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Trajetos E Projetos De Jovens Descendentes De Imigrantes A Saida Da Escolaridade Basica


Trajetos E Projetos De Jovens Descendentes De Imigrantes A Saida Da Escolaridade Basica
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Trajetos E Projetos De Jovens Descendentes De Imigrantes A Saida Da Escolaridade Basica


Trajetos E Projetos De Jovens Descendentes De Imigrantes A Saida Da Escolaridade Basica
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Author : Teresa Seabra
language : en
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2011-04-01

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Num contexto escolar marcado pela expressiva diversidade de origens nacionais, a populaçãoalvo deste estudo são os alunos do 9º ano de escolaridade do ensino básico (ano lectivo 2006/2007) de duas escolas da Área Metropolitana de Lisboa: escola Loures e escola Sintra. O objectivo geral passa pela análise do efeito dos contextos escolares e familiares nas aspirações e expectativas escolares e profissionais dos alunos. A abordagem metodológica foi plural, envolvendo a análise dos dados do inquérito por questionário aplicado aos 220 alunos das 10 turmas de 9º ano das duas escolas, de 48 entrevistas semi-directivas (a alunos, pais e agentes da comunidade educativa) e ainda de documentos oficiais (Regulamento Interno e Projecto Educativo). Os resultados estão organizados em quatro eixos de análise. No eixo institucional, as escolas revelaram diferenças. A escola Sintra, no plano discursivo, aborda a diversidade de origens como um recurso positivo e instituído como uma “imagem de marca”. A escola Loures aborda a diversidade de origens do seu público no contexto da massificação escolar, da crescente concorrência no mercado escolar, e da perda de qualidade dos públicos escolares. Apesar das diferenças identitárias produzidas pelos discursos formais (documentos) e informais (entrevistas), constatou-se a segmentação dos alunos segundo a qualidade da trajectória e a origem étniconacional em ambas as escolas. No eixo contextual, centrado nos universos familiares e socioeconómicos dos jovens alunos, constata-se a predominância das famílias nucleares, maior expressão das famílias monoparentais, de pais mais escolarizados e mães menos escolarizadas, de classes populares e de maior apoio social escolar entre os descendentes de imigrantes. Salientam-se como pontos de partida mais frequentes Cabo Verde e Angola (históricos e continuados fluxos migratórios) aos quais se juntam recentemente a Ucrânia e a Moldávia. A maioria dos alunos descendentes de imigrantes nasceu em Portugal e, destes, a quase totalidade detém nacionalidade portuguesa. Mais de metade expressa-se exclusivamente em língua portuguesa no espaço doméstico. O acompanhamento familiar à escolarização dos descendentes de imigrantes é condicionado, sobretudo, pelo nível de domínio da língua portuguesa e das matérias escolares por parte dos pais, que tendem por isso a participar ligeiramente menos nas relações com a escola e no apoio à realização dos trabalhos de casa. Este acompanhamento é, não obstante, elevado e está a cargo sobretudo das mães (tal como se verifica entre os alunos autóctones). Já as práticas de apoio escolar complementares aos processos formais de escolarização (por exemplo, recurso a explicações privadas) revelam-se marcadas pelo nível socioeconómico dos pais. No eixo focado nas práticas, consumos e identidades, verificou-se que os jovens descendentes de imigrantes são portadores de uma multiplicidade e hibridismo de referências identitárias e de sentimentos de pertença nacional. Ao nível específico das práticas identificam-se, mais do que especificidades culturais, constrangimentos socioeconómicos que dificultam o lazer. No eixo dirigido às representações e orientações futuras, a comparação entre a orientação escolar e profissional dos alunos autóctones e dos descendentes de imigrantes permite salientar que os jovens de origem imigrante (i) têm maiores ambições tanto escolares como profissionais, (ii) expressam indefinição com mais frequência, (iii) movem-se em universos de referência mais diversificados, no caso da dimensão escolar e (iv) identificaram redes de sociabilidade e universos de referência profissional menos diversos e de menor amplitude, onde as profissões desqualificadas assumem uma expressão significativa. A distância entre as ambições dos descendentes de imigrantes e as dos autóctones esbate-se no caso das expectativas, que são, portanto, bastante similares. De um modo geral, os projectos escolares dos alunos apareceram associados à qualidade da trajectória escolar que, por sua vez, está associada à classe social, à escolaridade atingida pelos progenitores (em especial pela mãe) e ao sexo do aluno (as raparigas surgem associadas a trajectórias mais bem sucedidas e aspirações mais elevadas). Os resultados encontrados desconstroem a relação linear entre competências/capacidades e sucesso escolar, trazendo para a discussão factores sociais como a origem de classe e a escolaridade dos pais dos alunos como variáveis explicativas por excelência para o fenómeno em estudo. Perante este diagnóstico pôde constatar-se que, entre as dificuldades específicas dos alunos com origem imigrante, estão as do domínio da língua portuguesa e as baixas expectativas dos docentes em relação aos alunos de origem africana (que constituem a grande maioria dos alunos descendentes de imigrantes). Neste contexto, as principais recomendações incidem em três domínios diferentes: aumento do investimento na orientação escolar; sustentação e reforço das medidas de implementação do ensino do português como língua não materna e continuidade do tratamento da informação disponível no sistema de informação do MISI, Gabinete do Ministério da Educação, que recolhe junto das escolas, anualmente, os dados sobre a naturalidade e a nacionalidade de todos os alunos do sistema educativo e dos respectivos progenitores.



