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Olympus Livro Vi Parthenon


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-01-26

Olympus Livro Vi Parthenon written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-01-26 with Religion categories.


65º livro do autor das seguintes obras, todos elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V - THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU Alguns trechos: “Apostei, já sabendo que perderia! / Como vencer aquela aposta iludida, / Pois, se te amo, como poderia, / Te esquecer pelo resto da vida?” “Ontem, perguntei ao vento / Se ela acaso gosta de mim, / Mas no mesmo momento, / Ele parou de soprar no jardim!” “E daquele nosso amor desalmado / Acendi com destemor a última pira / E mandei de volta ao passado / Toda aquela nossa paixão vampira” “A verdade que não quer calar / É que eu te amo / Pelas noites a te buscar / Mas não reclamo” “Vivo atormentado por teus acidentes topográficos, / Vales, montanhas, morros e cavernas, / Os quais percorro em meus sonhos mágicos, / Ou em minhas fantasias eternas!” “Dissimulo, assobiando um adágio, / Uma peça clássica com raro esplendor, / Para disfarçar os rastros do naufrágio / No qual submergiu o nosso amor.” “Recorda-te de nossas noites insones, / Um no outro buscando prazeres, / Nossas bocas trocando ciclones, / E entre gritos os lençóis a morderes?” “Nossas almas se adoram / Amantes há tantas eras / E uma pela outra imploram / Cansadas de tantas esperas” “E, quando ouvir a imensidão de meus versos, / Tantos deles dedicados à minha infinita paixão, / Saberá que nossos caminhos não podem ser diversos, / E enlace com seus suaves dedos a minha mão...” “Sei que parece loucura / Insistir nessa paixão obscura, / Que não me leva a lugar algum. / Sei que sou apenas mais um / Candidato a ser esquecido, / Outra paixão sem sentido,” “Quando vi em seu negro olhar / Que chegara a hora de mais um adeus / Inexplicável, / Imensurável, / Desta vez nada disse, / Pois o que havia a dizer / Depois de tantas vezes, / Tantas partidas, / Tantas lágrimas, / Tantas despedidas?” “Aquele seu olhar / Maléfico e azedo / Doeu como um tiro no peito / Que me arrancasse um segredo / Que eu não quisesse revelar” “Em uma noite, vivemos uma vida, / Mesmo que isto nem fosse preciso, / Pois seu amor é a mais rica jazida / Escondendo pepitas de ouro em seu sorriso.” “Você é muito grande para minha raquete, / Como é que eu poderia assumir esse amor? / Você anda de Rolls Royce, e eu de charrete, / Jamais passei de um infeliz sofredor.” “Ela se foi, mas deixou suas marcas: / Fotografias, cartas e seus discos, / Guardados no fundo de velhas arcas, / Junto com alguns de meus rabiscos, / Que acabei convertendo em poemas / Ou letras de músicas melosas, / Com o amor rolando entre os fonemas, / E a paixão, entre os versos e prosas.” “Foi de repente que fiquei triste, / Quando vi o seu dedo em riste, / E eu que pensava então ser feliz / Ganhei essa infame cicatriz.” “Mas a verdade que todos sabem, / Até a torcida do Flamengo sabia, / E somente eu fazia de conta que não, / É que já estou há muito apaixonado.” “E, quando você me olhar meio confusa, / Vou lhe dizer que sou poeta, e você, minha musa, / E há muito tempo venho sozinho ensaiando / Como lhe dizer que com você vivo sonhando!” “E à noite, quando chego para te ver, / Jogas-te em meus braços, cheia de saudade, / Como se só depois de anos me pudesses rever, / Nesse nosso sonho, de mãos dadas com a felicidade...” “Os dias passam, sem deixarem vestígios, / Um atrás do outro, em sucessão litúrgica, / Minhas tristezas são verdadeiros prodígios, / Que se sucedem, com precisão cirúrgica!” “Não és mais tu que aqui estás, / Vejo somente uma sombra crua, / E me pergunto se acaso estarás / Aprisionada numa arcana alma tua?” “Confesso que sempre me lembro, / Entre janeiro e dezembro, / Com um cálice de cabernet, / De meus encontros com você,” “Essa saudade de você me alucina, / Meu calhambeque ficou sem gasolina, / Minha canoa furada afundou em um dique, / O navio onde embarquei foi a pique, / Essa tristeza sem fim me arrebata, / E, no rio de minha vida, secou a última cascata...” “E vamos vivendo nesse caos, / Resta sabermos até quando / Durarão esses tantos dias maus / Que entre nós vão se acumulando!” “Mas a palavra maldita ainda bailava até mim, / E por isto cheguei ao meu limite, / E então congelei o espaço sem fim, / Até o dia em que Deus ressuscite...” “Sendo assim, estou fora desse teu jogo, / Bem que eu queria de tua vida fazer parte, / Mas já me cansei de brincar assim com fogo, / Mesmo que sejas essa verdadeira obra de arte!” “E, na manhã seguinte, quando acordo, / Estás a me sorrir, com lágrimas no olhar, / E toda aquela tua doçura a bordo / Aumenta mais ainda a certeza de te amar...” “Como evitar de lhe mandar um post pelo Whatsapp, / Emoldurando um lindo poema que para você escrevi, / Pois tenho que impedir que você me escape, / E desde aquele dia, não sei como até hoje sobrevivi?” “Lembra-te de nossas mãos entrelaçadas, / E de nossos beijos apaixonados, / De nossas infinitas madrugadas / E de nossos corpos fatigados, / Do amor imenso que entre nós havia, / De nossas viagens pelo mundo afora, / E do rombo que deixaste em minha Poesia / Naquele instante em que foste embora...” “Esta noite não conseguirei dormir mesmo, / E assim sendo, ainda bem que aceitaste o convite, / Para percorrermos pela noite bares a esmo, / Experimentando drinques, e depois, em minha suíte, / Abrirmos uma garrafa de uísque de 18 anos, / Que nos deixe relaxados, para fazermos confissões, / E, enquanto despes de teu corpo esses panos, / Falemos sobre drinques, versos e paixões,” “És tão linda / Que me amedrontas / Em qualquer dia da semana / E nessa batalha infinda / Perco sempre as contas / Das vezes em que a vida me engana” “Não me perguntes o motivo, / Já que não o sei, / Tudo que sei é que te quero, / Enquanto ainda for vivo, / E recordar o beijo que não te dei, / Mas meu amor é sincero!” “Talvez quando eu me tornar anjo, / De minha boca saiam cânticos / De amor cósmico ou divino. / Mas agora apenas digo que te amo, / E sempre velarei por ti, / Muito menos do que velas por mim, / Mas és um anjo em forma humana, / Que Deus colocou em meu caminho” “O governo baixou vários decretos, / E um entre eles, condenou amores secretos / E um outro, proibiu poemas clandestinos! / E agora, que o governo coibiu versos cretinos, / Como vou cantar esse nosso amor proibido?” “E isto parece que foi até feitiçaria, / Pois no momento em que te vi, fui flechado / Por uma invisível flecha, obra da Poesia, / E desde então por você fui fisgado!” “Às vezes, noto seu olhar de soslaio, / Quando pensa que não estou olhando, / E em outras, a te encarar me distraio, / Com nós dois bem juntos fantasiando!” “Adeus, meu ex-amor, seja feliz, / Não tenha remorso pelo que tivemos, / Não deixe em seu coração uma cicatriz / Ocupar o lugar do amor que já não temos...” “Ora, pois! / A vida não nos leva a lugar nenhum, / Onde éramos dois, / Agora só resta um, / Alquebrado, / Partido, / Derrotado, / Perdido,” “E meu velho violão solitário me olha, / Em seu canto, desolado e mudo, / Lamentando o pranto que meu rosto molha, / Pois ela se foi, e isto é tudo...” “E, ao raiar de uma linda manhã de agosto, / Quando de êxtases já estiver saciada, / Faça um carinho suave em meu rosto, / Comece junto de mim uma nova jornada...” “Ao entardecer, quando o Sol se escondeu, / Não sei porque, lembrei-me de tuas curvas, / Então, por algum tempo meu olhar se perdeu / Entre as fotos que sobraram daquelas noites turvas!” “E os muros que entre nós se erguiam / Seguiam firmes e intransponíveis / E nada que eu acaso fizesse / Moveu neles sequer um tijolo” “Onde é que te escondias / Que até hoje não havia te visto? / Em quais esquinas sombrias / Desfilava esse espetáculo que assisto?” “Espalho entre os postes cartazes, / Declarando o meu perdido amor, / Como a Lua, mudo de fases, / Quando te vejo, encho-me de rubor!” “Ando farto / De visitar seu quarto / Onde o silêncio impera, / E depois de uns abraços / Voltar aos espaços / Onde a solidão me espera!” “Vou colhendo / Os frutos dessa paixão encantada / Sempre escrevendo / Versos dessa incrível jornada” “I know you are gone, / But you stayed here in my heart / Your photos are on my phone / And our souls will never part.” “Qual não foi então a minha surpresa / Quando aquele beijo criou várias crias, / E toda aquela paixão que andava presa, / Encontrou guarida em nossas bocas macias!” “Você é minha musa, o meu amparo, / E em seu olhar doce eu me alimento, / Sob as bênçãos de seu sorriso tão raro, / A cada novo dia, eu me reinvento!” “Essa esmaecida fotografia / Em que você me sorria / Com estrelas a brilhar / No fundo de seu olhar / Causou-me um choque” “Metade de mim te ama, / E a outra metade também! / Um terço de mim te chama / Para seres para sempre o meu bem, / E um quarto de mim deseja / Te levar para um erótico quarto / Onde um quinto de mim te veja, / Nua a mostrar teu colo farto,” “Em vez de respostas / Deixaste-me fraturas / Expostas / Sem curas / E rupturas / Obscuras / Em meio às trevas / Primevas / Para onde me levas” “Pois esses ritmos modernos de rap e funk, / Ou do bendito sertanejo universitário, / Fazem meus peixinhos pularem do tanque, / E o relógio rodar ao contrário!” “Que amor é este que se atreve, / Sem nem mesmo pedir licença, / A invadir picos cheios de neve, / Aquecendo a noite, com essa febre imensa?” “Sei que esta é uma paixão funesta, / E tudo que me resta é enlouquecer, / Então me diga como sair desta, / Como é que faço para te esquecer?” “Por que você dispara / Sobre mim esse sorriso que adultera / Esse meu coração que suspira / Depois que você vai embora / E leva junto esse olhar que fulgura?” “Contigo já não me importo, / Foi apenas um sonho mau, / Mas será que foi tão ruim, / Ou essa lágrima que aborto, / A qual disfarço tão mal, / É porque ficaste dentro de mim?” “Já nem ligo para essa quarentena / Sua frigidez entortou meu chassis / Seu silêncio estragou minha antena / E seu perfume entupiu meu nariz” “E quem sabe assim me apaixone / Pois vê-la ao vivo deve ser incrível, / Já que sua foto queimou meu fusível / E deixou-me assim meio sem energia, / Provocando-me uma doce fantasia / De bailarmos juntos por um salão,” “Essas lágrimas solitárias, / Que de meus olhos fogem, / Desafiam a minha dor, / Que nem as viu cair.” “Distribuí os seus discos, / E queimei os lindos versos / Que um dia para você escrevi, / Esses simples rabiscos, / Com sentimentos diversos / Que eu nunca resolvi...” “Mas me escondi atrás de um disfarce, / E nem te mostrei os versos que para ti escrevi, / E, numa verdadeira catarse, / Desnudarei o que me vai por dentro, / Mostrando-lhe o meu poema mais revelador, / Onde você está bem no centro / De minha mais linda história de amor...” “Coloquei um drone a filmar, / Do lado de fora de tua janela, / Para teus novos segredos desvendar! / Mas o que o vídeo me revela / Confirma o que eu mais temia, / Pois não estás mais sozinha...” “As árvores no outono perdem as folhas, / Enquanto me arrependo de minhas escolhas, / Por amar quem nem nota que existo, / Mas mesmo assim eu ainda insisto!” “Como pode uma simples cachorra ser tão doce, / E provocar sorrisos com sua simples presença, / Agindo como se um ser humano fosse, / Com esse amor tão dócil e essa paixão imensa?” “Terá ficado arranhada a minha imagem, / E por isto estou agora nesse degredo? / Será que foi culpa daquela mensagem, / Que confessava um inconfessável segredo?” “Não quero que te redimas / Por tripudiares de minhas rimas, / E também não quero criar neologismos / Para meus versos invadirem teus abismos!” “Nada mais faz sequer diferença. / Tudo o que ficou foram escombros, / Abraçados com essa saudade imensa, / Uma tonelada de dor sobre os ombros!” “Nossa história não deu liga, / Apesar do início avassalador, / Mas o que mais me intriga / É porque não surgiu o amor, / Pois abriste a porta de teus luares / Para se mesclarem com o meu olhar,” “O inverno gelado chegou / Com inacreditáveis tempestades / E depois que meu sangue congelou / Tudo o que restou foram saudades” “E, depois de veres o estrago que me causaste, / E de provares o sabor de minha boca sedenta, / Ao sentires teus seios arfarem porque me beijaste, / Saberás que o amor chegou, ao fim dessa tarde cinzenta!” “Meu náufrago coração, / Bailando ao sabor de teus ventos, / Entoa uma triste canção, / Por onde jorram os seus sentimentos, / Inúteis, desperdiçados, / Pois batem contra tuas paredes, / E se despedaçam, quebrados, / Pedaços presos em tuas redes,” “We’ll watchin’ life passing by / My hand interlaced with your hand / And our love will never die / And our story will never end” “Nossos caminhos se cruzaram / E se identificaram, / Se enredaram, / Se enroscaram, / Se emaranharam, / Se encantaram, / Se apaixonaram, / Se eternizaram / E nunca mais se separaram!” “Mas este mundo, de perfeito, nada tem, / E, por isto, vamos levando adiante esta vida, / Subindo e descendo, nas estações desse trem, / Até que chegue o dia da derradeira partida...” “Nesse cosmos em miniatura voam cometas, / Pulsares imensos que atraem minha matéria, / Circulam em volta de tuas pupilas lindos planetas, / Piscam para mim asteroides de antimatéria!” “Todas as vezes em que você me fita / Com essa paixão no olhar impressa, / Sinto na alma que a Poesia é infinita, / E o amor que lhe dou, a mim regressa...” “E, depois de algum tempo, sumiram, / E nunca mais ninguém os viu na cidade, / Dizem que para as estrelas se evadiram, / E foram se amar, junto à Eternidade...” “Quando li o seu bilhete, / Extraordinário, / Adicionei um verbete / Ao meu dicionário.” “Fui eu quem me fiz mistério / E te convidei para me desvendar / Oferecendo-te meu espaço aéreo / Para que ousasses me decifrar” “Mas, quando dei por mim, / Já não havia seus rastros, / O sonho sumiu no jardim, / Ou se escondeu entre os astros!” “Mas, nas noites seguintes, lá estávamos de novo a voar, / E como no primeiro sonho, outra vez eu te possuía, / Depois de voarmos, naquela piscina, tão junto de mim, / Era como se fosses de verdade, ali a me amar, / Naquele sonho realizado, que era pura Poesia, / E estivéssemos para sempre juntos, pelas noites sem fim...” “Sou poeticamente teu, / E mesmo que nem existas, / Teu corpo se enrosca no meu, / Em posições nunca vistas!” “Sonhei contigo esta noite, / E no sonho eu te beijei! / Que sonho estranho / E sem qualquer sentido, / Pois eu nem te amo, / Ou será que amo e nem sei?” “Ou será que terminarás confessando / Que acreditas nesse estranho amor, / E que tínhamos que acabar nos encontrando, / Pois de teus sonhos eu também era invasor?” “E enquanto ardes em chamas, / De novo pergunto se me amas, / E, antes mesmo que respondas, / Um novo êxtase chega em ondas, / E, no olhar que deixa tua alma exposta, / Recebo a tua mais sincera resposta!” “E, depois que formos embora, / De volta às nossas cotidianas lidas, / Tente se esquecer dessa hora, / A primeira do resto de nossas vidas!” “Bendita sejas / Pela devassidão / Com que meu corpo desejas, / Por esse olhar cheio de paixão, / E quando nos tocamos / Um frêmito nos arrepia, / Até quando nos beijamos, / Nesse beijo cheio de magia!” “E depois suavemente comigo se emaranhe, / Por uma noite inteira me cavalgue furiosa, / Durante os êxtases minhas costas arranhe, / E em meu peito se aninhe depois, toda dengosa.” “Diga que meu lirismo a enleva, / E que entende as subliminares mensagens, / E que a sensualidade de meus versos a resgata / Dos terrores em suas noites insones, / E, sem aviso, encharca as suas entranhas, / Causando-lhe prazeres que nem conhecia, / Provocando-lhe doces ciclones / E sedes inconfessáveis e estranhas, / Como se de repente se tornasse uma vadia!” “E, quando de paixão me olhas e urras, / Enquanto me cavalgas em êxtases profundos, / Mal consigo acreditar quando me sussurras / Que finalmente se mesclaram nossos mundos...” “E vamos nós dois assim, / Cumprindo a nossa sina, / Curtindo-nos aos poucos, / Em cada fantasia, em cada tara, / Nesse desejo sem fim / E nessa febre que nos alucina, / Amando-nos como loucos, / Enquanto o relógio não nos separa...” “E depois, bem mais tarde, tudo então fez sentido, / Quando te revelaste uma amante insaciável, / Derrubando aquele muro ante mim erguido, / Tornando-me escravo de teu desejo imensurável...” “Abraçados, caminhamos para a saída, / Abro a porta do carro, e entras, sorrindo, / Onde foi que te esconderas por toda a vida, / Como foi que nunca vi esse sorriso lindo?” “Numa inusitada