[PDF] At Secarem As Ltimas L Grimas - eBooks Review

At Secarem As Ltimas L Grimas


At Secarem As Ltimas L Grimas
DOWNLOAD

Download At Secarem As Ltimas L Grimas PDF/ePub or read online books in Mobi eBooks. Click Download or Read Online button to get At Secarem As Ltimas L Grimas book now. This website allows unlimited access to, at the time of writing, more than 1.5 million titles, including hundreds of thousands of titles in various foreign languages. If the content not found or just blank you must refresh this page





At Secarem As Ltimas L Grimas


At Secarem As Ltimas L Grimas
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2017-07-31

At Secarem As Ltimas L Grimas written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2017-07-31 with Literary Collections categories.


22º livro de Poesia publicado pelo autor no Clube de Autores, juntando-se a: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. “SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR À disposição no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa ou digital. Este livro, a exemplo dos anteriores – à exceção de “SIMÉTRICAS”, que tem 200 poemas –, contém 50 poemas, sendo a maioria deles profundamente líricos e românticos de cortar o coração, de fazer sonhar, ou de pura nostalgia, marcas registradas do autor. Algumas amostras: “Pois finalmente um dia você descobre: / Solidão é quando você se olha no espelho / E não vê ninguém...” “Você continua em mim, / Impregnada, / Com sua sombra / A me circundar… / Quando a tarde chega ao fim, / Na noite enluarada / O seu fantasma me assombra / Sob a luz do luar...” “Humilde, elevo a Deus mil preces, / Nessa triste vida cheia de lástimas, / Pedindo em vão que um dia regresses, / Até secarem as últimas lágrimas...” “E em meu olhar a labareda / Despertada quando você aparece, / Cercada de orvalho e seda, / Aos poucos se desvanece, / E lentamente se perde no ar, / E perece na noite que nem a vê, / Pois seu triste destino era sonhar / (Em vão) com você...” “De repente, alguém começou a subir a escada, / E apressados nos separamos como foi possível, / Tentando esconder nossa aventura arriscada, / Como se nosso desejo se tornasse invisível!” “Seu sorriso é desafiador, indomável, / Você é o repositório onde meu olhar se escondeu, / Você será sempre a pergunta indecifrável / Que o Universo nunca me respondeu...” “Como esquecer daqueles beijos cálidos, / Daquelas carícias tão empolgadas, / Do suor a escorrer por teus seios pálidos, / Daquelas tuas mãos tão assanhadas?” “Os espelhos que adornam as paredes roxas / Já não sabem mais o que revelarem, / Se o meu último lastro entre tuas coxas, / Ou teus quadris que insistem em me abrigarem...” “Quero explorar as tuas cavernas, / Onde navega há tempos o meu desejo, / E assim matar as minhas sedes eternas, / Nessa aventura que há anos planejo!” “Não vá embora ainda, / Espere esta noite terminar, / Beije-me com sua boca tão linda, / Deixe-me acabar de sonhar...” “Acabei por me emaranhar / Em tuas envolventes redes, / Querendo para sempre contigo navegar, / Mas entre quatro paredes, / Onde foi parar a luz que habitava teu olhar?” “Hoje, estão na moda as relações líquidas, / Voláteis, etéreas, inconstantes, / Nascidas para serem insípidas / E não durarem mais que instantes!” “Essa seiva branca que escorre / Pelos cantos de tua boca carmim / Será a lembrança que jamais morre / Cada vez que te lembrares de mim” “E vejo como teu olhar se ilumina, / Quando te conto desse sentimento, / E pela primeira vez beijo tua boca divina, / Curtindo como nunca cada momento...” “Mas teu olhar frio, como uma bala de prata, / Congelou a minha cascata, / E o teu adeus, como uma bala perdida, / Destruiu minha vida...” “E vamos levando essa vida triste / Com essa nuvem de demência no olhar / Pois um dia até a paixão enfim desiste / E nos abandona sob a solidão do luar” “Meu mundo sem você é um assombro, / Cheio de escuridão e espectros sombrios, / Mas quando deita sua cabeça em meu ombro, / Correm para o seu oceano os meus rios...” “Só para você faço cara de espanto, / Quando aparece espantosamente bela, / Adoro quando escuta o meu triste canto, / Numa serenata sob a sua janela...” “De repente, sinto na face um beijo gelado, / E aquele fantasma súbito desaparece, / Estou sozinho, sem ninguém ao meu lado, / Numa dessas tramas que só a saudade tece...” “E agora, que importa se sempre fui incrédulo, / Se teu amor será o meu último capítulo, / Se teu vulcão derreteu minhas neves eternas, / Se encontrei a perdição entre as tuas pernas?” “Desde que você voltou, / Meus olhos brilham noite e dia, / Livres daquela agonia / De adivinhar onde você se ocultou...” “Jogue-se de cara nos amores ardentes / Até que a chuva os alague / Navegue contra as correntes / Antes que o barco naufrague” “Nessa dupla personalidade, / Uma é bandida e rouba com vontade, / Sem com o castigo se preocupar, / E a outra não sabe de nada!” “Apague-me de uma vez de sua vida, / E desse jogo de cartas marcadas, / Cansei de alargar essa ferida, / Da degradação desse conto de fadas...” “A moça, com lindos seios de silicone, / Passou-me o número de seu telefone, / Mas nunca liguei… / A segunda, com os traços esticados com botox, / Sugeriu-me inaugurar sua nova cama box, / Mas não aceitei...” “Que filme mesmo estava passando? / Nem vi o cartaz, de tão embevecido, / E não poderei contar em minhas memórias, / Sobre a noite em que não assisti / A um filme lindo com você...” “Como a rosa, meu amor desapareceu, / E em seu lugar há uma lápide, / Em instantes, subitamente morreu, / Como se picado por uma áspide...” “Depois, deixamos a noite ruborizada, / E a lua tímida sair detrás do nevoeiro, / Que, denso, cobria essa noite estrelada, / Enquanto você me devora por inteiro!” “Fique comigo esta noite, ou por toda a vida, / Dê-me a chance de demonstrar meu amor, / Acabemos de uma vez com essa ferida, / Fiquemos juntos enquanto a noite não se for...” “E essa inesperada reminiscência / Traz-me de volta toda a saudade / E abarrota-me de toda a sua ausência, / E daquele amor que nunca morreu de verdade!” “Como nos relacionamentos humanos, / A paixão é uma rosa cálida, / Que faz a vida desabrochar / E depois de muitos planos, / A paixão é uma reprimida crisálida, / E o amor, a borboleta a voar...” “Teu amor é o oásis / Onde me abrigo / Das péssimas fases / Desse mundo inimigo” “E nesse teu voar enfeitiçado, / A Poesia em mim se completa, / Nesse enlevo encantado / Entre um anjo e um poeta...” “Como podes ser tão peçonhenta, / E tua boca tão maldita? / Nessa tua língua virulenta / A maldade palpita...” “O tempo nunca leu Nicholas Sparks / E só deu uma lida em Garcia Márquez / E quando vê um infeliz coração / Logo o condena a 100 anos de solidão” “Invadi o teu castelo de cartas, / Antes que elas desabassem, / Derrubando tuas defesas fartas / Antes que teus olhos me congelassem!” “Tudo o que ouço / Nesse infeliz calabouço / São tuas reclamações / Vertidas em borbotões” “Preciso te contar uma história, / Antes que seja tarde demais, / Enquanto vives em minha memória, / Que não te esquece jamais!” “O amor está por aí, / Nos cinemas, nos bares, / À frente e atrás de ti, / Em todos os lugares...” “No livro de minha história, / Em cada capítulo estão seus abraços, / E nos arquivos de minha memória, / Seu amor permeia os espaços...” “E então, teremos dado início ao próximo passo, / No qual teremos vencido a etapa da sedução, / Quando nosso foguete decolar para o espaço, / Onde as estrelas serão testemunhas de nossa paixão...” “Há muitos enigmas mais sérios, / Que constam em vários portfólios, / Mas todas as águas escondem mistérios, / Principalmente as que escorrem dos olhos...” “Queria poder te levar a Paris, / Para visitarmos a Torre Eiffel, / E te dar um lindo colar de rubis / Por seres a musa deste menestrel...” “Se o mundo for acabar amanhã, / Vou acordar bem cedo, / E esperar você sair de manhã, / Para enchê-la de medo!” “E hoje não sei mais o que faço / Perdido no estranho compasso / Dessa música sem som das esferas / Que alimenta minhas quimeras / Esperando em vão você voltar / Antes que eu desista de te esperar...” “Em seu olhar eu me perco, / Desvairado, / Eu e você nesse cerco / Apaixonado...” “Deixe-me mergulhar em suas entranhas / Até nos saciarmos por completo / Deixe-me saciar as suas sanhas / E descobrir o seu desejo secreto” “E quando te vejo estendida em minha cama, / Sorrindo-me com teus dentes brilhantes, / Com teu esplendor acendes esta flama, / Onde crepitam as estrelas mais distantes...” “O brontossauro ouviu a sirene, / Ecoando através das eras, / Que lhe despertou a memória perene / Vinda do tempo das grandes feras!” “You’ve gone and let me this fear / Of being alone all the life / But you’re still here / And the loneliness cuts like a knife”



O Labirinto No Fim Do Poema


O Labirinto No Fim Do Poema
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-11-20

O Labirinto No Fim Do Poema written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-11-20 with Juvenile Fiction categories.


46º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU?



Olympus Livro 1 Eros 3 Parte


Olympus Livro 1 Eros 3 Parte
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-08-10

Olympus Livro 1 Eros 3 Parte written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-08-10 with Literary Collections categories.