Laboring In The Shadow Of Empire


Laboring In The Shadow Of Empire
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Author : Celeste Vaughan Curington
language : en
Publisher: Rutgers University Press
Release Date : 2024-09-13

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Laboring in the Shadow of Empire: Race, Gender, and Care Work in Portugal examines the everyday lives of an African-descendant care service workforce that labors in an ostensibly “anti-racial” Europe and against the backdrop of the Portuguese colonial empire. While much of the literature on global care work has focused on Asian and Latine migrant care workers, there is comparatively less research that explicitly examines African care workers and their migration histories to Europe. Sociologist Celeste Vaughan Curington focuses on Portugal—a European setting with comparatively liberal policies around family settlement and naturalization for migrants. In this setting, rapid urbanization in the late twentieth century, along with a national push to reconcile work and family, has shaped the growth of paid home care and cleaning service industries. Many researchers focus on informal work settings, where immigrant rights are restricted and many workers are undocumented or without permanent residence status. Curington instead examines workers who have accessed citizenship or permanent residence status and also explores African women’s experiences laboring in care and service industries in the formal market, revealing how deeply colonial and intersectional logics of a racialized and international division of reproductive labor in Portugal render these women “hyper-invisible” and “hyper-visible” as “appropriate” workers in Lisbon.



Percursos Laborais E De Vida Dos Jovens Imigrantes E Descendentes De Imigrantes Nos Novos Setores De Servi Os


Percursos Laborais E De Vida Dos Jovens Imigrantes E Descendentes De Imigrantes Nos Novos Setores De Servi Os
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Author : CERDEIRA, Maria (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2013-12-01

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O estudo encontra-se estruturado em cinco capítulos para além de um ponto de introdução e outro de conclusões. O primeiro capítulo faz uma reflexão sobre o emprego e o mercado de trabalho dos jovens e dos imigrantes em particular, no contexto atual do debate mais amplo sobre as transformações do trabalho e do emprego. No segundo capítulo, recorrendo aos dados estatísticos disponíveis, é analisado o fenómeno imigratório português, dando atenção à caracterização sociográfica dos imigrantes e às características do emprego dos imigrantes e dos jovens imigrantes, em comparação com os outros jovens na Área Metropolitana de Lisboa. O terceiro capítulo aborda as perspetivas dos diferentes interlocutores privilegiados sobre os riscos e as oportunidades dos jovens, a capacidade de resposta das instituições sociais aos problemas dos jovens, os contratos de trabalho dos jovens, a reforma das leis laborais e, por último, os horários de trabalho e a conciliação entre a vida profissional e a vida privada e familiar dos jovens. Segue-se, no quarto capítulo, a análise transversal das trajetórias de vida dos jovens entrevistados, dando-se atenção aos seus processos de mobilidade relativamente aos seus progenitores no que se refere ao trajeto educativo e profissional; analisam-se as redes de sociabilidade, as relações interétnicas e discriminação, a situação familiar e as condições de vida, a conciliação entre o trabalho e a vida privada/familiar, bem como as expectativas futuras de trabalho e de vida. No quinto capítulo, apresentam-se e caracterizam-se os perfis ideal-típicos de percursos de trabalho e de vida, baseados numa análise multidimensional e longitudinal das narrativas das histórias de vida dos jovens. Foram identificados cinco tipos de percursos: percurso socio laboral de integração e desenvolvimento, percurso socio laboral pautado por dificuldades mas futuro com possibilidades, percurso socio laboral de estabilidade ameaçada, percurso socio laboral precarizante e futuro sombrio e, o último, percurso de inserção precoce precária e autonomia forçada.