tática, / Disse àquela cientista tão bela, / Que pôs o meu olhar em sentinela, / Que eu era tarado em Matemática, / E propus fazermos um jogo geométrico / De nos reunirmos em um retângulo, / Olhando-nos num espelho simétrico, / Que, explorando o seu melhor ângulo, / Deixasse meu cilindro, elevado ao ápice, / Enroscar-se em seu triângulo, / Enquanto tomássemos vinho em um cálice, / E minha hipotenusa beijasse os seus catetos!” “Quando caímos nos lençóis de seda, / Deliciosamente abraçados, / Eu te exploro cada vereda, / Enquanto sussurras de prazer, / E nem ouves a música de fundo, / E entre meus braços, a se derreter, / Teu corpo imerge num êxtase profundo,” “E depois do último êxtase, enfim saciada, / Tu me olhas e perguntas onde me escondia, / Respondo que para ti eu deixara guardada / A mais linda estrofe da minha Poesia...” “E, quando já saciada / Daquela tua inusitada fome, / Tu me olhaste, extasiada, / E afinal perguntaste meu nome, / E li em teus olhos sinceros, / Que, num átimo, estavas apaixonada, / Só então revelei que meu nome é Eros...” “Um olhar voador não identificado / Viajou de encontro ao meu sorriso, / E, naquele voo com destino marcado, / Meu purgatório encontrou o seu paraíso!” “Não me atrapalhe, / Tenho urgência, / Tantos sonhos para viver, / Tantos poemas para escrever!” “Invada meus sonhos, quando eu estiver dormindo, / E veja como você se encaixa tão bem em alguns, / E quando eu acordar, abrace-me sorrindo, / E deixe-me louco, com posições incomuns!” “Nos vastos oceanos onde naveguei, / Procurando amor onde não havia, / Foram só naufrágios onde nada guardei, / Só restaram versos, nessa mochila vazia!” “Percorro tuas correntes / À mercê de ondas velozes / E nessas horas ardentes / Submerjo em teus lábios ferozes” “E as minhas fogueiras acendes, / Por mais alguns longos minutos, / A saborear os teus frutos, / Entre êxtases e beijos profanos, / A mergulhar em teus oceanos, / Tateando no escuro às cegas, / Enquanto sem pudor te entregas, / Ensinando-me a contigo conjugar / As delícias sem fim do verbo amar...” “Percorro tuas suaves planícies / E escalo teus túrgidos montes, / E enquanto exploro tuas superfícies, / O suor escorre de nossas frontes!” “Como um Titanic moderno, nosso amor foi a pique, / E hoje dele não restou sequer um vestígio, / Uma tempestade bravia rompeu nosso dique, / Explodiu pelos ares o amor que parecia um prodígio!” “Como chegamos nesse ponto, / A essa dor que não tem cura, / E ao final desse triste conto, / Que o oceano do tempo não cura?” “Sei que, dentro de alguns anos, / Relerás os versos que lhe dediquei, / E de teus olhos escorrerão oceanos, / Quando perceberes quanto amor eu te dei, / Mas foi inútil, pois não o quiseste” “Esse teu olhar demolidor / Fez-me pela primeira vez falar de amor, / E conhecer enfim esse sentimento tão bonito, / Um reflexo desse teu olhar vindo do infinito!” “Num poema lindo como nunca se viu, / Que fale de amor e dos astros, / Enquanto tento encontrar os teus rastros, / Para ver se em teu oceano se esconde / A felicidade, que perdi não sei onde...” “E então, quando minha alma se elevar, / E nos campos celestes for acolhida, / Velarei pelas lágrimas que ficarem no olhar / De quem me amou por toda uma vida...” “Nesse mundo, de perdão tão parco, / Procurando culpados, eu me perco, / Pois, nesse país que virou um circo, / Cada político é um espírito de porco, / Negociando tudo com espírito de turco!” “Muito tempo depois de incendiarmos o quarto, / Percebo o seu olhar ainda pleno de desejo, / Uma toalha mal cobrindo o seu colo farto, / Vejo o amor em seus olhos num doce lampejo.” “Mas a verdade que não quer calar / É que um artista não morre, / E não devia causar essa dor imensa, / Afinal deixou seu legado por toda parte, / E da vida apenas nos pede licença, / Pois agora vai mostrar a sua arte / Em outro tempo e lugar...” “Do lado de fora da minha janela / O teu rosto esmaecido me encara, / Um espectro nessa noite tão bela, / Cutucando a saudade que se escancara!” “Em meio às trevas, / Busco um sinal de luz, / Mas, nessas noites primevas, / Só a Escuridão se reproduz.” “Quando nasci, Deus Se pôs ao meu lado, / Olhando para aquele bebê no pequeno berço, / E cofiou Suas longas barbas brancas, / Indagando-se o que esperar de mim!” “Em algumas dessas noites, / Desço ao inferno, mas escapo; / Nem o demônio pode comigo, / Mas quando acordo, você ainda está morta! / Nesse meu pesadelo recorrente, / Será que algum dia eu acordo / Para uma realidade em que ainda tenho você?” “Em uma imensa nave / Vinda dos confins do espaço, / Os colonizadores chegaram, / Trazendo com eles a chave / Para a evolução genética” “Salva-me, Senhor, / Dessa limitação terrena, / Conceda-me asas angelicais, / Para do alto ver a extensão plena / De Teu infinito amor, / Que não me abandonará jamais!” “Sei que não tenho como lhe agradecer / Por me amar muito mais do que mereço, / E sobre minha escuridão estender sua luz, / Mas dedicarei o resto da vida a lhe dizer, / Mesmo não podendo retribuir o seu apreço, / Que louvarei para sempre seu doce nome: Jesus!” “Que sua mesa seja farta, / E sua alegria perdure, / Que seu amor nunca parta, / E não haja dor que o tempo não cure.” “Vou me comendo pelas beiradas, / Cada dia um pedaço, / Até não restar quase nada, / Exceto, talvez, alguns poemas, / Ou saudades em quem eu nem imaginava!” “Deus conosco foi bondoso, / Pois a felicidade mora neste lar, / No pior verão, no inverno mais rigoroso, / Conjugamos sempre o verbo Amar...” “Pois, nesse teu olhar, havia abismos, / Que num instante me engolfaram, / E, em tua boca, cruéis cataclismos, / Que por dentro quase me mataram!” “Depois do vendaval / Que devastou nossas vidas / Nada mais foi igual / Sobraram árvores destruídas / Onde antes fora um lar / E folhas murchas espalhadas / Onde antes brilhava o luar” “Num dia frio de outono, / Descobri o significado de abandono, / Pois de repente você se fora, / Deixando essa solidão assustadora!” “Juntaremos as flamas, numa grande explosão, / Quando nossos lábios se tocarem, / Num frêmito louco de pura paixão, / Quando nossos corpos ardentes se explorarem!” “When you love someone / How many battles you have to fight / To don’t end your life alone / After the world turn off your light?” “Hoje somos apenas cascas vazias, / Trocando palavras sem conteúdo, / Ou em silêncio nas noites sombrias, / O amor foi embora, e isto é tudo!” “Grito até que a voz fique rouca, / E a minha esperança ainda mais pouca, / Até que desisto e volto devagar / Pela noite que teima em lhe ocultar, / Nessa escuridão de neon revestida, / Nesse simulacro que chamam de vida...” “Pensei que não te esqueceria jamais, / Mas em ti, já quase não penso. / Em meus sonhos, não vives mais, / Desvaneceu-se aquele amor imenso...” “E não adianta depois ficar arrependida, / Pois palavras soltas não voltam atrás, / E ressoam na alma por toda uma vida, / Tristes fósforos que fazem explodir o gás!” “Game over / My lover / This is the end / And time will never mend / This broken heart / From you forever apart” “Observa enquanto derrubo os astros / Que à tua constelação me guiavam / Olha só como derrubo os mastros / Que nossos barcos no mesmo cais abrigavam “E, naquela noite trágica, / Que tão tristemente acabou, / Perdi minha varinha mágica, / E meu mundo de sonhos desmoronou...” “Mas eu, confesso que deixarei cair uma lágrima, / Porque tinham tudo para se espalharem como formigas / Por todo o espaço conhecido ou não, / E no entanto, jamais sairão de seu próprio planeta, / Porque não terão tempo para isto... / Quem sou, perguntas tu, com essa desconfiança no olhar? / Já me chamaram de muitos nomes, / Mas podes me chamar apenas de Eternidade...” “O vinho que você me deu de presente / Transformou-se em água rubra, / E daquela sua foto sorridente / Por motivo algum que eu descubra, / Você sumiu, e só restou o seu vulto...” “Conto histórias que invento, / Sopradas pelo vento, / Ou em minha mente enxertadas, / Talvez na memória implantadas, / Mas nunca foram minhas, / Apenas aparecem sozinhas, / Revelando-me sutis segredos / Que saem da ponta de meus dedos, / Mas nunca foram meus,” “Se você prestar atenção / Nas histórias que o vento conta / Com seu sibilar inconstante, / Que invade becos onde amantes se encontram, / Protegidos de olhos curiosos pela escuridão, / Colocando o desejo acima do perigo que os amedronta, / Conhecerá aventuras sopradas pelo som sibilante, / Histórias emocionadas de amantes que se reencontram,” “Esse autorretrato que pintei / Está faltando um pedaço! / Será que foi de propósito que deixei / Um buraco do lado esquerdo, ao lado do braço? / Será que o coração que lá devia estar fugiu / Daquela tela, assim como o meu escapou? / Por que não escondi aquela lágrima vil / Que de meus olhos enquanto pintava brotou?” “Por favor, dê um beijo neste pobre bardo, / Pois você sabe que em seus braços ardo, / Depois que Cupido me atirou um dardo, / E por isto eternamente sou um felizardo!” “E, na mesa carta do café da manhã, / Enquanto decoras uma fatia de mamão, / Fazes uma homessa para cumprires amanhã, / Para me deixares tonto de manta paixão!” “Você é a minha outra metade, / Mesmo sendo apenas uma fantasia, / Para mim você sempre será de verdade, / Mesmo sendo invenção de minha Poesia...” “Essa couraça que usas, / Com a qual te blindas / De relações confusas / E tristezas infindas, / É uma faca de dois gumes também,” “Por onde quer que eu ande, eu te vejo, / Soprando-me histórias que nunca ouvi, / De amantes perdidos de tanto desejo, / Em cidades distantes que nem conheci... / Depois de ter por tantos anos te satisfeito, / Narrando tantos poemas cheios de paixão, / Uma dúvida cruel invade meu peito: / Será que tu, Poesia, chorarás em meu caixão?” “O leão dorme à noite, / Morrendo de medo / De que sua leoa o açoite / Até que revele seu segredo, / Que ninguém sequer adivinha, / Pois no fundo ainda lhe dói / Aquele seu caso com a coelhinha / Que posou nua para a Playboy!” “Vou recolhendo os restos / De teus beijos desonestos / Que inspiram esses versos funestos / Vou assumindo os riscos / Retirando dos olhos esses ciscos / Entre hashtags e asteriscos” “E, quando se vê, já se está velho demais, / A vida passou na janela, e você nem viu, / Já é muito tarde, o amor não virá nunca mais, / O último vagão do trem da vida já partiu...” “Escrevi um poema confuso / Sobre o amor que tinha por ela, / Mas esse meu amor obtuso / Suicidou-se, pulando pela janela!” “Um verso suicida / Atirou-se na frente / De um amor desgovernado / Cansado da sua não-vida / Enlouqueceu de repente / Jogando letras para todo lado” “A Poesia que em mim habitava, / Deu um tempo e se afastou, / A luz que em meu olhar brilhava / Disse adeus e nunca mais voltou.” “Só por ti inventei rimas tão raras, / Que com o seu doce nome principiam, / Mas lindas como o voo síncrono das araras, / Com palavras que ainda nem existiam!” “E o tempo impiedoso, não sei o porquê, / Brinca com o que me restou de sanidade, / Pois tudo o que me deixou de você / Foi essa infinita saudade!” “Ser poeta é cultivar a arte / De se tornar ausente / Mesmo estando presente / Pois a Poesia está por toda parte / E de repente o convida / Sem qualquer motivo aparente / A tecer doces loas à vida / Ou àquela morena da esquina / Cuja risada o fascina” “Não reconheço esse rosto cansado / Que através do espelho me fita, / Será algum avatar de mim? / O que lhe terá provocado / Essa tristeza infinita, / Para parecer infeliz assim?” “Dê-me um pouco do seu nada, / Do amor que nunca me teve, / Mostre uma foto já quase apagada / De um lugar onde nunca esteve! / Conte-me histórias que não sabe, / Narre um filme que não assistiu, / Onde o amor nunca se acabe, / Em um mundo que nunca existiu...” “E o dragão de São Jorge me responde, / Piscando galhofeiro sob a luz do luar, / Que a vida morreu sob os trilhos do bonde / E o amor se escondeu nos abismos do mar...” “Os teares do Tempo tecem, tecem, / Urdindo para alterar versos e vidas, / Enquanto meus cabelos embranquecem, / Reabrindo minhas velhas feridas... / As engrenagens do Mundo giram, giram, / Ressuscitando antigas paixões, / Contra minha sanidade conspiram, / Despertando adormecidos vulcões...” “Foi o tempo, esse devorador de paixões, / Que para tão longe de mim a levou, / Deixando-me com esse memorial de ilusões, / Pois nunca mais você voltou...” “Preciso descobrir em algum instante, / Nessas dobras do Tempo que te levaram, / Por que tanto amor não foi o bastante, / Deixando essas reminiscências que nunca cessaram!” “O que farei ontem? / Será que amanhã eu era feliz, / Ou esperei que me contem / De onde virá essa cicatriz? / Eu te amava no ano que vem, / Mas o que será que aconteceu / Que de nós não sobrou um vintém / No futuro que há duas horas ocorreu?” “Até que muda de repente o clima / E a chuva molha a calçada / E encharca o meu violão / De tantos acordes adios / Carregados de paixão / Em terrenos baldios / Ou debaixo de janelas fechadas / Testemunhadas pela Lua e seu dragão” “Talvez eu me renda a termos uma despedida, / E me deixe ficar até que a noite acabe, / Mas não pense que vou ficar por toda a vida, / Talvez por um dia, um mês, um ano, quem sabe?” “Sob uma rua / Nua / Dessa cidade / Vaga essa lua / Crua / De saudade / E na verdade / Por muito que influa / E destrua / Minha sanidade / Essa ausência tua / Em meu olhar flutua / E em mim se perpetua / Pela eternidade” “Ando por aí, espalhando versos / Que causam emoção ou espanto, / Provocando sentimentos diversos, / Enquanto por você me encanto!” “Michelângelo também era um kartista incrível, / Crack em ambas as artes, pintor e escultor, / E adorei um mameluco chamado Salvador Dalí, / Entre outros extintores de vanguarda!” “Meu espírito flutua a quilômetros do chão, / Imaginando versos que meu cérebro fabrica, / E de vez em quando, é atropelado por um avião / Mas esse acidente para ele nada significa!” “Fui contem ao cinema, / Assistir a um filme dos Xingadores, / Grupo de heróis liderados pelo Homem de Berro, / Secundado por Thor, o Deus do Escovão, / Pelo gigante verde, o Incrível Truque, / Pelo adolescente Homem Piranha,” “Em ti, conheci esse amor, forte e bendito, / Que nossos corações rasga como uma seta, / Pois desde o início dos tempos estava escrito / Que o mais lindo amor seria entre uma deusa e um poeta!” “De uma vez por todas, encostei meu violão, / Deixando-o encostado no fundo de um armário, / Desolado, por não ter feito brotar nela a paixão / Debaixo da lua que a trocou por um amor imaginário!” “Oh, espelho onde vejo minha imagem pão triste, / Sempre com sucos estampados na face, / Liga-me: no mundo dos espelhos o amor existe, / Encontrarei alguém que tom amor me abrace?” “Entrei numa mala de aula cheia / De fofuras geométricas interessantes, / Resenhadas no quadro-negro retangular... / Havia alguns circos ligados em cadeia, / Ao brado de três cilindros equidistantes, / Em rima de uma estranha mesa triangular!” “Quando escrevo um poema, / Logo vem inspiração para outros dois, / Mas isto não chega a ser um problema, / Uma vez que, logo depois, / O que seria um, viram três, / Ou às vezes quatro ou mais,” “Talvez, dentro de alguns anos, / Eu permita publicar tal compêndio, / Carregado de muitos relatos profanos, / E amores quentes como um incêndio!” “Mesmo que nenhuma gota seja derramada, / Mas a tristeza penetra em seus genes, / E se impregna para sempre em seu olhar, / E ficarão na lembrança imagens perenes, / Que o tempo jamais conseguirá apagar...” “Fazem-se coisas estranhas / Com a Poesia, / Mas a mais estranha de todas / Foi quando a sorrir, / Dormindo, / Eu lhe disse adeus...” “A linda moça, com olhos sem donos, / Cujas palavras vinham em trancos, / Perguntou-me: “Afinal, o que são poetas?”! / Respondi, pois evito respostas diretas: / “Linda jovem, poetas são seres estranhos, / Que se distraem vendo a primavera / A brotar de seus outonos”...” “O uivo dos ventos me embaralha, / Meus pensamentos se tornam fragmentos / De versos em minha cabeleira grisalha, / Embranquecida pela sanha dos ventos.” “Why, por que me disseste / Que não soul nada do que pareço? / Say que falo às vezes muita tolice / Mas tool disseste coisas que não mereço!” “Escrevo rimas bélicas / Angélicas / Psicodélicas / Escrevo rimas satíricas / Empíricas / Líricas / Escrevo rimas proféticas / Frenéticas / Poéticas” “Meu ortopédico me receitou / Um tédio controlado de tarja preta / Pata que eu não fique louco / Por pausa de tua infinita ausência” “Em tua mata inculta, / Encondem-se doces delícias, / No fundo de uma gruta, / Que anseiam por minhas carícias...”