42º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA Alguns trechos: “Como posso acreditar em alguém / Que diz ter estrelas no céu da boca, / Se é no olhar que elas se escondem?” “Para te procurar, / Pelas ruas, a esmo, / Eu me vesti de luar, / E me disfarcei de mim mesmo...” “Por isto, tristeza, sente-se em qualquer canto, / Para mim é o fim, para você pode ser só o começo / De uma história que perdeu todo o encanto!” “Diz que não consegue entender / Porque é impossível me esquecer, / Porque o amor dói tanto assim!” “E naquela cidade tão fria, / A escuridão se instalou / Naquela noite vazia / Que nunca mais terminou!” “Como dois malucos ousam / Amar desse jeito profano, / Como sem asas pousam / Nos raios do luar?” “Arrumei em minha sacola os poucos pertences que levara para o templo, / E, desolado, voltei para o mundo lá fora, onde a sua ausência era tudo que havia...” “O desespero reina em todos os lares, / A esperança há muito se perdeu, / A tristeza mora em todos os olhares, / Pois Cupido, o deus-menino, morreu...” “Esse luar que em teus olhos habita / Provoca-me uma ilusão infinita / De uma paixão sem limites / Cada vez em que me fites / Como se o tempo fosse parar / Como se fosses me amar” “Em teus olhos castanhos, / Escondem-se tantos astros, / De diversos tamanhos / Que por lá deixaram seus rastros...” “Eu já tinha te esquecido há eras, / Onde foi que o vento achou tua voz? / Por que me relembrou antigas quimeras / Daquele grande amor que havia entre nós?” “Você se foi, mas continua por aqui, / E permanece ao meu lado, imperturbável, / Adejando ao meu redor como um colibri, / Com as recordações de seu sorriso adorável...” “Why don’t you phone me in the middle of the night, / Inviting me to be the one you love once more? / I miss you, and your eyes’s bright, / Your screams of desire in this desert shore...” “Quando a tristeza escapar, / Não desista, / Resista, / Insista, / Pois quando a saudade aperta, / E a solidão ronda a alma deserta, / Há um perdão à espera em cada olhar...” “Let’s make our destinies be one / Change your anger for a smile / Let´s fill our paths with fun / And only love will be here for a while” “E, depois do êxtase com que me premias, / Olhas-me com esse teu sorriso desafiador, / Transformado por esse mais doce dos dias, / E radiante me confessas: o nome disto é amor!” “Será hoje que tirarei a timidez de campo, / Essa maldita timidez que no rosto estampo, / E criarei coragem para lhe perguntar afinal: / ‘Será que seu beijo sobe minha pressão arterial?’.” “Enquanto essa melodia enche a noite de magia, / Entre nossos corações se estende uma teia, / Tecida pelo doce amor que une a minha Poesia / A seu rosto admirável, que meu olhar bombardeia...” “Pois essa viagem para dentro de mim, / Que terminou inesperadamente assim, / Trouxe de volta um tempo onde o relógio não para, / Num redemoinho que a lembrança dispara, / E ressuscitou uma perdida paixão, / Que não sossegará enquanto não lhe pedir perdão!” “Quando nasceu essa atração esquisita / Que tua gravidade sobre mim exerce, / Que abalou tanto assim minha escrita, / E fez tremer até o meu último alicerce?” “Foi quando eu afinal desisti de você, / E, pela primeira e única vez, / O amor se calou, e eu lhe disse adeus...” “Deixa-me fotografar teu sorriso / Lindo de morrer / Para que não seja preciso / Lembrar de não te esquecer” “Talvez eu a tenha amado, talvez não tenha, / Embora acreditasse que aquilo era amor, / Provavelmente eu apenas errei a senha / Ao digitar teu nome, trocado pelo corretor!” “I feel the tears rolling down my face / And I try to calm this infinite pain / Thinking of our last embrace / But your memory will always remain” “Foi num dia 5 / Que eu te vi pela última vez / Depois minha calça perdeu o vinco / E esqueci a resposta de todos os porquês” “Depois não me restará mais vida / Porque você era tudo o que havia / A felicidade estará para sempre perdida / E o funk tomará o lugar da Poesia” “Soltei no mar meu barco de papel, / Que devagar foi sendo carregado / Pelas ondas e pelas espumas... / Logo depois, surgiu a Lua no céu, / Com seu lindo manto prateado, / A desvanecer, devagar, as brumas...” “Leva-me contigo para longe daqui, / Não precisa nem me dizer para onde, / Ensina-me línguas que nunca aprendi, / Mostra-me onde a Poesia se esconde...” “Existem tantas paredes / Que entre nós se ergueram / Por isto é que não vedes / Minhas lágrimas que se perderam” “Por que não apago essa reminiscência, / E esqueço essas lembranças sem nexo? / Por que quando me aperta a tua ausência, / Se olho no espelho vejo o teu reflexo?” “Tenho pressa, e tenho premência de abraços, / Mas, quando eu tiver de morrer, / Que seja entre os teus braços, / Bem antes de amanhecer...” “Derrame sobre mim pedaços de seu sorriso, / Jorre em meus olhos gotas de seu olhar, / Faça com eu lhe confesse, assim de improviso, / Onde foi que escondi a magia de amar.” “O amor é sempre feiticeiro, / E nos ensina a magia de sonhar / Com quem a noite trouxe o cheiro, / Depois nos deixou sem hesitar...” “I should to forget you but I can´t / You live in my memories and dreams / For you will be my last lament / And my ultimate screams” “Como explicar esse silêncio absurdo? / Os sons do silêncio não conhecem fronteiras, / E só não os ouve quem por acaso for surdo, / Ou quem se houver trancado em trincheiras!” “É a noite que me traz esta tristeza sem fim, / Que para sempre me envolveu, / Pois foi a noite que te levou para longe de mim, / E nunca, nunca mais te devolveu...” “There will be no you and I / Our future will no more exist / We’ll be like clouds in the sky / Dispersed in the mist” “Andei seguindo os seus passos, / Em vão buscando os seus traços, / Mas nada encontrei, / E sem você, nada sei, / Sou uma fagulha perdida no ar, / Um barco sem GPS no mar, / Um triste verso sem rima, / Um salmão a saltar rio acima,” “Ando sonhando com Universos paralelos, / Povoados por estranhas alienígenas, / Com teu rosto em corpos amarelos, / Ou teus olhos em traços indígenas!” “Nosso amor era tão jovem, / Mas morreu, e agora é findo, / Por que todos não se comovem / Com o fim de um amor tão lindo?” “Essas tuas rútilas pupilas / Onde estrelas cintilam / São onde teu amor desfilas / E os meus sonhos se exilam” “E, nessa noite imensa em que fui mergulhado, / A escuridão se instalou e nunca mais passou, / E qualquer futuro possível foi sepultado / Por aquele amor que se foi, e nunca voltou...” “Nada entendia de abandono, / Até que chegou o inferno: / Partiste, e ainda era outono, / Mas mergulhei no inverno...” “Quando você me abandonou / Suas marcas ficaram / Foram só o que sobrou / E nunca mais me deixaram” “ Cause I m the one who let you go. / Without almost sketching resistance / And the reflection of this now I know / With the agony of your absence” “Vamos juntos tomar um sorvete, / E falar sobre paixões reprimidas? / Vamos adicionar um novo verbete / Ao dicionário de nossas vidas?” “Extraordinário é quando, saciada, / Depois de soltares teu último grito, / Vejo em teu olhar uma lua prateada, / A me banhar com teu amor infinito...” “E logo depois me deixaste / Legando-me essa imensurável solidão / Pois minha luz contigo levaste / E só me deixaste a escuridão” “Lá fora, múltiplas cores fazem a festa, / Mas aqui dentro, reina a escuridão! / A vida insiste em me espiar pela fresta, / Mas desiste, diante da minha solidão...” “Como foi que tanto amor pôde assim terminar, / O que foi que um ao outro desde então fizemos? / As lágrimas escorrem, e sei que continuo a te amar, / E esse choro pungente é pelo amor que já não temos...” “Por isto, eis-me aqui agora, / Catando do chão o que restou de nossos espólios, / O pouco que ficou depois que você foi embora, / Até a última lágrima cair de meus olhos...” “Mas cada vez que você me olha / Com esse olhar avassalador / Essa lágrima que o seu rosto molha / Diz-me que vale a pena morrer de amor” “Comprei equipamento de alpinismo / Para escalar as tuas túrgidas montanhas / Para depois mergulhar nesse abismo / Que me aguarda em tuas entranhas “Quem pode pensar, vendo-a desfilar na avenida, / Que a alegria que exibe ao passar radiante / Durará apenas até o desfile chegar ao último instante / E depois a tristeza durará pelo resto da vida?” “As últimas gotas de suor / Que de nossos corpos exalaram / Foram as últimas marcas de nosso amor, / E nunca, nunca mais secaram” “E, quando desistir de me expulsar de perto, / Atire-se em meus braços e me aperte, / Jogue a sua água pura em meu deserto, / Enquanto com um beijo você me perverte!” “Leves tuas roupas, teus retratos, teus discos, / Tudo que possa me lembrar tua ausência, / Mas não mexas em meus versos, tristes rabiscos, / Últimos traços de tua fugaz existência...” “Quando foi que começou esse desencontro / E a desilusão acampou lá fora? / Quando a tristeza veio ao nosso encontro / E depois nunca mais foi embora?” “Deixou uma tênue esperança, / Deixada assim sem cuidado, / Que um dia então se perdeu, / Em uma última lembrança, / Que virou para o meu lado, / Soluçou, depois morreu!” “Toda vez que te vejo passar, / Fico com duas mãos esquerdas / (E olha que sou destro!),” “Vivemos tantas vidas com nosso amor imortal, / Que sempre esteve acima de todo o mal, / E agora, quando me declaro te enfureces, / E vens dizer que nem me conheces?” “Quando me despedi de você / Foi um enorme choque / Nunca mais liguei a TV / Nem para ver o Sherlock” “Deixe que a paixão a cegue, / Vigie os meus passos, / Mas nunca me negue / A fúria de seus abraços...” “Como foi acabar desse jeito, / Sem deixar sequer um vestígio, / Um amor que era tão perfeito / E que morreu sem nem litígio?” “Quem sabe um dia, leias alguns desses versos, / Que guardam a beleza com a qual te descrevo, / E enxergues a paixão e o amor neles imersos, / E me fales então de amor, como eu não me atrevo?” “E cá estou, nessa cidade esquecida, / Nessa solidão que beira a eternidade, / Banhando-me até o fim da vida / Na fonte sem fim da saudade...” “Mas não esquecerei, enquanto vida me reste, / Daquela única noite, tão ligeira, / Em que tanto amor represado me deste, / Por uma noite apenas, tão passageira,” “Tentei deixar a tristeza lá fora, / Mas foi tudo em vão: / Você levou a sua luz embora, / E deixou comigo a escuridão...” “Por que você qualquer dia desses não me convida / Para um filme do Tarantino, do qual só nós sairemos com vida? / Por que você não me chama com tato / Para a noite em que afinal faremos contato?” “Mas, se você quiser, eu confesso, / Tudo aquilo que de mim temeu, / Mas logo a seguir me despeço, / Pois confesso, mas não fui eu!” “Tão de repente como chegou, / O amor some, / E depois que se evaporou, / Esqueço até o seu nome...” “Ah, ausência que virou minha confidente, / Leva a ti uma última confidência, / Diz que em meus sonhos és residente, / Que em minha cama deixaste tua carência, / E que sem teu amor, não sou ninguém!” “Conta-me no ouvido / Porque eu te apavoro! / Será porque atiço tua libido / Ou porque te adoro?” “Ando criando raízes / De tanto te esperar, / Colecionando dias infelizes / E lágrimas pungentes no olhar.” “Já não sei mais onde paro, / Nem sei se quero parar, / Ligo meu carro, disparo / Até na beira do mar, / Vendo teu riso tão raro / Na solidão mergulhar!” “E, quando me disseres, sorrindo: “Diga logo”, / Vou encostar em teu ouvido, e sussurrar: “Te amo”, / Afastar-me um pouco, e ler os teus olhos, / E num instante, saberei a resposta...” “O que será que farias, se algum dia / Eu sentasse em tua mesa, onde almoças, / E te desse de presente uma rosa e uma poesia, / Onde revelasse como, com tua indiferença, me destroças?” “Esse meu cego coração é meio pirata, / E gosta de sofrer como boi no matadouro, / Onde é que já se viu, pensar que é de ouro / Um triste sentimento, que é feito de lata?” “Secando com um lenço imundo / As lágrimas desse amor vagabundo, / Que não secarão jamais, / Vertidas por esse amor que não tenho mais...” “Por que fizemos a primeira lágrima escorrer, / Em qual vereda nos escondemos, / O que fez nossa paixão derreter?” “Eu, que nunca fui insensível, / Sem me controlar, ainda incrédulo, / Reagi de modo terrível, / Escrevendo então o último capítulo, / Daquele amor, encerrado com uma lástima, / E que sucumbiu, desse modo esdrúxulo, / Enterrado numa última lágrima...” “Fecha os olhos e ouve esses acordes, / E deixa meus versos por ti fluírem, / Fazendo com que de nós dois recordes / Antes de nossos sonhos ruírem...” “Não há sinal de nuvens, o dia está claro, / Não relampejou, nem o céu escureceu, / Na verdade, o Sol brilha, mas nem reparo, / Pois é de meus olhos que essa chuva desceu...” “Pois esta casa de você ficou repleta, / Mesmo estando mais vazia do que seria possível, / Nossa história seguirá sendo incompleta, / E meu amor por você, para sempre impossível...” “Em minha mente sempre tão clara / Viraste uma lembrança difusa / Eras a minha rima mais rara / Mas hoje és somente a mais confusa...” “Já não me lembro teu rosto / Nem mesmo o teu telefone, / Aos poucos, larguei o desgosto, / E troquei-te por um saxofone...” “Eu me lembro de nossas travessuras, / De nossas fomes e sedes, / E também de nossas loucuras / Entre quatro paredes!” “Ensine ao meu coração apedeuta / Como conquistar o seu amor, / Seja a minha doce psicoterapeuta, / Deixe-me provar de seus lábios o sabor,” “Love s a strange feeling that hurts / Forever and ever until the world ends / A crossroad of a pair of lonely deserts / The only thing that time cannot mends” “Sempre que penso em você, passo mal, / Dá-me um bolo no estômago, e não passa, / Sinto uma sinistra dor abdominal, / Como se eu tivesse comido pão com argamassa!” “Como Houdini, estou preso em uma caixa de vidro, / Algemado, com água até o pescoço, e subindo. / Agora, o que é que eu faço, / Para não viver sem você?” “Ilusões feridas às vezes escapam / E se elevam e voam pelos ares, / Em nossos sonhos derrapam, / E se esparramam pelos mares...” “Eu, uma banheira e você / Que importa / Se o mundo acaba hoje?” “Por causa dessa tua estupidez / Nossa relação virou estilhaço / Não sobreviveu à pouca solidez / De teu coração faltando pedaço” “Enquanto passa o tempo / Nesse cruel passatempo / De amar quem não me ama” “Para ti, sou invisível, / Como se não existisse, / Mas para mim, és incrível, / Mas nunca, nunca te disse...” “Qual é o sentido de abraçar uma paixão obscura / Somente por alguma espécie de atração física, / E sem o saber embarcando numa aventura / Ou entrando de sola numa experiência metafísica?” “Leve-me para sua casa, / E depois jogue a chave fora! / Deixe-me ficar sob a sua asa / E nunca mais me deixe ir embora...” “O tempo passou e sepultou o passado, / Matou os sonhos, a esperança acabou, / Das fantasias, restou um peito rasgado / E de nosso amor, nada mais restou!” “E naquela madrugada, levei um soco no peito, / E só muito depois, percebi que meu relógio parou, / Enquanto a vida lá fora seguia do mesmo jeito, / Naquele exato instante em que meu mundo acabou!” “Em poucos anos, estará mais alto que eu, / Mas, quando estiver com quase 2 metros, / E para olhar em seu rosto, / Eu tiver de olhar para cima, / Ainda segurarei um nó na garganta / A cada vez que disser: - Vovô, te amo!” “Mas e daí? Eu me pergunto / De que adianta tanta paixão, / De teu queijo não tenho o presunto, / De tua letra não sei fazer a canção...” “A mais relevante notícia dos jornais de amanhã / Não será sobre um grande filme de terror, / Nem sobre a Paolla, o Neymar ou o Cauã, / Mas sobre o último capítulo de nossa história de amor...” “E tua lembrança aqui permanece / Como um suplício / Prestes a me mandar para um hospício / Nessa doença sem cura / Nesse limiar da loucura / Ao ver na boca de um manequim sem vida / Esse sorriso solto à noite na avenida / E teu rosto numa iluminada vitrine / Na escuridão de um grande magazine” “As manhãs trazem-me nostalgia, / Quando acordo, e, ao meu lado na cama, / Você não está aqui, por mais um dia, / E a sua ausência de meus olhos derrama...” “Manipulações de corações alheios sempre falharam: / Os corações escorregaram e se quebraram, / E nas mãos, restou apenas o sangue que deixaram...” “Depois, será preciso que me açoite / Para fazer que eu queira ir embora, / Para não deixar que aqui eu pernoite, / Não na solidão da noite lá fora...” “Nada mais me interessa, nem a Poesia, / Que fica só me sugerindo versos de amor, / Um amor que se foi, e levou junto a alegria, / Deixando-me apenas esse filme de horror,” “Sem você, essa vida é um saco, / Não existe nada que me dê sossego, / Nesse mundo nebuloso e opaco, / Onde sou mais cego do que um morcego...” “Esse seu olhar inocente, / Que carrega tão poucos enganos, / Contrasta com o meu, experiente, / Com lembranças de milhares de anos!” “E pergunta meu lado indagador: / Neste mundo, tão cheio de veneno, / Como pode caber tanto amor / Num coração tão pequeno?” “Fiz na tua academia uma matrícula, / Mas logo machuquei a clavícula, / Tentando descobrir uma fórmula / Para te sugerir uma cópula, / Juntando de nós cada molécula!” “Diga-me, como posso aplacar / Essa insanidade que nos embaralha, / Derrubando-nos como dominós?” “Não sei, mas agora não tenho vontade, / A sua lembrança ainda me dá arrepios, / Tristeza e solidão são minha realidade, / O oceano para onde correm meus rios...” “Você se foi, mas permanece comigo, / Em cada vez que acordo, sinto seu cheiro, / De sua lembrança, nunca me desligo, / Você vive em mim o tempo inteiro...” “Por isto, resista, / Não se deixe jogar no inferno, / Não ponha seu nome na lista / De culpados em seu caderno!” “Eu não te perdoo / E por que deveria? / Tu me abateste em pleno voo / E destruíste a minha fantasia!” “Ascenderei quando em ti estiver imerso, / Como um submarino em teu oceano, / Minha estrela em teu universo, / Tu, deusa, e eu, simples humano...” “Não quero mais te ver, / Nunca mais! / Sob pena de outra vez sofrer / Por esse amor que foi demais...” “O amor é um mistério / Que jamais desvendamos / É um som em estéreo / Que sempre escutamos / E que nos incita / A cair em tentação / Numa paixão maldita / Que pode acabar num caixão!” “O amor espalha pelo ar armadilhas, / Esperando que numa delas você caia, / E o prende num navio sem escotilhas, / Por causa de um lindo rabo de saia!” “Não importa como nos encontrarmos, / Simplesmente nos reconheceremos / No primeiro olhar que trocarmos, / De nossas vidas passadas nos lembraremos...” “O olhar fica perdido no horizonte, / Sonhando com o que era bom e se acabou, / Ficamos aguardando que alguém nos conte / Histórias daquele tempo bom que passou!” “O amor foi embora / De nossas vidas, / E o que faço agora / Se não há outras saídas?” “Em cada beijo, o amor se renova, / Nessa troca de seivas bucais, / O amor vence mais uma prova, / Que quem ama não esquece jamais!” “No mesmo instante em que você partiu, / Morri, mesmo que o coração ainda bata, / Mas descompassado como nunca se viu, / Nessa nostalgia imensa que me arrebata!” “Tudo o que ficou foi esse triste buraco / Deixado nele pela sua ausência infinita, / E desde então, ele bate cada dia mais fraco, / Cada vez mais torturado por essa desdita.” “Pois a tristeza não espera / Você sarar desse tormento / Que de suas noites toma conta / Numa saudade feroz e doída / Na lágrima que em seus olhos desponta / E escorre pelo resto da vida” “Pensei haver amor em teu beijo quente, / Que misturava sonhos e hortelãs, / Nesse louco delírio da minha mente, / Que misturava ontens e amanhãs...” “Se Deus conceder-me esse final que antevejo, / Ao teu lado quero ficar até a hora de adormecer, / E ao partir, será por certo meu derradeiro desejo / Dar-te um último beijo, e depois morrer...” “Olhaste-me então, cada vez mais surpresa, / Ainda sem acreditares que tango eu dançava, / Acabaste o teu sorvete, já quase indefesa, / E, antes que percebeste, eu já te beijava!” “Olá, eis-me aqui de novo, / Frágil casca de ovo / Sem ti para me fortalecer, / Sem teu carinho, que não consigo esquecer, / Pois, sem o teu olhar mágico, / Meu mundo ficou antropofágico,” “Acabei por me emaranhar / Em tuas envolventes redes, / Querendo para sempre contigo navegar, / Mas entre quatro paredes, / Onde foi parar a luz que habitava teu olhar?” “Somos agora meros fantasmas de nós, / Juntos, mas vivendo vidas separadas. / A tristeza emudeceu nossa voz, / Deixando nossas mãos amarradas...” “Quem será o seu Pierrot, / De que cor será seu vestido? / Ou irá de havaiana, com um pareô, / Sem nada por baixo, do seu jeito atrevido?” “Onde foi que você escondeu / Aquela fogueira que em teus olhos havia? / Quando foi que você se perdeu, / E trocou um vulcão por essa boca tão fria?” “Da imensa e milenar China, / Vieram os brotos de bambu, / O tango veio da Argentina, / E de teus olhos, esse oceano azul...” “Fiquei em choque olhando para o OVNI metálico, em vão / Esperando que dele saíssem ETs cinzentos ou verdes, mas não! / Do acidente aéreo, restaram um punhado de açúcar e outro de desilusão...” “Para que poetas mesmo / Nos entregamos à emoção / Fazemos versos a esmo / Por causa de uma louca paixão?” “Ela não me dá mais um cumprimento / Desde que critiquei o seu comprimento, / Desde que o guarda lavrou-me uma infração, / Só porque critiquei a volta da inflação,” “Por isto, suavemente eu te deixo, / Sem choros nem despedidas, / Para meu mundo voltar ao seu eixo, / Rumo a paragens desconhecidas.” “Passei só pra dizer o quanto te amei, / Que em minha vida, nunca encontrei / Quem eu tenha querido tanto assim. / E que, deste jeito, nunca mais amarei, / Mas não precisas ter pena de mim, / Pois o que não disse, jamais te direi!” “Pedaços de mim te seguirão, / Por onde quer que vás: / Nossas lembranças, / Meus versos de amor, / Carregados de paixão, / Que de ti correm atrás, / Que te deixarei como heranças, / E que por ti vivi a compor...” “Já nos demos adeus tantas vezes, / Que já virou até brincadeira, / Fizemos isto quase todos os meses, / Sem acreditarmos ser pela vida inteira!” “Naquele sonho estranho, / Eu falava francês sem uma falha, / E ainda tinha o cabelo castanho, / E não essa cabeleira grisalha... / Como num livro de Sartre, / Eu vagava sem rumo pelas ruas / E pelas vielas de Montmartre, / Entre mulheres quase nuas...” “Só para você saber que não a esqueci jamais, / Como é grande a saudade que jazia adormecida, / E que eu não voltarei a ir embora, nunca mais, / Nem poderia, pois você é o amor da minha vida...” “Cada vez que te convido de novo / Para sairmos uma segunda vez, / Com nada do que digo te comovo, / Então ligo o botão de insensatez!” “Conheço todos os seus segredos, / Mas você nunca me deu valor, / Não passo de um de seus brinquedos, / O único que lhe deu amor...” “Fez-se fada, / Foi-se, fantástica, / Falso fetiche, / Faces febris, / Fabulosa fantasia, / Fascinante fagulha, / Fugaz felicidade...” “Vivi divertidas aventuras, / Vencendo incontáveis vilões, / Velhacos, viscosos, avessos, / Devassos em vigorosas bravuras, / Que vi revelados em diversas visões!” “Talvez depois de algumas horas eu confesse / Que há muito tempo em você sou vidrado, / Mas sei que você pouco me conhece, / E não sabe quase nada de meu passado.” “Por que não me respondes, / O que pensas que te fiz? / Por que afinal te escondes, / Por que me fazes tão infeliz?” “Acho que o jeito é te fazer a proposta / Para nossos olhares se acasalarem, / E imagino, antes de receber a resposta: / Como olhares farão para se beijarem?” “Vou fazer uma promessa, / Para ser cumprida depressa, / Nada que seja trágico, / Nada que seja mágico, / Nada que seja inédito, / Ou que não mereça crédito, / Para me fazer te esquecer, / Mesmo sem merecer, / Mesmo sem comédia, / Mesmo sem tragédia,” “O punhal que me cravaste / Ainda está preso em minha carcaça, / Mas o amor que me juraste / Desapareceu como fumaça...” “Mas seus monstros internos são tão imensos, / Por isto, até hoje não consegui combatê-los! / Contra eles, não adiantam meus versos densos, / Nada consigo fazer contra os seus pesadelos...” “Quando a manhã chegar, / Não haverá mais nós dois, / O amanhecer irá nos separar, / E não haverá um depois.” “Quando finalmente me amei, / Deixei de te amar também, / Nunca mais te telefonei, / E isso me fez tão bem!” “Quando você chegou, / Depois de tanta espera, / A paixão me cegou / E meu outono virou primavera...” “Quando seu coração é quebrado, / Não existe cola que dê jeito / Para tentar deixar remendado / Esse imenso vazio no peito!” “Quem sou eu para me indignar, / E lhe dizer coisas que não quer escutar, / Se isto nem sequer lhe importa, / Se não liga se minha cachorra / Está doente ou está morta?” “E foi assim que sobrevivi à tortura, / Que foi viver sem você no início, / Quando nada mais me fazia sorrir. / Mas aos poucos reconstruí a armadura, / E finalmente emergi desse precipício / Infernal, onde seu abandono me fez cair!” “O meu violão / As cordas partiu, / Sofreu na paixão, / Na dor desistiu!” “OK, você ganhou, eu me resigno / E finalmente lhe confesso / Que de você não sou digno, / Mas mesmo assim me interesso.” “No dia em que te esquecer, / Vou soltar um foguete, / Dançar muito e beber, / Até meu casebre virar palacete!” “Pois você deixou rastros perenes / Mesmo durante a sua única estada / E ficou entranhada em meus genes / Até o fim de minha jornada” “Cansei de tentar ser o seu dono, / Enjoei dessa linda boca carmim, / Não quero mais perder o sono, / Pela última flor em meu jardim...” “Existirá algum psicocardioterapeuta / Que se compadeça dessa sua desdita, / E consiga ensinar esse coração apedeuta / A dar um jeito nessa tristeza infinita?” “Adeus e até nunca / Saio desta espelunca / Que um dia chamamos de lar / Pois apenas cansei de te amar“ “Essa runa antiga é mágica, / E talvez te traga de volta para mim, / E acabe com essa solidão hemorrágica, / Que enfrento encharcado de gim.” “Se um para o outro nascemos, / Se um ao outro é o que temos, / Por que não nos entregamos ao verbo amar?” “Se é assim que você quer, / Que a Magia dê lugar à insanidade, / Que os loucos tomem conta do hospício, / Internando nele os antigos doutores!” “Segure em minhas mãos bem firme, / Faça-me lembrar que sem você não há nada, / Olhe com candura em meus olhos e confirme / Que você é o início e o fim de minha estrada...” “Saí sem destino à tua procura, / Vagando por cidades enormes, / Imbuído dessa estranha loucura / De te achar entre rostos disformes,” “Depois dessa incrível experiência, / Desse beijo que virou um banquete, / Para não derreter com tua falsa inocência, / Antes de um novo beijo, vou tomar um sorvete!” “Sempre foi você quem eu quis, / E só você é quem não sabe! / Por isto estou aqui, tão infeliz, / Esperando que a tristeza acabe,” “São sete letras apenas, / Que certamente condenas / Por dizerem mais do que devem, / E que todos os poetas descrevem... / Extravasam o meu sentimento / Quando o teu nome chamo, / Na magia desse momento: / ‘Eu te amo’...” “Mas descobri que benzer-me não adianta, / Este fogo que sinto não vem do inferno, / Não estou condenado a ser um sofredor, / Pois já sei o que é essa coisa que se agiganta / Quando me olhas com esse olhar tão terno: / Li no dicionário que o nome desse fogo é amor!” “As agressões tomam o lugar dos abraços, / A tristeza insondável a cada instante aflora, / Afrouxam-se pouco a pouco os laços, / Delimitando a hora de amar, e a de ir embora!” “Sinais de paixão são volúveis, / E de tanto serem ignorados, / Causam uma explosão, / Gerando mágoas insolúveis, / E na mente ficam marcados / Os sinais que deram fim a uma paixão...” “Esse amor que sepultas / Foi tão triste que nem mereceu / Tantas lágrimas ocultas, / E por completo abandono se perdeu.” “I’ll always be true / With you / In this love so sublime / That we’ve found / More profound / And poetic than the sea / And you’ll be with me / Until the end of time...” “Descontrolada, durante mais um assalto, / Ela de repente deu um salto, / E proferiu ao ladrão um pesado insulto, / Daqueles que de vez em quando escuto, / E que quase me matou de susto!” “Socorro! / De mim tenha piedade, / Senão eu morro / De saudade...” “Pensei que nosso amor fosse sólido, / Mas qual o que! Era líquido apenas, / E desceu ladeira abaixo, como um bólido, / Tornando nossas grandes esperanças pequenas!” “Mas algum dia, essa angústia vai passar, / No dia em que me convencer que eu mudei, / Quando seu fantasma não mais me assombrar, / E me esquecer enfim do último beijo que te dei...” “Onde foram parar minhas ilusões? / Em que encruzilhada se perderam / As memórias das nossas canções, / Que a tanta solidão se renderam?” “Somente tu penetras em meu mundo, / E o reviras em um único segundo, / Quando me dizes palavras doces / Ainda que doce não o fosses...” “Deixei de lado esse meu jeito sério, / Joguei-me nesse perigoso jogo, / A investigar de perto esse mistério / Que percebi no teu cabelo em fogo!” “Foi quando, de repente, voltou seu cavalo, / Que passou por mim, depois disparou, / Mas não havia ninguém a montá-lo, / E minha musa nunca mais retornou...” “E quando acordar, não deixará que eu parta / Antes de revivermos as nossas sanhas / E de que eu mate suas sedes tamanhas, / Enquanto a manhã não nos aparta...” “Mas o amor não se intimida, / E pode até ser traiçoeiro, / Mas dura por toda uma vida, / Quando é verdadeiro...” “Sem você, agora falta um pedaço de mim, / A última flor morreu em meu jardim, / E, junto com você, foi-se embora a Poesia...” “Por que essa angústia proscrita / Em meu mundo mágico veio morar? / Por que me aconteceu essa desdita, / E logo por você fui me apaixonar?” “O que foi que aconteceu conosco, / Como o sonho se tornou pesadelo, / Quando o amor se tornou tão tosco / E as chamas se converteram em gelo?” “As palavras ficaram presas na boca, tantas vezes, / Mas nunca te disse o quanto te amo, / Fiquei perto de confessar, nesses últimos meses, / Que acordo no escuro e sempre te chamo,” “Deixando atrás de si destruídas / As lembranças de nosso amor / Que ficaram apenas no passado / Substituídas por esse horror / De viver sem você ao meu lado” “Amor é assim: / Um sentimento estranho, / Que quando nasce é fresco, / Parece gigantesco, / Mas encolhe de tamanho, / E de repente chega ao fim...” “E no fim, até as mãos se recusam, / Depois da cruel separação, / Dois pares de olhos se acusam, / De mãos dadas com a solidão...” “Meu bem, quando nos amamos, / Sacudimos a cama com tanta vontade / Que ainda vamos abalar as estruturas da cidade!” “Our love story came so fast, / And I wonder why / We have a beautiful past, / A solid love sculpture, / But not a future!” “Com o tempo, a dor aos poucos ameniza, / E a saudade devagar acaba doendo menos, / Mas a tristeza da paixão nunca cicatriza, / E as doçuras do amor perdido viram venenos!” “Em meus poemas, você é constante, / Só você é que não enxerga isto, / E neles, você é minha amada ou amante, / Não sei porque me pegou para Cristo!” “Ah, como é triste essa enorme solidão, / Como dói em meu coração tua ausência, / De que me serve olhar para a imensidão, / Se o que me resta é essa quase existência?” “Nosso amor, que era tão sólido, / De repente tornou-se tórrido, / Mas acabou de modo mórbido, / Afogado em um ciúme sórdido!” “Esse amor excomungado / Expulsei de mim em definitivo, / Deixei esse amor maluco no passado, / Nele enterrado enquanto estou vivo...” “Você chegou de surpresa, / Como quem não quer nada, / Mas a você minha alma está presa / Até o final da estrada...” “Desejo que tenhas um novo amor, / Pois o nosso, ficou no passado. / Foram dias de sexo e estupor, / Mas tudo agora está enterrado...” “Vidas depois, eu era então o feiticeiro, / Fazendo adivinhações por meio de fumaça, / Mas pensando em ti o tempo inteiro, / Pois tinhas dono, e esse amor foi nossa desgraça!” “Hoje teria sido / Apenas mais um dia / Como outro qualquer, / Se você não me tivesse trazido / Essa inexprimível alegria, / Que não a deixa um instante sequer.” “Aquele único dia que juntos passamos / Valeu para mim por toda uma vida! / Por um único dia nos amamos, / E depois nos afastamos, / E sem ao menos uma despedida, / Os nossos corpos separamos, / E nem por uma vez choramos / Por uma ausência nunca sentida, / A qual nem sequer reparamos...“ “Depois fechei numa mala / Tudo o que tinha direito / E lhe entreguei minha última bala / Antes de pular do parapeito” “Veja você que coisa mais incrível, / Esqueci nosso amor inesquecível, / Coisa que nunca me pareceu possível, / Esse esquecimento implausível...” “Mergulhei naquele teu olhar hipnotizador, / E dessa hipnose nunca mais despertei, / E aquele meu sonho se converteu em amor, / Será que isto era destino? Já nem sei...” “Mas você é fruto de minha fantasia, / E por isto, apenas nela persiste, / Você foi criada em minha Poesia, / E somente em meus sonhos existe...” “Quando a tarde chega ao fim, / Na noite enluarada / O seu fantasma me assombra / Sob a luz do luar...” “Será que você se lembra de mim, / De nossos abraços no jardim, / Daqueles doces beijos na chuva, / Ensopando-nos sem guarda-chuva?” “E sempre volta essa estranha vontade, / De ver nas fotos tuas longas madeixas, / E o fogo em teu olhar de novo me invade, / Mas o que posso fazer, se nunca me deixas?” “Hoje, despertei com vontade de te beijar! / E agora, não sei se ligo para ti pelo telefone, / Se vou à tua casa, espalhando estrelas pelo caminho, / E, em frente à tua janela, declaro amor pelo megafone, / Ou se fico em meu canto, sentado quietinho, / Esperando essa vontade maluca passar...” “Nunca mais te afoguearás / Com meus beijos kamikazes / E o resto da noite nunca mais dormirás / Após combates de nossos corpos vorazes” “Eu trabalho desde que o dia desponta, / E vivo sob intenso tiroteio, / E você mal se dá conta, / Pois só quer injetar silicone no seio!”



