[PDF] A Poesia Num Olhar - eBooks Review

A Poesia Num Olhar


A Poesia Num Olhar
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A Poesia Num Olhar


A Poesia Num Olhar
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Author : Pedro Gondaski
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2014-05-24

A Poesia Num Olhar written by Pedro Gondaski and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2014-05-24 with Religion categories.


Neste livro o autor traduz o mundo ao seu redor em palavras.



A Poesia Num Olhar


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Author : Pedro Gondaski
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2014-05-24

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Neste livro o autor traduz o mundo ao seu redor em palavras.



A Dor Essencial


A Dor Essencial
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Author :
language : en
Publisher: Editora 247 S.A.
Release Date :

A Dor Essencial written by and has been published by Editora 247 S.A. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on with categories.




Um Olhar Vindo Do Infinito


Um Olhar Vindo Do Infinito
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-08-01

Um Olhar Vindo Do Infinito written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-08-01 with Literary Collections categories.


57º livro do autor dos seguintes livros, todos eles publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. O LADO NEGRO DA POESIA Alguns trechos: “Esse teu olhar demolidor / Fez-me pela primeira vez falar de amor, / E conhecer enfim esse sentimento tão bonito, / Um reflexo desse teu olhar vindo do infinito!” “E, num relance, percebo que esses detalhes / Jamais serão de verdade olvidados, / E em meu cérebro, perdurarão como entalhes, / Para sempre em minha memória gravados...” “E escuta com paciência seus casos / Sem nunca recriminá-la por nada / E nos alvoreceres ou nos ocasos / Abre a porteira para a próxima estrada / No fim da qual a felicidade reside / E a tristeza não tem mais lugar / Pois a sua paixão com a minha se divide / Num reino eterno onde o amor foi morar” “E, depois de horas a nos explorarmos, / Entre tantos gritos, beijos e urros, / Descubra um novo jeito de nos amarmos, / Diga que me ama entre dois sussurros...” “Nossos insensatos corações, / Por diferentes razões, / Um ao outro se ofereceram, / Mas depois disto só padeceram, / Tentando resolver seus conflitos, / Calando no silêncio os seus gritos, / Que no fundo da alma se escondem, / E à mais pura razão não respondem,” “E, nesses momentos onde fico tão frágil, / Tudo o que eu queria era lhe dar um abraço / E um beijo que lhe transmitisse amor por contágio, / E então lhe confessar que, sem você, nada faço!” “No término dessa última viagem, / Ao chegarmos afinal a esse ponto, / Onde aportaram olhares marejados, / Só o que restou dessa triste miragem / Foi a palavra “FIM” no final desse conto, / E dois corações quebrados...” “E de repente, só resta a saudade / A lembrar de momentos esquisitos, / Onde só um lado abriu a porta, / E a outra permaneceu fechada, / Mas de que afinal isto importa, / Quando se chega ao fim da estrada?” “Nesse mundo, de perdão tão parco, / Procurando culpados, eu me perco, / Pois, nesse país que virou um circo, / Cada político é um espírito de porco, / Negociando tudo com espírito de turco!” “E agora, o que eu faço, / Depois de ficar tão lasso, / Tão a você entregue, / Por muito que negue, / Ainda que quisesse / Dizer que você não me enternece, / Mesmo que não queira / Ficar com você a vida inteira?” “Fiquei ali tarado sem acreditar / Que ela pudesse ter jeito isso / Cem nem cogitar de me amar / Mesmo se eu lhe doce submisso” “No escorredor da morte / O condensado aguarda / Pelo fermento da execução, / Empregue à própria sorte.” “Em algumas dessas noites, / Desço ao inferno, mas escapo; / Nem o demônio pode comigo, / Mas quando acordo, você ainda está morta! / Nesse meu pesadelo recorrente, / Será que algum dia eu acordo / Para uma realidade em que ainda tenho você?” “Tudo o que me resta / É fazer de conta / Que não mais a quero, / Mas uma lágrima como esta / Que dos meus olhos desponta, / Tonta, revela que não sou sincero...” “Foi a noite que assim me deixou / Quando de mim te levou, / E nunca mais me devolveu, / Deixando o vazio onde havia tu e eu...” “Esses abismos que nos separam, / Ao tentar inutilmente transpô-los, / Causam feridas que nunca saram, / E tristezas para as quais não há consolos!” “Depois de me Osmar uma aula / Sobre Maria das Dores extintos, / Ela me prendeu numa Paula / Cheia de leões Jacintos!” “E sei que nunca mais serei solitário, / Pois essa magia poética que nos uniu / Guardou nossas almas juntas num relicário, / Para sempre, como ninguém nunca viu...” “Mas o que eu podia fazer, / Se em ti o meu olhar pernoita, / Tentando em vão te acender / O fogo que em meu peito se amoita, / Nessa paixão maldita que só faz doer?” “E onde havia dois hoje há quatro / A tristeza foi só o que restou / E de nossa paixão de teatro / Só uma cortina rasgada ficou” “Tanto tempo durara o prólogo, / Até o nosso caso adquirir um título, / Mas durou poucos segundos o epílogo / Daquele nosso último capítulo!” “No início da noite, chegas / E então de mim te avizinhas, / Docemente te aconchegas / E em meu ombro te aninhas. / Com carinho acaricias meu rosto, / Enquanto te afago os cabelos, / E esse amor em teus olhos exposto / Ainda me arrepia todos os pelos!” “Somos faces opostas de um cubo, / Pintadas de cores bem diferentes, / Quando você desce, eu subo, / Se choro, você me mostra os dentes!” “Escondo bem lá no fundo / De minha mente perturbada / Todo o amor desse mundo / Que para ti não é nada” “E, quando eu notar lágrimas em seu olhar, / Docemente me beije, e com seus lábios me cale, / E peça que eu lhe ensine a amar, / E em meus beijos se embale, / Esqueça o mundo que ficou lá fora, / Abrace-me com loucura, e não pare, / E se quiser, nunca mais vá embora, / Ou ao menos fique, até que a manhã nos separe...” “E, quando éramos adolescentes, / Algo então começou a mudar, / Você já não era minha amiga somente, / Andávamos de mãos dadas sob o luar...” “E naquele beijo inesquecível / Finalmente nos encontramos / Num sonho quase impossível / Onde sem querer penetramos / Sem imaginarmos se seria algum drama / A primeira vez em que nos amamos / Nós dois perdidos naquela enorme cama” “Você me drogou por completo / Arrancou-me do meu trajeto / E desviou-me para perto do inferno / À beira daquele caldeirão eterno” “Quando o verão chegar, será que voltas, / Ou seguirás tua fuga, enquanto o mundo dá voltas? / Enquanto sigo minha sina, escrevendo versos, / Terás me esquecido, entre braços perversos?” “Vestias uma sensual roupa de malha, / E a despiste, enquanto eu olhava de esguelha! / Mesmo elétrico como estou, igual a uma pilha, / Agradeço em silêncio, pela linda escolha, / Enquanto minha boca o teu corpo vasculha.” “E então te aproximas / E docemente me encaras / Teus olhos são lindas rimas / E teus lábios joias tão raras / Que na minha boca tocam / Enfeitiçando-me mais ainda / Pois até faíscas provocam / Nesse tão aguardado contato / Com teus lábios macios / Que contêm um doce extrato / De oceanos bravios / Aos quais me entrego” “Já não faz mais sentido / Continuarmos assim, / Nossa música virou um ruído, / Com seus gritos atrás de mim!” “É inútil tentar me calar. / Já é tarde demais, / Meus poemas se libertaram, / E ganharam uma força a mais, / Pois na boca do povo encontraram / Um caminho para tomarem as ruas, / Invadirem as praças e os lares, / Com seus versos e imagens cruas, / Que comentam nas mesas dos bares, / Relatando todos os horrores / Que tentam à força nos impingir, / Espalhando entre nós os terrores / Desse dogma que tenta nos destruir.” “Sou teu prisioneiro por enquanto, / Mas um dia escaparei de teu jugo, / E em teu coração cravarei uma estaca, / E quando me olhares com espanto, / Saberás que sou eu o teu verdugo, / Pois só assim o meu ódio se aplaca...” “São por tua causa / Esses poemas que escrevo, / Sem nenhuma pausa, / Onde minha dor descrevo.” “As folhas que caem pelo caminho, / Espalham um rastro triste pelo chão, / Desmanchando-se como lixo daninho, / Ao final do ciclo das coisas que se vão!” “E hoje, por acaso nos vemos / Na fila de um cinema, / E fazemos de conta que não nos conhecemos, / Que nunca lhe dediquei um poema, / E que jamais nos amamos, / Porque vemos que tudo acabou / E com outras pessoas estamos / Pois, como sempre acontece, a fila andou...” “Qual é o teu doce mistério / Por que me encantas? / Eu que era tão sério, / Não sei porque me espantas / E em teu rastro me levas, / Como é que me fazes / Confrontar minhas trevas / Com teus olhos audazes?” “Por que assim me assombras / Se as pontes de nosso amor desabaram? / Por que te ocultas nas sombras, / Foram só elas que de nós restaram?” “Que pecado você não me querer, / E nem me dar uma chance sequer / De em teus braços naufragar, / E mesmo se por uma noite apenas / Mergulhar em teu mar / E por algumas horas obscenas / Dizer-te o que nunca te disse, / Que meus pensamentos frequentas / Mesmo antes que eu te visse, / Que meus sonhos acalentas,” “Será que atenderias / Se por acaso eu te ligasse? / Será que te surpreenderias, / E o pranto rolaria de tua face? / Aceitarias um convite para jantar, / Ou irmos ao cinema, talvez? / Terias ainda aquele brilho no olhar / Como tinhas da primeira vez?” “Jamais em minha vida vi algo tão triste, / E nada que dissesse tiraria dos pais / A sensação de que o futuro será negro e triste, / E que os sorrisos não voltarão nunca mais...” “Você é muito grande para minha raquete, / Como é que eu poderia assumir esse amor? / Você anda de Rolls Royce, e eu de charrete, / Jamais passei de um infeliz sofredor.” “Era uma vez um sonho lindo / Que morreu antes sequer de viver, / Quando o dia nasceu, havia findo, / E porque veio, não chegou a me dizer!” “Hei de entortar um jeito / De acabarmos bicando juntos / Punindo com todo o respeito / Teus beijos com meus presuntos” “Ah, tristeza, largue do meu pé, / Esqueça até que eu existo, / Não fique testando a minha fé, / Pois é muito chato isto! / Vá me procurar no clube, / Quem sabe eu estou na piscina, / Gravando um vídeo para o YouTube, / Para ver se mudo a minha sina?” “Desde o dia em que você partiu / Sou apenas um morto que caminha / Pelas estradas desse mundo vil / Onde a saudade é minha vizinha” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida. / Passo o apagador / Sobre cada carência, / Pelas lágrimas por tua ausência, / Sobre cada ferida. / Deixo de lado / Cada palavra não dita, / Cada beijo não dado, / Cada frase maldita.” “Deus viu então, claramente, que havia errado naquele projeto, / E, para salvar o Universo daquela espécie sem noção, / Que, se chegasse às estrelas, causaria um mal sem fim, / Cofiou as longas barbas brancas por alguns instantes, / E, finalmente, com um esgar de pesar / A perturbar uma de Suas inúmeras faces, / Com um mero piparote divino, / Mudou o curso de um cometa / Que acabara de entrar no Sistema Solar...” “Tell me you’ll love me for always / Say it in so many different ways / And I’ll confess that you’re in my dreams / And you know what that means: / It’s a feeling that will live all the time / Cause your love will be my last rhyme”



Girassol No Olhar


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Author : Adrielle Claraliz
language : pt-BR
Publisher: Viseu
Release Date : 2022-07-18

Girassol No Olhar written by Adrielle Claraliz and has been published by Viseu this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2022-07-18 with Poetry categories.