Olympus Livro Vii Acropolis


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-08-02

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75º livro do autor das seguintes obras, todas elas publicadas no Clube de Autores e na Amazon: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66.PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68.NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69.EROTIQUE 6 70.CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72.ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 73.A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 74.A NOITE IMENSA SEM ELA Alguns trechos: “Depois disto, a solidão me abraçou, / Como um torniquete a me comprimir, / A luz de meus olhos se apagou, / E nunca mais voltei a sorrir.” “Talvez eu não te ame mais, / O amor pode ser tão volúvel, / Barcos do amor vivem deixando o cais, / E por que não voltam, é um mistério insolúvel!” “Mas o que eu mais temia / Terminou por acontecer, / Em teu olhar cheio de Poesia, / Que acaba de meus olhos prender.” “Milhões de neurônios já me abandonaram, / E esse acúmulo de anos desligou meu relê, / Por que as outras lembranças me deixaram, / A não ser essas memórias doídas de você?” “Então, quem sabe, em algum dia qualquer do futuro, / Quando alguém resolver revisar o que eu tenha escrito, / Para decifrar os mistérios dessa inspiração que herdei, / Descubra que todas as histórias que jamais te contei / Não passam de versos de amor que transfiguro, / Para recontar que tenho por ti esse amor infinito?” “Quando cheguei em casa e descobri / Que ela de repente se fora / Veio uma dor avassaladora / E então meus olhos cobri / Para secar as lágrimas que não havia” “Entre as saudades que tenho, / A mais linda é lembrar de você, / Mas, nos caminhos por onde venho, / A sua ausência cassou meu brevê, / E não sonho mais tão alto, / Mas não esqueço de seu olhar blasê, / Nem de sua voz de contralto, / A me dizer sei lá o que,” “Tentei invadir tua nave / Com minha Poesia lasciva / Mas fugiste como uma ave / De quem a quisesse cativa” “Tomei um foguete, rumo aos teus beijos siderais, / Mas o céu explodiu, e não te vi nunca mais!” “Quando finalmente nos sentamos, / Nossos olhares se interrogaram, / Querendo saber se o amor nos unira, / E outras vezes mais nos beijamos, / Nossas línguas gulosamente se exploraram, / Num momento tão lindo que parecia mentira.” “Por que esse cata-vento não cata / Minhas emoções que se espalham no vento? / Por que esse danado não trata / De soprar à minha amada meu doce sentimento?” “As areias da ampulheta do amor, / Quando terminam, só resta o terror / De noites vazias à espera inútil, / Numa esperança tola e fútil, / De alguém que para sempre partiu, / Para quem você não mais serviu, / Deixando essa ausência que é tudo que há, / De alguém que nunca mais voltará...” “E foi então que você me abraçou / E perguntou por que demorara tanto, / Sem perceber como sempre me olhou, / Provocando-lhe tanto desencanto?” “O final desse jogo já é conhecido, / Mesmo se eu fizer alguma trapaça, / Ao final, eu me quedarei vencido, / Não importa o que eu faça!” “E então, desisti e me atirei em seus braços, / Num abraço que durou um milhão de anos, / Reunindo enfim todos os meus pedaços, / E rasguei minha apólice de perdas e danos, / Depois que pela primeira vez a beijei,” “Vejo teu vulto cruzando a estrada, / Mas tudo não passa de uma visão, / Te vejo nua, bem no alto da escada, / Apenas fruto de minha paixão...” “Meu amor por você não é ficção, / É fricção! / Não é um verbete da Wikipédia, / Mas uma enciclopédia! / Não é apenas uma memória, / Mas toda uma história!” “Fugi de mim mesmo, / E numa fuga alucinada, / Saí derrubando pontes, / Demolindo muros, / Rasgando mapas, / Devorando estradas, / Em caminhos que não levavam / A lugar nenhum.” “E nesse mundo assim desa(l)mado, / Minha alma jaz no fundo do rio, / E a solidão me manda recado / Do fundo de um copo vazio!” “Os jogos de tronos não mais me atraem, / Torço para que Castle seja chutado pela Beckett, / Olho as luzes do crepúsculo que caem, / O mentalista foi vencido por um astro do críquete!” “Faça, com esses seus olhos risonhos, / Para meus braços sua próxima viagem, / Não me deixe no aeroporto dos sonhos, / Sem nada a declarar na bagagem...” “Quebras minhas barreiras, / Que, frágeis, desmoronam / Quando te avizinhas, / Com teu riso a bailar, / E derretes as geleiras, / Que perto de ti não funcionam, / E minhas preces adivinhas, / Com esses olhos da cor do mar...” “Você se foi, mas nem parece, / Ainda ouço tua meiga voz ao relento, / E todos os dias, quando anoitece, / Escuto tua risada, nos uivos do vento!” “Não sei dizer, e mesmo se soubesse, não te diria, / Porque é que em meus sonhos és tão indecente, / E sempre que acordo, transbordo de Poesia, / E vou correndo escrever o que houve entre a gente...” “Pois como explicar, se nos amamos tanto, / Por que então sempre nos dizemos adeus, / E depois escondemos um do outro o pranto, / Como se meus olhos não amassem os seus?” “Isto não passa de um engodo, / Não fazemos parte do mesmo todo, / Tudo não passa de uma ilusão, / Essa nossa desesperada paixão / Não nos levará a nada senão ao nada, / Ao mesmo precipício no fim da estrada” “Nosso caso de amor é estranho, / Pois vivemos entre tapas e beijos, / Discutimos o tempo inteiro, / Mas um não sai do lado do outro.” “Nas entrelinhas / De teus olhares fatais / Enxergo todas as minhas / Impressões digitais” “Será que essa loucura que vi num relance, / Quando o espelho se quebrou, sem que eu saiba por quê, / Nesses múltiplos Universos, terei uma nova chance, / E em alguma dessas realidades, ainda tenho você?” “Esse esqueleto que me sustenta / Anda precisando de uns reparos, / Pois sofreu uma queda violenta, / Por causa de alguns disparos!” “E vamos assim seguindo esse estigma, / Acrescentando as letras após o ABC, / Tentando decifrar o indecifrável enigma: / O que seria de mim sem você?” “Entrei numa canoa furada, / E fiquei até sem o meu telefone, / Que enorme roubada, / Troquei um violino por um saxofone!” “As tuas promessas eram mentiras, / Grandes como as que de outros ouviras, / Mas me deixei iludir por elas, / E construí ilusões tão belas / Sobre fundações de palha,” “Já não tenho lágrimas para verter, / A última lágrima foi derramada, / Já não temos milhas para percorrer, / Chegamos ao fim da jornada.” “Foi por uma noite apenas / Que eu te tive em meus braços, / Por algumas horas plenas, / A sentir teus cansaços, / Mas depois jamais / Aquele sonho voltou, / Não aconteceu nunca mais, / Como todo sonho, acabou,” “É mais ou menos assim / Que tudo se resume: / Eu gosto dela, / Mas ela não gosta de mim, / E nem posso ter ciúme, / Pois moro numa favela / E ela numa torre de marfim!” “Mas me causou arrepios / Imaginar que uma deusa assim se interessasse / Por esse pobre poeta das rimas mais loucas, / Se para o seu oceano correm todos os rios, / E todos os olhares se desviam para sua face, / Como se encantaria por minhas palavras roucas,” “Não sei se eu me procuro / Ou se te acho, / E levo a um quarto escuro / Ou a um riacho!” “Foi um desastre inesperado / O nosso encontro tão aguardado: / Nossas almas não se encaixaram / E depois, nunca mais se encontraram!” “Em meus sonhos, eu te procuro, / Através das estrelas mais distantes, / Mas não consigo atravessar esse muro / Que ergueste ante teus olhos faiscantes!” “É irracional essa saudade que tenho / Por você, que já não me ama, / Desce uma lágrima, franze-me o cenho, / Nessa tristeza que de minha alma derrama.” “Será que às vezes não te dói a ausência / De nossos encontros cheios de magia, / Ou ainda tens alguma reminiscência / De nossas sessões de sexo e Poesia?” “Confesse que nunca me amou / Aquilo era só uma personagem / Que na verdade nunca me enganou / Pois não passava de uma miragem” “Rasguei antigas cartas de amor, / Bilhetes com convites recusados, / Fotografias sem qualquer pudor, / E até nudes jamais reprisados.” “Essa imagem que o espelho captura, / Onde paira o amor do qual não cuidara, / Revela a minha dúvida mais obscura: / Será porque jamais te olvidara?” “Ela se sentou ao meu lado / Na sala de cinema, / E olhou-me com olhar de pecado, / Tão linda como um poema!” “Por tua boca linda / Naveguei / Até que o Sol despertasse / E depois me perdi não sei onde / Nas curvas de teu corpo infindo” “Não me olhe como se eu não existisse, / Ou se fosse uma estrada fora do mapa, / Olhe-me como se de repente descobrisse / O amor sem fim que de meus versos escapa...” “There’s no hope for us, / Our love is destined to die, / Funk has killed our jazz, / And I didn’t find the reasons why.” “Essa nostalgia que sinto / Cada vez que em você eu penso, / Acho que é por causa do instinto, / Alma gêmea desse vazio imenso!” “Ela me olhou, pela última vez, / A dor estampada em seu olhar / Cheio de dúvidas e de porquês, / Onde antes brilhava um luar!” “Não quero teus beijos nunca mais, / Cansei-me de ser por ti magoado, / E depois consolado por beijos sensuais, / Para que deixasse a mágoa de lado!” “Quando apertei a tua mão tão quente, / E vi aquele teu sorriso encantador, / Descobri que o que bailava em minha mente / Era somente o chamado do amor...” “São tão poucos metros que nos afastam, / Mas entre nós dois há um vácuo sideral! / Por que apenas olhares de amor não bastam / Para preencher essa distância brutal?” “Chegaste espalhando tua graça, / Emprestando sonhos à minha dor, / Que nem pude descobrir a trapaça, / Atrás desse teu olhar devastador...” “Nesse inverno sem fim / Em que minha alma mergulhou, / Ando escrevendo versos em latim, / Sobre aquele sonho que se acabou.” “Às vezes, encontrava em minha carteira, / Debaixo do tampo escondido, / Algum delicado bilhete, / Que me acendia a fogueira, / Pois dizia: Te gosto! , ou algo parecido, / E ficava a fantasiar que era dela,” “Entre tantas lembranças suas / Que de uma caixa resgatei, / Estavam dezenas de fotos nuas, / E no meio delas encontrei / Um retrato de um beijo roubado, / Que de nós dois alguém tirou, / Um doce beijo molhado, / Cuja lembrança me abalou!” “Foi então que lhe disse que sempre a amara, / E respondeu-me que aquilo não tinha explicação, / Pois, se jamais sequer pensara em nós, / Como de repente por meu olhar se enamorara, / Por que, sem mais nem menos, surgira a paixão / Que provocou aquele tremor em sua meiga voz?” “Que terremoto foi esse / Que fez de geleia os meus ossos, / Como se a própria terra tremesse, / E fizesse secar os meus poços?” “Pelo paladar, sinto o selvagem gosto / Do néctar de suas profundezas, / E meu amor fica tão exposto, / Ao caírem minhas últimas defesas...” “Houve uma vez um verão / De dois corpos suados / E enamorados, / Num frenesi de paixão.” “Quando me vejo pensando nela, / Às vezes dá vontade de desistir, / Então fico olhando pela janela, / Até a saudade sumir.” “Que beijo mágico foi esse, / Que me deixou assim tão feliz, / Como se a vida sonhos tecesse, / Como se o amor não deixasse cicatriz?” “Por algum tempo fomos felizes, / Antes das tempestades surgirem / E dos carinhos fugirem! / Depois, ficaram as cicatrizes, / Típicas dos amores extintos, / Após os sorrisos sumirem, / As palavras nos agredirem / E o amor se perder em labirintos!” “Onde você estiver, estarei por perto, / Mesmo a milhas de distância, / Meu espírito estará com você, é certo, / Sob qualquer circunstância. / Basta você me chamar, / Não importa aonde você for, / Em qualquer tempo, universo ou lugar, / Pois simplesmente o nome disto é amor!” “Por trás da máscara e pela sua silhueta, / Tinha certeza de que seu rosto era muito lindo, / E, prometendo contato, com pesar nos afastamos, / Guardei o número dela no bolso da jaqueta, / E, ao me afastar, ouvi alguém, de leve, tossindo, / E com os corações apertados, um ao outro deixamos.” “Esse teu olhar puro, / Desafiador, / Onde tantas estrelas brilham, / Refletidas no mar, / E nele fervilham, / É meu porto seguro,” “Se ficar louco é o preço que pago / Por te amar tanto assim, / Que seja, em teus braços naufrago / Com toda a loucura que há em mim!” “Antes que surja o Sol, / Enquanto a lua anda alta, / Ligue-me, dê um call, / Confesse que de mim sente falta!” “Era apenas um encontro de amizade casual, / Mas num beijo no rosto, nossos lábios se tocaram! / Terá sido apenas um beijo acidental, / Ou nossas bocas deliberadamente se rebelaram?” “Nessa viagem, eu me reencontrei, / E descobri que sem ti, nada sou, / Minha alma nada tem de eterna, / Pensei que tudo sabia, mas nada sei, / O plano que havia traçado fracassou, / Descobri que teu olhar é minha lanterna.” “Não entendes / Que essas redes / Que estendes / Entre nossas paredes / São fúteis / E inúteis / Pois tentam remendar / O que se quebrou / E os escassos / Amassos / Tentam colar / Os muitos pedaços / E os fracassos / De um amor que já se acabou” “Será que por acaso ela sabe / Que nunca mais a esquecerei, / E que em minhas noites não cabe / A solidão que para sempre terei?” “Nessas memórias confusas / Que tenho de meu passado, / Para as tuas, preciso de uma senha. / Talvez sejas uma de minhas musas, / Talvez eu tenha te amado, / Ou talvez não tenha,” “Até quando conseguirei assistir / A esse apelo que leio em sua pupila, / Quanto tempo ainda conseguirei resistir / A esse meu desejo insano de possuí-la?” “Será que um dia ela volta, / Com um sorriso no olhar? / Será que a tristeza me solta / No dia em que ela voltar?” “Relate como essa relação é difícil, / E que me amar é quase impossível, / E que só me mandando para o hospício / Colocarei uma capota em meu conversível!” “Pensamos ser amor, mas é apenas paixão, / E, volátil, desfaz-se numa nuvem de fumaça, / Deixando para trás quem brincou de sonhar, / Sem saber que a felicidade depressa passa, / E de repente se vai, para não mais voltar!” “O que fiz para merecer esses teus sorrisos, / Se não sou nada além de um poeta caótico? / Quantos versos de amor serão precisos / Para manter longe de nós esse pesadelo gótico / Que tenta nos subjugar todos os dias, / Nessa estrada confusa que nos oprime? / Mas basta um sorriso teu nas noites mais frias / Para criar uma nova estrofe que com ele rime!” “Disseste que nunca receberas um olhar assim, / Do fundo da alma subitamente extraído, / Tão cheio de súplicas e de angústias sem fim, / Um grito de ajuda, sem sequer um gemido!” “E agora, descobri que sou ainda mais feliz / Do que era antes de você me encontrar, / Pois guardei o amor, / que eu nem sabia que existia, / E que você exibe, em cada frase que diz, / E aquela paixão, que guardei no fundo do olhar, / Cresceu tanto, que virou Poesia...” “Cross your arms around my neck / Give me a kiss after whispering my name / Put me in your life’s soundtrack / Let’s play together the love’s game “Sem você, não tenho função no mundo, / Não passo de um espectro sem reflexo, / Uma sombra emersa do submundo, / Um triste verso sem rima nem nexo!” “Antes que a última bomba exploda, / Um dia antes dos mísseis cruzarem os céus, / Quero estar em tua doce companhia, / Compartilhando essa emoção toda, / Desvendando do amor todos os véus, / Numa última noite de amor e Poesia...” “Essa chama que está a brilhar / Quando me fitas, / Esse fogo que vejo / Em teu meigo olhar, / Encerra promessas infinitas / E um insuspeitado desejo?” “Pois um raio de repente rasga o vento, / Naquela noite sem sinais de tempestade, / E percebo que Deus escutou meu lamento, / E sei que me esperas, lágrimas a escorrer de saudade...” “O Amor morreu / E foi sepultado em 2020, / E no dia seguinte, / O mundo perdeu / O que o fazia girar!” “Quantas vezes precisarás apertar minha mão, / Quantos encontros ainda serão precisos / Para enxergares enfim a imensa paixão / Que se esconde por trás de meus sorrisos?” “Mas, enquanto isto não acontece, / Devo me conformar em perdê-la, / E, em cada vez que anoitece, / Preciso me lembrar de esquecê-la.” “Nossa canção de amor pintou o sete, / Criou corpo, e escapou pelos ares, / Espalhou-se como vírus pela internet, / E se foi, para visitar outros mares!” “E a saudade chegou sem aviso, / Daquela nossa paixão de cinema, / E por isto escrevi de improviso / Esse triste e saudoso poema...” “Depois, a paixão volta a nos assombrar, / Mas nunca mais será tão intensa, / E ficaremos o resto da vida a imaginar / Porque trocamos o amor por uma saudade imensa!” “Quando nos desvencilhamos, eu lhe perguntei: / “O que foi esse torvelinho que você me causou?”, / E, em seus seios arfantes, a resposta encontrei. / Era o amor que ali brotava, e nunca mais se apagou...” “Tell me your greatest wills / And then let me feel / As life spins the wheels / Of this unexpected love to fill” “Por que seu vulcão se tornou extinto /E cinzas tomaram o lugar de seu fogo? / Por que ao vê-la tanta dor eu sinto / Por nunca ter feito parte de seu jogo?” “Nesses sonhos doidos nos quais a procuro, / Corro perigos dos quais nem passei perto, / Procuro monstros em algum beco escuro, / Busco um oásis em meio a um deserto, / Persigo dragões em balões coloridos, / E, voando em minha mágica vassoura, / Mergulho entre raios que me abalam os sentidos, / Tentando capturar uma sinistra bruxa loura!” “Em teus sonhos eu me achei, / Mas é contigo que sou de verdade, / E somente em teu amor encontrei / O que chamam de felicidade...” “Quando já chegávamos ao final de tudo, / Juntei alguns pedaços minúsculos / De minha alma que sobraram, / E juntei-os como se fossem retalhos, / Fragmentos de um caso em estudo, / Que retesou os meus nervos e músculos, / Porque por algum tempo se mesclaram / Cartas misturadas de diferentes baralhos!” “Mas o que mais me chateia, em cada sonho maluco, / É que, embora saiba que nenhum sonho me destruirá, / E que, mesmo levando tiros, jamais me machuco, / Por que Morpheus só me leva a lugares onde você não está?” “Quando dou por mim, até me assusto, / Minha mente já passara dos anéis de Saturno, / E volta ao meu corpo, com muito custo, / Pois já ia longe naquele sonho diurno, / E já estava chegando em Alpha Centauri, / E ia mais além um pouco, para explorar um quasar, / Aí, respiro lentamente, até que o controle restaure, / Mas, se me distraio, de novo volto a sonhar!” “Será que alguma transa entre nós rolou / Ou tudo se limitou a beijos e amassos? / Por que será que o tempo nos afastou, / A ponto de se apagarem nossos traços?” “E, depois de, por horas, de prazer gritares, / Tu me abraças, beijas e te vais, / E espero ansioso a hora de voltares / Para esses nossos bailados sensuais!” “The dark of the night goes down, / With the rise of a brand new day, / But the sadness remains in this lost town, / Asking me: will her return to me someday?” “O que tínhamos, já não sei, / Mas não deixou nem sinal, / Nunca mais em você eu pensei, / E este verso foi o ponto final.”