L Grimas Proscritas


L Grimas Proscritas
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-09-14

L Grimas Proscritas written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-09-14 with Poetry categories.


O 94º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA 93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI Alguns trechos: “Essas lágrimas que teimam em cair, / Rolando suavemente por minha face, / Relatam uma consistente tristeza, /Que teima em me possuir, / Depois de nosso cruel desenlace, / Uma lástima na garganta presa, / Olhos vazios fitando a distância,” “Nas areias do tempo fora escrito / Que em algum dia nos encontraríamos, E, naquele momento assim predito, Um pelo outro nos encantaríamos.” “Que a vida é algo muito além da Poesia, / Mas só quem é mais forte / Consegue compreender que a morte / É apenas um último passo / Para receber de Deus um abraço, / Naquele oásis de Paz que em sonhos mentalizo, / E que chamamos por aqui de Paraíso...” “O tempo não volta, nunca mais a vi, / Mas sua lembrança sobreviverá, nos dias que virão, / E jamais revelarei as várias vidas que vivi / Com você, naquele inesquecível verão...” “E, depois de tantas mortes e ressurreições, / Os fantasmas do passado / Levaram-me até tua porta, / E um dedo rebelde, / Ignorando o comando mental / Para que ficasse quieto, / Tocou a tua campainha,” “Entre nossos corpos, não fica nenhum espaço, / E esse abraço, é somente o começo, / Preciso, como um relógio suíço, / De uma transa, que se prenuncia um colosso, / Capaz de te arrancar um soluço!” “Será que esse amor solitário / Sobreviveu por algum mistério, / Mesmo que sua lembrança seja um martírio, / Reminiscência de um amor transitório, / Uma canção arrebatadora, que virou um murmúrio?” “Você fica quieta, / E eu, inquieto poeta, / Fico pensando / Nas possibilidades, / Em múltiplas realidades, / E filosofando...” “Vejo em teus olhos um imenso desejo, / Em tua alma tanto tempo represado, / Que tento despertar com um gracejo, / Para que enxergues o meu outro lado, / Pois, como poeta, sempre tenho algum lampejo, / E vislumbro em ti mágoa por um amor fracassado, / Mas não percebes o olhar com que te dardejo, / Para ti, não passo de um amigo afastado, / E nunca notaste que é por ti que versejo,” “Conta-me: que feitiço foi esse, / Tão persistente, / Que me rogaste / E tornou-me escravo de ti, / Logo eu, inusitado poeta, / Que nunca aprendera a amar?” “Por favor, diga-me como é que se pode explicar, / Algo que criou um enigma em minha mente, / Enquanto percorro tua face, que estou sempre a fitar, / Ao te confessar meu amor, que flui como uma corrente, / Por que essas lágrimas descem fumegantes de teu olhar?” “Agora, é tarde demais, / Para uma lágrima pedindo perdão, / Não serão suas glândulas lacrimais / Que, agora tão só, lhe consolarão... / A vida é essa estranha ironia: / Quem você quer, já a esqueceu, / E não será uma lágrima vadia / Que reviverá um amor que morreu...” “E, ao final de horas de volúpia e prazeres, / Beija-me pela última vez, com paixão, / Antes de em meus braços adormeceres, / Na primeira noite de muitas outras que ainda virão...” “E no embalo da solidão, compreendo / Que a vida é feita de escolhas mal feitas, / E cada novo dia, continuo aprendendo / Da saudade as mais escondidas receitas...” “Todos os sonhos viraram miragens, / Num palco onde a cortina fechou, / Não passamos de personagens / De um filme que já terminou...” “Ela é um submarino atômico, / E eu, não passo de uma frágil canoa, / Sonhando com seu rigor anatômico, / Mas como, se sou um frágil felino, e ela, uma leoa?” “Noite após noite, incessante, / Sem dar sequer uma pausa, / Ou qualquer descanso, / Uma aranha que me prendeu em sua teia, / Envolvendo-me nessa dor dilacerante, / Um triste poeta sem meta nem causa, / Sempre a sonhar com o que nunca alcanço...” “Como proibir paixões proibidas, / Pois qualquer tolo sabe / Que, quanto mais se proíbe uma paixão, / Mais ela aflora, pois paixões são assim, / Irreprimíveis, inexatas, insensatas, / E quantos outros epítetos as descrevam, / Pois, afinal, o que seria dos poetas / Se inventar paixões fosse proibido?” “Levantamo-nos da cama, exaustos, / Depois de a mim te ofereceres, / Em doces holocaustos, / E, depois de tantos prazeres, / Voltamos às nossas rotinas desenxabidas, / Sem nenhuma graça, / Menos subidas do que descidas, / Menos uísque do que cachaça,” “Quando foi que o amor virou amargura, / A tristeza nos olhares, cada vez mais frequente, / E as acusações mútuas viraram rotina? / Quando foi que perdemos a ternura, / O que provocou essa separação iminente, / E nossa peça de teatro desceu a cortina?” “A vida é um mistério, / Num dia, o amor nasce, / No outro, acaba num cemitério, / E, por mais que alguém te amasse, / Nada conseguiu evitar / Que isto acontecesse, / E depois que morre, é impossível ressuscitar, / Nunca houve amor extinto que renascesse...” “Será que ela por acaso adivinha / A tristeza sem fim que me causa / Pensar nela, nessas noites vazias, / Mesmo sofrendo, poeta abstrato, / Convivendo com essa quase certeza / De que não a verei nunca mais?” “E os donos desses corações insensatos, / Entre internações, colapsos e enfartes, / Comportam-se como se fossem novatos, / Buscando aplausos em suas românticas artes...” “Nessa insana aventura, / Essa enorme loucura, / Que começou como uma travessura, / Disputando jogos arfantes, / Mas infelizes quando distantes, / Em nossos caminhos errantes, / Nessa distância sem par, / Que nos impede hoje de conjugar, / Todos os tempos possíveis do verbo amar...” “Há tempos nessa incerteza os dias passo, / Será que é possível voltarmos ao começo, / Antes de minha alegria tomar chá de sumiço, / Naquele mágico encanto que um dia foi nosso, / Antes de começar essa tristeza sobre a qual me debruço?” “Não deixara bilhete de despedida, / Sequer uma mensagem no WhatsApp, / Nem ao menos um SMS, / Seu celular estava mudo, / E não me retornou a ligação, / Nunca mais, / E tudo o que restara dela, / Naquela noite desesperadora, / Foi a sua ausência, / Que durou para sempre...” “Entre os mistérios que eu perseguia, / Hoje só resta um, indesvendável: / Onde foi parar o amor que havia / Entre nós, que parecia interminável, / Fonte em mim dessa doce Poesia, / Um lindo mistério inexplicável, / E que hoje jaz nessa agonia, / E nessa tristeza inominável?” “Disseste que sou meio louco, / E, pensando bem, / Talvez isto seja verdade. / Entre as maiores loucuras que fiz, / Escrevi um moto-contínuo de versos, / Só para nunca conseguir te esquecer...” “Diga-me, o que signifiquei em sua vida, / Terá sido apenas um acidente de percurso, / Que a desviou do caminho que havia traçado, / Não mais do que uma história esquecida, / Depois da qual a vida seguiu o seu curso, / Nada além de um longínquo eco do passado?” “E hoje, o último sonho foi sepultado, / Sem réquiem, choros ou rebeldia, / O que houve entre nós ficou no passado, / Aquela ilusão, tão pouco valia, / E dela sobrou esse amor fracassado, / Que só sobrevive em minha Poesia...” “Não precisei me internar / Em nenhum hospital privado, / Pois dores de amor não são físicas, / Logo irei me recuperar, / Sem traumas ou nenhum machucado, / E sem quaisquer lembranças metafísicas!” “Corpos colados, / Explorando-se com loucura, / Num amor sem fronteiras, / Que desabam quando nos encontramos, / Quando a Magia desce à Terra, / E se encaixa entre nós, / Dessa forma perfeita, / Que não devia ter hora para acabar...” “E você me confessou que sentia o mesmo, / Que, mais cedo, quando me viu naquele bar, / Reconheceu quem frequentava seus sonhos, / E só por isto é que fora tão atrevida, / Como jamais ousara ser, / E depois de mais alguns beijos apaixonados, / Afinal adormecemos, abraçados, / Jurando-nos um ao outro esse amor / Que até hoje jamais nos deixou...” “Quando estamos juntos, / Os dias passam rapidamente, / Furiosamente velozes, / Mal dá tempo de atualizarmos / Esses tantos assuntos, / Que se acumulam vorazmente, / Pois os minutos são nossos algozes, / E contam o tempo para nos separarmos...” “Tempos difíceis se aproximam, / Cada vez mais próximo um confronto, / Pois ideologias diferentes não rimam, / E, no próximo capítulo de um triste conto, / Tais confrontos poderão ser inevitáveis, / Discussões de razão sem razão nenhuma, / Conflitos sem solução e inexplicáveis, / Provocando um ódio sem fim, que se avoluma...” “Preso no trânsito caótico / Dessa imensa cidade, / De repente, penso / Nela, em seu olhar imenso, / E então meu nervo ótico / Subitamente estremece / Como se também tivesse / Essa maldita saudade,” “Tento te esconder do mundo, / Para que, nem por um segundo, / Alguém possa te seduzir, / E meus sonhos então reduzir / Ao fundo de um precipício, / Ou então direto ao hospício, / A um mundo do qual não faças parte, / Melhor seria ser deportado para Marte, / Pois sem ti o que eu faria, / Se és é a fonte de minha Poesia?” “E a esse jogo da sorte eu me entrego, / Sem receio de ser um dia o perdedor, / E em teus oceanos sem barco navego, / Para encontrar um dia o porto de teu amor...” “Nessa noite clara, / Velo por teu sono, / Sob essa lua rara, / Já no fim do Outono... / Dedilho meu velho violão, / De tantos acordes, / Tocando essa canção, / Esperando que acordes...” “Colocas em risco minha sanidade, / Quando libertas a tua fera interior, / Bem no meio dessa cama redonda, / E, entre beijos, dizes que tiveste saudade, / Que nem imaginavas um dia sentires amor, / E nem mesmo esperas que eu responda, / Antes de me atacares com teus beijos imorais,” “Desde a única ocasião em que voei num Concorde, / Ou da última vez em que dirigi um Ford, / Não há nada que digo da qual você não discorde, / E até torce para que um policial me aborde, / Nas vezes em que perco essa calma, digna de um Lord!” “Num sonho, encontrei um ovo de dinossauro, / E descobri que isto valeria uma fortuna em euro, / Mas adormecera, ao som de “Hurt”, da Timi Yuro, / E, antes de poder vender aquele autêntico tesouro, / Perseguido pelo dinossauro, acordei em meu quarto escuro...” “Não acalanta pedir desculpa, / Fazendo de lontra que não fez nada, / O seu olhar ainda está freio de culpa, / E sua alface linda ainda está molhada...” “Sonhaste / Com meus estribilhos / Minha vida voltou aos seus trilhos / Com a felicidade que me legaste / Chegaste / Na última barca / Gravando em minha boca tua marca / E nunca mais me deixaste” “Que triste reencontro foi esse / Com um passado que tentei apagar, / E me lembrou o motivo para que te esquecesse, / E não queira nunca mais te encontrar...” “Foi ela, que, numa tarde de chuva mansa, / Em meus sonhos suavemente penetrou, / E que desde então, não se cansa / De ler os poemas que Morpheus lhe soprou!” “O amor é uma aventura errática, / Que insiste em nos convidar / Para avançar numa trilha enigmática, / Sem saber onde ela poderá desaguar! / E nós, intrépidos aventureiros, / Jogamo-nos de sola pelos caminhos, / Entre geleiras e abismos sorrateiros, / Cheios de armadilhas e espinhos!” “Mal reconheci nela aquele sorriso, / Disfarçado por trás de cada pelanca, / Mas era ela, sem dúvida alguma, / Com aquele mesmo sorriso preciso, / E com aquela dentadura tão branca, / Mas, da beleza que tinha, não restou nenhuma!” “Então, a felicidade, descrente, partiu, /E para mim, nunca mais voltou, / Foi conhecer outras paisagens, / Abandonando a minha vida, tão hostil, / Um pássaro selvagem que nunca voou, / Perdendo tempo com os meus personagens...” “Our love will grow and grow / With their musics and rhymes / For reasons we don’t know / Until the end of times”



