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Escola De G Nios


Escola De G Nios
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N S Cheguemu Na Escola E Agora


N S Cheguemu Na Escola E Agora
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Author : Stella Maris Bortoni-Ricardo
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2005

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Escola Estadual Maria Helena Faria Lima E Cunha


Escola Estadual Maria Helena Faria Lima E Cunha
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Author : Escola Estadual Maria Helena Faria Lima E Cunha
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2019-09-11

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Debruçamo-nos sobre os dias passados por nossos colegas nessa extraordinária casa de ensino e aprendizagem, têm sido uma oportunidade de satisfação imensurável! Cada palavra, frase ou período está repleta de vivências e momentos saudosos. A mente de cada um, observa-se nas entrelinhas, uma história de lutas, paixão comedida e por que não desmedida? Comedida pelo trabalho cauteloso, próprio de quem lida com pedras preciosas e desmedida porque quem nela se aventura não mede as consequências que dele podem advir. A lembrança de colegas e pássaros deixam-nos a indelével impressão do trabalho inacabado que todos deixamos. A educação é assim é assim: jamais alguém a inicia ou a conclui: Somos eternos continuadores. Quando olharmos para trás com a visão de continuador, sentimos respeito e saudade dos que ficaram e a honra de deixarmos o melhor rastro para aqueles que virão. Parabéns a todos que labutaram, labutam e bem-vindos aqueles que serão chamados a esse mister. Amigos para sempre! Prof. Moisés G. de Oliveira (In Memoriam)



N S Da Escola


N S Da Escola
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Author :
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2012

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Estruturado a partir das leituras, trabalhos, debates e pesquisas a campo dos alunos da terceira turma do ano de 2009 a 2011 da cidade de Irati, do curso PROFUNCIONARIO – Programa de Valorização e Profissionalização dos funcionários das escolas públicas promovido pelo MEC e acolhido pela Secretaria de Estados da Educação do Paraná. O PROFUNCIONARIO é um curso profissional de nível pós-médio e busca habilitar tecnicamente os profissionais não docentes da Educação Escolar Básica. Seu principal objetivo é profissionalizar e resgatar a identidade dos profissionais da educação, ressignificando o papel dos funcionários das escolas, transformando em educadores não docentes. NÓS, DA ESCOLA mostra ao leitor discussões e reflexões atuais sobre a escola, seus objetivos, suas preocupações, os desafios a serem vencidos. Traz os pontos essenciais e críticos atualmente nas instituições escolares, na visão de quem também faz a escola, ou seja, dos funcionários não docentes dessa instituição. Com temas variados, mas intrinsecamente ligados, os artigos desse livro falam da importância do processo educativo na vida do homem, das transformações ocorridas no mundo do trabalho, na sociedade; da importância do trabalho conjunto, da interdisciplinaridade, da união entre teoria e prática, da gestão democrática, da construção consciente de um projeto de educação que privilegie o conhecimento para a transformação do homem e da sociedade; mas, sobretudo, fala da importância da valorização dos profissionais da educação escolar básica.



A Escola E Os Desafios Contempor Neos


A Escola E Os Desafios Contempor Neos
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Author : Viviane Mosé
language : pt-BR
Publisher: Editora José Olympio
Release Date : 2013-10-18

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Depois de escrever e apresentar uma série sobre filosofia, “Ser ou Não Ser?”, exibida em 2005 e 2006 no programa Fantástico, desenvolvi uma série sobre educação, exibida no Canal Futura. Durante as gravações, conheci escolas incríveis, todas públicas, nas diversas regiões brasileiras. Entrevistei educadores, gestores, professores, pais, alunos e aprendi muito nessas conversas. Estudei, pensei. As questões pelas quais me vi envolvida me impulsionaram a acreditar em uma escola alegre e fecunda para todos. O objetivo deste livro é compartilhar essas entrevistas que fiz com os educadores Rubem Alves, Moacir Gadotti, Cristovam Buarque, Celso Antunes, Maria do Pilar, Madalena Freire, Tião Rocha, e os portugueses José Pacheco e Rui Canário. Além das entrevistas, a primeira parte do livro apresenta, em forma de ensaios, a discussão que tenho levado aos municípios. Optei por escrever, a título de introdução, um ensaio, um livre pensar sobre a relação educação/contemporaneidade. O objetivo é fazer pensar, provocar interesse. É um empreendimento de alto risco falar do presente, que ainda não digerimos direito, mas esses erros podem nos abrir novas portas e podem nos trazer novas perguntas.