Olympus Livro Ix Esparta


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-06-25

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90º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores e na Amazon (exceto “Poeticamente Teu”, da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia-GO), em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO Alguns trechos: “Quando estou meio down, você volta, / E troca o fusível que se rompera, / Nas horas mais tristes, você se solta / Da prisão onde eu a escondera.” “Enquanto se movem os universos, / Eu nunca mais a esqueci, / Nem as lembranças de nós dois, / Mas sei que jamais lerá esses doces versos, / Que, numa tarde triste, para você escrevi…” “Eu sou o seu contrabaixo, e você, meu violino, / Eu sou a sua marcha, e você, o meu hino, / Você é minha revelação, e eu, o seu segredo, / Você é meu videogame, e eu, o seu brinquedo, / Você é a minha alegria, e eu, a sua dor, / Eu sou a sua paixão, e você, o meu amor…” “Da minha inspiração, que era um colosso, / Já quase não saem mais poemas de amor, / Meu filé mignon transmutou-se em um osso, / A comédia que escrevia virou um enredo de terror,” “Olhando-me nos olhos, apenas sorria, / E depois, parta com uma lágrima no olhar, / E, se não sentir saudade, / Não se vire para trás, para olhar para mim, / Para ver se eu fiz o mesmo…” “Não há réquiens para amores extintos, / Em vez de poemas lindos, algum verso manco, / O amor perdido se esconde em labirintos, / Nos cadernos do amor, só restam páginas em branco...” “Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...” “Fico por horas a admirar o teu corpo despido, / Essa linda escultura de carne, ossos e músculos, / Pois, nessas batalhas nas quais tens me prendido, / Essas tuas alvoradas atraem meus crepúsculos...” “E meus risos deram lugar à tristeza, / Pois não há maior tormento que esse, / Chamado saudade, doença traiçoeira, / Provocada pela sua ausência...” “No seu aniversário, num certo dia de Agosto, / Nesse clima seco, em mim faz um frio polar, / Por que minha nave te trouxe a bordo, / Em minhas viagens sem fim pelo inverno, / E essa lágrima doida insiste em rolar / Pelas rugas que marcam meu rosto?” “Na catedral de minha mente, / Onde a Poesia reina, silente, / Tu estás no altar há eras, / E alimentas as minhas quimeras!” “Sem você, nada sou, / Senão um romance sem final, / Um amor que se foi e não voltou, / O sangue na ponta de um punhal.” “E, no ardor dessa chama, / Ficar longe torna-se um problema, / E não há palavra que exprima / O amor que se entranhou no genoma, / Durante um beijo numa banheira de espuma!” “Malditas desmemórias, essas que não tenho, / Onde sepulto as lembranças mais queridas, / Que surgem de repente, por causa de algum gatilho! / Por que vejo suas feições como se fosse um desenho, / Traços mal-acabados, feições quase esquecidas, / Que quase relembro, quando ouço esse suave estribilho?” “E então, a primeira coisa que fiz / Foi descobrir onde você mora / E vir aqui, cheio de medo, / Tocar a sua campainha, / E, ainda cheio de rubor, / Pois algumas coisas não mudam, / Perguntar-lhe, olhos nos olhos, / Se existe alguma forma, / Por mais difícil que seja, / De armar de novo / Aquelas doces armadilhas / Nesse seu olhar que jamais esqueci...” “O seu oceano engoliu o meu lago, / Seu martelo entortou o meu prego, / E o tempo virou meu maior inimigo! / Em nome da emoção, apague o meu fogo, / Só por ti o verbo amar de tantas formas conjugo...” “Talvez eu perca todas as fichas, / Mas vale a pena correr alguns riscos, / Cansei-me de fugir de prováveis rixas, / Troquei minhas certezas pelos seus asteriscos!” “Silêncios que em teu olhar se escondem, / Será que um dia irás me contar? / Por que teus lábios não me respondem / À questão que não sei te formular?” “E, apesar do avançado da hora, / Quando voltarmos para casa, / Ainda com os corpos em brasa, / Será que me deixarás ir embora, / Ou me pedirás para ficar, / Com esse mesmo olhar / Súplice, carente, arrebatador, / Onde vejo brilhando um sinal de amor?” “Se houver outra vida além desta, / Como sempre acreditei que existe, / Acompanharei o pranto de meu amor, / Com as lágrimas que minha memória lhe empresta, / Aquele olhar brilhante por algum tempo tão triste, / Sem saber que meu amor a acompanha, por onde for...” “Mas o tempo passou, nesse galope incessante, / E até hoje me lembro de seus olhos perversos, / Ao me dizer adeus naquela noite escaldante, / Que fez nascerem os mais tristes de meus versos...” “Nossa festa acabou, / A magia / Que entre nós havia / Apenas cessou, / Sem vestígios deixar,” “Depois dessa última estação, não há mais passagens disponíveis, / O condutor já recolheu o derradeiro bilhete, / Tudo o que nos resta é nos lembrarmos dos momentos incríveis, / E de quando, no dicionário do amor, adicionamos o último verbete!” “Poderia jurar que em suas costas enxerguei asas, / Transparentes, mas que deixavam sombras na parede, / E esse feitiço que até onde você estava me levou / Não tem registro em lugar nenhum do planeta!” “E assim vamos levando a vida, / Quando saio dos trilhos, tu me corriges, / O teu doce sorriso, a te amar me convida, / E lindos poemas de amor, com teus olhos rediges...” “Veja só que coisa horrível: / Esqueci a nossa noite inesquecível! / Será que você me perdoaria / Se eu a esquecer algum dia?” “E quem seria maluco de acreditar / Que não existe nada entre nós, / Se nossos olhares se entregam, / E se procuram sem cessar, / Na volúpia que há nos olhares / Interligados pelo verbo amar?” “Eu já preparava o ataque / Para te dar um beijo, mas me deste um breque, / E, com aquele teu enorme chilique, / Confesso que levei um choque, / E acho que fiquei mais verde que o Hulk!” “I wish I didn t love you, but I do. / I wish I didn t think about you anymore, / But how, if I don t know how to forget you? / The cold night wind blows in my ears, / Whistling melodies, and murmuring meaningless phrases. / And in the deep silence that follows when it goes away, / The longing for you remains intact...” “Acho que tens milhares de anos, / E eu, apenas meros segundos, / E eis-me à mercê de teus encantos profanos, / Egressos de outros mundos.” “E esse beijo imenso que recebo me mostra / Que o tempo que passamos distantes / Fê-la enxergar que sempre foi mais que amizade, / Mas você apenas não havia percebido / Que sentimentos mudam, evoluem, / E, quando você menos percebe, / Descobre que deixara o amor ir embora...” “Penses nos dias lindos que tivemos, / Um no outro, 24 horas por dia imersos, / Nos poemas lindos que juntos vivemos, / E me faças reviver em meus próprios versos...” “Quando mencionas o que leste, / Dizes que fui daquele texto o autor, / Mas acho que foste tu quem o escreveste, / Não são meus esses versos de amor.” “Arquivei cada foto tua, / Maravilhosamente linda e nua, / No pendrive de meu coração, / Onde as guardo com devoção,” “Mas li em seus olhares / Que é uma questão de tempo / Até que um dia você me ligue / E pergunte onde nos encontraremos / Para eu lhe contar os detalhes, / Tudo o que ficou nas entrelinhas, / E que lhe despertaram a curiosidade, / Pois você andou pensando / E percebeu que talvez, apenas talvez, / Não devesse ter recusado...” “Mantenho uns pequenos prazeres, / Para me lembrar que ainda vivo, / E, entre os meus tantos afazeres, / A tua lembrança doída cultivo! / Dói, mas dela não me desfaço, / Pois serve sempre para me lembrar / Que eu não sou feito de aço, / E por amor, posso me quebrar...” “De meu antigo eu, ando à procura, / Aos poucos, vou perdendo a sanidade, / E essa vacina contra amor não é a cura / Para essa doença chamada saudade...” “Como faço pra fugir dessa cela, / Num lugar qualquer dessa minha mente? / Como driblar essa triste novela, / Que me aprisionou de repente? / Como esquecer que você é tão bela, / Mas perigosa como uma serpente?” “Então, diga essas palavras que transcendem, / Enquanto continua suavemente a me fitar, / Essas doces palavras que acendem / Esse mundo mágico que mora no fundo do olhar...” “Devo ter feito alguma cara estranha, / Pois todos em volta de mim repararam, / Só mesmo uma deusa para provocar tal façanha, / Pois todos os meus relógios internos pararam. / Ao perceberes, fizeste uma cara cômica, / Seguida de um sorriso arrebatador! / Será que essa fantástica reação atômica / É aquilo que chamam de amor?” “Muito tempo atrás, / Fiquei de lhe telefonar, / Mas nem sei por que, nunca o fiz, / E você também não me ligou! / Mas os anos não me trouxeram a paz, / Enquanto rios se afogavam no mar, / A roda do tempo não me fez feliz...” “A vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, / E a desilusão tomou conta de mim, / Quem mandou me apaixonar pela tua picanha, / Se tudo que me ofereceste foi o teu cupim?” “Mas eu preferiria / (Que me desculpe a Poesia!) / Que esse deus desalmado / Tivesse me acertado, / Em vez dessa cruel flechada, / Quem sabe com uma pedrada / Bem no meio do rim...” “Mas eu não a amo mais (eu acho!), / Acredite quando eu lhe disser / Que eu a esqueci por completo (é mentira!), / E que não me lembro mais dos seus gemidos / Em nossas noites de prazer e loucura (não é verdade!)... / Não olhe para trás, / Para ver se eu também me virei para você, / Porque eu não o farei (onde foi que aprendi a mentir assim?),” “Pois poetas são assim, sonhadores, / Sempre surfando em ondas proibidas, / Explorando cavernas mentais, / Imaginando replicar seus amores, / Guardando paixões reprimidas, / E sonhando com beijos siderais...” “Nós dois juntos / Somos incríveis, / O Yin e o Yang, / O alfa e o ômega, / O princípio e o fim, / Almas gêmeas, / Corações síncronos, / Olhares cúmplices, / Beijos doces, / Um ao lado do outro,” “Teu olhar / Fogo profundo / Sem rival / Neste mundo” “Abaixarias essa máscara alguns minutos / Para que eu te beijasse com ardor? / Manterias os teus olhos enxutos / Se eu te revelasse a imensidão do meu amor?” “Nossa história de amor é um suplício, / E, por causa dele, muitas vezes morri, / Então, por que será que é tão difícil / Lembrar quantas vezes já te esqueci?” “O verão passou, tu me deixaste, / Mas ele em minha memória permanece, / Pois em meu coração para sempre ficaste, / Nessa doce saudade, que nele floresce...” “Cansei de ficar dando conselhos que você não ouve, / De agora em diante, eu me esquecerei do que houve, / A partir de hoje, minha vida terá conserto, / Pois troquei seu funk por um lindo concerto!” “Mas, no fim do ano, volta o mesmo calvário, / E começa novamente meu inferno astral... / Por que cargas d’água o seu aniversário / Tinha que cair em pleno Natal?” “Será que algum dia finalmente terei paz, / E poderei dizer que o meu coração sossegou, / Transformado em cinzas por um último amor voraz, / Deixando vestígios de um fogo que afinal se apagou?” “Enquanto essa vida louca me espia, / Meu coração as suas penas expia, / Não mais termino as coisas que começo, / Pois ela era o fim e também o começo...” “Caí de meu sonho espúrio, / Onde sonhava com os anéis de Saturno, / E rolei pelos degraus, escada abaixo, / Onde tudo que há é o calor de Mercúrio, / Oculto atrás do Sol nesse dia taciturno, / Tu lá em cima, e eu, cá em baixo!” “Sobraram só recordações / Quase nada mais além disso / Como sucede às paixões / Teu sorriso tomou sumiço / Rasguei nossas doces canções / Acabou-se nosso feitiço” “Mais um sonho foi enterrado, / Sem corbelhas e nem caixão, / E nem há um corpo a ser velado, / Pois sonhos são etéreos, / E amores são assim, indesvendáveis, / Cheios de resultados funéreos, / E palco de lágrimas incontroláveis...” “Perguntei se ainda havia algum sonho, / Mas já não havia mais nenhum, / E agora, o que se pode fazer, / Se nesse mundo bizarro e bisonho, / Não se encontram sonhos para vender?”