A Caixa De Tintas De Deus


A Caixa De Tintas De Deus
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-12-20

A Caixa De Tintas De Deus written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-12-20 with Religion categories.


83º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores, exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7



Olympus Livro Ix Esparta


Olympus Livro Ix Esparta
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-06-25

Olympus Livro Ix Esparta written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-06-25 with Poetry categories.


90º livro do autor das seguintes obras, todas publicadas no Clube de Autores e na Amazon (exceto “Poeticamente Teu”, da Coleção Prosa e Verso 2019, da Prefeitura de Goiânia-GO), em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO Alguns trechos: “Quando estou meio down, você volta, / E troca o fusível que se rompera, / Nas horas mais tristes, você se solta / Da prisão onde eu a escondera.” “Enquanto se movem os universos, / Eu nunca mais a esqueci, / Nem as lembranças de nós dois, / Mas sei que jamais lerá esses doces versos, / Que, numa tarde triste, para você escrevi…” “Eu sou o seu contrabaixo, e você, meu violino, / Eu sou a sua marcha, e você, o meu hino, / Você é minha revelação, e eu, o seu segredo, / Você é meu videogame, e eu, o seu brinquedo, / Você é a minha alegria, e eu, a sua dor, / Eu sou a sua paixão, e você, o meu amor…” “Da minha inspiração, que era um colosso, / Já quase não saem mais poemas de amor, / Meu filé mignon transmutou-se em um osso, / A comédia que escrevia virou um enredo de terror,” “Olhando-me nos olhos, apenas sorria, / E depois, parta com uma lágrima no olhar, / E, se não sentir saudade, / Não se vire para trás, para olhar para mim, / Para ver se eu fiz o mesmo…” “Não há réquiens para amores extintos, / Em vez de poemas lindos, algum verso manco, / O amor perdido se esconde em labirintos, / Nos cadernos do amor, só restam páginas em branco...” “Mas as mais lindas palavras não foram ditas ou escritas, / Só podem ser lidas com o coração, / E estão estampadas numa face, / Carregadas da mais pura Poesia, / Pois são silenciosamente expressas num olhar...” “Fico por horas a admirar o teu corpo despido, / Essa linda escultura de carne, ossos e músculos, / Pois, nessas batalhas nas quais tens me prendido, / Essas tuas alvoradas atraem meus crepúsculos...” “E meus risos deram lugar à tristeza, / Pois não há maior tormento que esse, / Chamado saudade, doença traiçoeira, / Provocada pela sua ausência...” “No seu aniversário, num certo dia de Agosto, / Nesse clima seco, em mim faz um frio polar, / Por que minha nave te trouxe a bordo, / Em minhas viagens sem fim pelo inverno, / E essa lágrima doida insiste em rolar / Pelas rugas que marcam meu rosto?” “Na catedral de minha mente, / Onde a Poesia reina, silente, / Tu estás no altar há eras, / E alimentas as minhas quimeras!” “Sem você, nada sou, / Senão um romance sem final, / Um amor que se foi e não voltou, / O sangue na ponta de um punhal.” “E, no ardor dessa chama, / Ficar longe torna-se um problema, / E não há palavra que exprima / O amor que se entranhou no genoma, / Durante um beijo numa banheira de espuma!” “Malditas desmemórias, essas que não tenho, / Onde sepulto as lembranças mais queridas, / Que surgem de repente, por causa de algum gatilho! / Por que vejo suas feições como se fosse um desenho, / Traços mal-acabados, feições quase esquecidas, / Que quase relembro, quando ouço esse suave estribilho?” “E então, a primeira coisa que fiz / Foi descobrir onde você mora / E vir aqui, cheio de medo, / Tocar a sua campainha, / E, ainda cheio de rubor, / Pois algumas coisas não mudam, / Perguntar-lhe, olhos nos olhos, / Se existe alguma forma, / Por mais difícil que seja, / De armar de novo / Aquelas doces armadilhas / Nesse seu olhar que jamais esqueci...” “O seu oceano engoliu o meu lago, / Seu martelo entortou o meu prego, / E o tempo virou meu maior inimigo! / Em nome da emoção, apague o meu fogo, / Só por ti o verbo amar de tantas formas conjugo...” “Talvez eu perca todas as fichas, / Mas vale a pena correr alguns riscos, / Cansei-me de fugir de prováveis rixas, / Troquei minhas certezas pelos seus asteriscos!” “Silêncios que em teu olhar se escondem, / Será que um dia irás me contar? / Por que teus lábios não me respondem / À questão que não sei te formular?” “E, apesar do avançado da hora, / Quando voltarmos para casa, / Ainda com os corpos em brasa, / Será que me deixarás ir embora, / Ou me pedirás para ficar, / Com esse mesmo olhar / Súplice, carente, arrebatador, / Onde vejo brilhando um sinal de amor?” “Se houver outra vida além desta, / Como sempre acreditei que existe, / Acompanharei o pranto de meu amor, / Com as lágrimas que minha memória lhe empresta, / Aquele olhar brilhante por algum tempo tão triste, / Sem saber que meu amor a acompanha, por onde for...” “Mas o tempo passou, nesse galope incessante, / E até hoje me lembro de seus olhos perversos, / Ao me dizer adeus naquela noite escaldante, / Que fez nascerem os mais tristes de meus versos...” “Nossa festa acabou, / A magia / Que entre nós havia / Apenas cessou, / Sem vestígios deixar,” “Depois dessa última estação, não há mais passagens disponíveis, / O condutor já recolheu o derradeiro bilhete, / Tudo o que nos resta é nos lembrarmos dos momentos incríveis, / E de quando, no dicionário do amor, adicionamos o último verbete!” “Poderia jurar que em suas costas enxerguei asas, / Transparentes, mas que deixavam sombras na parede, / E esse feitiço que até onde você estava me levou / Não tem registro em lugar nenhum do planeta!” “E assim vamos levando a vida, / Quando saio dos trilhos, tu me corriges, / O teu doce sorriso, a te amar me convida, / E lindos poemas de amor, com teus olhos rediges...” “Veja só que coisa horrível: / Esqueci a nossa noite inesquecível! / Será que você me perdoaria / Se eu a esquecer algum dia?” “E quem seria maluco de acreditar / Que não existe nada entre nós, / Se nossos olhares se entregam, / E se procuram sem cessar, / Na volúpia que há nos olhares / Interligados pelo verbo amar?” “Eu já preparava o ataque / Para te dar um beijo, mas me deste um breque, / E, com aquele teu enorme chilique, / Confesso que levei um choque, / E acho que fiquei mais verde que o Hulk!” “I wish I didn t love you, but I do. / I wish I didn t think about you anymore, / But how, if I don t know how to forget you? / The cold night wind blows in my ears, / Whistling melodies, and murmuring meaningless phrases. / And in the deep silence that follows when it goes away, / The longing for you remains intact...” “Acho que tens milhares de anos, / E eu, apenas meros segundos, / E eis-me à mercê de teus encantos profanos, / Egressos de outros mundos.” “E esse beijo imenso que recebo me mostra / Que o tempo que passamos distantes / Fê-la enxergar que sempre foi mais que amizade, / Mas você apenas não havia percebido / Que sentimentos mudam, evoluem, / E, quando você menos percebe, / Descobre que deixara o amor ir embora...” “Penses nos dias lindos que tivemos, / Um no outro, 24 horas por dia imersos, / Nos poemas lindos que juntos vivemos, / E me faças reviver em meus próprios versos...” “Quando mencionas o que leste, / Dizes que fui daquele texto o autor, / Mas acho que foste tu quem o escreveste, / Não são meus esses versos de amor.” “Arquivei cada foto tua, / Maravilhosamente linda e nua, / No pendrive de meu coração, / Onde as guardo com devoção,” “Mas li em seus olhares / Que é uma questão de tempo / Até que um dia você me ligue / E pergunte onde nos encontraremos / Para eu lhe contar os detalhes, / Tudo o que ficou nas entrelinhas, / E que lhe despertaram a curiosidade, / Pois você andou pensando / E percebeu que talvez, apenas talvez, / Não devesse ter recusado...” “Mantenho uns pequenos prazeres, / Para me lembrar que ainda vivo, / E, entre os meus tantos afazeres, / A tua lembrança doída cultivo! / Dói, mas dela não me desfaço, / Pois serve sempre para me lembrar / Que eu não sou feito de aço, / E por amor, posso me quebrar...” “De meu antigo eu, ando à procura, / Aos poucos, vou perdendo a sanidade, / E essa vacina contra amor não é a cura / Para essa doença chamada saudade...” “Como faço pra fugir dessa cela, / Num lugar qualquer dessa minha mente? / Como driblar essa triste novela, / Que me aprisionou de repente? / Como esquecer que você é tão bela, / Mas perigosa como uma serpente?” “Então, diga essas palavras que transcendem, / Enquanto continua suavemente a me fitar, / Essas doces palavras que acendem / Esse mundo mágico que mora no fundo do olhar...” “Devo ter feito alguma cara estranha, / Pois todos em volta de mim repararam, / Só mesmo uma deusa para provocar tal façanha, / Pois todos os meus relógios internos pararam. / Ao perceberes, fizeste uma cara cômica, / Seguida de um sorriso arrebatador! / Será que essa fantástica reação atômica / É aquilo que chamam de amor?” “Muito tempo atrás, / Fiquei de lhe telefonar, / Mas nem sei por que, nunca o fiz, / E você também não me ligou! / Mas os anos não me trouxeram a paz, / Enquanto rios se afogavam no mar, / A roda do tempo não me fez feliz...” “A vida é assim mesmo, nem sempre se ganha, / E a desilusão tomou conta de mim, / Quem mandou me apaixonar pela tua picanha, / Se tudo que me ofereceste foi o teu cupim?” “Mas eu preferiria / (Que me desculpe a Poesia!) / Que esse deus desalmado / Tivesse me acertado, / Em vez dessa cruel flechada, / Quem sabe com uma pedrada / Bem no meio do rim...” “Mas eu não a amo mais (eu acho!), / Acredite quando eu lhe disser / Que eu a esqueci por completo (é mentira!), / E que não me lembro mais dos seus gemidos / Em nossas noites de prazer e loucura (não é verdade!)... / Não olhe para trás, / Para ver se eu também me virei para você, / Porque eu não o farei (onde foi que aprendi a mentir assim?),” “Pois poetas são assim, sonhadores, / Sempre surfando em ondas proibidas, / Explorando cavernas mentais, / Imaginando replicar seus amores, / Guardando paixões reprimidas, / E sonhando com beijos siderais...” “Nós dois juntos / Somos incríveis, / O Yin e o Yang, / O alfa e o ômega, / O princípio e o fim, / Almas gêmeas, / Corações síncronos, / Olhares cúmplices, / Beijos doces, / Um ao lado do outro,” “Teu olhar / Fogo profundo / Sem rival / Neste mundo” “Abaixarias essa máscara alguns minutos / Para que eu te beijasse com ardor? / Manterias os teus olhos enxutos / Se eu te revelasse a imensidão do meu amor?” “Nossa história de amor é um suplício, / E, por causa dele, muitas vezes morri, / Então, por que será que é tão difícil / Lembrar quantas vezes já te esqueci?” “O verão passou, tu me deixaste, / Mas ele em minha memória permanece, / Pois em meu coração para sempre ficaste, / Nessa doce saudade, que nele floresce...” “Cansei de ficar dando conselhos que você não ouve, / De agora em diante, eu me esquecerei do que houve, / A partir de hoje, minha vida terá conserto, / Pois troquei seu funk por um lindo concerto!” “Mas, no fim do ano, volta o mesmo calvário, / E começa novamente meu inferno astral... / Por que cargas d’água o seu aniversário / Tinha que cair em pleno Natal?” “Será que algum dia finalmente terei paz, / E poderei dizer que o meu coração sossegou, / Transformado em cinzas por um último amor voraz, / Deixando vestígios de um fogo que afinal se apagou?” “Enquanto essa vida louca me espia, / Meu coração as suas penas expia, / Não mais termino as coisas que começo, / Pois ela era o fim e também o começo...” “Caí de meu sonho espúrio, / Onde sonhava com os anéis de Saturno, / E rolei pelos degraus, escada abaixo, / Onde tudo que há é o calor de Mercúrio, / Oculto atrás do Sol nesse dia taciturno, / Tu lá em cima, e eu, cá em baixo!” “Sobraram só recordações / Quase nada mais além disso / Como sucede às paixões / Teu sorriso tomou sumiço / Rasguei nossas doces canções / Acabou-se nosso feitiço” “Mais um sonho foi enterrado, / Sem corbelhas e nem caixão, / E nem há um corpo a ser velado, / Pois sonhos são etéreos, / E amores são assim, indesvendáveis, / Cheios de resultados funéreos, / E palco de lágrimas incontroláveis...” “Perguntei se ainda havia algum sonho, / Mas já não havia mais nenhum, / E agora, o que se pode fazer, / Se nesse mundo bizarro e bisonho, / Não se encontram sonhos para vender?”