Em forma de poesias, Girassol no olhar traz os mais verdadeiros e puros sentimentos vivenciados por uma menina, que desde muito jovem precisou conhecer a força de ser mulher. Por muito tempo guardado em uma gaveta e trancado a sete chaves no íntimo de um coração, hoje é aberto para todos que transbordam flores nos olhos e exalam perfume na alma. Meus olhos são janelas da minha alma desnuda. Eu te convido a navegar no meu ser.



No Sil Ncio De Um Olhar


No Sil Ncio De Um Olhar
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Author : Karine Pedrosa De Oliveira Capitini
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2013-06-21

No Sil Ncio De Um Olhar written by Karine Pedrosa De Oliveira Capitini and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2013-06-21 with Poetry categories.


No silêncio de um olhar - Uma poesia para amar, é um livro de poesias, temperado com sensibilidade e leveza. O amor incondicional e a saudade são sentimentos eternos que nos transportam ao mundo poético. É um livro onde você encontra poesias delicadas, num resgate do sonho adolescente de ser poeta.



Os Segredos Que Escondes No Olhar


Os Segredos Que Escondes No Olhar
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2017-06-20

Os Segredos Que Escondes No Olhar written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2017-06-20 with Religion categories.


21º livro de Poesia publicado pelo autor no Clube de Autores, juntando-se a: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. “SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS À disposição no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa ou digital. Este livro, a exemplo dos anteriores – à exceção de “SIMÉTRICAS”, que tem 200 poemas –, contém 50 poemas, sendo a maioria deles profundamente líricos e românticos de cortar o coração, de fazer sonhar, ou de pura nostalgia, marcas registradas do autor.



Sob O Olhar De Um Poeta Vol 4


Sob O Olhar De Um Poeta Vol 4
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Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2024-04-09

Sob O Olhar De Um Poeta Vol 4 written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2024-04-09 with Poetry categories.