Olympus Livro Viii Musas E Medusas


Olympus Livro Viii Musas E Medusas
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-11-15

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80º livro do autor, todos publicados no Clube de Autores e na Amazon (com exceção de Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia). Alguns trechos: “Nas palavras não ditas, / No adeus expresso num olhar, / Ficou uma pergunta a bailar: / Por que ficaram essas lembranças malditas / Daquela noite em que o Amor me deixou, / E nunca, nunca mais voltou?” “Engoli em seco várias vezes, / Atordoado como nunca estivera, / E custei a formar alguma frase, / Perguntando como te chamavas, / E, com olhares nada corteses, / Gaguejei como nunca fizera, / Como se estivesse fora de fase, / Enquanto com teu olhar me flechavas!” “Desde que passear pelo teu corpo meu olhar ousou, / Minha vida sem ti não faz mais sentido, / Sou um tonitruante pássaro por teu olhar abatido, / Que nunca mais em outros galhos pousou!” “E conversaram pelo resto do trajeto, / E descobriram serem almas irmãs, / Cada um com um coração incompleto, / Carregando a noite em suas manhãs.” “Aquelas poucas letras eram tão sublimes / Que formavam um inesperado anagrama / Da deusa que para mim representavas, / Em meus exóticos devaneios plebeus...” “Pode ir embora de minha vida, / Isto não me tornará um asceta, / E você, será apenas outra musa esquecida, / Na estante de rimas desse pobre poeta!” “Por trás daquela máscara que usavas, / Teus olhos brilhantes dardejavam, / E, da forma como me miravas, / Minhas fogueiras mortas voltavam, / Com suas ilusões perdidas, / De antigas paixões abandonadas, / Pelo passar do tempo destruídas, / E por aquele teu olhar ressuscitadas...” “Meu coração entrou em colapso, / Quando te viu, linda desse jeito, / E desde então, esse órgão relapso / Vive tentando fugir do meu peito!” “Meu coração era frágil, / E, à primeira desilusão, / Rachou e se quebrou, / E minha alma, por contágio, / Ao ver se partir meu coração, / Partiu para longe, e não voltou...” “Que sorriso mais doce ela me estendeu, / Acompanhado de um olhar que tudo dizia, / E, do jeito que retribuí, ela logo entendeu / Que aceitei seu feitiço, e lhe devolvi com Poesia...” “Como farei para enumerar / Meus inumeráveis degredos, / Quando terminarei de decifrar / Teus indecifráveis segredos?” “Mas, enquanto o mundo não me poupa, / E continua girando, mesmo sem mim, / Fico imaginando minha musa sem roupa, / A me sorrir, sedutora, com sua boca carmim!” “E se abraçaram, entregando-se à paixão, / A um amor cuja história daria um hino, / Unidos por causa de um ligeiro empurrão, / Dado pela própria mão do Destino...” “Will you ever give us a chance, / Even an hug or a magic kiss, / Will we have a great romance, / Will you save me from this abyss, / Who seduces me for a lifetime?” “Por um milagre da Natureza, / Eu também tinha dois corações, / Batendo em sincronismo, / Uníssonos, / Mas, quando foste embora, / O coração que levaste era o meu...” “Ela segurou meu queixo, com um olhar interrogativo, / E eu lhe confessei que nunca a esqueci, um dia sequer, / E foi somente então, com minhas lágrimas comovida, / Que ela me abraçou e me beijou, e voltei a estar vivo, / E depois de uma noite de amor, voltou a ser minha mulher, / E voltamos a nos amar, desta vez pelo resto da vida!” “Quando você chegar, / Estarei aqui lhe esperando, / Aguardando você entrar, / Com o peito palpitando, / Usando a sua camisa predileta, / E o perfume que você mais gosta, / E aqui, neste coração de poeta, / Procurando encontrar a resposta / Para esse amor que transcende” “Como explicar o amor, / Esse sentimento opressor, / Às vezes louco, / Em outras, pouco, / Às vezes ardente, / Em outras, doente, / Às vezes solto, / Em outras, revolto, / Às vezes surdo, / Em outras, absurdo,” “A esse teu sorriso devastador / Minhas ilusões andam presas, / E, como um rolo compressor, / Demoliu as minhas defesas!” “Em teus gemidos, eu me encontro e te acho, / Realizo-me com essas nossas façanhas, / Contigo meu córrego aos poucos virou um riacho, / Nossos beijos, antes colinas, viraram montanhas!” “Esses olhares lânguidos que me atira / Não mudam a falta de amor que sinto, / Pois para mim você nada representa, / Você nunca esteve em minha mira, / Nem está no fim de meu labirinto, / Tanto se me dá se usa sete ou setenta!” “E não sei o que aconteceria / Se eu lhe dissesse que é você a musa / Que em meus versos canto, / Como se fosse imaginária, / Assim tão cheia de encanto, / Um par para minha poesia binária / Que fala de estrelas vizinhas / Uma em volta da outra, girando / Juntas, mas sempre sozinhas, / Pois há milhões de quilômetros as separando, / Assim como acontece entre nós dois.” “Quem diria, vendo-nos assim, / Eu, escravo de tua boca carmim, / Que antes, estive tão perto do fim, / Esperando explodir meu zepelim!” “Inventei uma hashtag/ Para lhe declarar o meu amor, / Por muito que eu ainda negue / Esse sentimento avassalador!” “ ll be here / Waiting for you / While in TV you hear / The end of the world you knew / I ll be from you near / Like in the last year or two / Waiting for your lonely tear / Until you say you love me too” “Eu, com você, sou incrível! / Tiro da cartola (que nem tenho) / Alguns mágicos coelhos / Com lindos olhos vermelhos, / Em qualquer superfície, eu a desenho, / Venço batalhas contra um inimigo invisível,” “E, no curto espaço de uma hora, / Desde que seu navio atracou em meu porto, / Com toda essa magia no olhar, / Os sorrisos voltaram, com força total, / O meu passado triste está morto, / Expulsei tudo o que havia de mau, / A solidão afinal foi embora, / E partiu, para nunca mais voltar.” “That s how our story ends / Maybe in a few years we will be friends, / And I will forget you in a century or two, / But life goes on without you...” “Entre as minhas manias, uma me inspira, / Cada vez que assisto a um novo dia amanhecer, / Tomando cerveja e comendo torresmo/ E a mais louca é prometer a mim mesmo, / Mesmo sabendo que é mentira, / Que um dia conseguirei te esquecer!” “Dê-me um último abraço, e depois, / Gire a chave na porta sem olhar para trás, / A partir de então, nunca mais haverá nós dois, / Além das lembranças que a noite nos traz...” “Na pista de caminhada, / Tomava uma água de coco, / Nas curvas da vida pensando, / Nessa longa e penosa estrada, / Quando meu nervo ótico / Subitamente levou um soco, / Quando ela passou rebolando, / Com seu requebrado hipnótico,” “Eu te acho tão linda, / Muito mais do que demais, / E tenho uma ilusão infinda / De um dia termos contatos carnais.” “E, pelas noites insones que atravesso, / Olhos estatelados, fixos no ventilador, / A sua ausência dói-me ainda mais, / E nessa empreitada não tenho sucesso, / Não consigo conciliar o sono com o calor, / E nesse Outubro, descubro que não te esquecerei jamais...” “Eu era cego, e agora afinal enxergava / O que qualquer outro cego veria: / Aquele amor que em seus olhos brilhava / Alimentava de sonhos a minha Poesia...” “Não importam as dificuldades a enfrentar, / Quando sou Dom Quixote a combater um moinho, / Enquanto tiver o seu braço para me apoiar, / Venceremos os abismos que houver no caminho...” “Estaremos destinados talvez / A provocarmos no oceano do amor maremotos? / Será que, quando nos amarmos pela primeira vez, / Os teus lábios me provocarão terremotos?” “Tuas palavras de amor / Jamais foram ditas, / Mas quase posso ouvi-las, / Nesse silêncio avassalador / Quando suavemente me fitas / Com essas tuas rútilas pupilas...” “Será que não vedes / Que essas paredes / Que nos separam / São apenas ilusórias? / Será que não notais / Que as distâncias abissais / Que entre nós se deparam / São só lendas e velhas histórias?” “E em mais um ano que hoje completo, / De presente, tiras todas as tuas vestes, / Mas só não ficas nua por completo, / Porque esse sorriso lindo sempre vestes.” “Como pode um sorriso ter tanto poder, / A ponto de ressuscitar sentimentos mortos, / E fazer a primavera de novo florescer / Sobre o inverno, que congelara meus portos?” “Reconstruí todas as pontes / Que a teus caminhos me levavam, / Retirando delas as curvas / Que cruzavam abismos sem fim...” “E hoje, tudo o que eu queria era me esquecer / Daquela noite, na qual me deste adeus, / Dessa lembrança, que não quer desvanecer, / Últimos resquícios que ficaram dos sorrisos teus...” “Desvende esse mistério / E diga o que me acontece, / Por que cada vez que bebo, / Fico outra vez encantado, / Loucamente apaixonado / E doido para ficar com você?” “Tento te esquecer, mas descobri que é impossível! / Onde havia tantas cores, hoje não há mais nenhuma, / E somente em teus filmes, ainda te vejo e ouço tua voz, / A história de minha vida virou um rabisco ilegível, / A melancolia que me preenche cada vez mais se avoluma, / Debaixo dessas tristes sombras que restaram de nós...” “Há muito tempo já não ouço sua voz, / Ao silêncio você se recolheu, / Já não existe o que houve entre nós, / O nosso amor se perdeu / Na sarjeta, / Era apenas uma esquálida / E pálida / Crisálida, / Que, em vez de virar borboleta, / Morreu!”



Erotique 7


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-12-13

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82º livro do autor das seguintes obras, todas elas (exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia - GO) publicadas no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS Alguns trechos: “E, bem distante no horizonte, / Reside essa fonte, / No final do arco-íris, / Que vejo em teu olhar ao sorrires, / Com essa meiga chama, / Que docemente me chama, / Para contigo descobrir / O que fazer, para com essas cores colorir, / Enchendo, com um espectro cheio de luzes, / O caminho no qual para o amor me conduzes...” “E, depois que formos embora, / De volta às nossas cotidianas lidas, / Tente se esquecer dessa hora, / A primeira do resto de nossas vidas!” “E depois, / Não importa o que haja, / Minha mente viaja / Levando os sentimentos / De volta àqueles momentos / Indecentes, / Excelentes, / De paixão incontida, / Em minutos que valem por uma vida...” “Drive me crazy / All through the night, / Use your Waze / To discover my ways, / And when you see my eyes bright, / Say you will love me for always” “Não sei que feitiço foi esse que me rogaste, / Mas, foi naquele dia em que chegaste, / Minha alma imortal se encantou pela tua, / Desde a primeira vez em que te vi toda nua...” “E hoje, que estamos distantes, / Com grande frequência me vejo, / Pensando em teus seios arfantes, / Pulsando de tanto desejo, / Enquanto rolávamos na cama, / E então a saudade de ti me liquefaz, / E permanece em mim esse antigo drama: / Como te esquecer, se comigo sempre estás?” “Teu corpo era meu templo, o meu era o teu, / E agora, depois de tantos anos distantes, / Meu coração sem ti virou um museu, / Cheio de lembranças tuas nessas noites errantes...” “Tu me olhas, teu olhar com essa cor inexplicável, / Depois de cair essa fortaleza antes inexpugnável, / E, do jeito doce como me fitas, / Liberas por fim aquelas palavras benditas: / “Te amo!”, e marco aquele dia em meu calendário / Como aquele em que recebi o melhor presente de aniversário!” “Depois disto, eu perco o sono, / E passo o resto da noite acordado, / Pensando sobre o teu legado, / Do qual herdei esse cruel abandono, / Tentando dormir em frios lençóis de cetim, / A pensar em ti nessas minhas noites sem fim!” “E, quanto mais te exploro, / Mais maravilhas descubro, / Entusiasmado, / Extasiado, / E mais por ti me enamoro, / Nesse inesquecível dia de Outubro...” “E esse teu brinquedo, / Que te dê alguns instantes de prazer / Será o nosso doce segredo, / Mesmo depois que eu morrer...” “Cruzemos os nossos co(r)pos suados, / Enquanto rolamos nessa cama imensa, / Ouvindo a música de nossas vidas... / Mergulhe em meus beijos apaixonados, / Maravilhe-me com sua nua presença, / Libere-me partes suas, antes proibidas!” “Foi no pior de meus dias, / Quando amaldiçoava todas as pandemias, / Que, como por mágica, você apareceu, / Com esse jeito especial todo seu, / E esse seu olhar pecaminoso, / Por trás da máscara um sorriso luminoso,” “Naquela mesma noite tivemos / Nosso contato imediato de 1º grau, / E não sei como foi que sobrevivemos / Àquele frisson, àquela loucura animal!” “Enquanto nos entretemos / Pela noite inteira, / Nesses movimentos blasfemos / Entre minha espada e tua caldeira, / O mundo simplesmente gira, / Sem prestar em nós atenção, / Arrastando em sua dança vampira / Amantes que talvez nunca mais se verão,” “Ando meio perplexo / Com seu jeito desconexo, / Que me atiça um complexo, / Mas, se você me dá um amplexo / E me esfrega em seguida o seu plexo, / Esqueço que às vezes lhe falta nexo, / E a você então fico conexo, / Retiro de você o acento circunflexo, / E ao fundo, no espelho convexo, / Vejo, lindamente nu, o seu reflexo, / Meu corpo vira então o seu anexo, / E tudo termina numa linda noite de sexo...” “Será que trocaremos beijos e juras, / Antes de cometermos doces loucuras, / Ou tudo se resumirá a esses dardos, / Dirfarçados nesses teus olhares-petardos?” “Quando eu te percorro, / Com minha língua sedenta, / Por cada vale e cada morro, / Novas carícias a paixão inventa...” “Em nossos encontros noturnos, / Aprisionas-me em tuas jaulas, / Pois te aproveitas de meus sonhos soturnos / Para de teus jogos eróticos me dares aulas!” “Sei que isto não faz sentido, / Porque toda vez é igual, / Pois com você me comovo, / Mas nosso amor é só um ruído, / Que somente me faz mal, / E você sempre me deixa de novo.” “Perdido a admirar de perto o teu corpo olímpico, / De repente, fiquei com um problema irônico, / Perplexo, senti um enorme aumento volumétrico. / Sem poder dissimular esse incidente fatídico, / Minhas pernas iniciaram um tremor telúrico, / Tentando disfarçar o meu volume homérico.” “E um vale que descubro orvalhado, / Apenas por estares aqui ao meu lado, / Entre lençóis macios e silentes, / Nessa aventura de procuras e encontros, / Gemidos, suspiros, ais e aís , / Onde eu me buscava e te achei, / Deliciosamente oferecida,” “Emaranhamos nossas sinas, / E descubro um novo universo, / Na música de teus gemidos, / Que suavemente me ataca / E ecoa em meus ouvidos, / Lembrando que minha carne é fraca, / Mas tu me embaralhas os sentidos, / Nessa noite que para sempre lembrarei, / Onde escalei os teus inescaláveis muros, / Deixando essas lembranças que guardarei / Por cada um dos meus dias futuros...” “Mas o tempo, esse vilão inexorável, / Atropelou nossas gêmeas luas, / Que agora giram em órbitas diferentes, / E não compartilham as mesmas ruas, / Nem aqueles antigos olhares indecentes...” “Não ficas às vezes os lençóis a morderes, / Ao perceberes que estás, como antes, encharcada, / Ao lembrares de nossos intensos prazeres, / Naquele distante inverno, / Em cada noite encantada, / Onde juramos tantas vezes amor eterno?” “No fim de tudo, tive o que queria, / Uma noite melhor do que jamais havia sonhado, / Mas o pior de tudo eu não imaginaria, / Pois agora sou eu que por ti estou enfeitiçado!” “Sem nenhuma batalha, / Você invadiu minhas entranhas, / Fez ruir minha última muralha, / Usando suas artimanhas, / Mas eu, já assim devassado, / Não sei de você nem de nada, / Pouco conheço de seu passado, / Sem nem mesmo havê-la beijado,” “Nossas bocas, uma na outra taradas, / Percorrem nossas íntimas veredas, / Em noites que valem por vidas, / E em tuas grutas tépidas me acomodas, / Enquanto se atracam nossas bocas carnudas!” “E agora, mudei por completo, / Pensei que tudo sabia de amor, / Mas agora virei o seu objeto / De gelo à mercê de seu calor, / Transbordante, / Irrecusável, / Palpitante, / Inenarrável,” “Put my hand on your breast / While we kiss for the first time, / Because life goes so fast / And my life poem never had a rhyme...” “Portanto, até que nos beijemos / Tanto tempo que dure minhas sedes, / Não deixarei você ir embora, / E o que rolar entre essas quatro paredes, / Ao doce som dessa trova de outrora, / Será testemunhado pelo dragão da Lua, / Que pela janela olha, indiscreto, / Encantado com você, toda nua, / A desvendar o que não mais é secreto!” “Acordei nesse momento desse devaneio exótico, / Voltando à realidade do meu mundo trágico, / Por tua presença outra vez mais ávido, / À espera do próximo sonho mágico...” “Perguntaste se eu estava sozinho, / E, diante da resposta positiva, / Se podias vir até o meu apartamento, / E chegaste com duas garrafas de vinho, / E quando abri a porta, te atiraste, lasciva, / Como se esperasses ansiosa por aquele momento!” “Pois em meus sonhos eu te revejo, / Nua e linda a me endoideceres, / Nesses sonhos quentes a me seduzires, / Em intermináveis horas de prazeres, / Com tua boca voraz a me sorrires, / Enquanto me devoras, / Loucos amantes a se abraçarem, / Sem ligarmos para o correr das horas,” “E, pela manhã, depois de uma doce reprise, / Ela me deixou no estacionamento, sorriu, tão bela, / E partiu, acenando, e por mais que isto me aterrorize, / Juro que vi sua Ferrari virar uma vassoura-foguete amarela!” “Mas, enquanto lá fora existe essa crise, / Dentro dessas paredes só há nós dois, / Mesmo que lá fora o mundo agonize, / Aqui dentro gritas, até o silêncio de depois!” “Mas isto jamais acontecerá, esses momentos são nossos, / E deles não esquecerei, enquanto o sangue em minhas veias correr, / Você estará sempre impregnada em mim, até os ossos, / Entranhada em minha alma, mesmo depois que eu morrer...” “Admiro os teus cabelos ruivos / Enquanto gemes / E delicio-me com teus uivos / Quando tremes / De prazer com meus carinhos / Que jamais esquecerás / E depois de meus doces caminhos / Nunca mais te ausentarás” “E depois, iremos andando de volta para casa, / Para que a bebedeira não nos atrapalhe, / Pois, depois de tanto tempo sem nos tocarmos, / Por medo de contágio ou de coisa pior, / Jogaremos na cama os nossos corpos em brasa, / E percorrerei de teu corpo cada detalhe, / Até que o dia raie a nos amarmos, / Deixando o amor se mostrar em nosso suor...” “Quando meus dedos / Tímidos / Esquálidos / Pálidos / Invadem teus segredos / Úmidos / Tremes / Gemes / Urras / Sussurras / Em meus ouvidos / Gemidos / Roucos / Loucos” “De qual cor é o teu preferido pecado, / Que dirás depois que tuas roupas desceres, / Qual é a senha do Wi-Fi de teu coração? / E, quando amanhã acordares, / Ao meu lado nesse macio colchão, / Será que terei me afogado em teus mares?” “Qualquer noite dessas, / Depois que nos desatracarmos, / Após por horas nos amarmos, / Como sempre sem pressa, / Talvez eu lhe confidencie / Algumas antigas reminiscências, / E talvez então você silencie / E mergulhe em minhas confidências,” “Mas acho que ainda é cedo / Para cair em tuas tentações, / Mas no fundo, morro de medo, / De me viciar em teus vulcões!” “E depois, ao final do programa, / Sugere que eu a acompanhe, / Para terminarmos a noite em sua casa, / E, depois de um beijo, confessa que me ama, / E, enquanto tomamos champagne, / Seduz-me, com seus lábios em brasa?” “O que te apaixona em mim, / Que te faz voltar todas as noites / Para seres aprisionada assim, / À mercê de algemas e açoites, / E chibatas que ferem teu dorso? / Será que não tens nenhum medo, / Ou sequer algum remorso, / E escondes do mundo esse segredo?” “Depois de alguns encontros / E tantos desencontros, / Finalmente chegamos a este quarto, / Eu, a olhar o teu colo farto, / Que teu vestido mal escondia, / Alimentando a minha Poesia, / Que jorrava sem cessar, / A minha ânsia de te amar...” “Por toda uma noite densa / Imensa / E num terno jogo / Apagar o teu fogo / E entre carícias / E delícias / Sensuais / Descobrir teus pontos cardeais / E contigo conjugar / Todos os tempos do verbo amar” “Como não lembrar daquelas noites insanas, / Em que ficamos horas na cama a rolarmos, / A compartilharmos nossas membranas, / Entre beijos e juras a nos amarmos?” “Quando navego em teu meigo olhar, / Magicamente me teletransportas / Para esse teu encantado mundo, / Que habita no interior de um quasar, / E, naquele mundo em teu azul profundo, / Para mim se abrem todas as portas, / E docemente em ti me acolhes,” “Foi naquele beijo incandescente, / Pelo qual esperava há muitos meses, / Quando ela me pediu perdão pelo descaso, / Minha boca a saborear sua língua fremente, / Que entendi que foram necessárias três vezes, / Para ela saber que não me encontrou por acaso...”