Olympus Livro Ii


Olympus Livro Ii
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-05-07

Olympus Livro Ii written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-05-07 with Religion categories.


OLYMPUS é uma coletânea de poemas do autor, divididos em 14 capítulos, cada um deles representado por uma divindade da mitologia grega: Eros, Morpheus, Ares, Arthemis, Athena, Chronos, Hades, Poseidon, Aphrodite, Erebus, Zeus, Hera, Gaia e Apollo. Os temas dos poemas apresentados em cada capítulo têm a ver com a divindade que dá título ao mesmo. Este é o Livro II, contendo os capítulos dedicados a Ares, Arthemis, Athena, Chronos, Hades, Morpheus e Poseidon. O Livro I, inteiramente dedicado a Eros, o deus do Amor, já está também disponível no Clube de Autores, em 2 volumes com 300 poemas cada um. Alguns trechos: “Mas, quando cheguei bem perto, / E mergulhei em seu lindo olhar, / De repente, o caminho ficou deserto, / Quando ela desapareceu em pleno ar!” “Nunca nos vimos / Nem mesmo em sonhos / Não fomos amantes / E juntos nunca rimos / Exceto em meus versos tristonhos” “Algumas balas perdidas / Nunca mais são encontradas...” “Mas, quando estiveres no céu tão alta, / Diga-me, antes que o dia te leve de partida, / O que não disseste a nenhum astronauta: / Qual é afinal o segredo da vida?” “Não me Doyle desse jeito assanhado, / Para que logo depois me Descartes / Após mais um Balzac de nervos, / Deixando-me sem Eyre nem beira...” “Não me jogue nos ombros / Nossos tristes escombros / Pois já estou quase surdo / Por causa desse teatro absurdo” “Seu DNA ficou gravado / Em minhas artérias e veias, / E mesmo sem você ao meu lado, / Minhas memórias de você estão cheias!” “De tudo que me disseste / Quase nada guardei / Do pouco amor que me deste / Para ninguém repassei” “Fui eu quem me fiz vento, / Para soprar amor em seus ouvidos, / Confessando-lhe o meu sentimento, / Para inebriar os seus sentidos...” “Em teu luar / Não há dragões / Nem cometas a passar, / Mas para ele voaram minhas ilusões...” “O pior que recebeste de mim / Foi um lindo e indefeso soneto, / Por que te vingaste assim, / Com essa dose letal de cianureto?” “Eu conheço você, / De vidas passadas, / De sonhos roubados, / De tomar chuva ao luar...” “Veja, era tanta paixão / Que em meu olhar não cabia! / Na Universidade do Coração, / Eu me graduei em Poesia...” “Aquela lágrima tua / Que derramaste por mim, / Emocionou à Lua, / Que a fez morrer no jardim!” “As estrelas se refletiam em teus olhos mágicos, / Cheios de uma luz roubada do próprio Universo, / Meu olhar se perdia em teus lábios antropofágicos, / Onde até hoje ecoa o meu último verso!” “Por isto, te deixo seguir pelos ares, / Atrás de manhãs e segredos, / Tristemente te vejo a escapares, / Diáfana, por entre meus dedos...” “Quem sabe desse jeito eu acordo / Desse sonho estranho, dessa maluca aventura, / E apague o teu perdido amor de minha lembrança?” “E nas noites às vezes ouço ruflarem / As tuas asas prateadas, / Que levam minha alma ao passarem / Nessas noites enluaradas... / E nesse teu voar enfeitiçado, / A Poesia em mim se completa, / Nesse enlevo encantado / Entre um anjo e um poeta...” “Somente neste mês, de tantos dias ternos, / Todos os círculos parecerão quadrados, / Todos os pecados serão perdoados, / E os meus versos se tornarão eternos...” “Mando pelos ares uma casa cheia de zumbis, / Inscrevo um livro nunca escrito no Prêmio Nobel, / Espero por frases de amor que você nunca diz, / Que guardaria em minha parede como um troféu!” “Todos os meus pelos se arrepiaram / Com aquela visão terrível e inusitada, / Pois quantas pessoas até hoje se assombraram, / Com um fantasma que não desceu à última morada?” “Em teu rosto, orvalhado de manhãs, / Vejo imensos rastros de tristeza, / De tantas paixões que foram vãs, / De toda a alegria que manténs presa...” “A primeira pedra que me atiraram / Errou o alvo, se esborrachou no chão. / Mas em sua afiada ponta derramaram / Covardia, amargor e escuridão!” “A roda do tempo gira, gira, / Consumindo em sua alma vampira / O sangue que te corre nas veias, / Que no correr das horas bombeias!” “Nessa estranha paisagem alienígena, / Esse maldito vento uiva toda noite sem falta, / Como se fosse um sinistro ritual indígena, / Onde algum pajé desafiasse um astronauta!” “Quando foi que surgiu / Essa dobra do tempo em meus lábios? / Quando foi que sumiu / A prudência que herdara dos sábios?” “Nessas suas íris violetas / Havia promessas de aventura, / Talvez cavalgando cometas, / Ou a me navegar com loucura...” “Busquei com esmero a rima mais rara, / No silêncio intenso da madrugada, / Iluminado pelos raios a se derramarem na rua...” “Enquanto a noite estende seus véus, / A lua cintila, iluminando os céus, / E as estrelas se esparramam, solenes, / Derramando seus rastros, perenes...” “Sou aquele que nada tem, / Nem carro, mulher nem prestação, / Mas não preciso prestar contas a alguém, / Sou apenas aquele que podem chamar de Solidão...” “O que esperas, dessa forma patética, / Ser resgatada por um príncipe encantado? / Hoje príncipes são só uma licença poética, / Vivendo em contos de fadas do passado!” “Pois todos os dias nos encontramos, / E fazes de conta que não existo, / E em todas as noites nos amamos, / Em meus sonhos eu te conquisto...” “Não se vá, / Não me deixe / Com esse feixe / De memórias / E de histórias, / Que me deixará / Doente, / Desorientado, / Descrente, / Desnorteado, / Sem rumo, / Sem prumo, / Pobre sonhador, / Doente de amor...” “Quero voltar aos tempos de outrora: / Ficar contigo por todo um dia, / Ouvindo tua História, / E decorando tua Geografia...” “Não sou triste porque quero, / Mas porque você me deixou assim, / Eu era dez, hoje estou perto de zero, / Cada vez mais triste, com você longe de mim!” “Nunca tive dezenas de amadas, / A conta é bem mais modesta, / Minhas histórias são inventadas, / Porque minha memória não presta!” “Como querem que eu pague / Por crimes que não cometi? / Como podem pedir que apague / Versos que não escrevi?” “Eu e você nos completamos: / Você é minha tábua de salvação, / E eu, o seu oceano...” “Há muitos enigmas mais sérios, / Que constam em vários portfólios, / Mas todas as águas escondem mistérios, / Principalmente as que escorrem dos olhos...” “Acho que Chronos anda surtando / Com essas minhas expedições, / E com certeza está me sabotando / Para me ensinar duras lições!” “O tempo nunca leu Nicholas Sparks / E só deu uma lida em Garcia Márquez / Mas quando vê um triste coração / Logo o condena a 100 anos de solidão” “Poderão almas se reencontrarem / Para matarem a dor da saudade, / Estarão destinadas a se amarem / Por toda a eternidade?” “Perdoe-me, Senhor, porque pe(s)quei, / Arranquei do rio um pobre ser vivo, / Debatendo-se, sem poder respirar, e o matei, / A boca atravessada pelo anzol que o fez cativo...” “Não chore, está tudo bem, é apenas a morte, / Um dia teria mesmo de acontecer, / E entre nós dois, melhor que seja eu, / Pois você é muito mais forte, / E, de um modo ou de outro, vai sobreviver / Em um mundo onde o seu amor morreu...” “Esquecer de você é bem fácil: / Basta inventar uma máquina do tempo, / E voltar a algum lugar do passado, / Séculos antes de você ter nascido!” “E, quando sobre nós chegar o inferno, / E a radiação consumir nossos corpos inocentes, / Cairá sobre o mundo um sepulcral inverno, / E vulcões expelirão cinzas nos céus incandescentes.” “Durou apenas um segundo / O tempo entre a explosão / E os corpos espalhados no chão!” “Por isto, numa dessas suas viagens, / Lembre-se com ternura daqueles anos / Em que juntos desafiávamos os Universos, / Amando-nos naquelas noites selvagens, / Que sobrevivem em meus escritos profanos, / Camuflados no fundo de meus versos...” “E disse-me ainda que gosta de poesias, / Cuja leitura o ajuda a aceitar o seu eterno fardo, / E que às vezes, até faz alguns versos, / Que nunca mostrou a ninguém... / Acordei, e não havia passado mais de um minuto, / Mas o que é um minuto, diante do Tempo?” “Não terei mais da Síria notícias, / Com suas tristes guerras entre irmãos, / Nem verei no noticiário da tarde / Fugitivos da Venezuela, ou milícias / Que provocam horror entre os afegãos, / Com suas crianças atingidas por fogo covarde!” “Mas foi inútil, nem Deus me deu clemência / Permaneci para sempre no poço sem fim, / Criado pela sua infinita ausência / Da mais remota pena de mim...” “Depois do último pôr do Sol, / Depois que cair a última bomba, / Não haverá mais eu e você, / Somente um planeta destruído, / Coberto de poeira radioativa, / Morto! Como nós dois...” “Li o que escreveste sobre nossa primeira vez, / Naquela noite de amor, paixão e ternura, / Marcada pela nossa mútua timidez, / Desvendando-nos naquela noite escura...” “Quando a radiação nos alcançar, / Nesse derradeiro entardecer, / Quero estar em teus braços, / E no último instante te beijar, / Será um sonho se puder morrer / Na doçura de teus abraços...” “Já não terei mais amor para lhe dar, / Nem mais sonhos para lhe contar. / Já não tenho mais tempo para viver, / Serão tão poucos dias até morrer... / Já não terei mais sorrisos para distribuir, / E nem mais dentes lindos para sorrir. / Já não terei mais vontade de dar amor, / Depois que este dia infernal se for...” “Uma supernova de sonhos explodiu / Bem na frente de teu sorriso, / E um sonho meu coração invadiu, / Implodindo-o sem nenhum aviso...” “No túnel que se abre no fim da estrada, / Um trem desgovernado saiu do trilho, / Uma bala perdida foi encontrada, / E o olhar de sua amada perdeu o brilho!” “Quando chegar o fim de tudo, / Quando as cidades começarem a desabar, / Nosso amor não será mais um caso em estudo, / Quando Goiânia for invadida pelo mar...” “E cá estamos nós, / Lado a lado, / A sós, / Cheios de pecado, / Lembranças / Amargas / E semelhanças / Entre nossos perfumes / E sobrecargas, / Compartilhando costumes / Obscenos, / Terrenos, / Gritos roucos, / Corpos loucos / De prazeres / Orgásticos / E afazeres / Fantásticos / Até o amanhecer, / E depois / Nós dois, / Juntos, / A trocarmos assuntos, / Até o mundo morrer...” “Dizem que o primeiro amor ninguém esquece, / E, ontem, tive uma triste notícia: / A minha primeira amada partiu em sua última viagem, / Para a terra dos sonhos esquecidos / E dos destinos nunca cumpridos...” “Perdoe-me pelas noites sem sono, / Pelos poemas soturnos, / E por querer ser o teu dono / Em nossos combates noturnos.” “De nosso amor desalmado, / Já não restou quase nada, / No armário nada guardado, / E nem debaixo da escada... / E desse amor fracassado, / Uma lágrima escorreu / Pelo meu rosto vincado, / Que logo a chuva varreu... / Deixou uma tênue esperança, / Deixada assim sem cuidado, / Que um dia então se perdeu, / Em uma última lembrança, / Que virou para o meu lado, / Soluçou, depois morreu!” “Quando eu me for desta vida, / Mesmo que eu deixe tua alma partida, / O maior bem que sempre tive é o teu amor, / E este, levarei comigo por onde for...” “Por isto olha-me com esse olhar de puro abandono, / Cheio de tristeza por um tempo que não mais haverá, / Definhando à inútil espera de seu dono, / Que nunca, nunca mais voltará...” “Vi por um momento o ódio surgir em sua face, / E a chuva ácida converter-se em flamas, / Fazendo a cidade arder em chamas, / E enchendo toda a Terra de sangue, / Deixando o meu corpo abatido e exangue, / Amorfo, esticado como uma elipse. / Vi o mundo à beira do apocalipse, / Até que o céu tivesse pena / De toda aquela dantesca cena, / De tanto horror, tristeza e destruição, / E, por amor, fizesse jorrar o perdão...” “E assim acabou mais uma tragédia urbana, / Tão triste quanto a própria vida, afinal / Ela é tão frágil quanto uma membrana, / Mas é triste demais morrer em pleno Natal!” “Que caminho nos cabe seguir, / O que nos resta fazer, / Quando dá vontade de desistir? / Onde arranjar forças para se reerguer / Quando você perde a última batalha? / Como se pode resistir / Ao chamado cruel da navalha, / Que teima em seu sangue exaurir?” “Elevo aos céus uma prece / Mas até Deus me abandonou / Mais um dia passa e nada acontece / Na melancolia que tua ausência deixou” “Ontem vi a tua foto que estava / Pregada na Árvore da Solidão, / Mas a letra que embaixo te amaldiçoava / Não era a minha não!” “Que Odin te guarde, minha amada, adeus! / Teu amor foi o que tive na vida de mais bonito. / Levarei para o Valhalla o sabor dos lábios teus, / A gritar teu nome quando meu barco cair no infinito...” “Um dia, pela última vez, suspirei, / Último suspiro por um amor reprimido, / E depois, pela derradeira vez, sonhei / Ser um pássaro por uma flecha abatido...” “Vaguei pelas ruas sem esquinas, / Onde vagam os amores perdidos, / Entre tristes carros sem buzinas, / Pelo bairro dos corações partidos...” “Por fim, um dia, as armas silenciam, / Os canhões se calam, e vão-se embora em silêncio, / E de sua passagem restam apenas tristes memórias, / Arquivos queimados, fotos destruídas, / Sangue inocente derramado pelas ruas, / Lembranças ruins de um sonho que passou, / E o brado heroico de minha resistência...” “Onde pensas que vais, ex-amor, / Levando meu coração sob o braço? / Conta-me o que queres, por favor, / Pois de ti só restou um estilhaço!” “Te conheci, um dia, linda guerreira, / E amei teus ardentes olhos faiscantes, / Desafiavas o mundo, aventureira, / Em dias de sonho, hoje distantes...” “Você me causou uma ilusão de ótica, / E me joguei de ponta numa paixão kamikaze, / Mas julguei ver amor numa amizade caótica, / Que nunca nos deixará passar de fase!” “Morro de medo / Desse seu olhar flamejante / Que distribui um torpedo / A cada instante” “Você nem liga / Se estou na Terra / Ou em Netuno, / Se estou numa briga / Ou numa guerra, / Ou fui morto por um gatuno!” “Andei sem rumo por cidades imensas, / Procurando um único sorriso amigo em ruas densas, / E da mesma forma por vilas despovoadas, / Onde tudo que vi foram almas penadas, / Vagando sem destino, tristes como eu, / Cascas sem vida que até o tempo esqueceu!” “Não tenho medo de parar numa prisão / Por causa dessa sanha bandida, / Pois na cela de minha solidão / Já estou preso pelo resto da vida...” “O que esperas que eu te diga, / Porção rejeitada de mim? / Onde esperas que eu consiga / O que não colho em teu jardim?” “Lá fora, dois homens brincam / De roleta russa, / Com a mesma crueldade / Com que você me expulsa / De seu gélido coração...” “Poemas de amor atravessam as eras / Trazendo lágrimas a quem sente saudade / Quando recitados amansam até as feras / E perduram enquanto durar a eternidade” “Mas já era então dia claro, e abri os olhos, / Voltando à rotina de sempre, uma nova procissão a acompanhar, / De dias que se desdobrarão, cheios de vida e mistérios, / Até o dia em que chegar a minha hora / De partir sem destino rumo às estrelas...” “De teus olhos envelhecidos descem oceanos, / E soluços sacodem teu corpo alquebrado, / Num pranto represado por tantos anos, / Que tanto comprimiu teu coração quebrado...” “Nos anos 70 / As mulheres volúveis / Não tinham Dodge Dart!” “Amantes apaixonados enchem os quartos de motel, / Tomando garrafas de vinho, e transando como loucos, / Enquanto a belíssima Lua preenche o estrelado céu, / Num belíssimo quadro visto apenas por poucos...” “As areias do tempo são traiçoeiras, / Em suas ampulhetas escondem armadilhas, / E nessas sendas da memória, tão passageiras, / A mente guarda lembranças andarilhas...” “Jogamo-nos de cabeça em obscuras relações / Que jamais poderiam mesmo dar certo, / Como títeres de um ventríloquo obsceno, / Que nos faz embarcar em infames paixões, / E depois, inutilmente, buscar água no deserto / Do coração que, sedentos, nos parecia tão perto!” “Li que as mulheres são de Vênus, / E os homens são de Marte! / Comes por quilo, para engordar menos, / E eu, adoro picanha à la carte.” “Eu não tinha essa mania de cantar baixinho, / Nem esse jeito meio estranho de caminhar, / Não me atormentava dormir sozinho, / Onde foi parar a luz que habitava meu olhar?” “O tempo é um velho amigo do vento, / Um e outro dividem velhas memórias / De nossas derrotas e vãs vitórias, / E escarnecem de tanto sofrimento / Contido nas nossas velhas histórias / Murmuradas em segredo ao relento!” “E assim o tempo escorre, / Entre o começo e o fim, / Poemas e canções, / O espelho e o reflexo, / O azar e a sorte...” “Que sonho mais louco que tive! / Peguei um foguete e fui para Mongo, / Resgatar Flash Gordon das garras de Ming, / E, como em sonhos sou um bom detetive, / Descobri-o ao final de um dia longo, / Jogado entre três monstros num ringue!” “Fui à Floresta Negra, pedir ajuda ao Fantasma, / E os pigmeus dele te acharam num deserto, / Mas então, simulaste um ataque de asma, / E fugiste, antes que eu chegasse perto!” “Enquanto caio, mera poeira entre os mundos, / Nessa vertiginosa e derradeira trajetória, / Penso em minha amada, nos últimos segundos / Antes de deixar a vida e entrar na História!” “Meus versos estão impregnados de você, / Mesmo sabendo que mal os lê, / Mas meus versos / Estão imersos / Na doçura de seus abraços, / No requebrado de seus passos, / Nas delícias / De suas carícias...” “Eu, pobre viajante do tempo apaixonado, / Perdido nas dobras do tempo, nessas brumas / Que me deixam cada vez mais angustiado, / Entre as maravilhas desse futuro enevoado, / Sem conseguir me esquecer de algumas / Que eternizei quando estava ao teu lado!” “Eu vim do futuro, para salvar o passado, / Mas foi o passado que me condenou, / Seu amor foi um milagre que me teria salvado, / Mas eu, fui o tsunami em que você naufragou...” “Mas o que sei eu de eternidade? / Tudo o que sei é que um dia esta vida termina, / Tudo o que fica de nós é a saudade, / O resto, aos poucos o tempo extermina...” “Esse lento e implacável correr das horas / Que tanto aflige velhas senhoras, / Traz-me de volta antigas lembranças / Sobre grandes amores e velhas danças, / Tantas exuberantes flores que secaram, / Tantas lindas damas que um dia me amaram!” “Num belo domingo, / Zeus perguntou a Athena: / ‘Como é que eu me vingo / Daquele guerreiro que raptou minha filha Helena?’” “Como arranjar tempo para ter alguma chance / De ganhar a moça sempre fora do alcance, / Que nunca nos olhou nem mesmo de relance, / Com quem nunca tivemos um romance?” “A Lua, brilhante e enigmática, / De repente sorriu para mim, / Convidando-me para uma aventura / Louca, errante e galática! / Mas não há maior loucura / Do que surfar em tua boca carmim, / Aproveitar tua paixão errática, / E provar de tua infinita doçura, / Por toda uma noite sem fim...” “Vivemos debaixo do mesmo Sol, ardentes, / Mas em mundos tão diferentes! / Tu, a dançar pela praia toda nua, / E eu, a te esperar sob a luz da Lua...” “Eu te amava nesse piano revolto, / Velava teu outono todas as madrugadas, / E enquanto comias a sono solto, / Eu te olhava, com as cruzes apagadas...” “Isto não bode ficar assim, / Alguém tem que pagar o prato! / Por favor, alguém contra para mim / Como foi que anoiteceu esse fato...” “Por autossuficiência cardíaca, / Aqui jazz um coração partido, / De ruma alma hipocondríaca, / Que se foi de canto ter sofrido!” “E, para encerrar o ciclo das prestações do ano, / Três meses depois, o inferno chega, como um tirano, / Trazendo um trio intenso, que gela até as sobrancelhas, / Fazendo todos saírem empapuçados até as orelhas, / E tomarem vinho tinto, até picarem de fogo, / E se empanturrarem de formiga, num estranho jogo,” “Mas, álbum dia, você se entregará / A essa vontade Luca que lhe dá um frio, / E pimentão, no deserto enfim choverá / Um dilúvio, por Germanas a fio!”