Caminhos Escolares De Jovens Africanos Palop Que Acedem Ao Ensino Superior


Caminhos Escolares De Jovens Africanos Palop Que Acedem Ao Ensino Superior
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Author : Teresa Seabra (Coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2016-07-01

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Em termos gerais, o estudo carateriza a presença dos imigrantes e descendentes de imigrantes dos PALOP no ensino superior e procura compreender a interação dos múltiplos processos, nas diferentes esferas da vida do jovem, que terão produzido a sua trajetória até esse nível de ensino. Aborda, deste modo, a questão da diversificação e reconfiguração social e étnico-nacional dos públicos do ensino superior. O estudo está organizado em 4 blocos principais: i) o primeiro centra a análise nos processos de produção de trajetórias escolares de sucesso escolar que poderão desembocar no acesso ao ensino superior, fazendo uma revisão da literatura disponível; ii) um segundo procede ao levantamento e análise das políticas públicas de enquadramento e integração dos imigrantes na sociedade portuguesa e em particular no sistema educativo; iii) no terceiro, traça-se o retrato extensivo dos jovens de origem africana no sistema educativo português, numa análise diacrónica que compreende os últimos 20 anos; iv) no último, dá-se conta da análise dos depoimentos recolhidos nas entrevistas biográficas realizadas aos jovens, da qual resultou a identificação de 4 percursos diferenciados no acesso ao ensino superior.



Educa O E Imigra O A Integra O Dos Alunos Imigrantes Nas Escolas Do Ensino B Sico Do Centro Hist Rico De Lisboa


Educa O E Imigra O A Integra O Dos Alunos Imigrantes Nas Escolas Do Ensino B Sico Do Centro Hist Rico De Lisboa
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Author : Maria João Hortas
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2013-12-01

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Para estudo de caso definimos, como é explicitado no título, a área central da cidade de Lisboa, em particular o território que se estende entre Bairro Alto, Alfama, Mouraria, Martim Moniz, Graça, e Anjos. Para o desenvolvimento da primeira dimensão do estudo mobilizamos os questionários realizados aos alunos e às famílias. As principais conclusões apontam para uma proximidade entre a imagem que os estudantes de origem imigrante revelam ter da escola e aquela que os seus pares nativos nos transmitem. Contudo, avançamos com algumas características que nos possibilitam a definição de um perfil de aluno imigrante associado aos contextos escolares em análise. Os alunos imigrantes revelam ter uma imagem positiva da escola que frequentam, privilegiando também, nas suas apreciações, as relações que estabelecem com os adultos, em particular os mais jovens. Entre os estudantes mais velhos, as relações construídas com os pares revelam ser um pilar fundamental no seu percurso escolar, surgindo associadas à valorização que fazem da escola enquanto espaço de socialização. A escola é assim assumida como o lugar onde estabelecem alguns dos contactos que transportam para as vivências no bairro e na cidade, onde se relacionam com pares de origens diversas. Apesar de frequentemente optarem por resolver os conflitos entre colegas pela via do apaziguamento, para alguns grupos, o recurso à agressividade é ainda uma via a utilizar. Relativamente ao sucesso escolar, estas crianças e jovens revelam ter níveis de desempenho próximos dos nativos, contudo existem diferenças em função da origem geográfica e do nível de instrução, composição étnica e cultural dos progenitores. Para alguns dos alunos do 9º ano, os níveis de desempenho chegam a ser superiores aos dos nativos. É evidente, entre os recém-chegados, a existência de maiores dificuldades de aprendizagem, registada pelo maior número de retenções. Entre os principais obstáculos que assinalam, para justificar as dificuldades no acompanhamento das atividades escolares, destaca-se o fraco domínio que possuem da Língua Portuguesa e a necessidade de um maior apoio por parte dos professores. As famílias dos alunos que frequentam as escolas do centro histórico da cidade reconhecem a importância do convívio entre culturas na formação dos seus educandos, desvalorizando a multiculturalidade como um entrave à realização de aprendizagens ou como potenciadora de situações de violência. Da escola, esperam que desempenhe o seu papel de educadora em simultâneo com a formação de cidadãos competentes no desempenho dos seus papéis sociais. Quer as famílias de origem imigrante, quer as famílias nativas revelam não acompanhar as atividades escolares dos seus educandos com muita regularidade. Sobre a língua falada em casa, as famílias afirmam utilizar frequentemente a Língua Portuguesa, embora entre a população africana seja habitual a referência à utilização de outros dialetos. Relativamente à segunda dimensão do estudo, a análise dos documentos orientadores da política de escola e as entrevistas realizadas aos diretores de agrupamento permitem destacar algumas linhas orientadoras para a inclusão da diversidade cultural. Os responsáveis pelas escolas reconhecem algumas potencialidades no acolhimento de culturas diversas, porém centram a sua intervenção no combate ao insucesso escolar destes alunos que atribuem: ao desconhecimento da Língua Portuguesa; à mudança de país após o início da escolaridade; à utilização de outra língua/dialeto em família; ao bairro/área de residência. Todavia, as escolas desresponsabilizam estes alunos pelas elevadas taxas de insucesso que as caraterizam, atribuindo-as antes às condições socioeconómicas da população escolar em geral. Sendo de notar os esforços desenvolvidos para a inclusão de todos, as escolas do centro da cidade, revelam dificuldades na gestão multicultural do currículo assim como um grande fechamento às relações com a comunidade local o que também é notado nas estratégias de mobilização das famílias dos estudantes.