Essa Sombra Em Teu Olhar


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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-06-30

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91º livro do autor, todos eles publicados no Clube de Autores (exceto POETICAMENTE TEU , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia). Alguns trechos:



Ciranda Po Tica


Ciranda Po Tica
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores (managed)
Release Date : 2020-05-02

Ciranda Po Tica written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores (managed) this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-05-02 with Poetry categories.


70º livro do autor, no qual estão reunidos os poemas que deram ou inspiraram o título a seus livros inéditos de Poesia, todos eles publicado no Clube de Autores e na Amazon, assim como um livro de contos e crônicas e diversas coletâneas, como a série OLYMPUS (em 8 volumes com 300 poemas em cada um; o 9º volume será publicado em Julho/2020) e EROTIQUE (em 6 volumes reunindo poemas sensuais), além das edições especiais O LABIRINTO NO FIM DO POEMA (com 400 poemas para a juventude) e O LADO NEGRO DA POESIA (com 150 poemas sombrios). Outros livros do autor: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 Alguns trechos: “Não sei mais como expulsar / Esse desespero, esses desenganos. / São poucos metros a nos separar, / Mas são tantos oceanos...” “Por isto, amigo que, ao passar pela rua, / De meu destino infeliz tivestes piedade, / Soltai-me, para eu poder brindar à Lua, / O maior dom que Deus me deu: Liberdade!” “Navegava entre as estrelas, / Ao som melancólico da lua cheia, / Velas soltas aos ventos solares, / Tomando chuva de tempestades cósmicas, / Quando aportei em tua praia. / E teu mar era tão belo e profundo,” “Era assim a minha triste sina, / Pois antes que eu chegasse perto, / Ela sempre havia desaparecido, / Como se fosse um fantasma, / Ou talvez um anjo caído, / Como um sonho desfeito,” “Eu e você nadamos no Lago da Alegria, / Descemos de canoa no Rio da Magia, / Tomamos banho nas Cataratas da Ilusão, / E nos atiramos das Corredeiras do Sentimento.” “No baú de minhas lindas memórias, / A mais memorável de todas é a tua, / A mais incrível de minhas histórias, / A única que em meu coração continua, / No meio de tantas outras provisórias, / És a lembrança que o amor perpetua...” “As memórias aos poucos vão se apagando, / Mas de algumas delas eu nunca me esqueci, / De nossa paixão que devagar foi definhando, / De todas as canções que um dia cantei para ti, / Das tristezas que no coração fui guardando, / De todos os versos que nunca mais te escrevi!” “Doce vampira, chupe meu sangue, / Até a última gota, com vontade, / Até me deixar completamente exangue, / E farei parte de ti, por toda a eternidade...” “Foi pelos ares o meu padrão estético, / Sem poder disfarçar o meu desejo eufórico, / Sem dúvida, entregue pelo volume elástico... / Aí, notei que me olhavas com um sorriso cínico, / E teu olhar espelhava um rubor incrédulo, / E te aproximaste, te percorrendo um frêmito.” “Depois de algum tempo, quando a dor se acalmar, / Quando não estiver tão exposta essa dor que se vê, / Mesmo assim, não sei se conseguirei me lembrar / Que algum dia preciso me esquecer de você...” “Quero encontrar um amor que seja infinito, / Que pelos poetas seja sempre descrito, / Um amor que pela eternidade vague / Até que a última estrela se apague...” “As gotas que vejo escorrendo pela vidraça / São rastros do amor que tua ausência baniu, / Deixando-me essa saudade que me abraça / Nessa chuva inclemente que a noite não viu...” “Dentro dele, esse imenso vazio / Lembra-me o tamanho do rombo, / Quando seu iceberg abalroou meu navio, / Num pesadelo do qual ainda zombo!” “Algum dia, talvez eu seja seu, / Quando seus olhos perceberem os meus, / Antes que eles virem tristes museus! / E nesse dia, em que o rio chegar ao mar, / Entre cetins e sedas, / Ousarei percorrer as veredas / Onde o meu olhar se perdeu...” “A Poesia fluía mansamente de meus dedos, / Inspirada por essa musa sem reparos, / Entre nós dois, não havia segredos, / E navegava no mar de seus olhos claros...” “Dessa solidão incessante não tenho medo, / Mas simplesmente morro de pavor, / Por isto, meu inesquecível amor, / Minha lembrança mais querida, / Diga-me, por favor: qual é o segredo / Para viver sem você, pelo resto da vida?” “Andei seguindo os seus passos, / Em vão buscando os seus traços, / Mas nada encontrei, / E sem você, nada sei, / Sou uma fagulha perdida no ar, / Um barco sem GPS no mar, / Um triste verso sem rima, / Um salmão a saltar rio acima,” “Compus para ti uma música em ritmo lento, / A ser tocada por uma orquestra mágica / Composta de sonhos e sentimento, / Com instrumentos de precisão cirúrgica,” “Nesse triângulo escondido / Por baixo de tuas bermudas, / Meu olhar vive perdido, / Deixando que me iludas / De que um dia me deixes / Estender minhas redes / Entre esses pelos, cujos feixes / Causam-me problemas sérios,” “Virei uma casca solitária das horas, / Que se arrastam sem piedade, / Em noites insones até as auroras, / E dias vazios preenchidos pela saudade...” “Lembre-se de memórias que jamais teve, / De reminiscências que o próprio tempo esqueceu, / Para celebrarmos o amor que aqui nunca esteve, / Nesse livro de histórias que ninguém nunca leu...” “E a tua ausência me condena, / Declarando-me culpado por perder teu amor, / E em meu peito exposto gangrena / E explode de tristeza esse coração sofredor, / Que jorra saudade através de uma veia, / Transmitindo versos em línguas que nem conhece, / Para serem lidos em noites de lua cheia, / Para uma plateia que de falta de amor padece...” “Não quero os teus dotes, / Não me importam, apenas tuas paixões, / E ver teus olhos brilharem como archotes / Quando te lembrares que por ti matei dois dragões!” “Pois parece que agora é tarde demais, este planeta é controlado / Por uma espécie que domina a natureza, e a torna tão brava, / Deixando nosso grupo de invasores desse jeito encurralado / Por visões impossíveis e pelo vento que na janela soprava...” “Os mortos se levantaram dos túmulos, / Vagando como indecifráveis zumbis, / Assassinatos chegaram a seus cúmulos, / Trucidando milhares de indefesos civis... / Mulheres lindas foram trancadas em jaulas, / Os rastros de violência se espalharam, / A liberdade foi banida das aulas, / E os amantes nunca mais se encontraram...” “Mas, finalmente, a campainha toca, / Abro a porta, e lá estás, linda e atrevida, / Com um decote insinuante que me provoca, / E uma saia curta, que a avançar o sinal me convida, / E correspondes, beijando-me com fúria, / Mostrando-me que também estás a perigo, / Arrastando-me para o sofá com luxúria, / Deixando claro que finalmente ficarás comigo...” “Ainda sonhando, naquela montanha imensa, / Escrevi um poema sobre as divindades, / Em como são muito maiores do que o homem pensa, / Pois, com um bater de suas asas, mudam realidades... / Mas, quando acordei, de repente, / Estava de volta à minha solitária cama, / E pela primeira vez, dos Mistérios plenamente ciente, / Pois a pena do anjo estava no bolso de meu pijama...” “Algumas fotos suas ficaram nas molduras, / Que às vezes escondo, mas devolvo ao lugar, / Para despertarem de novo minhas amarguras, / Com esse sorriso que continua a me encantar... / A noite sempre me traz suas histórias, / E seu fantasma chora junto comigo, / Quando trago de volta antigas memórias / De fatos dos quais esquecer não consigo...” “Depois disto, a noite nunca mais foi embora, / Uma sombra encobriu até a luz do luar, / E a tristeza se instalou, pela vida afora, / E a saudade infinita tomou o seu lugar...” “Enquanto a noite estende seus véus, / A lua cintila, iluminando os céus, / E as estrelas se esparramam, solenes, / Derramando seus rastros, perenes... / O brilho das estrelas, pelo qual poetas deliram, / Percorre o espaço há milhões de anos, / E muitas delas desde então já explodiram, / E seu brilho é um desses fantasmas arcanos...” “Começas a dizer obscenidades / De como meu beijo te excitou, / Bem junto ao meu ouvido, / Enquanto teus lábios me percorrem, / Desafiando-me cada sentido, / E de tua boca suavemente escorrem / Gotas de puro prazer...” “Esse luar que em teus olhos habita / Provoca-me uma ilusão infinita / De uma paixão sem limites / Cada vez em que me fites / Como se o tempo fosse parar / Como se fosses me amar / Até o mundo explodir” “Como pôde aquele amor tão grande terminar assim, / Deixando aqui aberta essa caixa de Pandora, / Onde os males se agigantam tão perto de mim, / E essa saudade maldita, que não quer ir embora?” “Naquele teu olhar cheio de solidão, / Gélido como um floco de neve, / Não vi um respingo sequer de paixão, / Que pelo ar da noite se foi, tão leve... / Aquele teu olhar me pegou de surpresa, / Pois um dia antes, nos amamos com fervor, / Como explicar em teu rosto tanta dureza, / Um dia depois de me jurares amor?” “Conte-me histórias da fantasia de onde você saiu, / Ou, se for de verdade, diga-me de onde veio, / Conte-me suas aventuras de modo gentil, / Mostre-me a linda curva de seu seio... / Por favor, não desapareça quando eu acordar, / Pois seria uma decepção imensa / Saber que em sonhos você voltou a se refugiar, / E que teria sido tão efêmera a sua presença...” “Sinto-me com ela como um rapazola, / Apaixonado por uma colega de escola, / Inseguro, como quase todo homem, / Com as dores de amor que o consomem.” “Seduzem-me as tuas correntes, / Que docemente me tocam / E roçam-se no escuro as nossas mentes, / E trocam-se nossos sedutores olhares, / E tuas risadas gostosas me provocam, / Mas e se eu não voltar de teus mares?” “Estes são os últimos versos que escrevo / Para nosso desesperado amor, / E nessas tristes rimas descrevo / A dor que sinto por esse óbito aterrador, / Capaz de abalar a órbita de nossos planetas!” “Ah, Poesia, o que fizeste? / Conta-me o que faço agora, / Depois de tanto amor que trouxeste, / Por que a deixaste ir embora? / Ah, Poesia desalmada, / Depois dessas horas tão cruas, / Deixa a chuva varrer a calçada, / E minhas lágrimas se juntarem às tuas...” “Um verso suicida / Atirou-se na frente / De um amor desgovernado / Cansado da sua não-vida / Enlouqueceu de repente / Jogando letras para todo lado” “Por que ela teve de ir e não voltar, / E depois daquela noite não mais a vi, / Em qual estrela terá ido morar, / Será que sabe que nunca mais a esqueci?” “Por onde estiveres, meu amor te acompanha, / Em algum rincão dessa Galáxia imensa, / Mesmo em alguma estrela estranha, / Sentirás contigo a minha presença!” “Esse teu olhar atordoante / Derrubou minhas defesas num instante, / E escancarou para ti o que vai no meu peito, / Essa paixão galopante contra a qual não há jeito!” “Sou apenas um contador de histórias, / Trazidas a mim por acaso pelo vento, / Ou por algum duende que invento / E que divide comigo suas memórias!” “Como um Titanic moderno, nosso amor foi a pique, / E hoje dele não restou sequer um vestígio, / Uma tempestade bravia rompeu nosso dique, / Explodiu pelos ares o amor que parecia um prodígio!” “Estamos em completa sintonia, / Mesmo que isto seja impossível, / Um ser de carne, outro de fantasia, / Como se algo assim fosse possível!” “Pela primeira vez, fiquei calado, / E deixei você partir em silêncio, / Inconcebível, / Intraduzível... / Não lhe pedi explicações, / Nem tentei argumentar, / Pois a chuva não cai no deserto, / E em seu olhar não havia oásis, / Apenas redemoinhos e tempestades de areia!” “Na noite em que você disse adeus, / O meu mundo caiu abismo abaixo, / Meus versos se tornaram plebeus, / E meu violão se tornou contrabaixo! / Meu coração se revoltou e foi embora, / Deixando esse buraco medonho, / Essa dor que nunca melhora, / Pelo fim de meu mais lindo sonho!” “Algo assim costuma sempre acontecer / Com vidas que se cruzam, tão diferentes, / Alfas e ômegas, princípios e fins, / Almas que não se encaixam jamais, / Num jogo que não se pode vencer, / Pois amar com facas entre os dentes / Só pode levar a resultados ruins, / E a barcos atracados em diferentes cais!” “Deixe-me passar com meu cão na coleira, / Com aquele olhar tão triste como o meu, / Que por meus olhos cansados se esgueira, / Tentando resgatar o sorriso que se perdeu, / Mas mesmo aquele olhar de amor tão puro, / Não consegue reacender o pavio apagado, / Ou devolver a luz ao fim desse túnel escuro / Que leva para onde meu barco jaz, naufragado,” “Essa porta entreaberta / Que me conduz à solidão, / Numa estrada deserta, / Onde se enforcou a paixão, / Esconde atrás armadilhas, / Sombras que se ocultam / Entre suas trilhas, / Soltando gritos que se escutam / Daquelas almas penadas, / Que pagam seus pecados,” “Não quero teus beijos nunca mais, / Cansei-me de ser por ti magoado, / E depois consolado por beijos sensuais, / Para que deixasse a mágoa de lado! / Não te queria por partes, / Somente o pacote completo, / Seguindo o manual de tântricas artes, / Que de mim mantiveste secreto!” “Talvez algum dia eu resolva / Contar-te aquelas histórias secretas, / Que jamais eu contei a ninguém! / Quem sabe contar esses casos a alguém / De repente simplesmente me devolva / A vontade de revelar algumas histórias indiscretas?” “Entre tantas idas e vindas, / O amor foi se ausentando aos poucos, / Deixando para trás tantas lembranças lindas, / E os ecos de teus gritos roucos!”