Cad O Amor Que Estava Aqui


Cad O Amor Que Estava Aqui
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-12-01

Cad O Amor Que Estava Aqui written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-12-01 with Religion categories.


“CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI?” é o 47º livro do autor de: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA (400 POEMAS PARA A JUVENTUDE) Alguns trechos: “O meu último e solitário poema / Jaz quieto em um canto, mudo, / Nessa triste sessão de cinema, / Pois ela se foi, e isto é tudo...” “A grande pergunta que faço / Não é sobre grandes mistérios, / Nem sobre a imensidão do espaço, / Ou outros assuntos mais sérios...” “Naquela noite silente, tanto tempo atrás, / O seu olhar ardente tirou minha paz / E fez-me compreender que nada mais existia / Que pudesse conter tanta Poesia...” “Todo o amor desse mundo / Está entre os meus dedos, / Pronto para revelar seus segredos, / Até mesmo o mais profundo, / Aquele que sempre se escondeu / No fundo da minha alma, / Soterrado como sempre viveu, / E que me deixou esse trauma” “Naquela noite tão densa, / Estrelas de teus olhos saltavam, / E, naquela noite imensa, / Faíscas de teus lábios brotavam!” “Não te contei nada disto, pelo contrário, / Mesmo porque nem sequer poderia, / Pois como contar isto ao amor imaginário, / Que existe somente em minha Poesia?” “Ah, Poesia bandida, / O que você foi fazer, / Reacender uma memória perdida, / Que um dia tanto me fez sofrer, / Como foi que você se atreveu / A ressuscitar uma velha fantasia / Que ao passado louco me devolveu?” “Num fim de alarde cinzento / Eu te vi caçar rebolando / Tuas ameixas soltas ao vento / Calando ao celular e gargalhando” “Hoje já não mais escorrem / As lágrimas que já secaram / Nesse filme triste que terminou / Não há mais lembranças que jorrem / As fontes de histórias já se esgotaram / Foi apenas um sonho ruim que passou” “E a cada adeus, um balde de gelo / Era jogado em meus sentimentos, / Tanta desilusão embranqueceu meu cabelo, / E cada frase tua liberava o uivo dos ventos!” “Dê-me um último beijo, e se vá, / Desejo que seja feliz, / E que nos reencontremos no Paraíso, / Depois saia, requebrando os quadris, / Antes de jogar uma pá / Sobre o meu último sorriso...” “Não adianta ventar me convencer / De que cem amor não se vive / Este nove desafio conseguirei vencer / Como lodos os outros que tive” “Sentia-me como uma infeliz consoante, / Sem espaço entre as tuas vogais, / Então, abri as asas e, num voo rasante, / Fugi, e não voltei nunca mais...” “O que foi que fizeste comigo? / Ainda quero ver se descubro / Para que caminhos teu olhar me convida, / Mas sei que meu coração está em perigo, / Pois, nesse dia trinta e um de outubro, / Enfeitiçaste-me por toda a minha vida...” “Fico pensando com meus botões, / Como foi que ela conquistou o vento / E arrasa tantos indefesos corações, / Mas só me olha nos poemas que invento!” “Por que tentar cruzar tuas amplas planícies, / Que sobre mim enviam estouros de boiadas? / Por que navegar em tuas loucas superfícies, / Que deixam minhas mãos ensanguentadas?” “Ela deixou suas digitais / Por todo o meu corpo gravadas / Com seus rastros sensuais / Em tantas ardentes madrugadas” “Pois ela me deu todo o amor que tinha, / Muito ou pouco, era tudo o que havia, / E eu não o quis, e deixei cair no abismo...” “E desse desengano / Só me sobrou esse verso / Que me persegue / E tenta sobreviver / Mas não consegue” “E percebi naquele sorriso / Nuances de imensas promessas, / Que em meu futuro cataliso, / Nesse teu sorriso impressas.” “Depois que terminou nosso amor, / Entrei numa fase meio dark! / Passei a só assistir filmes de terror, / Ou de monstros, como o Jurassic Park!” “Que pena que você não me quis, / Perdeu a chama de minha Poesia, / E também uma chance de ser feliz, / Rindo e amando a cada dia...” “Ultimamente ando tendo / Sonhos eróticos com você / E me pego querendo / Darmos um fogoso rolê / Mas sigo ainda vivendo / Nessa aventura blasé / Você de mim correndo / Só porque tomo vinho rosê!” “Nossas noites eram assim: / Esperavas até que eu dormisse, / Entravas em meus sonhos sem fim, / E antes mesmo que te visse, / Sobre mim te jogavas, / E com teus lábios macios, / Meu corpo todo tocavas, / Teu oceano recebendo meus rios,” “Tento fingir que não vejo os drogados, / Cambaleantes a andar pelas avenidas, / Tentando esquecer seus tristes passados, / E do inferno em que transformaram suas vidas!” “E assim são quase todos os amores, crisálidas / Que crescem até se tornarem borboletas, / Então deixam para trás suas cascas esquálidas, / E partem para fecundarem novos planetas...” “Veja só que grande ironia, / Escapei de você por um triz, / E de repente voltei a ser feliz, / Só por causa da Poesia...” “Paixões podem ser demolidoras, / Ou traidoras. / Podem ser controversas, / Ou perversas. / Podem ser lancinantes, / Ou dilacerantes. / Podem ser elásticas, / Ou fantásticas.” “Peguei a tua mão, e percebi que ardia, / E que todo o seu corpo estava em chamas, / E lhe contei de todo o amor que ainda sentia, / E que ficar longe de você foi o pior dos dramas!” “Cuba libre é meu drinque predileto, / Para dançar, prefiro rock and roll, / Sinto-me como um velho objeto, / Esquecido ao final de um show!” “Rogo-lhes todas as pragas da Poesia, / E quero que apodreçam numa masmorra, / Enquanto rio dessa estranha ironia, / Quem eu acuso, querendo que eu morra!” “E, quando já não se suportam as cargas, / Quando uma grande paixão se perdeu, / Resta-nos derramar lágrimas amargas / Sobre as cinzas de um amor que morreu...” “Vamos juntos percorrer as horas, / Se estamos juntos, o que importa / Se eu te mordo, ou se me devoras, / Pois a tristeza não nos suporta!” “Quando teus olhos me fitam / Voo nos braços da Poesia / Que vejo a pulsar / Nos mistérios que habitam / No fundo de teu meigo olhar” “Essa sua desabalada fuga, / Para não compartilhar do ar que respiro, / Deixou atrás de minha orelha uma pulga, / Que durará até o meu último suspiro!” “Duais feras teu olhar habitam? / Carecem hipnotizados pelas gotas de suor / Que cotejam de minhas axilas, / Esses buracos negros que me citam, / Enquanto devoram escudo ao seu redor, / Nesse terror bom que me horripilas!” “Oh, tolo, que por aqui / Buscas recompensas terrenas, / As glórias de meu Pai / Não são desse triste reino, / Mas de um lugar que nunca verás, / Pois estás destinado ao inferno,” “Pois não há nada pior do que sonhos / Que acabaram se tornando pesadelos, / Arrastando-se pelas noites, medonhos, / Inexplicáveis, a eriçar os seus cabelos,” “Mas esse torpe patife não nos engana, / Todos sabemos que é o chefe da gangue, / Que canalhice é tudo que dele emana, / E glóbulos infernais percorrem seu sangue!” “Abro então uma garrafa de vinho / E encho devagar nossas duas taças, / Mas passo o resto da noite bebendo sozinho, / Ouvindo os pingos que caem nas vidraças...” “A Matemática do amor é inexorável: / Metade de dois é igual a nenhum, / Não adianta rezar um terço, é inevitável, / Éramos dois num quarto, sobrou só um!” “E mesmo se para longe partisses, / Eu iria atrás, como um louco, / Escalando vulcões e penhascos, / Só para escutar teu gemido rouco, / E guardar nos mais preciosos frascos / O teu perfume mais sedutor,” “E assim foi por toda a madrugada, / A nos descobrirmos, em suaves holocaustos, / Meus lábios, beijando teu rosto de fada, / Até a manhã nos descobrir, suados e exaustos...” “E enquanto esse teu olhar analiso, / Pergunto: qual é o segredo terrível / Que tu escondes por trás desse sorriso?” “Mas me arrependo porque na hora não respondi / Àquela pergunta que me fez sair da linha: / - Até hoje de você sempre me escondi, / Mas esta noite, será na sua casa ou na minha?” “Pois bem sei que no fundo desprezas / Essa minha incendiada lira, / E com meus inimigos te revezas / A torpedear os meus líricos versos, / Que cantam amor e narram explorações / A desconhecidos e distantes Universos / Ou a inimagináveis constelações,” “A Lua tem quatro bases: / Quando cresce é descrente, / Quando está no apogeu é meia, / Quando diminui é quarto-pingante, / E quando está fosca é sova...” “And after the first kiss, / I’ll tell you all my passwords, / Then decide if you want love and bliss, / Or if for you these are just empty words...



Olympus Livro V Thessalia


Olympus Livro V Thessalia
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-10-12

Olympus Livro V Thessalia written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-10-12 with Religion categories.


