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Os Professores Seu Saber E O Seu Fazer


Os Professores Seu Saber E O Seu Fazer
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Os Professores Seu Saber E O Seu Fazer


Os Professores Seu Saber E O Seu Fazer
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Author : Rosenilde Nogueira Paniago
language : pt-BR
Publisher: Appris Editora e Livraria Eireli - ME
Release Date : 2017-11-10

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O livro Os professores, seu saber e seu fazer assenta-se em uma concepção pedagógica que pressupõe o papel da educação e do ensino, a preparação para o ser, para o conviver, para o posicionamento crítico e político, para o empoderamento substantivado na capacidade de tomada de decisões e participação ativa social e profissional. Defende a importância e a necessidade de ações reflexivas e investigativas na formação e prática docente como uma das possibilidades de desenvolvimento e valorização profissional, bem como um dos caminhos de melhoria no processo ensino-aprendizagem dos alunos. Ao longo deste livro, problematiza-se a formação de professores para uma sociedade em constante movimento, com velozes mudanças socioculturais, ambientais, políticas, tecnológicas e científicas. Nesse cenário complexo, torna-se imperiosa a existência de relações afetivas e da postura crítica e política dos professores de modo a analisar conscientemente as implicações sociais de suas ações, procurando, por meio de intervenções reflexivas, investigativas e colaborativas, desvelar valores, ideias e atuar na formação de jovens, crianças e adultos que também sejam assim. Realça-se a importância de os professores terem uma postura transdisciplinar que se traduz pela sensibilidade afetiva e amorosa, abertura de olhar e sensibilidade diante de si e do outro, especialmente o aluno. Não basta saber sem o ser; não adianta possuir vários conhecimentos (do conteúdo, dos métodos de ensino, das várias Ciências da Educação, dentre outros) sem a postura sensível e amorosa, sem a sensibilidade afetiva para compreensão do aluno como pessoa e de suas diferentes formas de ser e aprender, sem a compreensão e o respeito para com as diferenças, com a vida e com a natureza.



Did Tica Pedagogia E Sociedade


Did Tica Pedagogia E Sociedade
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Author : PEDRO ARTURO ROJAS ARENAS
language : pt-BR
Publisher: PEDRO ARTURO ROJAS ARENAS
Release Date : 2023-07-26