Inclus O E Desempenho Acad Mico De Crian As E Jovens Imigrantes


Inclus O E Desempenho Acad Mico De Crian As E Jovens Imigrantes
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Author : Rita Guerra
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2019-07-01

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Partindo da constatação de que, apesar de todo o normativo nacional e internacional ser orientado para a promoção da igualdade entre as crianças e jovens autóctones e imigrantes, persistem, ainda assim, discrepâncias significativas no seu desempenho escolar, este estudo procura contribuir para o conhecimento dos fatores preditivos que ajudem a explicar essas diferenças e a delinear políticas públicas e intervenções sociais que fechem esse hiato. De modo a atingir esse objetivo, o presente estudo vai além da generalidade dos trabalhos sobre este tópico que interrogam o contexto português, adotando uma noção de adaptação mais holística e que inclui outros indicadores para além daqueles de desempenho académico. Em consonância com referências teóricas que enfatizam também os papéis do “bem-estar psicológico (e.g., autoestima positiva)” e do “sucesso em tarefas de aculturação (e.g., aprendizagem dos valores da cultura de origem e de chegada)”, este estudo “testou um modelo teórico que considera o papel explicativo combinado das preferências de aculturação e da perceção de discriminação na integração socioeducativa das crianças e jovens imigrantes e descendentes de imigrantes”. Mais concretamente, procurou-se aqui aferir e comparar a adaptação de crianças e jovens imigrantes, descendentes de imigrantes, e nacionais de origem portuguesa ao nível do desempenho escolar, bem-estar socioemocional, e aceitação pelos pares. Foram também envidados esforços no sentido comparar as efetivas preferências de aculturação dos (descendentes de) imigrantes e dos nacionais de origem portuguesa com as suas perceções sobre as preferências do outro grupo. A um terceiro nível, procurou-se relacionar “as preferências de aculturação das crianças e jovens imigrantes e os seus níveis de adaptação objetivos (desempenho escolar) e subjetivos (bem-estar socioemocional e aceitação pelos pares)”. Procurou-se ainda perceber em que medida a perceção que as crianças e jovens imigrantes e descendentes de imigrantes têm relativamente à sua discriminação tem impacto nas estratégias de aculturação que desenvolvem e nos respetivos níveis de adaptação em termos de desempenho académico e bem-estar socioemocional e aceitação pelos pares. Por último, explorou-se ainda a possibilidade de a perceção de discriminação ter um impacto diferenciado sobre a adaptação das crianças e jovens através das suas preferências de aculturação. Conclui-se pela existência de uma “configuração de orientações de aculturação de tipo conflituante, em que as estratégias de aculturação preferidas e as percebidas como preferenciais na sociedade de acolhimento diferem”, resultado que leva os autores a exortar ao aprofundamento desta linha de pesquisa em estudos futuros. Outro resultado saliente é a existência de uma relação negativa entre estratégias de aculturação que envolvem maior aposta no contacto com a sociedade de acolhimento e o desempenho escolar, um resultado que os autores interpretam como sendo uma consequência das experiências de rejeição vividas em função dessa maior abertura à sociedade de acolhimento. Atendendo a estes e outros resultados, os autores recomendam a inclusão explícita nas matrizes de avaliação externa e interna dos Agrupamentos de Escolas de indicadores associados ao desenvolvimento de políticas institucionais de integração de alunos imigrantes e de alunos descendentes de imigrantes. Propõem ainda a monitorização do bem-estar socioemocional e do desempenho dos alunos das três categorias “para avaliar o progresso e a eficácia das medidas implementadas, ao nível de cada Agrupamento de Escolas e ao nível do sistema educativo em geral”. Outras recomendações passam pelo fomento do “contacto positivo entre alunos autóctones e alunos imigrantes ou descendentes de nacionais de países terceiros”, pela valorização explícita e promoção ativas das línguas e culturas de origem, e ainda pela formação contínua dos diversos atores da comunidade educativa.