A Reflex O Do Docente Sobre Sua Pr Tica No Espa O Escolar


A Reflex O Do Docente Sobre Sua Pr Tica No Espa O Escolar
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Author : Rosana Maria Bretas
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2021-03-10

A Reflex O Do Docente Sobre Sua Pr Tica No Espa O Escolar written by Rosana Maria Bretas and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-03-10 with Juvenile Nonfiction categories.


Estar na academia. Era o sonho de jovens alunos e alunas que terminavam o então Ensino de 2º grau. Estávamos no final da década de 1970. Eu fazia o Curso Técnico de Turismo em uma escola particular, mantida pela Fundação Bradesco, e muitos dos alunos já anunciavam a pretendida profissão: administradores, analistas de sistemas, médicos, dentistas, advogados, engenheiros. Mas poucos cogitavam a possibilidade de ser professor. Minha aflição era denunciada pela preocupação diária em definir-me por uma carreira. Todos os alunos terceiro-anistas participavam naquele momento de um Projeto de Orientação Profissional. Leituras, pesquisas sobre as profissões, palestras e depoimentos faziam parte dessa proposta. À frente dessa “empreitada” estava Maria Auxiliadora – uma jovem Orientadora Educacional que semanalmente nos encontrava para discutir as profissões. Eram bate-papos, dinâmicas de grupo e às vezes alguns “testes de aptidões”. O trabalho daquela profissional foi me encantando. Sua presença entre nós foi me provocando e fazendo despertar em mim um desejo profundo de realizar trabalho semelhante, que pudesse ajudar e proporcionar às pessoas crescimento e descobertas. Um trabalho que nos levou ao conhecimento de habilidades e desejos mais profundos – um momento de encontro, partilhado entre todos do grupo. Venho de uma família pequena. Tenho apenas uma irmã mais velha, que não chegou a concluir seu curso superior. Fez o vestibular para o Curso de Pedagogia e conseguiu entrar na USP, mas como sua opção era o Curso de Letras, desistiu pouco tempo depois de entrar na universidade. Meus pais, preocupados em sempre apoiar nossas decisões, sem nos influenciar, estavam orgulhosos com a perspectiva de também eu ingressar numa Universidade conceituada. O final do ano se aproximava e as inscrições para os vestibulares já se faziam anunciar. Junto com o final do ano veio também minha decisão. Pela educação fiz minha opção. Prestei vestibular na PUCSP e fui aprovada. Estávamos no ano de 1978. Que alegria senti quando vi meu nome na lista dos aprovados! Seria uma pedagoga e atuaria como Orientadora Educacional. Era a meta. Muitos anos de estudo estariam reservados para essa formação. Para construir esse futuro sonhado e torná-lo possível no presente, algo já estava constituído no meu passado. Revisitá-lo é poder olhar os caminhos que percorri; por isso, resgatar a minha trajetória tem sido um exercício de grande prazer. Minha infância foi muito prazerosa e dela trago boas recordações. Cresci numa família unida, numa época em que brincar livremente pela rua era possível. Os horários eram rígidos: hora de acordar, de almoçar, hora do banho, de dormir, de estudar. Minha mãe, que não trabalhava fora, se fazia muito presente na educação dos filhos. Sua supervisão diária nos dava uma sensação de bem estar e segurança, mas nem por isso nos tirava a possibilidade da autonomia e responsabilidade pelas nossas ações. Ingressei na primeira série aos sete anos e meio, em uma escola particular, o Grupo Escolar Embaixador Assis Chateaubriand, mantida pela Fundação Bradesco, de orientação muito rígida, que não pôde me receber aos seis anos, pois era considerada muito nova e as vagas eram destinadas aos alunos mais velhos. Tive que esperar! Lembro-me da frustração que senti por não poder ir à escola, pois era algo que esperava com ansiedade e alegria. A sabedoria de minha mãe foi certeira: convenceu-me que mesmo fora da escola poderia aprender. Ela foi minha primeira professora: comprou cadernos, lápis, estojo e me ensinou as primeiras letras, os números, ensinou-me a desenhar e a pintar. Entrei na primeira série muito confiante, já estava com sete anos e meio; madura e segura. Tive muito sucesso no processo de alfabetização. Minha professora, Dona Alzira, foi uma professora marcante, muito afetuosa e dedicada. Embora meus