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O debate Didática, Pedagogia e Sociedade – Textos para uma sociologia da educação no século XXI, de Pedro Arturo Rojas Arenas, decorre, certamente, da pertinência do tema nas discussões acadêmicas na área de educação. Professores, pesquisadores e estudantes cada vez mais estão interessados em discutir seus conceitos, suas categorias, suas possibilidades dentro e fora da sala de aula. O livro é resultado de discussões e reflexões das quais o autor tem participado, alimentadas pelos questionamentos e problematizações em torno da formação e profissionalização docente. O livro convida-nos a retomar essas discussões no âmbito da formação de professores. Acresce sua preocupação com a ampliação do olhar sobre a educação, estabelecendo pontes com outras áreas do saber: reportamo-nos à Sociologia, à Antropologia, à História, por exemplo, dimensões essas que, seguramente, permitem um conjunto de discussões com as quais a educação deve familiarizar-se para ampliar os olhares e o diálogo entre as ciências humanas. Nos dias que correm, os desafios, as mudanças, as novas perspectivas para o sistema de ensino impelem os profissionais nutrir outras formas de agir, de ler o mundo que implique mudanças em uma prática docente investigativa, direcionada para outros espaços de ensino e de aprendizagem. As discussões apresentadas neste livro conduzem a uma viagem por textos leves, frutos da experiência pessoal, profissional, e de uma trajetória vivida, como educador, em seu compartilhamento com outros educadores, somados à sua experiência de vida na convivência com pessoas simples. A essência da obra: a arte de educar. Em seus artigos o lugar da responsabilidade social, da prática do fazer fazendo, da dedicação, do sentimento em torno do pensar sobre e com o outro. Escrito com a propriedade de um educador, que busca seu alimento diretamente da prática, apresenta uma trajetória de trabalho resgatado das subjetividades dos sujeitos e dos lugares miúdos da vida cotidiana. Com a mesma força, o que inspira o título do livro é a sua preocupação com a educação e seus desafios na contemporaneidade, principalmente, no que tange o mote da sociologia. No entanto, vai para além dessa dimensão. As discussões alimentadoras de seus artigos erguem-se de uma prática em sala de aula, de conceitos pertinentes às ações pedagógicas, do reconhecimento dos sujeitos escolares, das relações compartilhadas, da construção coletiva de um trabalho pedagógico, de ações educativas construtoras de intervenções e mudanças. Nos sistemáticos momentos que vislumbra suas ações como educador, o autor o faz de forma viva, séria, responsável, com a disposição daqueles que reconhecem a importância da prática da alteridade e da responsabilidade social do seu trabalho. Assim pensado, o faz percorrendo, avidamente, a memória de dois atores de precisos significados em seu percurso como educador e cidadão. Referências presentes até os dias de hoje: uma mulher e um educador de vivências. Ela, sua mãe; ele seu amigo. A primeira educadora, sua mãe, aquela professora de todos os dias, da sabedoria de quem é simples, de quem aprende na prática e com humildade. Sua primeira educadora perpassa todos os textos de seu livro como que conduzindo, ensinando, apontando, dizendo, olhando, observando o lápis em sua mão correndo pelo papel afora. Vislumbrar a educação, através do território da sociologia, no mundo de hoje, e as experiências necessárias à uma escola, para o processo formativo do aluno, incluindo a cultura de formação continuada, colocou Pedro Arturo diante da possibilidade de uma rica aprendizagem e, na mesma proporção, da necessidade de uma grande doação, abnegação, curiosidade, responsabilidade, entrega, criatividade e despojamento. São duas dimensões: uma, das técnicas, das metodologias, do repertório acadêmico, dos planos de aula, práticas da formação docente; outra, do sujeito enquanto conhecimento de si e do outro, enquanto subjetividade, enquanto vivência da alteridade, enquanto busca de outros territórios, prática dos saberes e da experiência. O livro de Pedro Arturo, se inspira nesse educador central em sua vida: Paulo Freire. Educar exige risco, aceitação do novo e rejeição de qualquer forma de discriminação. Sentença condutora da busca em sua prática por caminhos da vida nos plurais espaços onde se pode aprender e ensinar, a encontrar o outro, a nos colocarmos no lugar do outro. Nesse sentido, as histórias vividas na trajetória de vida do autor desta obra, como territórios simbólicos, se abriram para que explorasse e descobrisse maneiras e sentidos vários, procurar o indivíduo singular e plural, sua existência em meio das relações sociais. A obra de Pedro Arturo nos permite inspirarmos nos ensinamentos de Paulo Freire, ao lembrar que ensinar exige risco de se jogar para o outro e não ter medo de se ver no outro. Risco de nos depararmos com nossos limites, nossos preconceitos, nossas impossibilidades, nosso não-fazer, nosso não-querer fazer. Educação exige aceitação do novo. Aprendeu, o autor, com seus primeiros educadores que as práticas educativas podem acontecer em territórios não só físicos, mas nos territórios das biografias dos indivíduos, nas marcas de suas histórias de vida, ao permitirmos que os indivíduos se façam atores e autores em situações que lhe trazem traumas, em experiências excludentes, em situações de negação pelo outro, quando se associam para resistir, lutar e intervir. Alunos e professores tem múltiplos territórios de possibilidades de formação, tanto do ponto de vista das experiências na educação formal, quanto informal, revelam os textos desta obra. Este livro é de fundamental importância para a educação, para um educador, para a prática docente. Os momentos teóricos e práticos abordados nesta obra dão vida à memória de um educador cuja trajetória profissional se aproxima de alguém que ensina com a alma. É matéria prima para várias discussões, inspira criar, construir, fazer, desfazer, refazer práticas. Estimula o gosto pela arte de fazer e de vivenciar a sala de aula, o ensino e a aprendizagem de forma viva, edificadora, nutridora de vidas. Motiva relações, partilha, reciprocidade, solidariedade, entre alunos e professores, entre os atores do cotidiano escolar, levando seus leitores a revisitarem sua prática percebendo-a como efervescente. Ao trilhar as pegadas de sua prática, Pedro Arturo Rojas Arenas oferece marcas pertinentes do cotidiano da Didática, da Pedagogia e da Sociedade. Esse colombiano, naturalizado brasileiro, tem a sensibilidade de vivenciar sua prática através de ações transculturais e imprime em seus escritos a simplicidade de um educador humilde e aberto para ensinar e aprender. Sua obra certamente satisfará os anseios de educadores que tem o gosto por textos sensíveis sobre a arte de educar e de ser com o outro. Este livro está dedicado a todo aquele que se entusiasma, que deseja, que sente, que acredita no alcance social de sua arte de fazer. Está dedicado a todos os educadores e profissionais ligados à educação, pois é fruto daqueles que o inspiraram desde sempre. São esses, em especial, uma educadora, um educador, e todos os demais outros participantes de sua rota de vida. Ela, uma mãe; ele, um amigo; todos os demais, seus alunos, seus colegas de trabalho, seus companheiros de vivências.



Forma O Do Pesquisador Em Educa O


Forma O Do Pesquisador Em Educa O
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Author :
language : en
Publisher: UFAL
Release Date : 2007

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Avesso Do Espelho


Avesso Do Espelho
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Author : Poliana Marina Mascarenhas de Santana Magalhães
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2014