40 Anos De Pol Ticas De Educa O Em Portugal Volume Ii Conhecimento Atores E Recursos


40 Anos De Pol Ticas De Educa O Em Portugal Volume Ii Conhecimento Atores E Recursos
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Author : Maria de Lurdes Rodrigues
language : pt-BR
Publisher: Leya
Release Date : 2014-11-21

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Este II volume da obra 40 Anos de Políticas de Educação em Portugal reúne um conjunto de textos sobre o papel de diferentes atores e instituições na construção do sistema democrático de ensino e sobre os recursos financeiros, físicos e tecnológicos mobilizados no seu desenvolvimento. O conhecimento, a informação e as práticas de avaliação são essenciais para a qualidade das políticas públicas. Com os dois volumes que constituem esta obra, pretendeu-se reunir e sistematizar o conhecimento e a informação sobre a evolução das políticas de educação nos últimos 40 anos, dando desta forma um contributo para um debate que está na ordem do dia: qual o futuro das políticas públicas de educação e qual o papel do Estado na definição e concretização de tais políticas? (otimizado para Tablet e PC)



Debater A Europa N 19


Debater A Europa N 19
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Author : Maria Manuela Tavares Ribeiro
language : pt-BR
Publisher: Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press
Release Date : 2018-04-18

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Que desafios à cidadania europeia no século XXI? What challenges to european citizenship in the 21st century?



Monitorizar A Integra O De Imigrantes Em Portugal Relat Rio Estat Stico Decenal 2014


Monitorizar A Integra O De Imigrantes Em Portugal Relat Rio Estat Stico Decenal 2014
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Author : Catarina Reis de Oliveira (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2014-12-19

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Nas últimas décadas a maioria dos Estados-Membros da União Europeia viu aumentar a sua imigração. Para analisar os impactos da imigração nas sociedades de acolhimento e a situação de integração dessas mesmas populações torna-se fundamental monitorizar a realidade a partir de indicadores estatísticos disponíveis em diversas fontes de dados oficiais. Este relatório estatístico decenal corresponde ao primeiro volume da Coleção Imigração em Números do Observatório das Migrações procurando contribuir para a necessária monitorização da integração dos imigrantes no país, analisando dados disponíveis de várias fontes nacionais para o intervalo temporal de 2001 a 2012.



International Handbook Of Migration Minorities And Education


International Handbook Of Migration Minorities And Education
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Author : Zvi Bekerman
language : en
Publisher: Springer Science & Business Media
Release Date : 2011-10-06

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Migrants and minorities are always at risk of being caught in essentialized cultural definitions and being denied the right to express their cultural preferences because they are perceived as threats to social cohesion. Migrants and minorities respond to these difficulties in multiple ways — as active agents in the pedagogical, political, social, and scientific processes that position them in this or that cultural sphere. On the one hand, they reject ascribed cultural attributes while striving towards integration in a variety of social spheres, e.g. school and workplace, in order to achieve social mobility. On the other hand, they articulate demands for cultural self-determination. This discursive duality is met with suspicion by the majority culture. For societies with high levels of migration or with substantial minority cultures, questions related to the meaning of cultural heterogeneity and the social and cultural limits of learning and communication (e.g. migration education or critical multiculturalism) are very important. It is precisely here where the chances for new beginnings and new trials become of great importance for educational theorizing, which urgently needs to find answers to current questions about individual freedom, community/cultural affiliations, and social and democratic cohesion. Answers to these questions must account for both ‘political’ and ‘learning’ perspectives at the macro, mezzo, and micro contextual levels. The contributions of this edited volume enhance the knowledge in the field of migrant/minority education, with a special emphasis on the meaning of culture and social learning for educational processes.