Em “SOB O OLHAR DE UM POETA VOL. 4”, Marcos Avelino Martins, um autor prolífico com quase 5.000 poemas publicados e criador de séries renomadas como “OLYMPUS” (em 16 volumes com 300 poemas em cada), “EROTIQUE” (em 13 volumes com 50 poemas liricamente sensuais em cada) e “SOB O OLHAR DE UM POETA” (com 750 poemas publicados nos 3 volumes anteriores), nos convida novamente a mergulhar em sua vasta e profunda alma poética. Este, seu 148o livro, é um mosaico de emoções, um convite à reflexão sobre as nuances do amor, da perda, da esperança e da própria essência da vida, tudo sob a lente sensível e única do poeta. “A Poem Without a Final Rhyme” nos remete à fragilidade dos relacionamentos amorosos, à imprevisibilidade do amor que, como um poema, pode não encontrar seu verso final, deixando-nos em um estado de inacabamento e melancolia. Avelino habilmente condensa a complexidade dos sentimentos humanos em versos que ecoam a dor da perda e a beleza trágica do amor efêmero. “Alter Ego de um Poeta” revela a introspecção do autor, uma jornada de autodescoberta onde o poeta e seu alter ego se fundem. Através dessa narrativa poética, Avelino explora a dualidade do ser, a luta interna entre o eu idealizado e o real, entre o sonhador e o que vive as encrencas da vida real, mostrando a poesia como um refúgio, um meio de reconciliação de seus múltiplos eus. “Aos Poucos” é uma meditação sobre a mortalidade e o legado. Avelino nos confronta com a inevitabilidade do fim, mas também com a imortalidade através da arte. Seus versos são deixados como testemunhas de uma vida vivida com intensidade, amor e solidão, uma herança poética que transcende a existência física. “Apenas Magia” e “Apenas Mais Um destacam a efemeridade dos encontros amorosos e a profunda conexão que pode surgir mesmo em breves momentos. A magia do amor, capturada sob o luar ou em um simples telefonema, revela a capacidade do poeta de encontrar o extraordinário no ordinário, de ver o universo em um grão de areia. “Armadilha” e “Banjos” exploram as complexidades do amor e da inspiração. O amor é visto tanto como uma fonte de êxtase quanto de desilusão, capaz de inspirar a mais elevada poesia e, ao mesmo tempo, de secar a fonte criativa do poeta. A relação entre um poeta e um anjo, por outro lado, simboliza um amor quase divino, transcendental, que eleva o espírito e sustenta a ilusão poética. “Bom Dia, Meu Amor” e “Cadê o Amor Que Estava Aqui?” refletem sobre o cotidiano e a perda. O primeiro celebra o amor nas pequenas coisas, na rotina compartilhada que se enche de significado, enquanto o segundo lamenta a ausência, o vazio deixado pela partida do amor, mostrando a poesia como um meio de preservar as memórias e enfrentar a solidão. “Cantiga”, Captura” e “Clair de Lune” são exemplos da habilidade de Avelino em capturar momentos de beleza, desejo e tristeza. Seja na esperança de um retorno, na captura de um sonho ou na memória de um amor perdido, esses poemas são testemunhos da profundidade emocional e da sensibilidade poética do autor. “Como Fogo de Palha”, “Como uma Pluma” e “Cósmico” trazem-nos reflexões sobre a natureza efêmera do amor, a intensidade da paixão e a vastidão do sentimento amoroso. Avelino nos leva de um amor que se desvanece rapidamente a um amor tão profundo e intenso que parece flutuar, culminando na ideia de um amor cósmico, infinito, que atravessa o universo para encontrar seu objeto de desejo. “De Marte” nos confronta com o processo doloroso de desapego, uma metáfora para a eliminação de memórias e sentimentos que, embora outrora preciosos, tornam-se obstáculos em nossa jornada de cura e autoconhecimento. Avelino articula a complexidade de se desfazer dos vestígios de um amor, transformando a pessoa amada em uma “esquecida personagem” de seus poemas. “Descobertas” revela um processo de autodescoberta provocado pelo amor, onde o eu lírico se reconhece selvagem e poeta apenas na presença do ser amado. Este poema destila a essência da inspiração poética, encontrada na intersecção entre o eu e o outro, evidenciando como o amor pode ser a chave para desvendar nossa própria essência. “Doce Brisa” e “Doce Embriaguez” abordam a suavidade e a intensidade do amor, respectivamente. Enquanto o primeiro utiliza a metáfora de uma brisa que carrega desejos não ditos à amada, o segundo luta para encapsular a magnitude de uma paixão avassaladora em palavras, revelando a eterna luta do poeta em traduzir sentimentos em linguagem. “E Agora, O Que Fazemos?” e “Enquanto Eu Dormia” nos confrontam com a perda e a efemeridade da existência. O primeiro descreve o vazio deixado pela ausência do amor, enquanto o segundo, num tom apocalíptico, reflete sobre a fragilidade da vida e a perda súbita, ressaltando a impermanência de nossos sonhos e aspirações. “Espírito” e “Essa Indecifrável Solidão” exploram a conexão transcendental com o universo e a luta contra a solidão, respectivamente. Avelino nos lembra da capacidade da poesia de oferecer clareza e propósito em meio ao caos da existência, e de como a solidão, embora indecifrável, não é capaz de extinguir a chama da inspiração poética. “Esse Silêncio Excruciante” e “Esteta” refletem sobre a ausência e a busca pela beleza em meio à dor. Avelino captura a agonia do silêncio após a partida de um amor, ao mesmo tempo em que celebra a persistência do poeta em encontrar beleza, mesmo nas profundezas da tristeza. “Eu Te Conheço de Cor” e “Expulsa de Mim” destacam a intimidade e a complexidade dos relacionamentos. O conhecimento profundo do outro, transformado em poesia, coexiste com a ambiguidade dos sentimentos pós-relacionamento, onde a memória do ser amado permanece, apesar da separação. “Fábrica de Sonhos” e “Foi de Repente” nos lembram da capacidade da mente de criar realidades alternativas e da natureza súbita e transformadora do amor. A poesia de Avelino é um convite para reconhecermos a magia do cotidiano e a força transformadora dos encontros. “Fotogênica” e “Fugidia” abordam a beleza efêmera e a natureza volátil do amor e da inspiração. A beleza capturada em versos contrasta com a dor da separação, ilustrando a dualidade da experiência poética. “Furacões”, “Gatilho”, “Gestos de Amor”, “Gostosuras ou Travessuras?”, “História Triste”, “Histórias Surreais”, “Identidade” e “Indelével” são poemas que, cada um à sua maneira, tecem uma rica tapeçaria de emoções humanas, explorando a força do olhar, a memória, a generosidade do amor, a paixão, a reflexão sobre finais, a criação de realidades alternativas, a busca por autoconhecimento e a permanência da memória emocional. “Interlúdio” reflete a dança entre a atração e a indiferença, capturando a essência do desejo não correspondido e da busca constante por um amor que permanece inatingível. Avelino articula com maestria a complexidade dessa dinâmica, onde a indiferença do objeto de desejo serve tanto de atração quanto de distração, mantendo o eu lírico em um estado de anseio perpétuo. “Irredutível” nos confronta com a natureza persistente da memória e do amor, explorando a dificuldade de expurgar alguém que se entranhou profundamente em nossas vidas. A imagem da aranha tecendo suas teias através dos pensamentos e memórias ilustra vividamente a luta para libertar-se da influência persistente de um amor passado. “Janelas da Solidão” abre as cortinas para a beleza que pode ser encontrada na solidão, onde a brisa da primavera e suas flores coloridas trazem renovação e esperança. Avelino nos lembra de que, mesmo nos momentos de isolamento, existe a possibilidade de transformação e crescimento pessoal. “Lamento por uma Flor Congelada” e “Lampejo” contrastam a beleza efêmera da natureza com a profundidade do desejo humano. Enquanto o primeiro lamenta a perda trágica de uma beleza natural, o segundo explora a tentativa de despertar o desejo adormecido em outro, evidenciando a complexidade das relações humanas e a busca por conexão emocional. “Leva-me” e “Lira” são convites à intimidade e à expressão poética do amor. O primeiro é um apelo para compartilhar todas as estações da vida, enquanto o segundo reflete sobre as memórias de um amor passado que ainda alimenta a criatividade do poeta, mostrando que mesmo os amores que não despertam mais paixão podem fornecer combustível para a arte. “Mágica” destaca a capacidade do amor de inspirar atos de coragem e loucura, enfatizando a ideia de que o amor é uma força poderosa que pode motivar a superação de obstáculos aparentemente insuperáveis, enquanto “Melodia de Amor” celebra a voz do ser amado como uma fonte de inspiração e sonho, reiterando o tema recorrente da obra de que o amor é uma musa eterna para o poeta. “Membrana” e “Memórias que Não Aconteceram” abordam a finalidade das relações e a natureza ilusória da memória, respectivamente. O primeiro poema trata da dor do adeus definitivo e da aceitação de que o fim chegou, enquanto o segundo explora a saudade de momentos e histórias que nunca realmente ocorreram, destacando a capacidade humana de se apegar a fantasias não realizadas. “Meteórico”, “Momentos e Eternidades”, e “Mundo Onírico” refletem sobre a natureza transitória do amor, a relatividade do tempo, e a tendência do poeta de viver entre a realidade e a fantasia. Avelino nos leva a questionar nossas próprias percepções de tempo e realidade, sugerindo que a verdadeira essência da vida pode ser encontrada na capacidade de sonhar e amar. “Na Primeira Vez em Que Te Vi” e “Não Me Atrapalhe!” ilustram o impacto transformador do amor à primeira vista e a urgência do poeta em capturar a essência da vida através da poesia. Estes poemas ressaltam a importância de seguir nossa paixão e criatividade, independentemente dos obstáculos. “Naquele Mesmo Lugar”, “Narrativas”, “Nas Primeiras Horas”, “Nem o Roteiro”, “No Escuro do Cinema” e “No Fundo de um Verso” variam entre a reflexão sobre lugares marcados pela ausência, a inevitabilidade de contar histórias tristes, a busca por fé e alegria, a perda de um amor cinematográfico, a intensidade de um primeiro beijo, e a descoberta contínua de novas dimensões na poesia. Juntos, esses poemas tecem uma exuberante tapeçaria de experiências humanas, explorando a dor, a perda, a esperança, e a beleza eterna encontrada na expressão poética. “Noites Silenciosas” reflete sobre a introspecção e a busca incessante por respostas às grandes questões da vida, uma jornada solitária que se desenrola sob o manto da noite. Avelino explora a natureza humana, marcada por dúvidas e incertezas, convidando o leitor a compartilhar de sua reflexão sobre a existência. “Nosso Amor” e “Num Crescendo” celebram a força e a beleza do amor, ressaltando a capacidade deste sentimento de transcender a monotonia do quotidiano e de inspirar a criação poética. Avelino capta a essência do amor romântico, transformando-o em fonte de inspiração e energia criativa. “Num Mundo Sem Você” expressa a angústia da perda e a dificuldade de imaginar a vida sem a presença do ser amado. Este poema destaca a importância das relações humanas e o impacto profundo que elas têm sobre nossa existência e nossa capacidade de encontrar beleza e significado no mundo. “O Brilho em Teu Olhar” e “O Dia em Que Fizemos Contato” exploram a conexão mística e a revelação que o amor pode trazer, ilustrando como os momentos de encontro e reconhecimento mútuo são capazes de transformar vidas. Avelino nos lembra da magia contida nos instantes de conexão verdadeira. “O Dom da Vida” reflete sobre a beleza e a fragilidade do mundo natural, bem como sobre a responsabilidade humana em preservar a vida em sua diversidade e abundância. Este poema é um lembrete da maravilha que é a existência e do cuidado que devemos ter com o nosso planeta. “O Fim da Busca” e “O Fim da Linha” abordam a jornada do poeta em busca de inspiração e o eventual reconhecimento de que as respostas ou a inspiração que buscamos muitas vezes residem nas pessoas e relações mais próximas a nós. Avelino celebra o amor e as relações humanas como fontes supremas de inspiração poética. “O Giro da Ampulheta”, “O Poema Mais Lindo” e “O Tempo que o Relógio Perdeu” refletem sobre a natureza efêmera do tempo e a urgência de viver e amar plenamente. Estes poemas destacam a importância de aproveitar cada momento, reconhecendo o amor como a mais alta expressão da vida. “O Último Barco”, “O Último Dia de Nós” e “Olhar” expressam a dor da separação, a resignação diante do fim e a admiração pela beleza do ser amado. Avelino navega pelas águas turbulentas da perda e do desenlace, mas, ainda assim, encontra espaço para a admiração e a reverência. “Onde Será?”, “Ontens Demais” e “Os Caminhos Por Onde Venho” são reflexões sobre a memória, a passagem do tempo e a jornada pessoal através da vida. Avelino nos convida a refletir sobre nossas próprias histórias, as escolhas que fazemos e os caminhos que nos levam a encontrar nossa voz única no mundo. “Para Onde Ele Foi?” reflete a onipresença divina nas pequenas