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O AVESSO DO ESPELHO: (RE)VELAÇÕES SOBRE O SABER-FAZER DO COORDENADOR PEDAGÓGICO é uma a obra que esta ancorada em cinco palavras-chave: mediação, forma-ação, escuta, co-ordena e (im)possibilidade. Se apresenta como uma pesquisa que pretendeu não apenas apreender as representações sociais do professor sobre o saber-fazer do coordenador pedagógico, mas perceber em que lugar e posição estas representações estão ancoradas, de que modo são comunicadas, e consequentemente, como mediam à implicação escrita e inscrita no saber-fazer do coordenador pedagógico, sujeito que ao mesmo tempo se distancia e se aproxima do seu savoir-faire. O livro contribui para a reflexão contemporânea sobre o saber-fazer do coordenador pedagógico, a construção da sua identidade profissional e, principalmente, a formação de professores. A autora, com experiência na área da coordenação, escutou as representações sociais de professores das séries finais do Ensino Fundamental, para conhecer como estes profissionais concebem o coordenador pedagógico e o seu saber-fazer. As descobertas surpreendem ao revelar o quanto os professores valorizam e reconhecem a função deste profissional para os processos relacionados ao currículo, às práticas docentes e à avaliação. Por outro lado, revela um olhar ainda frágil sobre formação continuada no ambiente escolar, que, embora seja concebida como importante, acontece de maneira pontual e dicotomizada. Por esse motivo, a autora procura apontar caminhos para uma formação mais referenciada nas necessidades e habilidades do adulto que aprende, levando em conta suas subjetividades.



A Import Ncia E Necessidade Da Forma O Dos Professores Com Qualidade Para O Ensino Fundamental E M Dio


A Import Ncia E Necessidade Da Forma O Dos Professores Com Qualidade Para O Ensino Fundamental E M Dio
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Author : Renata Picoli
language : pt-BR
Publisher: Editora Dialética
Release Date : 2022-10-10

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No espaço escolar, uma das dificuldades encontradas pelos docentes é o exercício da reflexão sobre a prática pedagógica. A apropriação de teorias se constitui em um caminho para subsidiar essas reflexões e promover melhorias na prática do ensino. A partir das teorias, o professor pode aprimorar seu saber-fazer e seu instrumento de ação pedagógica. O objetivo do presente estudo é analisar os desafios do ensino de História na contemporaneidade. Os estudos apoiaram-se na realização de observações das práticas pedagógicas e, consequentemente, de registros decorrentes de reflexões diárias de aprendizagens. A partir daí, por meio da relação entre teoria e prática, reconhece-se a extrema importância que a reflexão crítica desempenha na formação de educadores e suas respectivas implicações sobre o exercício pedagógico. A metodologia adotada foi a revisão sistemática da bibliográfica específica, definindo a pesquisa, por conseguinte, enquanto qualitativa descritiva, de cunho indutivo, com posterior estudo de caso.



Professor


Professor
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Author : Gregory Goldenhill
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-03-27