Hist Rias Que A Noite Nos Traz


Hist Rias Que A Noite Nos Traz
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-02-27

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86º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , todos eles publicados no Clube de Autores, exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia. Alguns trechos: “Lendas alienígenas surgem em nossa mente, / Passadas em algum planeta que sequer existiu, / Em um Universo que é pura invenção, / E julgamos que essa inspiração é puro acidente, / Então, narramos essas memórias que ninguém nunca viu, / Sobre amantes furtivos que morreram por paixão!” “Nossa história de amor é um suplício, / E, por causa dele, muitas vezes morri, / Então, por que será que é tão difícil / Lembrar quantas vezes já te esqueci?” “Nossa história é um ponto de interrogação, / Mas ainda sem um ponto final... / Será que merece uma investigação / Saber por que ficamos só no sexo casual?” “Já entrei na contagem regressiva / Dos anos que ainda me restam, / Só espero que a minha Poesia a mim sobreviva, / Nesses versos profanos que os anos me emprestam...” “E assim, chegamos ao final desse drama, / Nós dois, antes ternos amantes, / E agora, compartilhando a mesma cama, / Mas milhares de milhas distantes...” “O verão passou, tu me deixaste, / Mas ele em minha memória permanece, / Pois em meu coração para sempre ficaste, / Nessa doce saudade, que nele floresce...” “A música de minha vida / Virou um zumbido, / Irritante, / Agudo, / Tornou-se uma enorme ferida, / Apenas um ruído, / Incessante, / E é tudo!” “Meus versos usam apenas rimas sombrias, / Chamo o Sol, mas só a escuridão me responde, / E insiste em se jogar sobre minhas pupilas, / E do meu último riso nem me recordo, / Onde foi que escondeste a minha alegria?” “E assim vamos levando a vida, / Quando saio dos trilhos, tu me corriges, / O teu doce sorriso, a te amar me convida, / E lindos poemas de amor, com teus olhos rediges...” “Nosso amor é um verso incompleto, / Onde falta rimar o refrão, / Pois de paixão ele está repleto, / E mais ainda de solidão!” “Nosso amor já não tem salvação, / O barco que vinha salvá-lo afundou, / E fracassou em sua missão de resgate, / A chuva leve tornou-se um furacão, / O amor que me tinhas, o vento levou, / E o nó em meu coração, não há quem desate!” “Como se pode ficar insensível / À magia inexplicável da Vida, / Esse mistério que Deus tornou tão tangível, / E que eternamente a sonhar nos convida?” “Meu coração é de porcelana, / Frágil, e tantas vezes já se quebrou, / E depois, fica nessa tristeza insana, / Por causa do amor que se acabou!” “E, quando termino de cantar a última melodia, / Com aquele seu magnífico refrão, / Sobre uma paixão que a lua proibia, / O seu quarto continua no escuro, / Mas não sei se você está acordada, / E, se estiver, esse meu amor insano esconjuro, / Pois de que adianta, se para você não sou nada?” “Fico por horas a admirar o teu corpo despido, / Essa linda escultura de carne, ossos e músculos, / Pois, nessas batalhas nas quais tens me prendido, / Essas tuas alvoradas atraem meus crepúsculos...” “Nesse vaivém das horas insano, / A ampulheta do amor gira ao contrário, / E suas areias escorrem num ritmo profano, / E matam os peixes de nosso aquário!” “Tento me libertar, mas já é tarde demais, / Pois minha mente já ficou impregnada / Das cenas loucas de nossos contatos carnais / E nela sua doçura ficou gravada / Nas lembranças que minha tristeza adubam, / Pois exalam em minhas narinas o seu doce perfume / Nessas memórias suas que me derrubam, / Quando ouço nossas músicas no último volume!” “A quantos naufrágios / Deverei sobreviver / Em tuas loucas correntes? / Quantos presságios / Deverei esquecer / Em teus lábios pungentes?” “Tenho a goiabada, / Mas me falta o queijo, / Em teu tudo naufraga meu nada, / Morro à míngua / Sem o teu beijo, / Mas já não falas minha língua, / E por isto morro de tédio,” “Seu rosto em meus sonhos esculpo, / Mas com você ando em débito, / E por ele me desculpo, / Pois ando meio decrépito, / E minhas memórias andam falhas, / Não respiro direito com desvio de septo, / E ando cansado de recolher migalhas, / Por isto, eu lhe faço um repto: / Que acha de juntarmos nossas tralhas?” “Pois depois, nunca mais você me verá, / Para mim, será um tipo cruel de saudade, / Saber que nos amamos, mas não mais haverá / Maneira alguma de preservar minha sanidade...” “E, quando você abre os olhos e me sorri, / Como se o Amor estivesse aqui onipresente, / Às vezes, fico até imaginando que morri, / E que você foi o sonho que ganhei de presente!” “E, quando o silêncio pleno é só o que resta, / Numa vida da qual a paixão também se esvaiu, / Um fantasma de você mesmo espia pela fresta, / A espreitar o oceano que em seu rosto surgiu...” “E, nessa balbúrdia que o tempo virou, / Nós nem nos conhecemos ainda, / Mesmo tendo dormido juntos no ano que passou, / Mas, quando olhei aquela sua foto linda, / Vi que você me olhava com fogo no olhar, / Naquele futuro onde morreram milhões, / E, enquanto o Deus do Tempo gargalha sem parar, / Tudo o que restará de nós foram as ilusões...” “As canções que compus perderam o ritmo, / Nada do que planejei com você deu certo, / Baixou um vírus em meu algoritmo, / Meus jardins suspensos viraram um deserto, / Da minha inspiração, que era um colosso, / Já quase não saem mais poemas de amor, / Meu filé mignon transmutou-se em um osso, / A comédia que escrevia virou um enredo de terror,” “Quando chega janeiro, eu a esqueço, / Mas por alguns meses apenas, / Sem lembrar de você, adormeço, / E minhas noites voltam a ser plenas, / Mas, no fim do ano, volta o mesmo calvário, / E começa novamente meu inferno astral... / Por que cargas d’água o seu aniversário / Tinha que cair em pleno Natal?” “Quantas trilhas deverei percorrer, / Quais mistérios precisarei desvendar, / De quantos perigos deverei te socorrer, / Ou novos poemas terei de publicar, / Para revelar o que teu olhar jamais percebeu? / Quantas lágrimas precisarei ocultar, / Antes que descubras que teu tesouro sou eu?” “Às vezes, tento expulsá-las para Saturno, / Ou para um outro corpo celeste distante, / Mas ficam, em algum pensamento soturno, / Desafiando-me, nesse pesadelo irritante.” “Que contraste faço contigo, / Minhas décadas ante tua alegria, / Tua juventude ante meu corpo antigo, / Teu funk ante minha Poesia... / Meus poemas se expõem / Diante das maravilhas que exalas, / Minhas emoções contrapõem / Teus saltos olímpicos às minhas bengalas...” “Você certamente não sabe / Que, tantos anos depois, / Enquanto se movem os universos, / Eu nunca mais a esqueci, / Nem as lembranças de nós dois, / Mas sei que jamais lerá esses doces versos, / Que, numa tarde triste, para você escrevi...” “A vida é assim como um tabuleiro ouija, / Que se move sem que se saiba o porquê, / Convertendo em geleia a sua carne rija, / Num mecanismo sinistro que você não vê!” “Eu era feliz, e não sabia, / Sempre a combater moinhos de vento, / Confundindo realidade e fantasia, / Achando que um ano durou só um momento!” “Então, diga essas palavras que transcendem, / Enquanto continua suavemente a me fitar, / Essas doces palavras que acendem / Esse mundo mágico que mora no fundo do olhar...” “Um vizinho meu de prédio / Parece que ficou maluco, / Ou deve ter fugido do hospício, / Ou então deixado de tomar o remédio, / Pois anda por aí portando um trabuco, / E fazendo toda hora um comício, / Fantasiado de Napoleão!” “Essas rugas profundas, nada disfarça, / Nem esses cremes caríssimos que usas, / Esse teu sotaque carioca também é uma farsa, / Em teu pacote, mentiras sem fim estão inclusas!” “De todas as coisas que amava, / Hoje, só amo você, / Pelas nuvens, sonhando, voava, / Mas já não voo, pois venceu meu brevê!” “Será que teu cheiro mudou, / E o amor já não faz parte de nós, / Ou será que foi o olfato que me abandonou, / Além de que de teus beijos não sinto o gosto! / Serão essas deficiências culpa desse vírus maldito, / Mas e essa amargura que vejo em teu rosto, / Será que nos abandonou aquele amor infinito?” “E, quando criei coragem e me declarei, / Meus sonhos desceram montanha abaixo, / Compreendi que nada sou e nada sei, / Meu suave violino virou um contrabaixo!” “Cansei de ficar dando conselhos que você não ouve, / De agora em diante, eu me esquecerei do que houve, / A partir de hoje, minha vida terá conserto, / Pois troquei seu funk por um lindo concerto!” “Os maiores deficientes / São os carentes / De amor, / Pois ficam simultaneamente / Cegos, pelos olhos cheios de estupor, / Retardados, por trancarem a mente, / Surdos, por não ouvirem os gritos do coração, / Mudos, por não conseguirem dizer a uma pessoa que a ama,” “Não me fale sobre amor se não tiver certeza, / Não quero falar de novo sobre isto, não! / Sofrer por amor é uma tragédia, / Virou até verbete na Wikipédia, / Por que ferir ainda mais o meu coração, / Que de sofrer já anda farto?” “E, quando a saudade apertar, / Depois que eu já houver partido, / Deixes uma única lágrima suavemente rolar, / Se não contiveres um soluço, não faças ruído... / Penses nos dias lindos que tivemos, / Um no outro, 24 horas por dia imersos, / Nos poemas lindos que juntos vivemos, / E me faças reviver em meus próprios versos...” “Eu te guardei bem no fundo, / No lugar mais profundo / De minhas memórias, / Mas às vezes tomo uns goles, / E então escapoles, / De novo afloras, / E por algumas horas / De minha mente tomas conta, / A lembrar-me de antigas histórias, / E a saudade desponta” “Mas, numa noite fria, / Esqueci tudo que sabia, / Naquele processo de osmose, / Ao tomar a primeira dose, / Nada módica, / De vodka!” “Aquele brilho em teu olhar, / Que me deixou estupefato, / Logo deixou de brilhar... / Não passou de um fogo-fátuo, / Que me deixou sem ar, / Por alguns instantes brilhou, / Depois, para sempre se apagou!” “E, entre pesos mortos / E corações feridos, / O jeito foi fazer um lockdown! / Adeus, mundo cruel, / Quando o vírus da saudade me pegar, / Quem sabe abro as janelas de novo?” “Minhas mãos cansadas estão alquebradas, / Repletas de marcas do tempo e de rugas, / As pontas dos dedos ficaram marcadas / Pela pressa de minhas viagens e fugas...” “Carece mesmo que por você fui fisgado, / Mordi com bondade o seu anzol, / Escudo o que quero é cometer um pecado, / Rolando com você contrabaixo de um lençol!” “If you don t have a pain / There will no gain / You have to suffer / To obtain an offer / Of God / In the games / Of life s iPod”



L Grimas Proscritas


L Grimas Proscritas
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-09-14

L Grimas Proscritas written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-09-14 with Poetry categories.