manifestações do cotidiano e na natureza, sugerindo uma conexão espiritual que transcende o visível. A poesia de Avelino aqui nos lembra da importância de encontrar o sagrado nos momentos simples da vida. “Para Sempre Esquecidos” e “Para Todo o Sempre” são poemas que lidam com a dualidade da memória e do esquecimento. Enquanto o primeiro aborda a dor da perda e o vazio deixado pela ausência, o segundo explora a ideia de memórias de vidas passadas, sugerindo uma conexão que transcende o tempo e a lógica, uma espécie de amor eterno que persiste além da existência física. “Passado e Futuro” apresenta a poesia como uma fuga das dores do amor, transportando o poeta para mundos fantásticos. Este poema reflete a capacidade da arte de servir como refúgio e meio de processar sentimentos complexos. “Passagem para a Saudade” nos fala da companhia e do amor incondicional dos animais, que mesmo diante da dor e da perda, oferecem conforto e entendimento, um tema que ressoa profundamente em tempos de isolamento e introspecção. “Personagem” e “Personagens Sem Nome” demonstram a habilidade de Avelino em criar figuras que, embora fictícias, são profundamente humanas e relativas. Esses poemas exploram a ideia de que todos nós somos, de certa forma, personagens em constante evolução, vivendo histórias que às vezes parecem não ter início nem fim. “Pintura Poética” e “Poema em ’‘V’ No 14” ilustram a beleza da criação artística, seja ela através da pintura ou da poesia. Avelino nos lembra que a arte é uma forma poderosa de expressão e conexão, capaz de evocar sentimentos e memórias profundas. “Presente , “Quarentena , e “Receituário” tratam da gratidão, do isolamento e da cura que o amor e a poesia podem oferecer. Nestes poemas, a poesia é vista como um remédio para a alma, capaz de trazer luz e esperança mesmo nos momentos mais sombrios. “Reunião de Almas e “Sempre Foi Ela celebram o amor como uma força curativa e transformadora, capaz de unir almas e curar traumas passados. Avelino nos mostra que o amor verdadeiro tem o poder de mudar destinos e inspirar a mais bela poesia. “Sinfonia”, “Só Por Um Instante”, “Só Resta Um”, “Sóis Distantes”, “Sua Presença Invisível”, “Tântricas Artes”, “Tão Feliz” e “Tão Linda Como Um Sonho” são poemas que, cada um à sua maneira, exploram diferentes aspectos do amor, da paixão, da solidão, da busca espiritual e da admiração pela beleza. Juntos, formam um mosaico de emoções e reflexões que caracterizam a jornada humana. “Tua Palavra” reflete uma profunda conexão espiritual e uma busca pela sabedoria divina, onde a poesia se torna um meio de expressão da fé e da gratidão pela capacidade de enxergar o mundo através de um olhar poético. Este poema nos lembra da importância de cultivar valores como a compaixão e a verdade em nossas vidas. “Tudo Vira Poesia” é uma celebração da beleza que nos rodeia, uma ode à capacidade do poeta de transformar o cotidiano em arte. A magia da noite silenciosa e o poder do silêncio como fonte de inspiração são exaltados, revelando como a poesia nasce da observação atenta e da sensibilidade à beleza do mundo. “Turbilhão” nos apresenta a intensidade do desejo e a paixão avassaladora, expressando a luta para não perder o ser amado. Este poema destaca a dualidade do amor, capaz de iluminar as “cavernas” da existência e ao mesmo tempo provocar um medo profundo de solidão. “Um Dia Como Nenhum Outro” explora a ideia de um amor transformador, capaz de inaugurar uma “nova lenda” na Terra. A poesia de Avelino aqui se torna profética, antevendo um futuro onde o amor e a arte têm o poder de mudar o mundo. “Um Fogo Que Se Apagou” e “Um Grito Preso na Alma” abordam a dor da perda e a busca por alegria e inspiração após o fim de um amor. Estes poemas refletem sobre o vazio deixado pela ausência e a luta para reencontrar a própria voz. “Um Legado” é uma reflexão sobre a imortalidade da arte e a importância dos poemas como “remédios para a alma”, contrapondo o valor espiritual da poesia à materialidade do mundo. Avelino nos lembra de que sua obra é um convite à reflexão, não limitada por padrões ou regras. “Um Lugar Chamado Nunca” e “Um Pássaro” contrastam a desilusão com a esperança. Enquanto o primeiro poema descreve um mundo onde sonhos e promessas não se realizam, o segundo encontra na simplicidade da natureza um sinal de confiança e paz. “Um Piano Sobre o Mar”, “Um Poema Louco”, “Um Quarto Sem Janelas”, e “Um Remédio Contra Melancolia” exploram temas de amor incondicional, busca por respostas, solidão e luta contra a tristeza. Cada poema, à sua maneira, revela a complexidade das emoções humanas e a busca incessante por cura e compreensão. “Uma Canção Triste”, “Uma Dose Monumental de Silêncio”, “Uma Foto Antiga”, “Uma Única Vez, Nada Mais”, “Veleiro”, “Vestígios”, “Visões do Futuro”, e “Você Se Lembrará de Mim?” são reflexões sobre memória, saudade, viagens (tanto físicas quanto emocionais), o impacto do passado no presente, e a incerteza sobre o futuro. Avelino habilmente tece uma tapeçaria de sentimentos e experiências que definem a condição humana. “SOB O OLHAR DE UM POETA VOL. 4” é uma obra que desafia o leitor a contemplar a complexidade dos sentimentos humanos, a beleza da vida e a inevitabilidade da morte, tudo através da lente poética de Marcos Avelino Martins. É um convite a mergulhar nas profundezas da alma humana, a reconhecer a poesia nas experiências diárias e a encontrar consolo, inspiração e beleza nas palavras de um poeta verdadeiramente incomparável. Este livro é um legado poético que permanecerá como um farol de inspiração e esperança para todos aqueles que buscam compreender a profundidade e a complexidade do coração humano. Alguns trechos: A POEM WITHOUT A FINAL RHYME Love affairs may come impossible, Without warning they can suddenly die, Mutual defects become visible, While secret tears come rolling by... Our runaway car advanced the light, In this story that lost its way, Here condensed in a lapse of time, A sadness that cries in the night, About this love that suddenly turned away, A broken poem without a final rhyme.. ALTER EGO DE UM POETA E continuo contando as histórias Desse personagem esquisito, Que vive sonhando, como se fosse um poeta, Mas, pensando bem, talvez o seja mesmo, Pois esse personagem de minhas histórias, Que vive se metendo em encrencas, Por se meter com quem não devia, No fundo não passa de meu alter ego... AOS POUCOS Quando terminar o processo de desmonte, Estarei à espera da derradeira morada, Com os olhos perdidos no horizonte, Esperando a morte explodir minha estrada. Então, de mim só restarão os meus versos De amor ou de solidão, Que não levarei para outros Universos, E nem para o meu pobre caixão. APENAS MAGIA Era apenas magia O que nos juntou Por alguns instantes, Sob o luar cheio de Poesia, Quando você me beijou, Insólitos amantes, Por algum motivo reunidos, Sem explicação, APENAS MAIS UM E você sabe que basta um telefonema Para lhe retribuir com um poema No qual eu afinal lhe confesse Que ver você me enternece, E que por você sou apaixonado E que sonho em tê-la ao meu lado Para sempre e mais um dia, Para realizar o legado da Poesia. ARMADILHA E agora, depois que nos amamos por horas, Desmaio e durmo como se tomasse remédio, E não desperto nem com a luz das auroras, E longe de você, quase morro de tédio! O que foi essa magia que você me lançou? Se em lugar dos sonhos, vem esse torpor, E sem eles, a minha imensa inspiração secou, Será que é este o enorme preço do amor? BANJOS E navegaremos na imensidão dos céus, As estrelas refletidas em tuas lindas asas, E o Paraíso nos desvendará os seus véus, Em noites profundas ou em águas rasas. E enquanto o amor sustentar essa ilusão, A Poesia será testemunha desse arranjo, Seres diferentes unidos pelo coração, Num impensável amor entre um poeta e um anjo. BOM DIA, MEU AMOR Não tem como nada dar errado Quando o dia assim se inicia, Ganhando esse abraço apertado E um beijo carregado de Poesia... E à noite, quando chego para te ver, Jogas-te em meus braços, cheia de saudade, Como se só depois de anos me pudesses rever, Nesse nosso sonho, de mãos dadas com a felicidade... CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? Repasso na tela de minha mente Inúmeras cenas de um filme lindo, Repletas de um amor quase demente, E que, por causa disto, agora é findo... O meu último e solitário poema Jaz quieto em um canto, mudo, Nessa triste sessão de cinema, Pois ela se foi, e isto é tudo... CANTIGA Perdido nesse dia todo ao contrário, Sonhando que a saudade te traga de volta, E, nesse mundo imaginário, Nada mais me revolta... Pois a Poesia virou minha amiga, E assim posso sonhar acordado, Enquanto componho esta triste cantiga, Que um dia estejas de novo ao meu lado. CAPTURA Capturei uma onda que explodiu Na praia onde o mar me banhava, gentil, Enquanto sonhava que um dia me ligarias Convidando-me a dividir contigo meus dias... Capturei a essência do sonhar Só para contigo devanear, E agora acordar não mais quero, Porque para ti não passo de um zero CLAIR DE LUNE E nesses devaneios que a noite ampara, No velho espelho no topo da escada, Vejo em meus olhos a verdade crua... E a tristeza então se escancara, Por minha alma, despedaçada, Pois minha alegria era gêmea com a sua... Choro a olhar sua imagem, que me é tão cara, Numa última foto, já tão apagada, Sorrindo-me com amor, eternamente linda e nua. COMO FOGO DE PALHA Perdoe-me pela tristeza infinita Pela nossa imprevista desdita Que nos meus versos às vezes desenho Sobre essa paixão que já não tenho Pelas minhas tantas horas ausente Adiando o fim que você pressente Pelas vezes em que minto Sobre o sentimento que já não sinto COMO UMA PLUMA Quando se leva o amor para a cama, Vive-se um roteiro de cinema, A paixão entra num clima O amor mútuo no olhar assoma, E das tristezas, não resta nenhuma! E, no ardor dessa chama, Ficar longe torna-se um problema, E não há palavra que exprima O amor que se entranhou no genoma, Durante um beijo numa banheira de espuma! CÓSMICO Meu amor é cósmico, E atravessou o vácuo das estrelas Para soprar em seus ouvidos E se revelar a você, Que nem ouviu seus ecos E os ignorou, Sem sequer perceber A cauda de um cometa errante, Que atravessou quase toda a galáxia, E escondeu-se em minha Poesia... DE MARTE Então, apaguei do celular o seu contato, E a excluí de minhas redes, Deletei até a última mensagem, Já não tenho de você nem mais um retrato, Esqueci de nossos momentos entre quatro paredes, De meus poemas, você é só uma esquecida personagem. DESCOBERTAS Eu me descobri selvagem, Mas selvagem nunca fui, Exceto em tua cama! Eu me descobri poeta, Mas poeta eu nunca fui, Mas tu, és a própria Poesia! DOCE BRISA Doce brisa Que sopra suave A se lamentar Em meus ouvidos Diga a ela por favor Que um dia precisa Abrigar minha nave Em seu hangar Dos sonhos perdidos Por causa do amor DOCE EMBRIAGUEZ Mas como descrever em palavras essa paixão, Como te fazer entender esse amor que me atordoa, Como traduzir esse amor tão raro em um milhão, E transformar num poema essa dor que me magoa? E AGORA, O QUE FAZEMOS? A Poesia que havia me abandonou, Pois era em ti que ela morava, Saudade e solidão, eis o que me restou, Nesta casa onde teu riso me encantava! Somente o teu fantasma habita esta casa vazia, Tropeçando nos móveis, derrubando cristais, Soprando em meus ouvidos, nesta sala tão fria, Que teu perfume não preencherá nunca mais. ENQUANTO EU DORMIA Não pude dar um beijo em minha amada, Que ao meu lado dormia, inocente, Com sua linda cabeleira abandonada Sobre o travesseiro, em seu sono pungente, E nem pude ver o que aconteceu com ela, Pois em uma fração de segundo, não mais existia, Nada restara de mim, depois que abri a janela, Foram-se meus sonhos, minha Poesia, Junto com outros 7 bilhões de seres humanos, Que se esfarelaram, naquele inferno radioativo, ESPÍRITO Nesse estranho estado de hipnose, O Criador me adotou num processo de osmose, Lembrei-me de coisas que já havia esquecido, E como por mágica tudo pareceu fazer sentido! Foi assim que, numa grande catarse, Minha inspiração explodiu sem disfarce, E ousei descrever num único verso Todos os inexplicáveis mistérios do Universo! ESSA INDECIFRÁVEL SOLIDÃO ssa indecifrável solidão Que me espiona através dos espelhos, Já respirando através de aparelhos, Ouve essa minha entrecortada respiração, E ouso imaginar que ela me entende, Mas ainda bem que a minha inspiração, Que jamais se exila na imensidão, A essa maldita solidão não se rende, ESSE SILÊNCIO EXCRUCIANTE Quantas vezes estivemos juntos, Trocando deliciosos assuntos Em absoluto silêncio, mas agora, Depois que você foi embora, Esse silêncio excruciante, esse nada, Não me ensina a enfrentar a madrugada, Apertando-me como um torniquete, Nessa ausência que me puxou o tapete, ESTETA Um poeta É um acurado esteta Sempre a procurar a beleza Onde ela nem mesmo existe Mas com crises monumentais de tristeza Por isto às vezes escreve o poema