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Educar, essa missão tão importante quanto difícil, tão necessária quanto merecida. Ao mesmo tempo que exige uma força, uma determinação, é tão sutil, tão sublime, tão leve, que merece uma pausa, uma reflexão. Todos os mestres do conhecimento foram forjados dentro de uma sala de aula, num colégio, ou mesmo num celeiro, mas sempre com um professor e muita vontade a sua frente. O pai da Psicanálise teve seu professor, o gênio da Física teve um mestre, o melhor químico do mundo teve seu professor, mesmo o gênio da escultura como Michelangelo, e até mesmo o maior dos filósofos, Platão, teve o seu guia, seu conselheiro e orientador. Quantos mestres do conhecimento nasceram e não puderam se tornar o que poderiam, por falta de um mestre de um professor para lapidar seu potencial? Será que existe uma educação certa? Será que existe uma maneira certa de educar? Será que existe uma maneira certa de passar esses conhecimentos e despertar no outro a vontade de estudar de educar-se por si próprio? Uma certeza nós temos - não existe educação sem educadores, sem professores para ensinar. Existem todos os tipos de professores, mas é necessário haver professores e também o que ensinar. É necessário haver aprendizes, mas sobretudo o aprendizado. As nações que abandonaram a educação, passaram a ser comandadas pelos instintos, pelas reações primitivas, superstições, ou a ganância de conquistas materiais prementes, pagaram um alto preço e ficaram para trás. Todas as nações quando abandonaram os seus professores, os mestres do conhecimento, viram-se abandonadas pela história. Educação é mais do que cultura, é mais do que saber, é mais do que ter recursos. Educação é estar permanentemente em evolução, em aprendizado. O universo não para, e quem parou com a educação, quem parou em aprender, ao invés de ir para frente vai para trás, continua em movimento, porém é um movimento inverso. A vontade da razão é ir para frente, mas sem educação, a vontade dos instintos comanda o ir para trás e todos sofrem com isso, toda uma nação fica sem horizontes. A missão maior do educador é abrir horizontes, é descobrir junto com seus aprendizes as possibilidades do futuro, é fazer um amanhã melhor. O amanhã é feito hoje, e são os mestres que fazem esse hoje valer a pena. Os professores, esses mestres em promover a abertura de janelas, em promover a abertura de possibilidades devem ser valorizados para que continuem com sua missão, e o educar confirme sua eterna missão de construir as pontes entre o hoje e o futuro. Os professores são esses eternos construtores de pontes, as pontes que ligam cidades, países e continentes. E quando há fluxo entre as pontes significa que a vida se tornou mais rica, mais viva, mais poderosa, afinal a ponte foi feita para unir o que antes eram dois mundos distantes e separados. Agora há vida cruzando os oceanos obscuros, as vegetações fechadas e os desertos da ignorância. Agora há troca, há enriquecimento, pois tudo pode ser compartilhado, tudo pode ser dividido, somado e multiplicado e construído novamente. Os professores são pontes que levam ao outro lado as possibilidades, a realidade de um mundo mais rico e mais prazeroso. São pontes do conhecimento necessário, e unem, transformando vidas, desenvolvendo talentos, descobrindo o novo, abrindo janelas para um futuro melhor. Os professores são escadas. Eles são os degraus e fazem o convite para que subamos e nos elevemos acima, são degraus que nos convidam a crescer, evoluir, sair de um patamar e passar a outro nível, e subindo as escadas podemos enxergar novos horizontes, novos desafios e depois de um tempo, podemos perceber como foi maravilhoso ter subir aquelas escadas. Já somos outro ser, maior, mais rico, mais cheio de recursos, mais completo, mais humano. De repente percebemos como necessário subir aquelas escadas, pois a vida não para e, fica muito melhor quando podemos nos elevar como alma, como espírito livre e poder olhar para baixo e ajudar quem precisa de mais um passo no degrau do crescimento e da educação. O professor é uma luz a iluminar a escuridão, uma luz que brilha nas noites escuras e sombrias e a caminhada se torna mais leve, mais segura. Ele ilumina não apenas com seu cérebro, mas com seu coração e assim a longa caminhada do saber ser torna mais doce, mais rica em diversidade. É como um farol apontando para o longe. Como diz o grande filósofo alemão Friedrich Nietzsche “Precisamos de companheiros de viagem, e vivos”. E o professor é esse companheiro que nos segue desde a infância até a maturidade, e com a lanterna sempre no alto. Às vezes nem percebemos, mas quando a escuridão aparece, logo recorremos a ele e dizemos – “por favor, acenda a luz, sem ela não posso caminhar, sem ela eu não passo avançar mais um degrau, mais um passo”. E lá está ele com seus livros, suas mensagens, seus conselhos, suas fórmulas, sua disponibilidade. Então recomeçamos a viagem, mais seguros e clareados. Um professor que não pode ensinar é como um pássaro sem poder voar e cantar. E o mundo perde uma linda melodia, talvez melodia inspiradora de novos talentos. A educação é essa eterna porta nos convidando a entrar e conhecer um mundo grandioso além dos batentes da vida. Os professores são os guias atrás da porta que nos recebem bem nessa casa do educar e abrindo novas portas a cada jornada, possibilita as descobertas e um universo a ser habitado. Ao final de uma longa caminhada abrindo novas fontes, e bebendo o vinho do saber, já não podemos mais voltar, tudo ficou mais vivo, mais vibrante, tão mais cheio de cores, que queremos por vontade própria abrir novas portas e saborear o que estava oculto. Depois de alguns anos de convivência, de troca de saberes, esses mestres do conhecimento se despedem de nós e sem falar nada, fica-nos a impressão que eles querem dizer: “Vai! Agora é hora de construir pontes, abrir portas e acender luzes pelo caminho, pois há muitas pessoas, vindo, e elas precisam encontrar um universo melhor do que esse que acabamos de viver. Caminhe sua estrada, conquiste suas conquistas e faça um mundo melhor para todos nós.”



Identidade E Doc Ncia


Identidade E Doc Ncia
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Author : MARIA DAS DORES DE SOUZA
language : pt-BR
Publisher: Appris Editora e Livraria Eireli - ME
Release Date : 2016-01-01

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Identidade e Docência: O Professor de Sociologia do Ensino Médio é uma obra de caráter inovador, que vem contribuir com a escassa literatura existente sobre essa área do conhecimento. A autora parte de ponderações sobre o processo de consolidação da Sociologia na educação básica, com a aprovação da lei no 11.684, de 2008, que institui a obrigatoriedade do ensino dessa disciplina, redimensionando o papel das licenciaturas nas universidades brasileiras no que se refere à demanda de formação desses profissionais e à emergência do ensino das Ciências Socais como objeto de reflexão. O diferencial desta obra reside no fato de estudar o professor de Sociologia das escolas públicas estaduais de nível médio a partir dos sentidos e significados que os próprios docentes atribuem ao seu saber-fazer pedagógico, construindo as estratégias metodológicas e as relações de ensino-aprendizagem no cotidiano escolar. É, sem dúvida, uma produção que pode ser indicada como referência bibliográfica para educação básica, ensino médio, graduação e pós-graduação e como fonte de pesquisa para teses, dissertações, TCCs e trabalhos acadêmicos em geral. Consiste também em um importante guia para professores e alunos dos cursos de licenciatura em Ciências Sociais e Pedagogia, entre outros profissionais que almejem ampliar seus conhecimentos sobre o tema.