60º livro do autor das seguintes obras, todos elas publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO “Durou apenas alguns dias / A nossa aventura de amor, / Cheia de sonhos e alegrias, / E noites de vinho e furor...” “Depois disto, jamais / Eu voltei, / E nunca mais / Eu a amei, / Pois se partiu / A ligação que havia, / Naquela noite vil / Soube que não mais me queria...” “A lente do amor distorce / Retorce / Uma imagem retocada / Desfocada / Descolorida / Desfalecida / Como se vida tivesse / E o amor de volta trouxesse” “Por onde estiveres, meu amor te acompanha, / Em algum rincão dessa Galáxia imensa, / Mesmo em alguma estrela estranha, / Sentirás contigo a minha presença!” “Que atitude tomar para retomar a vida / Que havia antes desse sentimento opressor? / Como dominar essa sensação oprimida / Que começou com a visita do amor?” “O que é essa incrível magia / Que me faz sonhar contigo, com ardor, / Por que me despertas tanta Poesia? / Acho que chamam isto de amor...” “Foi apenas uma casualidade, / Confundir paixão com felicidade, / Talvez tenha sido uma crise da meia-idade, / Esse amor que nem sei se foi de verdade.” “Saudade é isto que me dói / De janeiro a dezembro, / Saudade é esta dor que me rói / Cada vez que de você eu me lembro...” “Você é a única estrela de minha constelação, / E até o fim da vida quero seguir navegando / Nesse seu olhar que transborda emoção, / Onde vivo me perdendo e me encontrando...” “E rastros de poemas deixou / Em seus caminhos, mas você nem nota, / Nem vê a lágrima que brota / De meus olhos, quando em você penso, / A cada vez que perco o bom senso,” “Estou por aqui, sem promessas, / Caminhando com você lado a lado, / Juntando em silêncio as peças / De seu gigantesco quebra-cabeça, / Que seguirá me torturando, / Esperando que algo aconteça,” “E vem aquele dia em que as máscaras caem / E o que parecia um amor tão lindo vem abaixo / Descobre-se que os antigos amantes se traem / E o violino Stradivarius era um contrabaixo!” “E de repente, só resta a saudade / A lembrar de momentos esquisitos, / Onde só um lado abriu a porta, / E a outra permaneceu fechada, / Mas de que afinal isto importa, / Quando se chega ao fim da estrada?” “E, quando chegar o outono, em julho, / Tomaremos, na piscina, aulas de mergulho, / Depois iremos para a praia em agosto, / Para eu encharcar de beijos seu rosto, / E ao começar o verão, em setembro, / Esquecerei seu aniversário, que nunca me lembro,” “Ao longe, vejo tua imagem, / Devagar outra vez se afastando, / Meu olhar em teu vulto naufraga, / Indo em direção ao portão de embarque, / Embarcando para a mais triste viagem, / De mim novamente se distanciando, / Marcando-me de novo essa chaga, / Que não há quem desmarque!” “Foi apenas um sonho de verão, / Que desaguou nesse inverno, / Narrado em uma triste canção / Guardada no bolso de meu terno.” “Desde o início de tudo / Estava escrito que serias o escudo / Contra todos os meus medos / Que escorrem através de meus dedos / Nessas estranhas noites solitárias / Entre tempestades contrárias / Que me enchem de pavor / Nessas madrugadas cheias de horror” “Que peça foi esta que a vida me pregou? / Como eu poderia esperar, jovem como era, / Toda aquela confusão que o amor provocou, / Todo o torvelinho que de mim estava à espera?” “Nessa estranha ampulheta / Que controla meus minutos de dor, / Gravaste com tua própria caneta / Um recado de teu bailado opressor...” “E agora, o que eu faço, / Depois de ficar tão lasso, / Tão a você entregue, / Por muito que negue, / Ainda que quisesse / Dizer que você não me enternece, / Mesmo que não queira / Ficar com você a vida inteira?” “Afinal, como esperar de ti tal reação, / Logo tu, que tanto me desprezavas? / Como poderia esperar despertar teu vulcão / E responderes que também me amavas?” “Don’t turn out the light / Let me see you at all / And your eyes’ bright / Will witness my fall” “E, no momento em que eu fizer menção de ir embora, / Será que deixarias que eu apenas me fosse? / Ou será que perguntarias, em meu ouvido, a que hora / Voltarei para provar desse teu veneno tão doce?” “O que pensava ser um amor perfeito / Estava cheio de imensas crateras, / E por isto naufragou desse jeito, / Soterrando todas as minhas quimeras.” “Por mim, você pode ir para o inferno, / Talvez arranje por lá um demônio, / Ou pode ir para a Antártida no inverno, / Ou sufocar sob a camada de ozônio!” “Nossos encontros são sempre assim / Combinamos para irmos ao cinema / Mas vou ver Tarantino em Berlim / E você Woody Allen em Ipanema” “Fui eu quem lhe fez uma serenata, / Disfarçando a voz para não saber que era eu! / Por que você me trata com uma chibata, / Será que não quer um louco para chamar de seu?” “Deixe que eu lhe conte histórias / De antigos amores famintos, / Que deixaram saudades ilusórias, / Enquanto aguço os meus instintos, / Pois o que sinto por você já é quase amor, / Mas não vá embora ainda, / Fique mais algumas horas, por favor, / Já lhe disse o quanto você é linda?” “Desse crime cruel não me arrependo, / Mas na cadeia do amor perdido, às vezes me prendo, / E enquanto isto, vou vivendo assim, / A vida toda tentando sepultar você dentro de mim...” “Quero lhe roubar um beijo valente, / Caliente, / Denso, / Imenso, / Que lhe invada as entranhas, / E revitalize sedes estranhas, / Tamanhas, / E em tuas suaves montanhas / Deixe arrepios / E vazios,” “Nessas memórias que vêm não sei de onde, / Percebo que nós dois crescemos juntos, / Brincando de amarelinha e pique-esconde, / Sempre a inventarmos novos assuntos, / Indo juntos à sessão de cinema, / Comendo pipoca e tomando refrigerante, / Aprendendo e recitando um lindo poema, / Abraçando-nos e gargalhando a cada instante.” “Que decote é esse como nunca vi igual? / Como pode um busto ser tão belo, / Encimado por esse teu olhar fatal, / E enfeitiçado por teu vestido amarelo?” “Definitivamente eu a quero, / Mas não sei dizer o quanto, / Só sei que isto é sincero, / Por muito que me cause espanto!” “Não é justo, ouvir as suas risadas, / Enquanto meus soluços disfarço, / Sem nem notar as minhas mirads, / Ou sequer o meu sorriso esparso.” “O ruim de ter esses momentos redivivos / É sofrer de novo os mesmos martírios, / Todos os fantasmas voltam a ficar vivos, / A paz que alcancei, trocada por velhos delírios...” “E depois, tiras a última peça / E não há mais nada que impeça / De nossos corpos juntarmos / E um no outro nos encaixarmos, / Num vaivém que a noite assiste, / Durante o qual nada mais existe, / Exceto nós dois.” “Depois, / Diáfana, / Divinal, / Deixou-se despir, / Despojada de dúvidas, / Desvendando-se, / Devorando-me, / Devagar, / Dilacerante, / Doida de desejo,” “Como pode entre nós resistir / Assim toda essa cumplicidade? / Como pode nesse mundo cruel existir / Um amor que não se verga à maior tempestade?” “Nossos insensatos corações, / Por diferentes razões, / Um ao outro se ofereceram, / Mas depois disto só padeceram, / Tentando resolver seus conflitos, / Calando no silêncio seus gritos,” “Por que ela teve de ir e não voltar, / E depois daquela noite não mais a vi, / Em qual estrela terá ido morar, / Será que sabe que nunca mais a esqueci?” “Ficaste pregada a mim como uma maldição. / Ou talvez seja apenas uma eternizada paixão, / Pois até hoje minhas noites escuras iluminas, / Para sempre impregnada em minhas retinas...” “Desde quando me beijaste / Com teu toque me enfeitiçaste / E acabei virando esse triste traste, / Mas como te esquecer, se em tudo ficaste?” “Quando o verão chegar, será que voltas, / Ou seguirás tua fuga, enquanto o mundo dá voltas? / Enquanto sigo minha sina, escrevendo versos, / Terás me esquecido, entre braços perversos?” “Onde / Você se esconde? / E dos trilhos do bonde / A solidão me responde, / E, esperando que a noite me sonde, / A Escuridão comigo se corresponde, / Mas, por muito que a saudade me ronde, / Sigo a lhe buscar não sei aonde, / Enquanto o amor brinca comigo de esconde-esconde...” “Depois daquela noite tão linda / O destino nos juntou / Demorou tanto a tua vinda / Mas o amor para sempre nos ligou” “Pois isto é que me diz o meu instinto, / Talvez meu olhar tenha sido traidor, / E não é só isto que por você eu sinto, / Mas, se quiser, pode chamar de amor!” “E agora eis-me aqui tão exposto / Com essas marcas de insônia no rosto / A te encarar perplexo / E a murmurar versos sem nexo / Mas agora é tarde demais / Pois não haverá nunca mais” “Eu te perdoo, amor / Por cada verso manco, / Pelas páginas em branco / Do caderno de minha vida.” “E nos alvoreceres ou nos ocasos / Abre a porteira para a próxima estrada / No fim da qual a felicidade reside / E a tristeza não tem mais lugar / Pois a sua paixão com a minha se divide / Num reino eterno onde o amor foi morar” Falemos sobre um filme do Tarantino, / Em que gastaram toneladas de sangue, / Sobre um parente que morreu de modo repentino, / Ou de uma baleia que encalhou num mangue!” “Vives atrás de mim, com o dedo em riste, / Procurando minha agenda secreta, / Sem saber que ela sequer existe, / Mas quem te mandou amar um poeta?” “Então nos entreolhamos, perplexos e ruborizados, / Você a me encarar, com um sorriso inseguro, / Porque a amizade entre nós era tudo que havia, / E perguntou, suavemente: por que demorou tanto?” “Mas não pode ser você que voltou! / Deve ser outra que usa o mesmo frasco, / E que soube dessa saudade que me devastou, / E está aqui a me lembrar do meu fiasco...” “Você não percebe meus olhares perdidos, / Quando você passa por mim requebrando, / Nem desconfia de meus sonhos proibidos, / E eles continuam, só não sei até quando!” “E o primeiro beijo acontece, / E faz tremerem nossas estruturas, / Como se fosse causado por uma prece / Que unisse num instante duas criaturas...” “Esses muros que entre nós se seguem / São praticamente intransponíveis, / Mas tuas lembranças me perseguem, / Daqueles nossos momentos incríveis!” “Nossa história teve início / E também um meio, / Mas nunca teve final, / E deixou esse indício / De um breve passeio / Pelo espaço sideral,” “Naquele dia, eu me salvei do incêndio, / Onde nosso amor em cinzas se transformou, / E depois disto, escrevi um compêndio, / Sobre essa tragédia, que tudo mudou!” “Mas é uma pena você não me querer ao seu lado, / Pois sei que no fundo de mim você gosta, / Mas não sei porque, não quer me ver nem pintado, / Você é um enigma para o qual não tenho resposta!” “Como esquecer teu corpo indomável, / De nossas noites de beijos e vinhos? / Como olvidar teu sorriso indecifrável, / Como arrancar de mim teus espinhos?” “É nesse teu olhar que eu me banho / Para me livrar das tristezas diárias / É nesse brilho que vejo o tamanho / Dessas tuas paixões incendiárias” “A tristeza não vai embora, / Seu amor é o remédio que me cura, / Mas essa solidão sempre me aflora, / E me diz que esse mal não tem cura...” “Quando pela primeira vez eu te vi, / Teu sorriso invadiu meu castelo, / Derrubando fossos e muralhas, / E indefeso, então eu me ofereci / Para defender o teu corpo tão belo / Contra todas as espadas e navalhas.” “Junte-se a mim para cultivarmos um amor imenso, / Vamos juntos descartar o bom senso, / Pois amar nem sempre traz felicidade, / E às vezes, a paixão se converte em saudade, / Quando o amor se quebra em pedaços, / Quando você se fere com os estilhaços” “A vida nos quis desse jeito, / Um ao outro fazendo companhia, / Nesse nosso amor tão perfeito, / Para sempre, eu e a Poesia...” “O que é este súbito mal / Que às vezes me acomete, / Quando te vejo chegando, / Com esse teu sorriso fatal? / O que significa isto afinal, / O que é esse fogo que me derrete, / Quando te vejo passar rebolando, / Mais abençoada do que o Santo Graal?” “Em um ambiente bucólico, / No interior de um templo católico, / Escrevi um poema melancólico, / Cheio de um teor simbólico.” “Como adivinhar que nesse interno deserto, / No qual és apenas um vulto errante, / A minha dor é espalhada pelos ventos, / E, cheio de alimento, morro de fome?” “Entre nós, existe um muro, / Que ergueste ao teu redor, / Para nós, já não há futuro, / Conheço cada tijolo de cor!” “Mas o que eu podia fazer, / Se em ti o meu olhar pernoita, / Tentando em vão te acender / O fogo que em meu peito se amoita, / Nessa paixão maldita que só faz doer?” “Por favor, não duvide / Desse amor enorme, / Que com muros colide / Nesse tempo disforme, / De relações instantâneas / Que mal captam um flagrante / E paixões momentâneas / Que só duram um instante.” “E quando você me toca, / Não me provoca arrepios, / Mas meu olhar se desloca / Para onde correm seus rios! / E quando você me sorri, / Enfim eu me arrrependo, / E confesso que menti, / Pois a você eu me rendo...” “E onde havia dois hoje há quatro / A tristeza foi só o que restou / E de nossa paixão de teatro / Só uma cortina rasgada ficou” “No instante em que nossos olhos se cruzaram, / Soube que era contigo ou com mais ninguém, / Quando nossos olhares mutuamente se encantaram, / E depois nunca mais me encantei com alguém!” “Sometimes when I’m waked / I follow dreaming of you, / And there you’re are naked / With your eyes of blue.” “Depois de uma noite eufórica, / E de um último beijo apaixonado, / Deixe-me dormir sob suas pupilas, / Iluminado pelo seu lindo sorriso! / E, se eu não despertar nunca mais, / Que jeito mais feliz de morrer...” “Há tantas nuances / Contidas em romances / Que pela vida se arrastam / De amantes que não se afastam / Entre idas e vindas / E esperanças infindas / Mensagens perdidas / Ligações interrompidas” “Nessa sinistra ciranda, / Parece que a vida espera que eu aprenda / Como me livrar dessa tristeza infinda, / O amor com minha solidão tirando onda, / Nessa desilusão tão profunda!” “Bailemos juntos por esse lindo salão / Onde a noite enluarada nos reuniu, / Nessas horas em que reina a paixão, / Numa oportunidade como nunca se viu.../ E, quando a alvorada nos separar, / Voltaremos a ser o que sempre fomos, / E nunca mais outra vez seremos um par, / Tão enamorados como hoje o somos...” “Hoje, o dia depois de ontem, / Sob as bênçãos desse lindo luar, / Aguardo que mansamente despontem / As lágrimas suaves que insistem em rolar, / Em cada noite solitária que se inicia, / Sem ter hora para terminar, / Depois de mais um longo dia, / Até que o Sol emerge do mar...” “Coloco minha melhor roupa para te ver, / Ponho um terno, passo perfume francês, / Mas sou como um livro que não queres ler / E passo despercebido de ti outra vez! / Mas não desisto, e continuo em vão a tentar, / Que um dia a te encarar teu olhar me flagre, / E com esses olhos cheios da magia do luar, / Leias enfim nos meus esse verdadeiro milagre!” “Descuidei de você, perdi seu amor, / E descobri apenas tarde demais, / Que o amor não passa de um predador, / Um navio que se recusa a deixar o cais!” “Ela me ouviu dando risada, / E quis saber se o motivo dessa alegria / Tinha alguma coisa de seu! / Respondi: queria que fosse por você provocada, / Como quis até ontem, em cada dia, / Só que nunca aconteceu! / Mas foi só um beijo apaixonado e ardente / Que a noite me deu de presente...” “E serei para sempre incompleto, / Tentando remendar esse pedaço sumido, / Que se foi, como se fosse um mero objeto, / Deixando para trás um coração ferido! / Nessa vida que desmoronou, / Minha desilusão anda em alta, / E você é o pedaço meu que falta / Pois se foi, e nunca mais voltou...” “Mas no fundo sei que não adianta / Fazer de conta que não te amo / Pois minha sede de ti é tanta / Que quando durmo eu te chamo / Inutilmente pois estás tão longe / Como seria possível estar / E minha sina parece a de um monge / Que fizesse preces a Deus e ao luar” “Só restou a saudade onde havia o amor, / E essa triste ausência de nós / Até que eu morra me assombra, / E talvez também me assombre depois! / Isto é terrivelmente assustador, / E me conduz a um fim atroz, / Num abismo onde fica essa sombra, / Que foi o que sobrou de nós dois!” “E foi assim que sempre vivemos, afinal: / Um barril de pólvora sempre a explodir, / Mesmo pelos mais insensatos motivos, / Agora aqui estamos, vendo a morte eclodir, / E este é o último instante em que estamos vivos, / E então você me beija, cravando-me o último punhal...” “Esse teu mágico olhar telepata / Todos os meus segredos desvendou, / E quando estamos juntos me arrebata / E confesso que, sem ti, nada sou...” “Talvez tenha sido num sonho poético, / Que acabou se tornando profético, / Pois aqui está você, para mim sorrindo, / Usando o seu sorriso mais lindo, / Com esse olhar cheio de promessas, / Encaixando com ele as últimas peças, / Depois de um período assustador, / De meu último quebra-cabeça de amor...” “Ali reprimidos, esperando que alguém tocasse / Com um olhar apenas aquele fogo na face, / Que em um instante inesperado se revela, / Quando surge da forma mais bela, / Puro, inocente, apenas uma crisálida, / Despertada da maneira mais cálida / Por um tão aguardado olhar sedutor, / Para se tornar a borboleta que chamam de amor...” “A paixão deixa cicatrizes como um açoite, / Que se compraz em deixar suas marcas, / O amor chega do mar junto com a noite, / E nos leva a passear em suas barcas...” “Onde foi que você deixou / A felicidade que me escondeu, / Para onde foi que você levou / O beijo de amor que nunca me deu? / Onde foi que você cravou / O prego que de meu peito recolheu, / Por onde foi que você espalhou / As folhas do livro que você nunca leu?” “Eu te amo, mas não te quero, / Sei que parece loucura, / Mas é assim que me sinto, / E nada acontece como espero, / Sua presença me tortura, / Longe de você fico faminto!” “E, nesse passeio lindo que saboreamos, / Faz de conta que sou o seu cavaleiro andante, / Cavalgando num dragão aéreo, / Enfrentando com coragem o uivo dos ventos, / Desfilando esse amor que se tornou um mito, / A bordo desse lindo balão etéreo, / Que desafia cumulus nimbus cinzentos, / E a leva sem destino rumo ao infinito...” “Ando tendo pensamentos impuros / Em relação a ela / Sonhando em vê-la em quartos escuros / E com sua lingerie amarela / Quem sabe se mostrar minha expertise / Em escrever poemas românticos / Ela se anime a me fazer um strip-tease / Seguido de beijos quânticos” “Não sei como curar essa cegueira, / Que faz com que você não note / Como vê-la me provoca uma tremedeira, / E que um novo poema de repente me brote...” “Esses pingos de chuva na janela / Sempre fazem que me recorde dela / E dos riscos molhados em sua face, / Esperando que seu amor retornasse.” “Porque este era o nosso destino / Inexplicável como os grandes amores o são / Quando não se acabam num desatino / Mas numa incontrolável paixão / Como essa nossa aventura em carne e osso / Cujas lembranças em mim para sempre ficaram / E por alguns dias saudosas marcas no pescoço / E outras na alma que nunca mais se apagaram” “É tua a culpa / Por meus olhos inchados, / Pela lassidão que ocupa / Os meus membros cansados. / São por tua causa / Esses poemas que escrevo, / Sem nenhuma pausa, / Onde minha dor descrevo.” “Quantos segredos precisarei descobrir? / Quantos brontossauros renascerão no mar, / Quantos unicórnios deverão ressurgir, / Quantos sonhos enterrará este sonhador, / Quantos poemas deverei escrever para ti somente? / Será que para ver brotar em ti o amor, / Será preciso que eu te reinvente?” “Esse nosso encontro, por Deus programado, / E não me olhe como se disto descresse, / Pois esse olhar fatal entre nós estava marcado / E um dia teria mesmo de acontecer, / Pois em meus sonhos eras onipresente, / E eu tinha certeza que um dia te encontraria, / E, hoje, que o céu te enviou para mim de presente, / Não negues que eu te encaixe para sempre em minha Poesia!” “Por que não me medicas / Com uma transa vibrante? / Por que não me suplicas / Para ser para sempre teu amante? / Por que não me replicas / Com um abraço sufocante? / Por que não classificas / De amor nossa aventura errante?” “Joguei para o ar tantas quimeras, / Que alçaram voo, e não voltaram, / Vi fugirem tantas primaveras, / Onde as flores que amava não voltaram...” “Nesses teus olhos cravejados de astros, / Meu olhar poético passeia, sonhador, / Tentando encontrar os doces rastros / De algum perdido rastilho de amor... / Mas esses teus olhos sedutores / Ocultam bem de mim seus segredos, / E parecem não perceber que são causadores / Dos versos que se derramam de meus dedos...” “Essa fonte que agora ouço murmurar / Versos e canções tão belas e tristes, / Descubro que de teus olhos está a jorrar, / Vertendo essa dor da qual não desistes. / E quando essa suave fonte seca, / Então o silêncio de novo impera, / E a noite estupefata vem e checa / Por que insistes nessa inútil espera.” “Em meio àquela tempestade terrível, / Aquele seu sorriso enorme me cativou, / E parei em sua frente, debaixo da chuva, / Olhando para você sem dizer nada, / Hipnotizado de uma forma incrível, / E comprovei que você me enfeitiçou, / Quando seu beijo me vestiu como uma luva, / E invadiu meus sonhos desde a sua chegada...” “E, ao fim desses loucos passeios, / Você me leva para o seu quarto, / E desnuda devagar os seus seios, / Dos quais jamais ficarei farto! / O mundo joga seus dados soturnos, / Enquanto a mim você se rende, / E, nesses nossos jogos noturnos, / A Poesia, ruborizada, conosco aprende!” “Por que você não deixa / De sugar todo o meu sangue, / Deixando-me assim exangue, / Murcho como uma ameixa?” “Pois fico atrás de você, submisso, / Esperando para você me dar mole, / Mas só você ainda não sabe disso, / Não vê meu olhar que a você engole, / Nem o meu sorriso de presa fácil, / Esperando a chance para lhe dar o bote, / E colocá-la como rainha em meu palácio, / Onde seu olhar brilhe como um archote,” “O Mal está por aí à espreita, / Os olhos dele são implacáveis, / A tragédia conosco se deita, / Nessas noites inexplicáveis! / Caçadores andam pelas noites / Atrás de suas presas humanas, / Amantes portam balas e açoites / Debaixo de suas camas profanas!” “Senti-me como se estivesse sonhando acordado, / Flutuando entre nuvens em plena rua, / No meio de um trânsito caótico e assustador, / Mas tudo o que via eras tu ao meu lado, / Encantando-me com cada risada tua! / Serão esses os sintomas do amor?” “Só tu me deixas assim, / Tão perto do abismo / E tão distante de mim; / E teus olhos cheios de lirismo / Os meus sonhos pervertem, / E para ti os leva, / Enquanto meus olhos vertem / Esse amor que me subleva” “Depois dessa noite, exaurida, / Você iria se arrepender / De nunca ter me querido em sua vida, / Até perceber o que iria perder. / Mas aí, já seria tarde demais, / Pois não quero com você ter um caso, / Apenas uma vez, depois nunca mais, / Mesmo se depois nos encontrarmos por acaso.” “Talvez um dia / Quando eu já houver partido / Você descubra os poemas proscritos / Onde lhe revelo todo o amor que sentia / Por esses versos frágeis vertido / Nos doces sentimentos por você ali descritos...” “Acreditarias se eu te confessasse / Que sou um escravo da saudade? / Corresponderias se eu te beijasse, / Como morro de vontade?” “Agora me repreendo, como posso ter sido / Desta forma tão cego e tolo, / Como pude não ter percebido / Aqueles teus tantos sinais? / Mas isto não me serve de consolo, / Pois não te verei nunca mais...” “Como duvidar que o amor existe / Se eu o vejo todos os dias? / Como duvidar que o amor resiste / Às tempestades mais sombrias?” “Arranjei uma nova tática / Para chamar a tua atenção / Mas não sei se é prática / E se tem alguma razão / Essa ideia errática / Que já me trouxe aflição / Pois depois que fizeste plástica / E ficaste com esse corpão / Mesmo com minha mente elástica / Corro o risco de levar um bofetão” “Qual é o teu doce mistério / Por que me encantas? / Eu que era tão sério, / Não sei porque me espantas / E em teu rastro me levas, / Como é que me fazes / Confrontar minhas trevas / Com teus olhos audazes?” “Kiss my lips / Like you never did / Make a little apocalypse / That you had always forbid” “Tudo o que me resta / É fazer de conta / Que não mais a quero, / Mas uma lágrima como esta / Que dos meus olhos desponta, / Tonta, revela que não sou sincero...” “Já não há mais chance de salvação, / Inoculamos raiva por simples contágio, / A insensatez tomou o lugar da razão, / Mesmo antes do derradeiro naufrágio!” “Adeus, meu derradeiro amor, rasgue esses versos, / Depois de ler esse desesperado e último apelo, / Uma triste despedida, antes dos dias perversos, / Pela frente, até que a morte encerre esse pesadelo!” “Mesmo que por esse beijo me condene, / Lembrarei dele eternamente, pois sei / Que será uma lembrança perene / Do único beijo que um dia lhe dei...” “Num instante se desfez em pó / Tudo o que entre nós existia, / E cada um de nós ficou só, / Como antes era tudo que havia!” “Quem sabe o remédio esteja ao meu alcance, / E baste um sorriso seu para me medicar, / Ou um olhar devastador, mesmo de relance, / Seja tudo de que preciso para me curar?” “Nunca te disse o quanto me encantas, / E sonho em juntar nossas línguas sedentas, / Para fazer com que por horas sintas / Todo o prazer que nunca me contas, / E responder o que não me perguntas...” “Onde mais eu poderia encontrar / Tanta força para me redimir? / Nos braços de quem iria acordar / Antes desse submarino partido submergir?” “Olhei para você e pedi desculpa, / E você respondeu que era só o destino / E que nenhum de nós dois tinha culpa, / Aquele brilho a jorrar de seu olhar cristalino! / Não percebi e nem liguei quando meu voo partiu, / De tão tomado que estava por tanta paixão, / Pois encontrei um amor como nunca se viu, / E tudo aconteceu num bendito esbarrão...” “E, nesses momentos onde fico tão frágil, / Tudo o que eu queria era lhe dar um abraço / E um beijo que lhe transmitisse amor por contágio, / E então lhe confessar que, sem você, nada faço!” “Vacinei-me um dia contra você, / Mas a vacina deu efeito contrário, / Pois as cepas inoculadas de seu vírus / Destruíram de uma vez, não sei porque, / Minhas defesas contra esse amor lendário, / Contra o qual foram inúteis juras e tiros!” “Vendi um pouco do amor que não tenho, / E entreguei apenas uma parte, / Pois do lugar de onde não venho, / Enganar é uma forma de arte.” “És para mim um enigma sem solução, / Não encontro a resposta para essa charada, / Sempre que me vês, dás sinais de irritação, / Mas quando não estou olhando, sinto tua mirada!” “E, quando éramos adolescentes, / Algo então começou a mudar, / Você já não era minha amiga somente, / Andávamos de mãos dadas sob o luar...”