mais triste Capaz de tirar até pica-pau do oco Mas logo a alegria vem e dá o troco E escreve um poema para a sua amada No qual trabalha durante toda a madrugada E no qual sua alma imerge E só então nos sonhos submerge Nos quais navega por outros mundos EU TE CONHEÇO DE COR Eu te conheço de cor, Cada centímetro da tua pele, Tornas meu mundo melhor, Mesmo que eu não te revele. De nosso amor, dou testemunho Em cada poema que escrevo, Sem precisar de rascunho, Com os olhos da alma te descrevo. EXPULSA DE MIM Nosso relacionamento não deu certo, Mas isto não significa que não deixou rastros, Mesmo se estiver sozinho no meio do deserto, Vejo o brilho de seus olhos, entre os astros... E segue pela vida essa dicotomia, Não se eu a esqueço ou se a recordo, Se você se entranhou em minha Poesia, E de seu rosto me lembro, quase toda vez que acordo? FÁBRICA DE SONHOS Meu cérebro é uma fábrica de sonhos Que nele fervilham, abundantes, Pedindo passagem para contarem histórias Fictícias, mas que às vezes parecem verdade. Fadas e unicórnios frequentam meus versos, Contracenando com bruxas e dragões, Num universo mágico que jamais existiu Em qualquer dos reinos do Sonhar, Mas criam vida através de meus dedos, FOI DE REPENTE E então eu a abracei, de modo pungente, Levantei o seu rosto meigo e a beijei, E, ao ver que me correspondia, Sabia que era amor, e pela vida inteira... Separamo-nos, sem palavras e afogueados, E você me olhou, desse jeito tão puro, Um brilho no olhar como há muito não via, Deixando-o ainda mais cheio de encanto... Então nos entreolhamos, perplexos e ruborizados, Você a me encarar, com um sorriso inseguro, Porque a amizade entre nós era tudo que havia, E perguntou, suavemente: por que demorou tanto? FOTOGÊNICA Tu se infiltraste em mim de forma orgânica, Com essa tua beleza tão fotogênica Embora fujas de mim da forma mais cínica, Mas minha paixão por ti nada tem de platônica, E te descrevo em meus versos de uma forma única! Em minha pele estás profundamente infiltrada, E em minhas células a tua lembrança envereda Gosto de ti de um jeito quase suicida, Estás presente em minha Poesia toda, E nunca me deixas, por mais que eu me iluda! FUGIDIA Da primavera em tua mão, A Poesia desabrochou, Intensa, cheia de paixão, E pela noite se espalhou! E eu, que a vi recitar assim, Espontânea e tão fugaz, Sofri, quando fugiste de mim, Deixando tua Poesia para trás... Nunca mais brotarão primaveras Tão exuberantes, ao meu alcance, Causando torpor até nas feras, Que te ouviram passar de relance... FURACÕES A força devastadora Desses furacões em teu olhar Arremessa pelos ares Minha verve sonhadora, Que vivia contigo a fantasiar, Pendurando tua foto em todos os lugares! GATILHO Uma doce reminiscência Atravessou a noite e seu negrume, E, como não explica a ciência, Trouxe-me de volta o seu perfume E reacendeu então um gatilho, Que há muito se apagara, E ensinou-me este triste estribilho, Abusando da rima mais rara... GESTOS DE AMOR Esses gestos de amor que me concedes Vêm de teu meigo e gentil coração, E, em troca deles, nada me pedes, Exceto um pouco de compreensão. Não sei o que fiz para te merecer, Se nada sou diante da tua grandeza, Mas eu te amo, mais do que possa parecer, Para sempre e mais um dia, com toda certeza. GOSTOSURAS OU TRAVESSURAS? Pois quem em perfeito juízo Leria um poema em formato de cometa, Que poderia subverter todo o planeta, Ou levar você a me convidar para jantar, Um encontro romântico sob a luz do luar, Numa noite de vinhos e queijos, Que terminasse em ardentes beijos, E talvez então eu descobrisse Que, por trás dessa sua meiguice, Esconde-se um vulcão quase ativo, Ativável por um beijo lascivo, Que, uma vez despertado, Espalha chamas para todo lado, E demora muitas horas para se apagar, Enquanto durar esse irresistível luar... HISTÓRIA TRISTE Nossa triste história de amor Chegou a um inesperado final Sem vencidos nem vencedores, Com um epílogo assustador, Apenas outra história igual Aos livros que falam de grandes amores, Que à passagem do tempo não resistem, E afinal se rendem à verdade inexorável De que o tempo é verdugo das paixões, HISTÓRIAS SURREAIS Algumas de minhas histórias Têm um lindo final feliz, Outras delas, nem tanto. Algumas são tristes memórias E deixaram alguma cicatriz, Mas outras, são cheias de encanto. De algumas, eu nem fui personagem, Embora narradas na primeira pessoa, Mas são apenas histórias inventadas, IDENTIDADE Sou como um paciente sem memória, Como um guerreiro sem glória, Como um livro sem história. Sou como a vida despedaçada, Como a tristeza escancarada, Como a alegria desperdiçada. Quem sou eu, afinal? Não sei, este poema chegou ao final, Pois sem você, eu não sou nada. INDELÉVEL Mas a ampulheta do tempo não para, E derrubou no chão aquela quimera, Que ainda hoje meus poemas inspira, Daquela doce paixão, avassaladora, Da qual sempre me lembro, com ternura! De minhas memórias, nunca apago Aquele beijo que me tirou o sossego, Daquele amor que tanto mexeu comigo, Acendendo entre nós dois um doce fogo, E o verbo amar, que sozinho ainda conjugo! INTERLÚDIO Vejo por todos os cantos Rastros dos teus encantos, Que me atraem, Mas que me distraem De meus objetivos, Do teu corpo cativos, Porém esse meu olhar magnético, A buscar teu desejo hipotético, Não adianta, pois para mim nem ligas, Com tua indiferença me intrigas, E assim vamos seguindo, IRREDUTÍVEL Tentei fazer um expurgo De você, dentro de mim, Mas de nada adiantou, Pois você continua aqui, Irredutível, inabalável, Como se fosse uma aranha, Espalhando suas teias Através de meus pensamentos, E até de minhas memórias, Estendendo seus tentáculos Até pelos meus pobres escritos, Aqui, sempre presente, Por mais que eu tente expurgá-la De minha contaminada Poesia... JANELAS DA SOLIDÃO Escancaro as janelas Da minha solidão Para receberem a brisa da Primavera, Com suas flores tão belas, Cores em profusão, Como esse ano ainda não houvera, E esse frescor no ar matutino Espanta para longe meus momentos infelizes, Apaga de mim esse trauma, Uma espécie de hino, Que em minha Poesia plantou raízes, Numa marca profunda, Imensurável, Que meus dedos profana, E minha alma inunda, LAMENTO POR UMA FLOR CONGELADA A rosa vermelha, Tão bela, divina centelha, Foi coberta pela geada, E morreu congelada, Num suplício, Em pleno solstício De inverno, E nesse meu caderno De poemas, Entre tantos outros temas, A rosa, Maravilhosa, Com a geada em volta, Causa-me revolta, Ao ver essa triste cena, Onde o coração da rosa gangrena, LAMPEJO Vejo em teus olhos um imenso desejo, Em tua alma tanto tempo represado, Que tento despertar com um gracejo, Para que enxergues o meu outro lado, Pois, como poeta, sempre tenho algum lampejo, E vislumbro em ti mágoa por um amor fracassado, Mas não percebes o olhar com que te dardejo, Para ti, não passo de um amigo afastado, E nunca notaste que é por ti que versejo, E cada poema que escrevo, está de ti carregado, LEVA-ME Leva-me contigo por todas as estações, Pelo calor do verão, pelo frio do inverno, Deixa-me ler cada uma das anotações Que escreveste sobre mim em teu caderno! Leva-me contigo para onde quiseres, Fazendo de meu amor teu porto seguro, Arranja em meu peito um lugar onde couberes, Fica junto comigo até o fim do futuro... LIRA Que lindas descobertas Fiz em tua boca vampira E entre as tuas pernas! E mesmo agora, que amor já não me despertas, Tenho memórias bastantes para alimentar minha lira E encher-me de Poesia, por essas noites eternas... MÁGICA Por teu amor cometi loucuras, Arriscando ir parar na cadeia, Meti-me em sinistras aventuras, Enfrentando feras durante a lua cheia. Desafiavas-me a provar o meu amor, E a todas as tuas provas eu me submetia, E, durante elas, versejava em teu louvor, Hipnotizado pela tua beleza, pura Poesia... MELODIA DE AMOR Tua voz é uma suave melodia Que docemente me leva A contigo sempre sonhar Quando teus olhos me fitam Voo nos braços da Poesia Que vejo a pulsar Nos mistérios que habitam No fundo de teu meigo olhar MEMBRANA Tudo o que havia a dizer já foi dito, Impossível colar corações contritos, Morreu na garganta nosso último grito, Nossos últimos poemas já foram escritos! Dê-me um último abraço, e depois, Gire a chave na porta sem olhar para trás, A partir de então, nunca mais haverá nós dois, Além das lembranças que a noite nos traz... MEMÓRIAS QUE NÃO ACONTECERAM Estou inebriado de memórias De coisas que jamais aconteceram, Tantas memoráveis histórias Que sequer ocorreram, Em qualquer de meus caminhos, Ou até de meus sonhos felizes, Que se encheram de espinhos, E ganharam tenazes cicatrizes... METEÓRICO Em um ambiente bucólico, No interior de um templo católico, Escrevi um poema melancólico, Cheio de um teor simbólico. Carregado de humor britânico, O poema deixou leitores em pânico, Com aquele pavor oceânico Por um amor quase nirvânico. MOMENTOS E ETERNIDADES A percepção do tempo É apenas relativa, O que para você é instantâneo, Para mim pode ser permanente. Algo que parece momentâneo, Pode durar para sempre, Pulsando em flashbacks, Que nunca terminam... MUNDO ONÍRICO Poetas vivem num mundo onírico, Onde vivem a fantasiar, Inventando histórias Ou aventuras sem limites, Que só existem em sua imaginação, Como se fossem personagens Em estranhos contos de amor, Onde a paixão extrapola a realidade, Mas o amor cedo fenece, Ou então, ao contrário, Vive para sempre, Em sucessivas reencarnações, Onde reencontram suas musas Que se perderam no passado, Ou que sequer existiram... NA PRIMEIRA VEZ EM QUE TE VI Na primeira vez em que te vi, Ouvi ao longe anjos tocarem trombetas, Saudando a tua passagem, E juro que até uma orquestra ouvi, Vi no céu passarem vários cometas, Eclipsados pela tua imagem! E, nesse encontro que tantas vezes revivi, Senti emoções indefiníveis, Sobre as quais jamais antes escrevi, Escaláveis em muitos níveis, Teu olhar derrubou minhas muralhas, Que vieram abaixo com estrondo, NÃO ME ATRAPALHE! Não me atrapalhe, Tenho urgência, Tantos sonhos para viver, Tantos poemas para escrever! Comigo não ralhe, Tenha paciência, Pois vivo sonhando, Tantos versos brotando Dessa fábrica de ideias Para delirantes plateias, Que não se cansam De ler esses poemas loucos NAQUELE MESMO LUGAR Naquele mesmo lugar, Onde havia você e eu, A tristeza veio morar, Pois o sonho se perdeu. E nessa história fugaz, Que tão pouco durou, Súbito, acabou o meu gás, Pois a Poesia me abandonou. E nesse conto infeliz, Que parecia tão bom, O destino assim o quis, Levar com você o meu dom. NARRATIVAS Meu destino parece ser contar Sempre alguma história triste Cuja narrativa me consome Sobre alguém que uma vez partiu Sem nunca mais um dia retornar Ou que já narro com algum despiste E sem jamais revelar algum nome De pessoas com um destino vil Cuja vida foi tão desperdiçada Aguardando com os seus olhos fixos No cais onde alguém um dia zarpou NAS PRIMEIRAS HORAS Nas primeiras horas do dia Elevo a Deus uma prece Para que você encontre a fé Que eu não soube lhe fazer abraçar E que reencontre a alegria Pois você é quem mais a merece Para que vire de vez a maré E acabe com essa sua onda de azar NEM O ROTEIRO Você me deixou quebrado Em incontáveis pedaços E do nosso amor de cinema Não se salvou nem o roteiro Hoje tudo ficou no passado E daqueles beijos e abraços Só me restou o último poema De um sentimento verdadeiro Pois o tempo inclemente passou Arrastando tudo como um torvelinho E entre nós de repente tudo mudou Espalhando destroços pelo caminho E onde havia dois hoje há quatro A tristeza foi só o que restou E de nossa paixão de teatro Só uma cortina rasgada ficou NO ESCURINHO DO CINEMA Nosso primeiro beijo Foi no escurinho do cinema, Sentados na última fileira, Numa sessão quase vazia, Mas nem me lembro do filme, Pois nem chegamos a assisti-lo, Porque aquele beijo se multiplicou, Criou raízes profundas No coração e na alma, E nossas mãos mal-comportadas Trocaram carinhos mútuos, Ardentes, reativos, Numa febre incontrolável, E tivemos que sair no meio da sessão, Para terminarmos o que começáramos, E aquela noite inesquecível Inspirou-me o primeiro poema... NO FUNDO DE UM VERSO Nessa incrível descoberta, No limbo entre a Poesia e o poeta, Novas canções eu concebo, Através de uma porta nunca antes aberta, Uma nova ilusão se completa, E, como nunca antes, percebo: Há novas portas, nunca antes vislumbradas, Que às tuas maravilhas me conduzem, Como jamais antes me conduziram, Através de nunca percorridas estradas, Onde teus olhos subitamente reluzem, Seduzindo-me como nunca antes me seduziram! NOITES SILENCIOSAS A noite cai lentamente, O Sol se escondendo no horizonte, E, nesse esplêndido poente, Uma pergunta surge em minha fronte, Enrugando-a por alguns momentos, Mas a resposta permanece pendente, Aguardando por mais argumentos Que clareiem mais um pouco minha mente, Cheia de perguntas sem respostas, E tantas outras mal respondidas, Pois minhas dúvidas continuam expostas, Aqui bem dentro de mim escondidas, Ruminando