O Lugar Do Professor Na Sala De Aula E O Seu Suposto Saber


O Lugar Do Professor Na Sala De Aula E O Seu Suposto Saber
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Author : Marcus Scheer
language : pt-BR
Publisher: Paco Editorial
Release Date : 2018-08-31

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Por que os alunos têm dificuldade de aprender? Por que os professores estão queixosos e insatisfeitos com o trabalho que realizam? Qual a função do professor na sala de aula: professar seu suposto saber ou instigar os alunos a pensar/refletir? Compreender as fragilidades inerentes ao processo educacional é fundamental para resolução das dificuldades inerentes ao ensino e a aprendizagem. Educar não pode ser visto apenas como um ato de transmissão de conhecimento, pois a aprendizagem não se inicia pela apreensão de conceitos, mas pelas inquietações da realidade. É fundamental que o professor consiga despertar o interesse do aluno pelo saber. Aprender não se resume a memorizar informações e devolver as mesmas no momento da prova, mas construir entendimento sobre elas. O conhecimento não é edificado apenas pela razão, uma vez que o ser humano coordena suas ações e aprende a partir de duas formas de percepção: a emocional, – que sente – e a racional – que compreende. Desse modo a aprendizagem não acontece quando professor tenta ensinar alguma coisa, mas quando ele instiga o aluno a querer aprender e, o aprender do aluno depende do "lugar" de onde o professor se enuncia.



A Reflex O Do Docente Sobre Sua Pr Tica No Espa O Escolar


A Reflex O Do Docente Sobre Sua Pr Tica No Espa O Escolar
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Author : Rosana Maria Bretas
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-03-10