pais nunca tenham sido modelos de um mundo letrado, conseguiram através do carinho, dedicação, incentivo e apoio despertar-me para o mundo do conhecimento. Fui muito feliz no ensino de 1º e 2º graus. Acredito ter tido uma educação de boa qualidade, bons professores e muito dedicados. Nesta retrospectiva, não me recordo de nenhum episódio que tenha me marcado negativamente. Pelo contrário, tenho boas lembranças, principalmente de alguns professores que, ao longo de minha vida escolar, deixaram suas marcas pelos bons exemplos que deram, mais talvez do que pelas boas aulas que possam ter ministrado. Nesse percurso algumas disciplinas e alguns conteúdos não traziam uma função importante ou necessária, digamos social para termos o desejo de aprender. Aprendíamos, mas sem um significado ou sentido explicito. Tenho lembranças da aluna que fui. Não muito brilhante, dessas que todos os professores elogiam e desejam ter em suas aulas. Também não fui daquelas que causam problemas com indisciplina ou desinteresse. Fui uma aluna responsável, que jamais se atrasava ou faltava às aulas, sentava sempre na frente para não perder nada e não desviar minha atenção, aliás, como até hoje. Tirava boas notas e era muito estudiosa; “caprichosa” como diziam os professores em reunião de pais. Elogiada pela família pelo desempenho escolar, não me lembro de precisar de ajuda nos estudos e nas lições. Caminhava com autonomia, responsabilidade e tinha prazer nos estudos. Ir à escola era uma atividade que fazia com grande prazer. Não entendia porque tínhamos que decorar a tabuada, os nomes das capitais dos estados brasileiros, o vai um da conta de mais, mas questionar não era permitido. Às vezes nossas perguntas eram respondidas, mas não satisfaziam nossas dúvidas e curiosidades. As respostas mais comuns eram: um dia você vai entender, ou ainda, mais tarde você vai precisar deste conteúdo. Então obedecíamos. Acredito que, hoje, a educação não lance mais mão de atitudes tão extremas como aquelas que vivi, embora ainda reinem, nos ambientes escolares, práticas pedagógicas autoritárias. Volto novamente a minha infância e lembro-me de uma das minhas brincadeiras preferidas: “brincar de escolinha”. Eu era a professora, minha lousa – uma porta verde e velha que ficava no quintal. Com os tocos de giz, que recolhia às escondidas do chão da classe, “fazia” minhas aulas. As bonecas enfileiradas eram os alunos, algumas eram inteligentes, havia também as bonecas indisciplinadas que não gostavam de estudar, também as que tinham dificuldades para aprender, para estas eu dava muita atenção. A partir das brincadeiras imaginárias em que, ao “ser professora”, reproduzia situações reais que vivia no cotidiano da escola, fui construindo e delineando o meu modelo de docente. Morávamos num condomínio fechado, muito seguro e tranqüilo. Eram muitas famílias, cada uma com dois ou três filhos, então a rua sempre estava repleta de crianças de todas as idades. Brincávamos todas as tardes nas ruas, o tempo naquela época demorava a passar. Éramos felizes. Conhecíamos pelos nomes todos os funcionários que cuidavam da conservação das casas, gramas e jardins. Naquele tempo não havia muita rotatividade de funcionários, por isso muitos deles acompanharam nosso crescimento, fizeram parte de nossas histórias por um bom tempo. Recordo-me com certa nostalgia daquela época, e na memória me vem a figura de um pintor, o Senhor Tiago, que sempre ao passar por minha casa via-me muitas vezes brincando no quintal de escolinha e aí sorridente ele dizia: Oi professorinha! E eu respondia orgulhosa: Olá, Seu Tiago! Como que dizendo: sou mesmo professora. E me sentia muito importante com aquele título. Assim como a brincadeira, a escola também teve um grande significado em minha vida. As marcas deixadas por alguns professores influenciaram a minha prática. Iniciei a docência numa escola particular, como professora de educação infantil. Então, agora eu era professora de verdade, não de bonecas – os meus alunos imaginários agora eram reais. Minha primeira turma era de crianças entre três e quatro anos. Estávamos no ano de 1982. Ainda recém formada, cheia de ideais, mas já vivenciando o conflito de tudo que havia aprendido na academia e o que vivenciava no espaço de trabalho – a escola. A dicotomia entre teoria e prática