conceitos que exigem esclarecimentos, Que só receberam respostas incompletas, Deixando à baila dúvidas e loucos pensamentos, Nessas minhas noites de silêncios repletas... NOSSO AMOR Esse nosso amor é a coisa mais linda, Nesse mundo que perdeu a fantasia, Que apenas sobrevive em nós ainda, Nessa ternura que nos contagia... Ao cair da noite, nós nos abraçamos, Nessa bela paixão cheia de energia, E com enorme volúpia aplacamos O desejo que de novo se erguia, E nos abraçamos com nostalgia, Nessa sofreguidão que vem depois! Então dormimos, e ao nascer do dia, Vemos a manhã encher-se de magia Quando vê passarmos assim nós dois, De mãos dadas, junto com a Poesia! NUM CRESCENDO Por seu olhar, fui hipnotizado, E por algum tempo, guardei segredo, Mas descobri que isto não fazia sentido, Pois eu e você formamos um todo, E essa nossa sinergia é um caso de estudo! E pela vida, vamos mantendo essa chama, Que me inspirou este inflamado poema, Onde você é a minha mais doce rima, De amor encharcado, num enorme sintoma De que é o seu beijo que minha vida perfuma... NUM MUNDO SEM VOCÊ Se você de repente sumisse, E nunca mais aparecesse, Nem consigo imaginar como eu ficaria, Vagando só, nessa cidade corrompida, Onde tristeza é o que mais se vê, E só você é o que me faz sair da mesmice, Seria como um deserto onde nunca chovesse, Pois, sem você, a Poesia nunca mais voltaria, E, afinal, o que eu faria, pelo resto da vida, Num mundo sem você? O BRILHO EM TEU OLHAR As estrelas que em teus olhos brilham Chamaram minha alma para dançar, E com minha ilusão compartilham A Poesia desse incomparável olhar! Nesse cosmos em miniatura voam cometas, Pulsares imensos que atraem minha matéria, Circulam em volta de tuas pupilas lindos planetas, Piscam para mim asteroides de antimatéria! O DIA EM QUE FIZEMOS CONTATO Mas tarde, durante o jantar, também te expuseste, Dizendo-me que há algum tempo não tinhas ninguém, E eu te revelei que aquele último olhar que me deste Atropelou-me, como se fosse um desgovernado trem! Segurei tuas mãos firmemente, e com o olhar fixo nos teus, Confessei que te amava, desde a primeira vez em que te vi, E que teu amor, foi a única coisa que pedi para Deus, E que aquele momento, em sonhos mil vezes vivi... Beijaste minhas mãos, e as apertaste com ternura, E disseste que ainda não me amavas, mas um dia o farias, Pois o que viras em meu olhar, afinal era a cura Para a falta de amor que maltratava os teus dias... Milhares de dias se passaram, e ainda estás ao meu lado, E por ter teu amor, para sempre a Deus serei grato, Aqueles dias de tristeza e solidão ficaram no passado, Mas tudo começou no dia em que afinal fizemos contato! O DOM DA VIDA A Terra é um planeta de beleza indescritível, Cheio de vida linda e abundante, Com uma variedade de espécies incrível, Mas a que domina é a mais delirante. Deus nos deu tantas maravilhas, Que nunca fizemos por merecer, E ainda espalhamos por aqui tantas armadilhas, Em forma de bombas atômicas que nos farão perecer... O FIM DA BUSCA Subi à mais elevada montanha, Desci ao mais profundo abismo, Atrás da fonte dessa inspiração tamanha, E desse meu inusitado lirismo... Mas, quando regressei dessa busca E penetrei nos olhos de minha amada, Descobri da forma mais brusca, Que fora inútil a minha jornada! Pois, quando a abracei com saudade, E vi o amor com que me encarava, Percebi enfim essa escancarada verdade: A fonte de minha inspiração nela morava! O FIM DA LINHA O que havia para dizer já foi dito, Meus lábios quase se tornaram mudos, E meus olhos se cerram ante a beleza, Pois não tenho mais versos a escrever, O último poema já foi publicado... O que havia a narrar já foi descrito, Meus poemas se tornaram objetos de estudos, Num eterno conflito entre a alegria e a tristeza, E já não tenho mais palavras para descrever Todo o amor de Deus que tem me tocado... O GIRO DA AMPULHETA É tão pouco tempo que temos, E a cada vez em que nos vemos, Logo chega a hora de partirmos, E logo depois de nos despedirmos, Guardando a lembrança dos corpos colados, E estocando tantos beijos sufocados, Para a próxima sessão de sexo, No espelho a aplaudir teu reflexo, Esfusiantemente linda e nua, O POEMA MAIS LINDO Você, meu amor, É a estrofe mais perfeita Que meus lábios já beijaram, E o poema mais lindo Que meu coração escreveu... O TEMPO QUE O RELÓGIO PERDEU Em apenas alguns segundos, Tentei desvendar os seus mundos, E neles mergulhei de cabeça, Sem pensar nas consequências, Em presenças ou em ausências, Não importa mais o que nos aconteça! E agora, conte-me o que faremos, Para desvendar esse mistério em que nos metemos, Como voltarmos a separar realidade e fantasia, Em um mundo onde nossas almas não podem estar juntas, Temos muito menos respostas do que perguntas, Você feita de carne, e eu, de Poesia... O ÚLTIMO BARCO Esse meu sorriso parco Foi só o que me restou, Pois perdi o último barco, Que do cais já zarpou, E nessa cidade tão extensa, Já para mim não há nada, Abraçado a essa dor imensa, No fim de uma fria madrugada. O ÚLTIMO DIA DE NÓS E depois, apenas parta, Sem olhar para trás, E não se arrependa, Pois já estou cansado De ser sempre o culpado, Mesmo que não o seja, Por isto, simplesmente se vá, Sem nem ver a última lágrima, Que por acaso insistir, Teimosa, inútil, Em de meus olhos rolar... OLHAR Nesses teus olhos, vejo milhares de estrelas, Com suas luzes remotas a te iluminar, E, admirado, percebo que, a envolvê-las, Brilha teu infinito sorriso de luar. Meus sonhos frequentam a tua linda magia, Acalentando-se do brilho de teu olhar, Seguindo teus passos cheios de Poesia, Atrás de teus grandes olhos da cor do mar. Sigo os teus passos silentes na noite escura, Esperando que qualquer dia enfim me notes, Compondo tantos poemas em teu louvor, Nessa paixão imensa que virou loucura, Por esses olhos que, acesos como archotes, Iluminam meu último sonho de amor. ONDE SERÁ? Talvez tenha sido num sonho poético, Que acabou se tornando profético, Pois aqui está você, para mim sorrindo, Usando o seu sorriso mais lindo, Com esse olhar cheio de promessas, Encaixando com ele as últimas peças, Depois de um período assustador, De meu último quebra-cabeça de amor. ONTENS DEMAIS Meus ontens se sucedem de forma implacável, Nesse oceano do tempo, inexorável, Cada ano uma nova ruga surge, E contra essa certeza, nem a Poesia se insurge! E essa ciranda dura o tempo inteiro, Num turbilhão do qual de pouco me lembro, Pois, mal se foi embora Janeiro, De repente estamos em pleno Dezembro! Mais um dia se passou, E mal durou uma hora, A felicidade mal chegou, E já se foi embora! OS CAMINHOS POR ONDE VENHO Ao ver seu olhar deslumbrante, Tão lindo que merece um desenho E esse seu riso tão irreverente, Que conseguiu desfranzir o meu cenho, E no instante seguinte Despertou em minha inspiração novo engenho, Deixe que num instante eu mesmo lhe conte Sobre os sonhos que ainda tenho, Antes que você me pergunte Dos caminhos por onde venho... PARA ONDE ELE FOI? Eu via Deus em todos os lugares, Mesmo nas horas mais sombrias, Eu O encontrava em todos os luares, A aquecer minhas noites mais frias. Eu O percebia no canto dos canários, Na melodia pungente do jazz, Ele estava em todos os cenários, Sentia-me às vezes como Moisés. Eu O sentia no olhar de minha cadela, Aquela doçura em forma canina, E O via, ao olhar pela minha janela Um macaco brincando na árvore da esquina. Eu O notava nas frias madrugadas, No orvalho que molhava as folhas, E O sentia sempre aqui presente, A direcionar as minhas escolhas. PARA SEMPRE ESQUECIDOS Quanta dor me deixaste Quando partiste, Deixando-me como um traste, Cada dia mais triste... Tudo à minha volta desmoronou, De nossos sonhos de amor, Nada restou, Exceto esse remorso desolador. A minha inspiração caudalosa murchou, Os poemas que lhe fiz foram parar no lixão, A luz que brilhava em meu olhar se apagou, As tuas fotografias foram parar no porão... PARA TODO O SEMPRE Escrevi um poema para você, Relembrando sentimentos Que nunca tivemos, Em memórias perdidas De alguma vida pregressa Em um passado remoto, Mas, estranhamente, Cada um daqueles versos Foi-me arrancado da alma, Como se refletissem a verdade! E então, eu lhe mostrei aquele poema, E, ao lê-lo, você me olhou com espanto, E revelou que a leitura daqueles versos Provocou-lhe lembranças que jamais tivera, E olhou-me de um jeito como nunca olhara, E então me perguntou, de uma forma cândida, Se eu acreditava em reencarnação, Pois, ao ler aqueles versos, Tivera lembranças de uma vida que não vivera, PASSADO E FUTURO A Poesia leva-me por mundos estranhos, Povoados por seres inimagináveis, Dragões e monstros de diversos tamanhos, E hominídeos que falam línguas indecifráveis! De algumas dessas visões jamais me esqueço, E viajo entre as dobras do tempo sem perceber Que a razão dessas estranhas viagens conheço, Pois tudo o que eu queria era te esquecer... PASSAGEM PARA A SAUDADE Deixe-me passar com meu cão na coleira, Com aquele olhar tão triste como o meu, Que por meus olhos cansados se esgueira, Tentando resgatar o sorriso que se perdeu, Mas mesmo aquele olhar de amor tão puro, Não consegue reacender o pavio apagado, Ou devolver a luz ao fim desse túnel escuro Que leva para onde meu barco jaz, naufragado, Ancorado para sempre ao fundo das dores Que de meu peito fugiram sem destino certo, Para se verem livres desses falsos amores, Que jamais fizeram chover em meu deserto! PERSONAGEM Você é minha personagem predileta, Cuja história vive sendo repaginada, Descrevendo alguns novos episódios, Cada um deles mais fora de contexto! Mas o que seria de um poeta, Se não tivesse uma personagem inventada, Cheia de amores e de ódios, Que lhe servisse de pretexto Para contar dela histórias amalucadas, Passadas em algum lugar fictício, Do qual, quando chega a alvorada, some, E depois, nem rastro de seu perfume deixou, Nessas histórias que atravessam as madrugadas, Frequentemente sem final ou sequer um início, Narrando aventuras desse personagem sem nome Que a própria Poesia lhe apresentou? PERSONAGENS SEM NOME Nas minhas horas vadias, Sento-me ao teclado para narrar Dramas de amor infindo, Descrevendo dramas e paixões, Entre casais desajustados, Perdidos entre idas e vindas, Chegadas e despedidas, Brigas e reconciliações, Êxtases e orgasmos sem fim, E por vários minutos mergulho nessas histórias, Com a mente borbulhando de atos de paixão Entre pessoas sem nome Que minha amiga, a Poesia, Soprou-me sem que eu soubesse, PINTURA POÉTICA Pintei você, Poeticamente, Dentro de mim, Com um pincel imaginário, E não sei o porquê, Magicamente, Sinto o toque de sua pele de cetim, E a pintura exala um perfume extraordinário... E esse seu retrato Minha alma espelha, E por isto eu a descrevo, Como se de mim fizesse parte, E, mais do que uma pintura, fosse de fato, Com essa inebriante boca vermelha, Presente em tudo que escrevo, A musa que inspira minha arte... POEMA EM V No 14 Vim vagando por estreitas veredas, Enquanto pensava em minha juventude, Na qual vestia vestes com veludos e sedas, Visitando memórias atrás de alguma vicissitude... Pensava absorto em túrgidos versos, Divagando a vigiar as auroras, Observando o nascer de novos universos, No vórtice veloz das horas... A vida voava, vivaz, em alguma senda, No torvelinho dos meus pensamentos, A ouvirem tua suave voz que veio como uma oferenda, E que acalmava o doce uivo dos ventos... PRESENTE Recebi de Deus você de presente, E todos os dias elevo uma prece, Para que esteja sempre presente Nas histórias que minha Poesia tece... QUARENTENA Estou em quarentena todo dia E evito até respirar Para não me contaminar Com minha Poesia RECEITUÁRIO Você é o doce remédio que me falta, Para sossegar o meu coração astronauta, Você é o que me recomenda a receita, Para passarmos juntos uma noite perfeita, Você é a solução do grande problema Para escrever o meu mais lindo poema, Você enfeita nas redes o meu perfil, Com o mais lindo sorriso que já se viu, Você está na mais linda fotografia, Que tiramos numa noite cheia de magia, Você está no receituário indicado Para esquecer todas as paixões do passado, Você é o que me receita o terapeuta Pra brotar amor num coração apedeuta... REUNIÃO DE ALMAS Minha alma uniu-se com a tua, Sob os auspícios da Lua, Pois essa reunião de almas Curou todos os nossos traumas, Espantando assombrações Que nas nossas noites rondavam, Devolvendo-nos ilusões Que já não mais nos encantavam... Então, minha vida vazia Encheu-se desse acalanto, Que nos enxugou todo o pranto, Mudando o destino perverso, Pois o que era um simples verso, Cresceu, e virou Poesia. SEMPRE FOI ELA E, naquele olhar que compartilhamos Soube que minha inspiração a encantava, E, quando nossas mãos apertamos, O sorriso lindo que me dedicava Trazia junto dele uma promessa, E, quando sua face docemente beijei, Beijou-me ardentemente e sem pressa, E, quando em meus braços a apertei, Perguntou por que eu nunca voltara, E eu lhe disse que tinha desistido, E