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Estar na academia. Era o sonho de jovens alunos e alunas que terminavam o então Ensino de 2º grau. Estávamos no final da década de 1970. Eu fazia o Curso Técnico de Turismo em uma escola particular, mantida pela Fundação Bradesco, e muitos dos alunos já anunciavam a pretendida profissão: administradores, analistas de sistemas, médicos, dentistas, advogados, engenheiros. Mas poucos cogitavam a possibilidade de ser professor. Minha aflição era denunciada pela preocupação diária em definir-me por uma carreira. Todos os alunos terceiro-anistas participavam naquele momento de um Projeto de Orientação Profissional. Leituras, pesquisas sobre as profissões, palestras e depoimentos faziam parte dessa proposta. À frente dessa “empreitada” estava Maria Auxiliadora – uma jovem Orientadora Educacional que semanalmente nos encontrava para discutir as profissões. Eram bate-papos, dinâmicas de grupo e às vezes alguns “testes de aptidões”. O trabalho daquela profissional foi me encantando. Sua presença entre nós foi me provocando e fazendo despertar em mim um desejo profundo de realizar trabalho semelhante, que pudesse ajudar e proporcionar às pessoas crescimento e descobertas. Um trabalho que nos levou ao conhecimento de habilidades e desejos mais profundos – um momento de encontro, partilhado entre todos do grupo. Venho de uma família pequena. Tenho apenas uma irmã mais velha, que não chegou a concluir seu curso superior. Fez o vestibular para o Curso de Pedagogia e conseguiu entrar na USP, mas como sua opção era o Curso de Letras, desistiu pouco tempo depois de entrar na universidade. Meus pais, preocupados em sempre apoiar nossas decisões, sem nos influenciar, estavam orgulhosos com a perspectiva de também eu ingressar numa Universidade conceituada. O final do ano se aproximava e as inscrições para os vestibulares já se faziam anunciar. Junto com o final do ano veio também minha decisão. Pela educação fiz minha opção. Prestei vestibular na PUCSP e fui aprovada. Estávamos no ano de 1978. Que alegria senti quando vi meu nome na lista dos aprovados! Seria uma pedagoga e atuaria como Orientadora Educacional. Era a meta. Muitos anos de estudo estariam reservados para essa formação. Para construir esse futuro sonhado e torná-lo possível no presente, algo já estava constituído no meu passado. Revisitá-lo é poder olhar os caminhos que percorri; por isso, resgatar a minha trajetória tem sido um exercício de grande prazer. Minha infância foi muito prazerosa e dela trago boas recordações. Cresci numa família unida, numa época em que brincar livremente pela rua era possível. Os horários eram rígidos: hora de acordar, de almoçar, hora do banho, de dormir, de estudar. Minha mãe, que não trabalhava fora, se fazia muito presente na educação dos filhos. Sua supervisão diária nos dava uma sensação de bem estar e segurança, mas nem por isso nos tirava a possibilidade da autonomia e responsabilidade pelas nossas ações. Ingressei na primeira série aos sete anos e meio, em uma escola particular, o Grupo Escolar Embaixador Assis Chateaubriand, mantida pela Fundação Bradesco, de orientação muito rígida, que não pôde me receber aos seis anos, pois era considerada muito nova e as vagas eram destinadas aos alunos mais velhos. Tive que esperar! Lembro-me da frustração que senti por não poder ir à escola, pois era algo que esperava com ansiedade e alegria. A sabedoria de minha mãe foi certeira: convenceu-me que mesmo fora da escola poderia aprender. Ela foi minha primeira professora: comprou cadernos, lápis, estojo e me ensinou as primeiras letras, os números, ensinou-me a desenhar e a pintar. Entrei na primeira série muito confiante, já estava com sete anos e meio; madura e segura. Tive muito sucesso no processo de alfabetização. Minha professora, Dona Alzira, foi uma professora marcante, muito afetuosa e dedicada. Embora meus pais nunca tenham sido modelos de um mundo letrado, conseguiram através do carinho, dedicação, incentivo e apoio despertar-me para o mundo do conhecimento. Fui muito feliz no ensino de 1º e 2º graus. Acredito ter tido uma educação de boa qualidade, bons professores e muito dedicados. Nesta retrospectiva, não me recordo de nenhum episódio que tenha me marcado negativamente. Pelo contrário, tenho boas lembranças, principalmente de alguns professores que, ao longo de minha vida escolar, deixaram suas marcas pelos bons exemplos que deram, mais talvez do que pelas boas aulas que possam ter ministrado. Nesse percurso algumas disciplinas e alguns conteúdos não traziam uma função importante ou necessária, digamos social para termos o desejo de aprender. Aprendíamos, mas sem um significado ou sentido explicito. Tenho lembranças da aluna que fui. Não muito brilhante, dessas que todos os professores elogiam e desejam ter em suas aulas. Também não fui daquelas que causam problemas com indisciplina ou desinteresse. Fui uma aluna responsável, que jamais se atrasava ou faltava às aulas, sentava sempre na frente para não perder nada e não desviar minha atenção, aliás, como até hoje. Tirava boas notas e era muito estudiosa; “caprichosa” como diziam os professores em reunião de pais. Elogiada pela família pelo desempenho escolar, não me lembro de precisar de ajuda nos estudos e nas lições. Caminhava com autonomia, responsabilidade e tinha prazer nos estudos. Ir à escola era uma atividade que fazia com grande prazer. Não entendia porque tínhamos que decorar a tabuada, os nomes das capitais dos estados brasileiros, o vai um da conta de mais, mas questionar não era permitido. Às vezes nossas perguntas eram respondidas, mas não satisfaziam nossas dúvidas e curiosidades. As respostas mais comuns eram: um dia você vai entender, ou ainda, mais tarde você vai precisar deste conteúdo. Então obedecíamos. Acredito que, hoje, a educação não lance mais mão de atitudes tão extremas como aquelas que vivi, embora ainda reinem, nos ambientes escolares, práticas pedagógicas autoritárias. Volto novamente a minha infância e lembro-me de uma das minhas brincadeiras preferidas: “brincar de escolinha”. Eu era a professora, minha lousa – uma porta verde e velha que ficava no quintal. Com os tocos de giz, que recolhia às escondidas do chão da classe, “fazia” minhas aulas. As bonecas enfileiradas eram os alunos, algumas eram inteligentes, havia também as bonecas indisciplinadas que não gostavam de estudar, também as que tinham dificuldades para aprender, para estas eu dava muita atenção. A partir das brincadeiras imaginárias em que, ao “ser professora”, reproduzia situações reais que vivia no cotidiano da escola, fui construindo e delineando o meu modelo de docente. Morávamos num condomínio fechado, muito seguro e tranqüilo. Eram muitas famílias, cada uma com dois ou três filhos, então a rua sempre estava repleta de crianças de todas as idades. Brincávamos todas as tardes nas ruas, o tempo naquela época demorava a passar. Éramos felizes. Conhecíamos pelos nomes todos os funcionários que cuidavam da conservação das casas, gramas e jardins. Naquele tempo não havia muita rotatividade de funcionários, por isso muitos deles acompanharam nosso crescimento, fizeram parte de nossas histórias por um bom tempo. Recordo-me com certa nostalgia daquela época, e na memória me vem a figura de um pintor, o Senhor Tiago, que sempre ao passar por minha casa via-me muitas vezes brincando no quintal de escolinha e aí sorridente ele dizia: Oi professorinha! E eu respondia orgulhosa: Olá, Seu Tiago! Como que dizendo: sou mesmo professora. E me sentia muito importante com aquele título. Assim como a brincadeira, a escola também teve um grande significado em minha vida. As marcas deixadas por alguns professores influenciaram a minha prática. Iniciei a docência numa escola particular, como professora de educação infantil. Então, agora eu era professora de verdade, não de bonecas – os meus alunos imaginários agora eram reais. Minha primeira turma era de crianças entre três e quatro anos. Estávamos no ano de 1982. Ainda recém formada, cheia de ideais, mas já vivenciando o conflito de tudo que havia aprendido na academia e o que vivenciava no espaço de trabalho – a escola. A dicotomia entre teoria e prática se fazia sentir no início de minha carreira. Havia em mim um sentimento de desamparo, que me acompanhou durante um bom tempo, principalmente no início de minha profissão. Faltavam apoio e orientação, para quem estava chegando e pouco sabia da prática escolar. A descoberta dessa prática foi um processo solitário, em que não havia troca de experiências e pouco diálogo entre os professores e equipe pedagógica. A escola era organizada de modo bastante hierárquico, uma estrutura muito rígida de poder, que não