me ama, / E, enquanto tomamos champagne, / Seduz-me, com seus lábios em brasa?” “O que te apaixona em mim, / Que te faz voltar todas as noites / Para seres aprisionada assim, / À mercê de algemas e açoites, / E chibatas que ferem teu dorso? / Será que não tens nenhum medo, / Ou sequer algum remorso, / E escondes do mundo esse segredo?” “Depois de alguns encontros / E tantos desencontros, / Finalmente chegamos a este quarto, / Eu, a olhar o teu colo farto, / Que teu vestido mal escondia, / Alimentando a minha Poesia, / Que jorrava sem cessar, / A minha ânsia de te amar...” “Por toda uma noite densa / Imensa / E num terno jogo / Apagar o teu fogo / E entre carícias / E delícias / Sensuais / Descobrir teus pontos cardeais / E contigo conjugar / Todos os tempos do verbo amar” “Como não lembrar daquelas noites insanas, / Em que ficamos horas na cama a rolarmos, / A compartilharmos nossas membranas, / Entre beijos e juras a nos amarmos?” “Quando navego em teu meigo olhar, / Magicamente me teletransportas / Para esse teu encantado mundo, / Que habita no interior de um quasar, / E, naquele mundo em teu azul profundo, / Para mim se abrem todas as portas, / E docemente em ti me acolhes,” “Foi naquele beijo incandescente, / Pelo qual esperava há muitos meses, / Quando ela me pediu perdão pelo descaso, / Minha boca a saborear sua língua fremente, / Que entendi que foram necessárias três vezes, / Para ela saber que não me encontrou por acaso...”



Olympus Livro 1 Eros 2 Parte


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Release Date : 2017-12-31

Olympus Livro 1 Eros 2 Parte written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2017-12-31 with Religion categories.


32º livro do autor. OLYMPUS é uma coletânea de poemas do autor, divididos em 14 capítulos, cada um deles representado por uma divindade da mitologia grega: Eros, Morpheus, Aphrodite, Poseidon, Hades, Erebus, Zeus, Hera, Gaia, Ares, Athena, Chronos, Apollo e Arthemis. Os temas dos poemas apresentados em cada capítulo têm a ver com a divindade que dá título ao mesmo. Este é o 2º volume do capítulo dedicado a Eros, o deus do Amor, com 300 poemas. Os outros 2 volumes, igualmente com 300 poemas (ao todo, 900 poemas), também já estão disponíveis no Clube de Autores.