O 94º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA 93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI Alguns trechos: “Essas lágrimas que teimam em cair, / Rolando suavemente por minha face, / Relatam uma consistente tristeza, /Que teima em me possuir, / Depois de nosso cruel desenlace, / Uma lástima na garganta presa, / Olhos vazios fitando a distância,” “Nas areias do tempo fora escrito / Que em algum dia nos encontraríamos, E, naquele momento assim predito, Um pelo outro nos encantaríamos.” “Que a vida é algo muito além da Poesia, / Mas só quem é mais forte / Consegue compreender que a morte / É apenas um último passo / Para receber de Deus um abraço, / Naquele oásis de Paz que em sonhos mentalizo, / E que chamamos por aqui de Paraíso...” “O tempo não volta, nunca mais a vi, / Mas sua lembrança sobreviverá, nos dias que virão, / E jamais revelarei as várias vidas que vivi / Com você, naquele inesquecível verão...” “E, depois de tantas mortes e ressurreições, / Os fantasmas do passado / Levaram-me até tua porta, / E um dedo rebelde, / Ignorando o comando mental / Para que ficasse quieto, / Tocou a tua campainha,” “Entre nossos corpos, não fica nenhum espaço, / E esse abraço, é somente o começo, / Preciso, como um relógio suíço, / De uma transa, que se prenuncia um colosso, / Capaz de te arrancar um soluço!” “Será que esse amor solitário / Sobreviveu por algum mistério, / Mesmo que sua lembrança seja um martírio, / Reminiscência de um amor transitório, / Uma canção arrebatadora, que virou um murmúrio?” “Você fica quieta, / E eu, inquieto poeta, / Fico pensando / Nas possibilidades, / Em múltiplas realidades, / E filosofando...” “Vejo em teus olhos um imenso desejo, / Em tua alma tanto tempo represado, / Que tento despertar com um gracejo, / Para que enxergues o meu outro lado, / Pois, como poeta, sempre tenho algum lampejo, / E vislumbro em ti mágoa por um amor fracassado, / Mas não percebes o olhar com que te dardejo, / Para ti, não passo de um amigo afastado, / E nunca notaste que é por ti que versejo,” “Conta-me: que feitiço foi esse, / Tão persistente, / Que me rogaste / E tornou-me escravo de ti, / Logo eu, inusitado poeta, / Que nunca aprendera a amar?” “Por favor, diga-me como é que se pode explicar, / Algo que criou um enigma em minha mente, / Enquanto percorro tua face, que estou sempre a fitar, / Ao te confessar meu amor, que flui como uma corrente, / Por que essas lágrimas descem fumegantes de teu olhar?” “Agora, é tarde demais, / Para uma lágrima pedindo perdão, / Não serão suas glândulas lacrimais / Que, agora tão só, lhe consolarão... / A vida é essa estranha ironia: / Quem você quer, já a esqueceu, / E não será uma lágrima vadia / Que reviverá um amor que morreu...” “E, ao final de horas de volúpia e prazeres, / Beija-me pela última vez, com paixão, / Antes de em meus braços adormeceres, / Na primeira noite de muitas outras que ainda virão...” “E no embalo da solidão, compreendo / Que a vida é feita de escolhas mal feitas, / E cada novo dia, continuo aprendendo / Da saudade as mais escondidas receitas...” “Todos os sonhos viraram miragens, / Num palco onde a cortina fechou, / Não passamos de personagens / De um filme que já terminou...” “Ela é um submarino atômico, / E eu, não passo de uma frágil canoa, / Sonhando com seu rigor anatômico, / Mas como, se sou um frágil felino, e ela, uma leoa?” “Noite após noite, incessante, / Sem dar sequer uma pausa, / Ou qualquer descanso, / Uma aranha que me prendeu em sua teia, / Envolvendo-me nessa dor dilacerante, / Um triste poeta sem meta nem causa, / Sempre a sonhar com o que nunca alcanço...” “Como proibir paixões proibidas, / Pois qualquer tolo sabe / Que, quanto mais se proíbe uma paixão, / Mais ela aflora, pois paixões são assim, / Irreprimíveis, inexatas, insensatas, / E quantos outros epítetos as descrevam, / Pois, afinal, o que seria dos poetas / Se inventar paixões fosse proibido?” “Levantamo-nos da cama, exaustos, / Depois de a mim te ofereceres, / Em doces holocaustos, / E, depois de tantos prazeres, / Voltamos às nossas rotinas desenxabidas, / Sem nenhuma graça, / Menos subidas do que descidas, / Menos uísque do que cachaça,” “Quando foi que o amor virou amargura, / A tristeza nos olhares, cada vez mais frequente, / E as acusações mútuas viraram rotina? / Quando foi que perdemos a ternura, / O que provocou essa separação iminente, / E nossa peça de teatro desceu a cortina?” “A vida é um mistério, / Num dia, o amor nasce, / No outro, acaba num cemitério, / E, por mais que alguém te amasse, / Nada conseguiu evitar / Que isto acontecesse, / E depois que morre, é impossível ressuscitar, / Nunca houve amor extinto que renascesse...” “Será que ela por acaso adivinha / A tristeza sem fim que me causa / Pensar nela, nessas noites vazias, / Mesmo sofrendo, poeta abstrato, / Convivendo com essa quase certeza / De que não a verei nunca mais?” “E os donos desses corações insensatos, / Entre internações, colapsos e enfartes, / Comportam-se como se fossem novatos, / Buscando aplausos em suas românticas artes...” “Nessa insana aventura, / Essa enorme loucura, / Que começou como uma travessura, / Disputando jogos arfantes, / Mas infelizes quando distantes, / Em nossos caminhos errantes, / Nessa distância sem par, / Que nos impede hoje de conjugar, / Todos os tempos possíveis do verbo amar...” “Há tempos nessa incerteza os dias passo, / Será que é possível voltarmos ao começo, / Antes de minha alegria tomar chá de sumiço, / Naquele mágico encanto que um dia foi nosso, / Antes de começar essa tristeza sobre a qual me debruço?” “Não deixara bilhete de despedida, / Sequer uma mensagem no WhatsApp, / Nem ao menos um SMS, / Seu celular estava mudo, / E não me retornou a ligação, / Nunca mais, / E tudo o que restara dela, / Naquela noite desesperadora, / Foi a sua ausência, / Que durou para sempre...” “Entre os mistérios que eu perseguia, / Hoje só resta um, indesvendável: / Onde foi parar o amor que havia / Entre nós, que parecia interminável, / Fonte em mim dessa doce Poesia, / Um lindo mistério inexplicável, / E que hoje jaz nessa agonia, / E nessa tristeza inominável?” “Disseste que sou meio louco, / E, pensando bem, / Talvez isto seja verdade. / Entre as maiores loucuras que fiz, / Escrevi um moto-contínuo de versos, / Só para nunca conseguir te esquecer...” “Diga-me, o que signifiquei em sua vida, / Terá sido apenas um acidente de percurso, / Que a desviou do caminho que havia traçado, / Não mais do que uma história esquecida, / Depois da qual a vida seguiu o seu curso, / Nada além de um longínquo eco do passado?” “E hoje, o último sonho foi sepultado, / Sem réquiem, choros ou rebeldia, / O que houve entre nós ficou no passado, / Aquela ilusão, tão pouco valia, / E dela sobrou esse amor fracassado, / Que só sobrevive em minha Poesia...” “Não precisei me internar / Em nenhum hospital privado, / Pois dores de amor não são físicas, / Logo irei me recuperar, / Sem traumas ou nenhum machucado, / E sem quaisquer lembranças metafísicas!” “Corpos colados, / Explorando-se com loucura, / Num amor sem fronteiras, / Que desabam quando nos encontramos, / Quando a Magia desce à Terra, / E se encaixa entre nós, / Dessa forma perfeita, / Que não devia ter hora para acabar...” “E você me confessou que sentia o mesmo, / Que, mais cedo, quando me viu naquele bar, / Reconheceu quem frequentava seus sonhos, / E só por isto é que fora tão atrevida, / Como jamais ousara ser, / E depois de mais alguns beijos apaixonados, / Afinal adormecemos, abraçados, / Jurando-nos um ao outro esse amor / Que até hoje jamais nos deixou...” “Quando estamos juntos, / Os dias passam rapidamente, / Furiosamente velozes, / Mal dá tempo de atualizarmos / Esses tantos assuntos, / Que se acumulam vorazmente, / Pois os minutos são nossos algozes, / E contam o tempo para nos separarmos...” “Tempos difíceis se aproximam, / Cada vez mais próximo um confronto, / Pois ideologias diferentes não rimam, / E, no próximo capítulo de um triste conto, / Tais confrontos poderão ser inevitáveis, / Discussões de razão sem razão nenhuma, / Conflitos sem solução e inexplicáveis, / Provocando um ódio sem fim, que se avoluma...” “Preso no trânsito caótico / Dessa imensa cidade, / De repente, penso / Nela, em seu olhar imenso, / E então meu nervo ótico / Subitamente estremece / Como se também tivesse / Essa maldita saudade,” “Tento te esconder do mundo, / Para que, nem por um segundo, / Alguém possa te seduzir, / E meus sonhos então reduzir / Ao fundo de um precipício, / Ou então direto ao hospício, / A um mundo do qual não faças parte, / Melhor seria ser deportado para Marte, / Pois sem ti o que eu faria, / Se és é a fonte de minha Poesia?” “E a esse jogo da sorte eu me entrego, / Sem receio de ser um dia o perdedor, / E em teus oceanos sem barco navego, / Para encontrar um dia o porto de teu amor...” “Nessa noite clara, / Velo por teu sono, / Sob essa lua rara, / Já no fim do Outono... / Dedilho meu velho violão, / De tantos acordes, / Tocando essa canção, / Esperando que acordes...” “Colocas em risco minha sanidade, / Quando libertas a tua fera interior, / Bem no meio dessa cama redonda, / E, entre beijos, dizes que tiveste saudade, / Que nem imaginavas um dia sentires amor, / E nem mesmo esperas que eu responda, / Antes de me atacares com teus beijos imorais,” “Desde a única ocasião em que voei num Concorde, / Ou da última vez em que dirigi um Ford, / Não há nada que digo da qual você não discorde, / E até torce para que um policial me aborde, / Nas vezes em que perco essa calma, digna de um Lord!” “Num sonho, encontrei um ovo de dinossauro, / E descobri que isto valeria uma fortuna em euro, / Mas adormecera, ao som de “Hurt”, da Timi Yuro, / E, antes de poder vender aquele autêntico tesouro, / Perseguido pelo dinossauro, acordei em meu quarto escuro...” “Não acalanta pedir desculpa, / Fazendo de lontra que não fez nada, / O seu olhar ainda está freio de culpa, / E sua alface linda ainda está molhada...” “Sonhaste / Com meus estribilhos / Minha vida voltou aos seus trilhos / Com a felicidade que me legaste / Chegaste / Na última barca / Gravando em minha boca tua marca / E nunca mais me deixaste” “Que triste reencontro foi esse / Com um passado que tentei apagar, / E me lembrou o motivo para que te esquecesse, / E não queira nunca mais te encontrar...” “Foi ela, que, numa tarde de chuva mansa, / Em meus sonhos suavemente penetrou, / E que desde então, não se cansa / De ler os poemas que Morpheus lhe soprou!” “O amor é uma aventura errática, / Que insiste em nos convidar / Para avançar numa trilha enigmática, / Sem saber onde ela poderá desaguar! / E nós, intrépidos aventureiros, / Jogamo-nos de sola pelos caminhos, / Entre geleiras e abismos sorrateiros, / Cheios de armadilhas e espinhos!” “Mal reconheci nela aquele sorriso, / Disfarçado por trás de cada pelanca, / Mas era ela, sem dúvida alguma, / Com aquele mesmo sorriso preciso, / E com aquela dentadura tão branca, / Mas, da beleza que tinha, não restou nenhuma!” “Então, a felicidade, descrente, partiu, /E para mim, nunca mais voltou, / Foi conhecer outras paisagens, / Abandonando a minha vida, tão hostil, / Um pássaro selvagem que nunca voou, / Perdendo tempo com os meus personagens...” “Our love will grow and grow / With their musics and rhymes / For reasons we don’t know / Until the end of times”



Por Tr S Da M Scara Branca


Por Tr S Da M Scara Branca
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-11-09

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97º livro do autor das seguintes obras, todas elas publicadas no Clube de Autores, exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia/GO: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA 93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI 94. LÁGRIMAS PROSCRITAS 95. EROTIQUE 8 96. UMA HORA ANTES DO FIM Alguns trechos: “Muito mais tarde, quando o amanhecer se aproxima, / E encontra nós dois, ainda abraçados, / Descubro que és a minha mais linda rima, / Nessa lágrima de amor, em teus olhos marejados…” “Nosso navio do amor jamais saiu do estaleiro, / O casco enferrujou, / Os barcos furaram, / Os mapas marítimos continuam enrolados, / Os salões ficaram vazios, / Sem música, / Sem orquestra,” “Ao fim desse triste soneto, / Depois que as cortinas descem, / Tu estás vestida de preto, / Lágrimas fortes umedecem / O verso final do folheto, / Sobre sombras que permanecem…” “Se eu pudesse te resumir numa frase, / Diria que foste a minha última tese, / Que infelizmente deletei num deslize, / E então, sirvo-me mais uma dose, / Por mais que meu reflexo por isto me acuse.” “Sonhos mortos, / Nesse nosso desmonte, / Pesadelos recorrentes, / Diques rompidos, / Poemas inacabados, / Dos quais não guardei nenhum...” “És a minha joia mais rara, / E da tristeza me libertas. / Devo-te mais do que posso pagar, / Por mais que eu tente fazê-lo, / Como colocar na balança o verbo amar, / Ou dar alguma nota a teu lindo cabelo?” “Mas fiquei para sempre incompleto, / Pois jamais o fez, / E nunca mais nos vimos, / Assim continuo da ausência dela repleto, / E aquela foi a primeira e única vez / Em que nos despedimos...” “E, muitas horas depois, na cama abraçados, / Tu me encantas, com esse teu olhar risonho, / Então sei que fomos, um ao outro, destinados, / E que jamais acordaremos desse sonho...” “Mas, quando olhei no espelho, / Logo decifrei a charada, / Quando vi a tristeza de meus olhos saltar, / Então, naquele olhar tão vermelho, / E de minha face vincada, / Vi uma chuva de lágrimas brotar...” “No fim dessa estrada comprida, / Que chamamos de vida, / Há uma encruzilhada, / E nesse final da jornada, / Há duas direções diferentes, / Divergentes, / Opostas,” “Brotou em mim naquele instante / Um dos mais lindos poemas / Que já havia escrito, / A celebrar minhas emoções em conflito, / Pois o amor é o mais comum dos meus temas, / E minha mente celebrou esse flagrante!” “Parti / Sem saber se era o certo / A fazer / Mas senti / Que nesse nosso deserto / De onde se ausentou / O prazer / Foi só o que me restou / Pois não mais te amava / De nós já nada havia / E aos poucos se devastava / O meu resto de Poesia” “Ataque-me com seu instinto primal, / Com seus lábios quentes me percorra, / Liberte meu lado animal, / De minha carência sem fim me socorra.” “O amor está pelos ares, / Em todos os lugares, / Para onde quer que você olhe, / Sempre haverá alguém que lhe escolhe / Para lançar olhares pecaminosos, / Sugerindo paixões violentas,” “E assim vamos seguindo, / Eu, vendo reflexos de teu sorriso lindo, / E tu, sem nem notares / Que em meu olhar brilham luares, / Pela Poesia aprisionados, / Mas talvez amaldiçoados / A jamais ver se cruzarem / Nossas bocas a se beijarem, / Num prelúdio, / Um doce interlúdio,” “Perto de ti, a paixão me invade, / De tua boca ardente tenho sede, / E esse amor indócil em mim reside, / E por isto eu te canto nessa doce ode, / Torcendo para que o amanhã não nos mude.” “Essa ferida exposta / Aberta em meu peito / Pela sua partida / Não tem resposta / Que dê jeito / Nessa dor tão sofrida” “E assim foi, até que a nossa música terminou, / A orquestra já guardou os instrumentos, / A festa de despedida foi desmarcada, / O tempo de perdoar um ao outro passou, / Apagamos o nome do cônjuge de nossos documentos, / Tudo o que restou de nossa peça foi uma cortina rasgada...” “Quando dei por mim, / Já era tarde, / Chegara o fim, / E, sem nenhum alarde, / Você rompera qualquer contato, / Bloqueara-me em todas as redes, / Não deixara aqui sequer um retrato, / Erguera entre nós quatro paredes,” “E de repente, eu me descobri feliz, / Como há muito não era, / E esqueci a cruel cicatriz / Que o passado trouxera.” “Adeus, linda rosa, / Assim congelada, tão formosa, / Mas condenada ao degelo, / A desfazer-se num cruel pesadelo, / Despetalada, / Pela geada assassinada...” “O tempo é indomável, como um rio, / Correndo sempre no mesmo sentido, / Inexoravelmente rumo a um destino sombrio, / Num curso já bem definido.” “As tuas fotografias foram parar no porão... / E lá, fizeram companhia a achados e perdidos, / Ali jogados, nos armários guardados, / Para sempre esquecidos, / Assim como todos os nossos beijos apaixonados...” “O mundo ao nosso redor / Segue em seu curso incansável, / Imutável, / Rumo a um destino maior, / Em volta do Sol a girar, / Sob a luz do luar, / Com seus mares profundos, / Mais lindos que os de outros mundos,” “Teus olhos hipotéticos, / Nesse quarto abstrato, / São tudo que preciso / Pra escapar da loucura!” “Eu te esqueci, / Mas não o bastante, / E às vezes escapas, / Da prisão mental / Onde eu te prendera, / E vagas, sempre presente, / Por minhas lembranças,” “Construtos podem se tornar de carne / Ou isto não é possível? / E mesmo que esse sonho se encarne / Até onde uma ilusão pode virar tangível?” “Inventa casos que jamais aconteceram, / Descrevendo-os como se fossem de verdade, / Narra reminiscências que meus neurônios esqueceram, / Pelos becos e ruas dessa imensa cidade...” “Por noites incontáveis, / Percorro os teus caminhos, / Em madrugadas memoráveis, / Que atravessamos sozinhos, / Nessa cama imensa que nos abriga, / A assistir nossos combates, / Que desde a primeira vez, deram liga,” “Parece haver uma fábrica de versos, / Que em meu cérebro fervilham, / Falando de destinos diversos, / Que em minha mente se empilham, / Em rimas que se misturam, / Livremente, sem segredos, / Enquanto meus neurônios murmuram / Estrofes aos meus dedos,” “Mas essa lágrima tonta, / De meus olhos fugida, / Sem que eu percebesse, / Sem querer tudo conta, / Da tristeza que escondi pela vida, / Até que essa lágrima furtiva descesse...” “Quando beijei tua boca macia, / A solidão dentro de mim se rompeu, / Onde havia uma estrada vazia, / O meu caminho juntou-se ao teu.” “Mas como é difícil / Esperar que me convides / Para fazermos juntos isto tudo, / Envolvidos em doces lides, / Depois de derreter o teu último escudo...” “Mas eu nunca te esqueci, / Mesmo não conversando contigo nunca mais, / Pois o vento de meus barcos furou as quilhas, / De meus navios quebrou os mastros, / E rasgou os quadros de meu museu...” “Vorazes amantes, / Incansáveis, / Naquelas noites furtivas, / Memoráveis, / Fugazes, mas tão vivas, / Nossos corpos pulsantes, / Arfantes, / Nessa página no passado perdida, / Mas que valeu por toda uma vida…” “Corpos se tocando, sem censura, / Mas sem perderem jamais a ternura, / Nós dois, flechados ambos por Cupido, / Naquele primeiro beijo jamais esquecido...” “Na noite passada, que grande fiasco / Foi misturar vodka com refresco, / Colocando-me na volta para casa em risco, / Pois dirigi pela noite de jeito tosco, / Freando várias vezes de modo brusco!” “E dentro de mais alguns anos / (Uns vinte ou trinta) / Toda essa dor parecerá irreal, / Talvez tenha esquecido de vez os enganos, / Quem sabe então eu já não sinta / Saudade dessa paixão surreal...” “O dedo de Deus está em tudo: / Na magnificência das montanhas, / Na imensidão do mar, / Nas maravilhas da Natureza, / No voo dos pássaros, / No amor materno, / Intrínseco a todas as espécies, / No calor dos gêiseres, / No frio das geleiras, / Na beleza do pôr do Sol, / Nas promessas da alvorada, / Na escuridão da noite,” “Nosso amor sempre foi frágil, / Adquiriste de mim por contágio, / Mas não tinha conteúdo, / Para ti, nunca foi tudo, / Jamais teve substância, / E por isto toda essa inconstância, / Esse teu estranho descaso, / Como se já estivéssemos fora do prazo, / Prestes a sermos extintos, / Sem nos rendermos a nossos instintos,” “E as maldições escaparam, / Soltas pelo mundo, / Agora extinto, / De nós, nem ilusões restaram, / Nada além desse pesadelo profundo, / À solta nesse infinito labirinto...” “Tento escapar dessa dicotomia, / Amor ou desengano, / Nessa relação arredia, / Num dilema freudiano. / Psicanálise não resolve esse caso, / Que está muito além de um divã, / Recusando-se a cair de vez no ocaso, / Que é o destino que o espera amanhã...” “Até que um dia, depois de outro sonho, / Finalmente ao vivo eu te encontrei, / E nestes versos, eu me exponho, / Para confessar que de ti nada sei... / Mas quero saber de tudo, / Não estamos mais no mundo de Morfeu, / Não somos mais um caso de estudo, / Somos de carne e osso, tu e eu...” “São velhas e doces reminiscências, / Trazidas por essa chuva que não cessa, / Assim como a dor de antigas ausências, / Sempre avivadas por chuvas doces como essa...” “À mercê desses teus feitiços, / Já não sei mais o que faço, / Para esquecer esses sonhos eróticos, / Que me inspiram os teus olhos castiços, / Pois meu coração não é feito de aço, / E como esquecer teus olhos hipnóticos?” “Tu não és uma artista, / E pareces não ter inspiração, / Nossa aventura já está prestes do fim, / Só sabes beijar por controle remoto. / Não conheces amor à primeira vista, / Nem sabes o significado de paixão, / Lês meus versos como se fossem em mandarim, / Dei-te um avião, devolveste uma moto!” “Hoje em dia, quase todos os jovens vivem em realidades virtuais, / E possuem um novo membro, ao qual chamam de celular, / Eternamente em conflito com os próprios pais, / Uns não sabem ouvir, outros não sabem ensinar...” “Ela se deitou em meu peito, / E confessou que sempre me amara, / E respondi que sentia o mesmo, / Então, eu lhe pedi perdão, / Por ter sido um tolo / E nunca ter avançado o sinal, / E por isto a perdera, tantos anos atrás,” “And there’s no answer to this question, / I don’t know what I did so wrong, / I couldn’t find any suggestion, / And the symphony of my life ran out of song...”