tentado esquecer aquela paixão tão rara, Mas que aos poucos havia fenecido, E então eu a beijei novamente, E outras vezes, trocando nossos fluidos bucais, Sorvendo aquela boca tão quente, Da qual não me afastei nunca mais... SINFONIA Numa banheira onde estávamos submersos, Compus para ti uma sinfonia Somente de amor e de versos, Disfarçada de Poesia... Em cada estrofe daquela melodia muda, Coloquei um pedaço de minha paixão, Descrevendo tua pele desnuda, Tão linda que não coube no refrão! Tentei te descrever em cada rima, Utilizando somente versos poderosos, Eu por baixo, e tu por cima, A compartilharmos beijos deliciosos! Ao final daquela noite gloriosa, Ousei dedilhar meu amor no violão, E a magia que nos uniu foi tão poderosa Que a ninguém mais dediquei nenhuma canção... SÓ POR UM INSTANTE Se for bom demais, Talvez possamos repetir Por algumas vezes, Mas não espere sucesso Nesse seu investimento, Pois não lhe dará retorno, A não ser numa cama, Ou num copo vazio, No qual você tenha afogado Todas as suas ilusões... SÓ RESTA UM Entre os mistérios que eu perseguia, Hoje só resta um, indesvendável: Onde foi parar o amor que havia Entre nós, que parecia interminável, Fonte em mim dessa doce Poesia, Um lindo mistério inexplicável, E que hoje jaz nessa agonia, E nessa tristeza inominável? SÓIS DISTANTES Não sei onde deixaste A tua nave quântica, Que viaja através de portais estelares, Nem sei quando chegaste, Mas teus olhos violetas abrem minha veia romântica, E fazem-me escrever sobre naves e luares. Por que terás vindo para a Terra, Surgindo de repente à minha frente, Em que mesmo eu me inspirava, antes que viesses? Que mistério estelar em teus olhos se encerra E me inspirou esse poema tão diferente, Será possível o amor entre diferentes espécies? SUA PRESENÇA INVISÍVEL Em meus momentos de maior aflição, Ao cometer erros estúpidos e inaceitáveis, Sua presença invisível me convida a refletir, E docemente me concede o perdão, Mesmo para as culpas mais imperdoáveis, E mostra o que fiz de errado para não repetir... Em meus momentos de maior perdição, Onde não consigo achar o caminho correto, Sua presença invisível indica como sair do labirinto, E, a reforçar essa sua improvável afeição, Traz à minha mente o meu poema predileto, Para me convencer a lhe confessar o que sinto... TÂNTRICAS ARTES E quando me olhas, saciada, Depois de gritares vezes sem fim, A estrela que vejo em teu olhar incrustada Brilha imensamente só para mim. E em meu ombro te aninhas, A acariciares suavemente meu rosto, Em carícias mais meigas que as minhas, E teu doce sentimento deixas exposto... E já tarde da noite, feliz e radiante, Pela última vez me beijas e partes, Para na noite seguinte, voltares, triunfante, Para compartilharmos nossas tântricas artes... TÃO FELIZ Eu pensava que a felicidade Era um ser abstrato, Com o qual eu não tinha contato, Até você me mostrar O que era amor de verdade, E como era bom se apaixonar! E agora, descobri que sou ainda mais feliz Do que era antes de você me encontrar, Pois guardei o amor, que eu nem sabia que existia, E que você exibe, em cada frase que diz, E aquela paixão, que guardei no fundo do olhar, Cresceu tanto, que virou Poesia... TÃO LINDA COMO UM SONHO Você é tão linda Que sua presença me redime Por tudo que fiz de errado E que não corrigi ainda Cuja lembrança me oprime Pelos tantos erros de meu passado Pois você tem esse dom raro De afastar pensamentos terríveis E tudo que me tornava tristonho E em seu ouvido então me declaro Recitando-lhe versos incríveis Pois você é tão linda como um sonho TUA PALAVRA Senhor, que eu contigo aprenda, E conheça tua Palavra de cor, Os teus dogmas compreenda, E possa ser um homem melhor. Ensina-me a conhecer a verdade, E a praticar a compaixão, Combater a iniquidade, E te entregar o meu coração. Que eu perceba a sutil diferença Entre a paixão e o amor, E te confesse minha crença Em que de todas as coisas és o Criador. Eu te agradeço pelo dom da Poesia, Que colocaste em minha mente inquieta, E por teres me ensinado a doce magia De vê-la em todas as coisas, com olhar de poeta... TUDO VIRA POESIA Tudo vira Poesia, Basta tentar escutá-la, E ouvir o som da Magia, Quando a noite se cala. O silêncio é eloquente, E compõe rimas notáveis Para quem o frequente, Atrás de versos memoráveis. Versos pelo vento trafegam, Em um invulgar frenesi, E docemente se entregam, Quando trocam letras entre si. Estrofes em beijos florescem, Criam vida, e saem voando, E onde nasceram se esquecem, Mas versos já nascem amando, TURBILHÃO Eu me perdi nesse teu turbilhão De seios, nádegas, curvas e pernas, Se tivesse, eu te daria um milhão Só para iluminares as minhas cavernas! Como é que eu faço para não te perder, Para nunca mais me deixares sozinho, Não quero nunca mais te esquecer, És um anjo que caiu em meu caminho! Não quero me afastar de tua boca macia, Mas és muito anjo para meu caminhão! Por favor, concretiza a minha fantasia, Pois já flechaste o meu pobre coração, Povoaste os meus sonhos de Poesia, E encheste de rimas essa tua canção... UM DIA COMO NENHUM OUTRO E, como predito em antigos alfarrábios, Do tempo em que os homens dormiam em uma tenda, Seria no dia em que eu beijasse os teus lábios, Que teria início na Terra uma nova lenda, Pois, em algum lugar, um novo Messias nasceria, E, tocado pela minha insensata Poesia, Ensinaria rimas e poemas até ao luar, E espalharia pelo mundo o sonho de amar, Traduzindo em realidade o que há em meus versos, Derramando amor por todos os infinitos Universos... UM FOGO QUE SE APAGOU Depois de tantos anos de amor, Agora o que compartilhamos é distância, E nesse nosso presente opressor, A amargura virou redundância! E, na única vez em que te revi, Aquele gelo em teu olhar me queimou, Depois, rasguei os poemas que te escrevi, E os pedaços, o vento para longe levou... UM GRITO PRESO NA ALMA Onde foi parar aquela alegria que havia, Que junto com você, veio comigo morar? De qual recôndito de mim fugiu aquele sonho, Que súbito partiu não sei para onde? Onde foi que se refugiou a doce Poesia, Que de repente resolveu de mim se ausentar? Por que não consigo soltar esse grito medonho, Que no fundo de minha alma se esconde? UM LEGADO Quando partir, Deixarei um legado, Talvez desprezível Para quem se preocupar Somente com bens materiais, E não com remédios para a alma, Sob a forma de milhares de poemas, Cuidadosamente catalogados e classificados! Mas para quem os ler, um aviso: Não perca seu tempo Tentando decifrar meus escritos, Pois eles não obedecem padrões Ou regras que os engessem, UM LUGAR CHAMADO NUNCA Vivo em um lugar chamado nunca, Onde as coisas boas não acontecem, Os sonhos não se tornam realidade, Promessas não se realizam, Notícias boas não saem nos jornais, Nada há que mereça destaque, Políticos cumprem as promessas de campanha E aqueles desonestos ficam na cadeia, Para pagarem por seus muitos pecados, Meus melhores amigos jamais existiram, Os meus poemas não são publicados, E a musa de meus versos jamais existiu... UM PÁSSARO Esse pássaro pousado em minha mão, Entoando a sua suave canção, Equilibrando-se sobre o meu dedo, Mostra que de mim não tem medo, Pois certamente sabe que poetas são inofensivos, Incapazes de fazerem mal a outros seres vivos, UM PIANO SOBRE O MAR Diga-me, antes que me maldiga, Por quantas vezes tenho que implorar. Por quantas vezes queres que eu diga Que para sempre irei te amar. Fico a reproduzir essas mesmas notas Dia após dia, ano após ano, Tocando no piano canções idiotas, Sem tenor, contralto ou soprano! Toco todas as canções que fiz para ti, Neste infeliz piano sobre o mar, Inventando acordes que nunca ouvi, Compondo letras que nunca irei cantar! UM POEMA LOUCO Voltei ao passado, a decifrar velhos hieróglifos, De antigas culturas em túmulos ancestrais, E arguí por que fizeram imensos geoglifos, Vistos apenas do céu, onde não foram jamais! Quis decifrar o mistério das pirâmides que construíram, Imensas, espalhadas por toda a superfície terrestre, Idênticas, entre povos que nunca se viram, Como se seguissem um arcano plano mestre! Ousei tentar adivinhar qual é o segredo da vida, Mágica e magnífica, esquecendo meus medos, Mas quem sou eu, nessa minha busca atrevida, Se não aprendi a decifrar sequer teus segredos? UM QUARTO SEM JANELAS Em meus sonhos, às vezes voltas, Mas, quando acordo, a desilusão aumenta, Fico esperando em vão acontecerem reviravoltas, Eu, minha cachorra e essa tristeza que não se ausenta. Uma lágrima vez ou outra cai em meu copo, Juntando-se ao que nele resta de cachaça, Vou passear na chuva, e enquanto me ensopo, Uma bala perdida na noite raspa minha couraça! Então me ajoelho e elevo a Deus uma prece, Para que consiga de novo achar um caminho, E enquanto a noite devagar se desvanece, Percebo que já não estou mais sozinho. Pois um raio de repente rasga o vento, Naquela noite sem sinais de tempestade, E percebo que Deus escutou meu lamento, E sei que me esperas, lágrimas a escorrer de saudade... UM REMÉDIO CONTRA MELANCOLIA Estou à procura de um remédio Para combater essa estúpida melancolia, Que às vezes enche minhas horas de tédio, Sem nunca deixar espaço para a alegria. Quando estou nessas crises de tristeza, Nem a Poesia consegue me libertar delas, Ignoro até os presentes dados pela Natureza Que põe em meu caminho as coisas ma UMA CANÇÃO TRISTE Escrevi uma canção triste, Para recordar uma antiga história, Solitária assim como eu, Que já não mais existe, E que na memória Da noite se perdeu... Há uma nota psicótica Em cada acorde Dessa sinfonia bucólica, E alguma lembrança exótica, Que por algum motivo me recorde, Daquela paixão melancólica... UMA DOSE MONUMENTAL DE SILÊNCIO Mas, depois de algum tempo nesse jogo irreal, Onde respondes minhas perguntas Com frases enigmáticas ou sem sentido, Chegamos num beco sem saída, Num labirinto insolúvel, Que, para mim, já perdeu a graça, Por isto, tudo o que me resta é retribuir A tua quase completa falta de atenção Com uma dose monumental de silênci UMA FOTO ANTIGA Remexendo em meus guardados, Descobri uma foto antiga, Do tempo em que éramos namorados, A cantar uma doce cantiga, Que eu escrevera para ela... E essa visão acendeu-me uma centelha, Ao ver essa sua imagem tão bela, Usando uma sensual roupa vermelha, Os mesmos olhos faiscantes Dos quais não me esqueci jamais, Cravados em mim, lancinantes, E que depois não vi nunca mais! E a saudade chegou sem aviso, Daquela nossa paixão de cinema, E por isto escrevi de improviso Esse triste e saudoso poema... UMA ÚNICA VEZ, NADA MAIS Amanhã, irei partir para sempre, Em uma nave tripulada rumo às estrelas, E, quando voltar (se voltar), Não sei se ainda haverá uma Terra, Pois a raça humana é um bando de loucos, A espalhar por aí morte e destruição! Nosso destino é encontrar um mundo habitável, Para migrarmos, com uma equipe selecionada, E colonizarmos esse mundo, Preservando nossa espécie, Se é que ela merece ser preservada! Ficaremos por algumas décadas em criogenia, Mantendo nossos corpos jovens, Enquanto o tempo fora da cápsula é implacável, E nunca mais nos veremos (Exceto em meus sonhos impossíveis)! Por isto, se não é pedir-lhe demais, Fique comigo esta noite, Pela primeira e única vez, Tomemos algumas garrafas de vinho, E depois nos amemos suavemente, Por toda uma noite inesquecível, Para que eu leve de você uma lembrança eterna, Que me acompanhará por todo o Universo, VELEIRO Desfraldei as velas De meu insólito veleiro, Movido pelas asas do sonhar, Para visitar as praias mais belas Do mundo inteiro, Enfrentando a grandeza do mar... Quase nada levei na bagagem, Mesmo porque pouco tenho, Exceto a Poesia no olhar, Guardei nas retinas a tua imagem, Que em minhas fantasias desenho, E parti, sob as bênçãos do luar... VESTÍGIOS Esses vestígios de ti Que encontro por aqui Fazem-me ter vontade De saber se és de verdade Ou apenas um virtual construto, Uma sinfonia que escuto, Mas a meus ouvidos não se destina, Um verso perdido na esquina, Tentando encontrar seu lugar Na mais incrível melodia Que alguém um dia ouviu, Num poema lindo como nunca se viu, Que fale de amor e dos astros, Enquanto tento encontrar os teus rastros, Para ver se em teu oceano se esconde A felicidade, que perdi não sei onde. VISÕES DO FUTURO Tenho visões do futuro E de um passado distante, Que súbito se misturam, Em algum conto obscuro, Ou quiçá delirante, E essas visões me procuram, Como se eu fosse um indutor De fatos que não ocorreram, Ou foram esquecidas há eras! VOCÊ SE LEMBRARÁ DE MIM? Será que lerá os meus tristes versos, Pelos quais uma lágrima brotara De seus olhos, onde moram Universos Onde, um dia, a Poesia reinara? Será que seu corpo sentirá Falta de nossas noites exuberantes? Quem sabe, no escuro você recitará Algum de meus poemas alucinantes? Será que, algum dia, você sentirá saudades Daquele tempo em que um para o outro vivia, E minha lembrança abrandará suas tempestades E a fará sonhar com nossas noites em pleno dia?