Por Es E Naufr Gios


Por Es E Naufr Gios
DOWNLOAD

Author : Marcos Avelino Martins
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2020-08-21

Por Es E Naufr Gios written by Marcos Avelino Martins and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2020-08-21 with Religion categories.


76º livro do autor das seguintes obras, todas elas publicadas no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 73. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS Alguns trechos: “Nesses tempos difíceis, / Não se tem mais medo de tiros, / Reprimimos as paixões, / E fugimos dos contágios, / Não tememos mais mísseis, / Mas os malditos vírus, / Mas só me falas de porões / E de naufrágios!” “E entre carícias / E delícias / Sensuais / Descobrir teus pontos cardeais / E contigo conjugar / Todos os tempos do verbo amar” “Nessa noite lenta / Me provocas / E me tocas / Em suaves carinhos / Nos meus caminhos / Por ti tão sedentos / Naqueles tormentos / Destruídos / Por esses beijos sentidos / Que se sucedem / E se excedem / Em doces proezas” “O que dizer, se o frio me abraçou, / A noite invadiu a minha tarde, / A minha vida toda se destroçou, / Se a chama que em meu peito arde / Agora já não faz mais sentido,” “Até amanhã, minha intransigente Poesia, / Não fique indignada com minha leve ausência, / Ao amanhecer voltarei a você, como quase todo dia, / E ouvirei, indulgente, sua mais nova confidência. / E, depois que você me soprar na mente / A próxima fábula sobre a qual deverei escrever, / Meus dedos se divertirão em criar de repente / A mais linda trama que o Amor possa conter...” “Descrevo histórias que não houve nunca, / Encontros furtivos que terminam em tragédia, / Amores trêmulos que a vida trunca, / Contos de amores que nunca floriram, / E sequer viraram um verbete na Wikipédia, / Destinos profanos que jamais se cumpriram...” “E quando você me olhou saciada, / Pude ver o que eu antes não via: / Que você tem lindos olhos de fada / E eu a inventei em alguma fantasia...” “Entre as certezas que ainda tenho, / Uma é que o tempo sepulta as paixões, / E nos caricaturiza num estranho desenho, / Pois a vida é um carrossel de ilusões...” “Somos carne e testemunha, nós dois, / Jamais um do potro nos afastaremos, / Não suporta o que vier depois, / Para rodo o sempre nos amaremos!” “Enquanto eu estiver em um distante planeta, / Para onde me levar essa Poesia, / Voando na cauda de algum cometa, / Buscando rimas em Alfa Centauro, / Ou talvez no mais profundo abismo, / Ou no labirinto do Minotauro, / Para alimentar todo o meu lirismo,” “E aqui neste quarto, até que afinal te abras / E me confesses o amor que não tens, / Nessas horas frenéticas, / Enquanto esse vírus nos torna reféns, / Entrelaçamos nossas línguas magnéticas,” “Nessa tua nebulosa / Onde se ocultam mistérios / Na visão fabulosa / De teus gêmeos hemisférios / Meu olhar habita” “Quando a lua ia no céu, / Tão alta, / Eu te vi passar flutuando, / Em forma de nuvem disfarçada, / E este é um jeito cruel / De mostrar que me fazes tanta falta, / E o pior é que não sei até quando, / Pois, desde que desceste à última morada, / Eu te vejo em todos os lugares,” “Há muito tempo já não ouço sua voz, / Ao silêncio você se recolheu, / Já não existe o que houve entre nós, / O nosso amor se perdeu / Na sarjeta, / Era apenas uma esquálida / E pálida / Crisálida, / Que, em vez de virar borboleta, / Morreu!” “Você olha através de mim, / Como se eu fosse transparente, / Isolada em sua torre de marfim, / Por muito que eu me reinvente.” “Quando em ti eu penso de madrugada, / Dá vontade de chupar um sorvete, / Seguido de um belo banquete / Em um motel na beira do nada, / E te ver despir devagar tua lingerie preta, / Enquanto sorves um cálice de vinho, / Rebolando e fazendo beicinho, / Fazendo girar ao contrário minha ampulheta!” “Essa tal de Lady Murphy é cruel, / Só que ainda não foi proscrita em poemas, / Mas tudo que acode dar errado, cai do céu, / Toda solução cria ovos problemas!” “Eu te cantei em tantas histórias, / Por isto, mesmo ausente, / Estás sempre presente / Em minhas memórias...” “Todas as fogueiras viraram cinzas / E os sorrisos se tornaram esgares / As pessoas alegres ficaram ranzinzas / As nuvens nublaram todos os luares” “Como me animarei a te confessar / Do meu amor inconfessável, / Quando criarei coragem para te contar / Dessa minha paixão incontável?” “Numa noite escura como breu, / Nosso amor morreu, / Sem enterro ou anúncios, / Depois de tantos prenúncios.” “Metade de mim te deseja, / Mais do que um homem devia, / Enquanto a outra metade dardeja, / Sobre ti, raios de pura Poesia.” “Passei a borracha / Sobre o que já não sou, / Paguei minha taxa / De desocupação do terreno / Onde plantei uma selva de amor, / Toda destruída pelo veneno, / Expelido por seus lábios, sem qualquer pudor.” “Bem-vinda, meu amor, à casa sua, / Tome conta desse lugar antes vazio, / Como o dragão de São Jorge sem a Lua, / Como um mar depois que secou o último rio...” “Sigo entre canhões e disparos, / Cantando os amores sinceros, / Escondendo uns suspiros, / Lembrando antigos namoros, / Destruindo muros...” “Haverá algum leito disponível, / Para tratar um amor em quarentena? / Será que curar um amor é possível, / Ou construir para ele uma ponte de safena?” “Nada é tão ruim / Que não piore, / Mas tenha pena de mim, / Não me implore, / Não tenho perdão a lhe dar, / Nem mesmo piedade, / Sequer um mísero olhar,” “Depois que tão triste me achaste, / Diz-me, sem disfarce, / Por que te quebraste, / Em frações minúsculas, / Neste quarto onde a solidão se escondeu, / Dividindo-me em tantas partículas, / Todas elas tão tristes quanto eu?” “Mais uma era terminou, / Abraços apertados se tornaram proscritos, / A fase do sexo fácil acabou, / E beijos entre amantes viraram malditos.” “Daquela solidão inominável / Que comigo habitava / E daquela tristeza deplorável / Que em meu rosto se mostrava, / Hoje não restam nem resquícios,” “Quando ela se preparou para ir embora, / Recolhendo suas anotações literárias, / Eu lhe perguntei se dispunha de mais uma hora, / Para juntos compormos poesias binárias!” “Ela por um instante silenciou / O grito que em seu olhar ardia, / E nesse átimo despertou / Em mim esse doce dom da Poesia...” “Hotéis e motéis permanecerão fechados, / Por causa do medo terrível de contágio, / Sexo é bom, mas o problema é depois... / Permaneceremos em casa, bloqueados, / E o amor se tornará cada vez mais frágil, / Até se extinguir, antes do Século XXII!” “E nunca mais nos separamos, / Nem haveria razão nem porquê, / Para que, se nos amamos, / E nosso mundo somos eu e você?” “Não venha com abraços, / Preserve entre nós os espaços, / Não me convide para uma noite de vinhos e queijos, / Não quero por enquanto os seus beijos, / Pois, ainda que sejam deliciosos, / Agora podem ser perigosos,” “Será que perdi de vez o bom senso, / Com essas minhas ilusões anormais, / Por que a noite inteira em ti eu penso, / Devaneando com teus beijos siderais?” “Arranjei um novo ofício: / Farei um grande comício / Para inflamar as massas / Para combaterem as ameaças, / Verdadeiras crias do Mal, / Que se escondem no Congresso Nacional,” “O tempo da tristeza chegou, / Jorros de sangue a pingar dos jornais, / Cada vez mais, insones madrugadas, / Acompanhando contagem de corpos no telejornal, / E em valas comuns, enterros às centenas, / As aglomerações humanas fazem parte do passado...” “Mas agora, que os anos me devoraram, / Sinto falta de algo, mas não lembro de que, / Várias imagens tuas aos poucos voltaram, / Agora, te amo de novo, mas esqueci o ABC...” “Foi numa tarde nublada de abril / Que eu te vi pela primeira vez, / E um novo horizonte se abriu, / Originando essa paixão que vês.” “Para mim, você agora é menos que zero, / Ficar com você sequer considero, / Você é como um manequim numa vitrine, / Atraindo trouxas para entrar num magazine!” “Nem me lembro Chloe nos encontramos, / O que houve na primeira Inez que nos amamos? / Mas nossos Marinhos são tão diversos, / Você escreve Mônicas e eu faço versos, / Você gosta de Frank e eu de MPB, / Como Zebedeu de me apaixonar por você?” “E assim foi que chegamos a esse triste fim, / Derrotados pelo que estava escrito nos astros, / Um dia de fúria serviu como um estopim, / E de nosso amor, não sobraram nem rastros...” “Se passarmos um ao lado do outro, ignore, / Faça de conta que nem nos conhecemos, / Amores eternos não passam de um folclore, / E esquecer amores passados é o melhor que fazemos...” “Você me provoca poéticos pleonasmos, / Faz-me brotar nos olhos lágrimas copiosas, / Por causa desses juvenis entusiasmos, / Quando ri essas risadas escandalosas!” “Na noite em que você disse adeus, / Uma última lágrima caótica, / Exótica, / Brotou dos olhos meus, / Furtiva, / Esquiva, / Bailou esguia, / Fugidia, / Naquele crepúsculo / Minúsculo, / De nossos fracassos,” “Como não lembrar daquelas noites insanas, / Em que ficamos horas na cama a rolarmos, / A compartilharmos nossas membranas, / Entre beijos e juras a nos amarmos?” “Quem lhe disse que gosto de você fez perjúrio, / Isto é um fake news sem tamanho, / Nunca nem olhei para você diferente, / Suas juras de amor para mim são um murmúrio, / Não gosto quando me olha desse jeito estranho, / E não me importo com o que você sente!” “Será que atenderia, se eu telefonasse em altas horas, / E lhe confessasse que nunca mais a esqueci, / E que suas lembranças são minhas senhoras, / E que, de tanta saudade dela, por dentro anoiteci?” “All things must pass / That´s the destiny of them all / Life is a fine game of chess / Where all the pieces must fall”