permitia a participação de professores ou funcionários. Não participávamos das decisões, apenas executávamos os planejamentos impostos. Já nessa época sentia falta de partilhar saberes e refletir com o grupo sobre as dificuldades que enfrentávamos no processo ensino- aprendizagem. Éramos cobrados pelos resultados, mas não sabíamos bem o quê e como deveria ser feito. Cada um fazia a sua parte, à sua moda e tocávamos em frente. Nessa etapa de minha vida, aprendi a ser mais questionadora, tinha desejo de saber como poderia ensinar melhor, como as crianças aprendiam, ou porque não aprendiam. Com esse desejo de saber e fazer melhor o que tinha que ser feito fui buscar informações e conhecimentos para a minha nova profissão – ser professora era um desafio ainda solitário. Acredito que essa paixão pelo estudo e pela profissão despertou-me para novos desafios e abriu-me novas oportunidades de trabalho. A ousadia pelo novo, pela descoberta foi me levando para outras oportunidades na área educacional. Algum tempo depois, ainda início dos anos 1980, estava atuando como professora do ensino médio, turmas de magistério. Aqui me encontrei. Ser professora de futuros professores me proporcionava imensa satisfação e realização. Era um sentimento que misturava responsabilidade e prazer – um compromisso com a educação que se multiplicava a cada novo encontro com as turmas de alunos, em sua maioria alunas. Mais algum tempo e lá estava eu, agora como coordenadora pedagógica na educação infantil, na mesma escola em que atuava como professora de magistério. Estávamos em meados da década de 1980 e nessa escola tive a oportunidade de coordenar a implantação do Ensino Fundamental e mais tarde do Ensino Médio. Em seguida à implantação dos cursos assumi a função de diretora e por muitos anos conciliei os cargos de coordenação e direção numa escola pequena, que crescia ano a ano. Foram 12 anos atuando na mesma escola. Posso dizer que cresci com ela, aprendi muitas coisas com os colegas de trabalho e acredito que deixei, ao sair, boas lembranças e trago comigo muitas recordações e experiências. As exigências eram muitas e os desafios acompanharam-me por todo o percurso. Nessa época, as trocas e os conhecimentos partilhados no espaço de trabalho se faziam presentes, ainda que timidamente, no cotidiano das nossas relações: com os alunos, pais e professores, proporcionando-me crescimento pessoal e profissional. Outros 13 anos foram vividos na coordenação e direção de outra escola particular na região da zona sul de São Paulo. Esse trabalho teve início em 1994 e atravessou toda a década de 1990 chegando em 2007. Mais recentemente, em 2004, assumi a função de professora no Curso de Pedagogia numa faculdade que estava por formar sua primeira turma de pedagogos. Digo que esse convite para a docência no ensino superior foi um presente, um desafio que me lançou em direção a novas perspectivas, impulsionando-me a buscar nos estudos e na pesquisa os conhecimentos que possibilitassem uma atuação profissional de melhor qualidade e competência. Fui então, em busca do mestrado em educação, no qual acreditava ter a chance de aprofundar-me nas questões educacionais e refletir com mais rigor sobre a prática docente. Nessa trajetória, principalmente nos anos 1990, sentia-se o vento soprando para outros cantos. Um outro momento se anunciava no cenário econômico, político, social e educacional. Vivíamos a segunda etapa das reformas educacionais e com a promulgação da nova L.D.B., ainda que no espírito de uma concepção neo-liberal, propunha-se às escolas uma “autonomia” mais concreta, principalmente no aspecto pedagógico. A L.D.B “anunciava” às escolas liberdade e responsabilidade para elaborar a sua proposta pedagógica, incluindo currículo e organização escolar e, aos docentes, a incumbência de zelar pela aprendizagem de seus alunos. Na nova lei chama-se atenção para a importância do papel da aprendizagem. Parece perder força, assim, tanto no ensino fundamental quanto no médio, pelo menos no discurso dos documentos oficiais, a concentração da importância no ensino e na aquisição de conhecimentos enciclopédicos. Desse modo, contextualização e interdisciplinaridade eram as palavras-chave para a mudança: ensina-se para construir habilidades e competências. A construção da proposta pedagógica, que pressupõe momentos de reflexão coletiva, ganha importância vital para a escola. Esse momento impunha-nos a necessidade de refletir sobre o trabalho que vínhamos realizando na escola. Assim, buscar com a equipe docente soluções e alternativas para os problemas que enfrentávamos no processo de ensino-aprendizagem era fundamental e urgente. Junto com a reflexão sobre a nossa prática vieram dúvidas, incertezas, mas também respostas que nos ajudavam a enfrentar e superar as dificuldades e os limites que a prática docente nos impunha. Nesse cenário de mudanças tivemos que enfrentar muitos e novos desafios e buscar as possibilidades para um trabalho melhor, preocupação que até hoje trago em meu trabalho junto a comunidade escolar. Daí, pensar e refletir sobre a própria prática pedagógica, sob um novo olhar: o que estamos fazendo, com quais objetivos e intenções tornou-se muito importante para que pudéssemos entender o que precisávamos mudar. Procurei no exercício de minhas funções, enquanto coordenadora e diretora pedagógica, viabilizar a participação do coletivo escolar para que assim construíssemos o projeto pedagógico de nossa escola e desse modo pudéssemos consolidar um trabalho de melhor qualidade. Nessa trajetória, a preocupação com o acompanhamento e orientação do trabalho docente sempre esteve presente no exercício de minhas funções. Refletir com a toda a equipe sobre os problemas e desafios que se apresentam no processo ensino-aprendizagem e buscar as alternativas mais adequadas para cada situação sempre exigiu esforço, dedicação e trabalho conjunto, sobretudo questionamentos, seja enquanto professora, seja como diretora e coordenadora pedagógica. Procurando superar os limites que se impõem no espaço escolar e as dificuldades que se apresentam no processo educacional, ao longo desses anos, tenho buscado alternativas de trabalho que tornem o espaço escolar um espaço privilegiado para a reflexão docente. Desenvolvo meu trabalho procurando oferecer e dar oportunidade a todos os segmentos da escola de: falar, ouvir, dialogar, sonhar e planejar. Mas não tem sido tarefa fácil, muitos são os limites e dificuldades que se colocam na instituição escolar. Olhar a minha prática, refletir sobre ela, percebê-la como uma tela que a cada momento precisa ser recriada, complementada, resignificada, é ao mesmo tempo estimulante e frustrador. É estimulante justamente porque somos convidados a sempre buscar parceiros, sejam eles teóricos ou práticos, que nos ajudem a enfrentar os desafios cotidianos; a consciência de inacabamento nos lança em busca de novos conhecimentos, de novas possibilidades de um fazer pedagógico com mais qualidade. E frustrador porque lidamos com os conflitos de várias naturezas que decorrem da diversidade e da subjetividade das pessoas; e também com as condições nem sempre favoráveis do contexto escolar e da sociedade. Mas, na verdade, esses conflitos também nos provocam a trabalhar para conseguir uma intervenção criadora. Acredito que a escolha do olhar que estarei lançando em minha investigação sobre o tema “a reflexão do docente sobre sua prática”, entre os tantos olhares possíveis na construção da competência docente, tenha também relação com a minha própria história. O interesse que me trouxe até aqui foi querer investigar e refletir como se dá a reflexão do docente sobre sua prática no contexto coletivo, entendendo que essa reflexão é também um momento de construção da própria identidade do professor. Segundo Nóvoa (1992, p.16), a identidade não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e estar na profissão. [...] A construção de identidades passa sempre por um processo complexo graças ao qual cada um se apropria do sentido da sua história pessoal e profissional. É um processo que necessita de tempo. Um tempo para refazer identidades, para acomodar inovações, para assimilar mudanças. No Programa de Mestrado em Educação, minha grande meta foi aprofundar a reflexão sobre o tema que escolhi e encontrar nos estudos e na pesquisa novas possibilidades de caminhar para um aprimoramento de meu trabalho. Estudar e investigar a reflexão do docente sobre sua prática no contexto escolar e buscar compreender como essa reflexão, tanto na dimensão individual como coletivamente, pode colaborar com o fazer docente, permitindo-lhe um alargamento da consciência e a construção de um trabalho de melhor qualidade, foi o meu desafio.