Os Olhos M Gicos Da Poesia


Os Olhos M Gicos Da Poesia
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AUDIOBOOK

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-07-18

Os Olhos M Gicos Da Poesia written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-07-18 with Poetry categories.


O 92º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR Alguns trechos: “Mas, quando olhei ao meu lado, / Lá estava ela, ainda dormindo, / Esplendorosamente nua, / Aquele rosto belíssimo adormecido, / E tornara-se, por magia, realidade / Aquele sonho lindo do qual jamais despertei...” “Hoje, minha mente gangrena, / Mas sei que te amei em um ano qualquer, / Talvez entre Outubro e Dezembro, / Mas por certo não valeu a pena, / Pois nem mesmo por um instante sequer / De teu nome ou de teu corpo eu me lembro...” “E em meus sonhos habita, / Sonhando com sua pele morena, / Essa sua cor que acho tão bonita, / Mas que se mantém a uma distância obscena, / Sem chances para meu rigor exploratório, / Em percorrer suas cavernas, colinas e montanhas,” “Reconheço-te em cada verso / De amor que me vem à mente, / Mesmo nesse mundo adverso, / És de minha Poesia a semente.” “E sob o jugo das horas, incessante, / Vemos a vida passar num instante, / A pele, antes lisa, / Torna-se cada vez mais enrugada, / O relógio nos escraviza, / Já não nos lembramos de quase nada!” “Estás impregnada / Em minhas retinas, / Eternizada, / E iluminas / Minhas memórias / E histórias, / De ti repletas, / Em imagens estéticas, / Poéticas,” “Enquanto cada corpo não for saciado, / Durante horas a fio, / E cada sedução não for contemplada, / Permanece aberto o desafio, / Até cada barreira ser violada, / E cada tara secreta ser satisfeita,” “Quando quiser, pode ir, / Sim, pode partir, / Sem pedir desculpas, / Sem culpas, / Sem acender velas, / E sem maiores sequelas.” “Em todas as horas eu te vejo, / Na tela de minha mente, / Transbordante de desejo, / Com aquela roupa transparente, / Com a qual te vi na última vez, / Naquela noite encantada, / Tua transparência contra minha timidez, / O teu quase tudo contra o meu quase nada!” “Mas, quando se pratica o mal, / A devolução é austera, / Pois algum dia faz falta / Quem se dispensou de modo teatral, / E às vezes até meio perverso, / E então, o arrependimento nos assalta, / E isto é uma certeza inabalável,” “Pois talvez até pudesse me enganar, / Exceto por um mísero detalhe: / O que você diz não pode ser verdade, / E como poderia, / Se fui eu mesmo quem a inventei, / Tempos atrás, / Em uma história qualquer?” “Mães têm, pelos seus filhos, amor desmesurado, / E um imensurável zelo, / Tratam deles com todo o cuidado, / Dando-lhes carinho, paixão e desvelo...” “Quem me dera poder organizar esses arquivos, / Nos hemisférios de meu cérebro, tão arcanos, / Pois algumas memórias doem como chutes nos rins! / Para que ficar me lembrando de amores furtivos, / De que me servem imagens de casos profanos, / Qual é o sentido de guardar tantas lembranças ruins?” “Ela deixou poucos lastros, / Quase nada que a lembrasse, / O vento apagou os seus rastros, / E até a lembrança de sua face.” “Teu olhar tem um quê de divino, / E inspirou-me essa espécie de hino, / Para te dizer que sem ti eu não vivo, / Mesmo sendo apenas uma pasta em teu arquivo...” “A vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, / E a desilusão tomou conta de mim, / Quem mandou me apaixonar pela tua picanha, / Se tudo que me ofereceste foi o teu cupim?” “Gravei teu código de barras / Profundamente em minhas retinas, / E antigas paixões bizarras, / Esqueci como se fossem toxinas.” “Almas gêmeas / Que buscam a paixão, / Machos e fêmeas / Com feromônios de sobra / Para juntos gastarem, / A inventarem uma nova manobra, / Em posições nunca vistas, / E muito menos previstas, / Seus corpos a bailarem / Num balé erótico, / Improvável, insano, / Voraz, hipnótico, / No limite entre o divino e o humano...” “Por que hoje acreditei num milagre, / Pois sonhei que você ligava em meu celular, / Mas no final, o meu vinho virou vinagre, / Nessa triste noite onde sumiu o luar?” “Em minhas andanças / Pelas noites incertas, / Coleciono belas lembranças / E doces descobertas...” “Teu amor me preenche / De forma completa / E de gratidão me enche, / Por isto acabei virando poeta, / Para cantar em forma de versos / Essa tua doçura, / Que vejo nos teus universos / E provoca essa minha ventura...” “Tantas vezes nos amamos por horas a fio, / Mas depois me deixaste ir embora, / Sem me convidares para ficar / (E eu ficaria), / E quando finalmente me convidas, / Já passou da hora, / Pois o tempo é como um rio,” “Nessa corrida de obstáculos, / Para chegar afinal ao teu amor, / Rumo a teus olhos, raros espetáculos, / Esculpo versos, como se fora escultor, / Mas esses versos são estranhos, / E recusam-se a encontrar rimas, / São de diversos tamanhos, / E fogem assim que te aproximas,” “Anoitece... O sol desaparece no poente, / Levando consigo, lentamente, / O azul de teus olhos no firmamento, / Deixando-me a tristeza de tua ausência, / Que ocupa meu peito a cada momento, / Enchendo-o de saudades, sem clemência...” “Esses sons que pela noite ecoam / São apenas fantasmas errantes, / Que às vezes me abalroam, / De teu silêncio ecos distantes...” “Amores mortos não voltam mais, / E tudo o que lhe restará / Serão saudades inúteis / De momentos banais, / E de nós, tudo o que haverá / Serão recordações fúteis, / Chaves que não abrem nenhuma porta, / Antigos cartões guardados, / Velhas fotografias / Lembrando uma paixão morta, / Presentes para sempre abandonados / No fundo de gavetas vazias...” “Tudo bem, pode ir, / Não pense que me assusta, / Vá correndo encontrar / O que nunca perdeu, / Mas depois, não volte, / Não venha pedir de novo perdão, / Pois essa palavra maltrata, / E já me cansei de perdões,” “De manhã, quando desperto, tu somes, / Não passas de alguém que criei, / Apenas um desses fantasmas sem nomes, / Que em minha Poesia inventei...” “E depois, estaríamos condenados / A vagarmos como zumbis, / Devorando-nos uns aos outros, / Num futuro assustador, / Jamais imaginado pela ficção científica?” “E nessa eterna dicotomia / Eu me equilibro / Entre a vida e a Poesia / Com cada novo poema vibro / Mesmo que o mundo / Jamais o conheça / Mas quem sabe no espaço profundo / Algum novo cometa apareça” “Mas já me acostumei com essa sina, / Pois esse excesso de ideias é uma carga, / Mas, no fundo, é uma bênção divina, / E o que fazer, se a Poesia não me larga?” “E quando, bem mais tarde, em meu ombro deitares, / Em meio aos meus braços maciamente aconchegada, / Enquanto meus lábios docemente beijares, / Sussurres que esta é apenas nossa primeira madrugada...” “Que magia é essa nesse olhar tão puro, / Que me faz compreender que não sou nada? / Por que Sua luz preenche meu coração impuro, / E guia meus passos nessa longa jornada?” “Mas assim é o dom da Poesia, / Que cria universos tão improváveis, / Narrando histórias de pura magia, / Entre amantes loucos ou insaciáveis...” “Então, mergulhei ao fundo de um poço, / Do qual não havia saída, / Imerso em pesadelos até o pescoço, / Até o fim de minha vida, / E o horror embranqueceu meu cabelo, / Nessa cela mental na qual me tranquei, / Depois que mergulhei nesse pesadelo, / Do qual nunca mais acordei...” “Enrosca os braços em meu peito, / Confessa que não sabes porque demoraste tanto, / Mas não imaginavas que pudesse ser tão perfeito, / Que nossa primeira noite fosse tão cheia de encanto...” “Na primeira vez em que nos vimos, / Entre nós dois rolou um frisson, / Mesmo sem motivo, sorrimos, / Nossas risadas subiram de tom, / E, aos poucos, fui entendendo / Que não era apenas coincidência, / Nossa amizade evoluir num crescendo, / Muito além do que recomenda a prudência...” “Às nuvens eu me erguia, / Como se asas tivesse, / Ou houvesse virado um anjo, / Mesmo antes que um beijo me desse, / E nem sequer me constranjo / Em lhe confessar esse arroubo, / Mas meu coração você tomou, / E não denunciei esse roubo,” “E, um dia, já não há mais recursos, / O que havia entre os amantes se perdeu, / As vidas separadas seguem seus cursos, / Mais uma história que aos poucos morreu...” “Tu te encostaste em mim, / Tuas mãos em volta do meu pescoço, / E acariciei de leve tua pele de cetim, / Teu toque suave me causando alvoroço, / E foi assim, naquele clima sensual, / Que pela primeira vez nos beijamos, / Um beijo como nunca houve outro igual,” “Algumas decisões são difíceis, / Mas outras, são quase impossíveis, / E caem em sua vida como mísseis, / Demolindo sua mente em todos os níveis...” “Uma luz sobre nós se espalha, / Cortante como navalha, / Iluminando becos, / Revivendo rios secos, / Nos sertões, / Em míseros grotões, / Revivendo esperanças perdidas, / Sofridas, / Resgatando teu sorriso, / Que nesses versos poetizo,” “São rumorosos / Esses silenciosos / Cânticos / Quânticos / Não-ruídos / Sentidos / Por todos os lados / Mesmo abafados / Ecoam / Voam / Pelos ares / Por todos os lugares” “Afasta-te dessa escuridão / Que desde sempre te rodeia, / Desista dessa tua solidão, / E da tristeza que te permeia.” “Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...” “No quarto escuro, ouvi tua voz, / Sussurrando baixinho / Que tens saudades de nós, / Mas como pode ser, se estou sozinho? / Que estranha magia, / Que feitiçaria é essa? / Será para que eu quebre a promessa / De que um dia te esqueceria?” “Até há pouco tempo, eu era inteiro, / Mas depois de ti, não sou mais, / E neste poema derradeiro, / Revelo o que não revelei jamais: / Levaste um pedaço de mim, / O mais doce pedaço que havia...” “Três... / Jogue-me na cama, e deite-se por cima, / Esfregue-se em mim com volúpia. / Dois... / Beije-me novamente, murmurando, / Dizendo coisas que nem ousava pensar. / Um... / Encaixe-me em você, por horas a fio, / E nunca mais me deixe ir embora...” “Tantos muros ergueste / Em volta de ti / E nem percebeste / Quantas vezes morri / Quantos sonhos enterraste / Em meu coração / E nem mesmo notaste / A cor que pintaste o caixão” “I’ll be only your favorite poet / ‘til our souls can met / And walk together by the ways / Of this insensible night / That mantains us apart / My soul distant of your heart / For always”



No Olhar O Encontro Origin Rio


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Author : Jonas Matheus Sousa Da Silva
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-03-01

No Olhar O Encontro Origin Rio written by Jonas Matheus Sousa Da Silva and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-03-01 with Philosophy categories.


Elabora-se uma hermenêutica filosófica do poema Teus olhos, de Luciane Oliveira Moraes. Embasa-se, para tanto, nos pensamentos de Merleau-Ponty, Jonas, Heidegger, Buber, e Rahner, entre outras fontes; para refletir o conceito de Encontro originário, vivenciado pela poetisa, abrindo a interpretação para o interpessoal-encontro-inefável, que manifesta o ser-com-os-outros-no-mundo, fadado ao devir, porém fundado, assim como todas as coisas, em Deus – o “Tu eterno”, que mesmo inominável, manifesta-se ao ser humano.