Saber Poder E Resist Ncia Em Discursos Sobre O Professor No Brasil


Saber Poder E Resist Ncia Em Discursos Sobre O Professor No Brasil
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Author : Odália Bispo de Souza e Silva
language : pt-BR
Publisher: Appris Editora e Livraria Eireli - ME
Release Date : 2018-12-04

Saber Poder E Resist Ncia Em Discursos Sobre O Professor No Brasil written by Odália Bispo de Souza e Silva and has been published by Appris Editora e Livraria Eireli - ME this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-12-04 with Education categories.


O livro Saber, poder e resistência em discursos sobre o professor no Brasil lança um olhar sobre a rede de enunciados a que estão submetidos os discursos sobre o professor no Brasil, em função de jogos de saber/poder e dos feixes de relações resultantes dos atravessamentos vários e das marcações históricas que constituem a materialidade dos enunciados. A partir de ferramentas extraídas da arquegenealogia foucaultiana, a autora propõe uma reflexão acerca dos saberes que comparecem na base dos mecanismos discursivos que objetivam e subjetivam o sujeito/profissional professor. Conceitos como arquivo, memória, descontinuidade, regularidade enunciativa, saber, poder, objetivação, subjetivação, poder pastoral e resistência fundamentam teórico-metodologicamente o tratamento dispensado a discursos que promovem algum tipo de categorização para o professor. A partir de um vasto arquivo, procurando enfatizar o entrecruzamento de saberes e práticas que sustentam a compreensão do que deve constituir-se como requisito precípuo de sua atividade laboral e, em circunstâncias diversas, do seu modo de ser, os dados são sistematizados em duas categorias: a conduta ético-política do professor e sua profissionalização. A problematização desses enunciados possibilita a compreensão de que, muitas vezes, há uma anuência quase generalizada de que o professor é desvalorizado e que por isso é necessário partir em sua defesa. Além disso, a autora aponta, a partir dos dados coletados, para a emergência de um espaço de resistência, o qual é concebido como indício de que há uma escapatória a ponto de serem negadas certas formas de objetivação. Ao se subjetivar, não raramente, o professor contesta o lugar que o toma como o bom pastor, como o exemplo a ser seguido e, por isso mesmo, profere enunciados e adota posturas diversas que fogem às expectativas que existem em torno dele, podendo, inclusive, culminar no que pode ser considerado o ponto máximo de sua capacidade de "pular a janela", a saber, no abandono da profissão. Por seu caráter dialético e provocador, esta leitura caracteriza-se como uma importante oportunidade de reflexão para aqueles que se interessam pelas nuances que permeiam os enunciados que objetivam/subjetivam o professor.