se fazia sentir no início de minha carreira. Havia em mim um sentimento de desamparo, que me acompanhou durante um bom tempo, principalmente no início de minha profissão. Faltavam apoio e orientação, para quem estava chegando e pouco sabia da prática escolar. A descoberta dessa prática foi um processo solitário, em que não havia troca de experiências e pouco diálogo entre os professores e equipe pedagógica. A escola era organizada de modo bastante hierárquico, uma estrutura muito rígida de poder, que não permitia a participação de professores ou funcionários. Não participávamos das decisões, apenas executávamos os planejamentos impostos. Já nessa época sentia falta de partilhar saberes e refletir com o grupo sobre as dificuldades que enfrentávamos no processo ensino- aprendizagem. Éramos cobrados pelos resultados, mas não sabíamos bem o quê e como deveria ser feito. Cada um fazia a sua parte, à sua moda e tocávamos em frente. Nessa etapa de minha vida, aprendi a ser mais questionadora, tinha desejo de saber como poderia ensinar melhor, como as crianças aprendiam, ou porque não aprendiam. Com esse desejo de saber e fazer melhor o que tinha que ser feito fui buscar informações e conhecimentos para a minha nova profissão – ser professora era um desafio ainda solitário. Acredito que essa paixão pelo estudo e pela profissão despertou-me para novos desafios e abriu-me novas oportunidades de trabalho. A ousadia pelo novo, pela descoberta foi me levando para outras oportunidades na área educacional. Algum tempo depois, ainda início dos anos 1980, estava atuando como professora do ensino médio, turmas de magistério. Aqui me encontrei. Ser professora de futuros professores me proporcionava imensa satisfação e realização. Era um sentimento que misturava responsabilidade e prazer – um compromisso com a educação que se multiplicava a cada novo encontro com as turmas de alunos, em sua maioria alunas. Mais algum tempo e lá estava eu, agora como coordenadora pedagógica na educação infantil, na mesma escola em que atuava como professora de magistério. Estávamos em meados da década de 1980 e nessa escola tive a oportunidade de coordenar a implantação do Ensino Fundamental e mais tarde do Ensino Médio. Em seguida à implantação dos cursos assumi a função de diretora e por muitos anos conciliei os cargos de coordenação e direção numa escola pequena, que crescia ano a ano. Foram 12 anos atuando na mesma escola. Posso dizer que cresci com ela, aprendi muitas coisas com os colegas de trabalho e acredito que deixei, ao sair, boas lembranças e trago comigo muitas recordações e experiências. As exigências eram muitas e os desafios acompanharam-me por todo o percurso. Nessa época, as trocas e os conhecimentos partilhados no espaço de trabalho se faziam presentes, ainda que timidamente, no cotidiano das nossas relações: com os alunos, pais e professores, proporcionando-me crescimento pessoal e profissional. Outros 13 anos foram vividos na coordenação e direção de outra escola particular na região da zona sul de São Paulo. Esse trabalho teve início em 1994 e atravessou toda a década de 1990 chegando em 2007. Mais recentemente, em 2004, assumi a função de professora no Curso de Pedagogia numa faculdade que estava por formar sua primeira turma de pedagogos. Digo que esse convite para a docência no ensino superior foi um presente, um desafio que me lançou em direção a novas perspectivas, impulsionando-me a buscar nos estudos e na pesquisa os conhecimentos que possibilitassem uma atuação profissional de melhor qualidade e competência. Fui então, em busca do mestrado em educação, no qual acreditava ter a chance de aprofundar-me nas questões educacionais e refletir com mais rigor sobre a prática docente. Nessa trajetória, principalmente nos anos 1990, sentia-se o vento soprando para outros cantos. Um outro momento se anunciava no cenário econômico, político, social e educacional. Vivíamos a segunda etapa das reformas educacionais e com a promulgação da nova L.D.B., ainda que no espírito de uma concepção neo-liberal, propunha-se às escolas uma “autonomia” mais concreta, principalmente no aspecto pedagógico. A L.D.B “anunciava” às escolas liberdade e responsabilidade para elaborar a sua proposta pedagógica, incluindo currículo e organização escolar e, aos docentes, a incumbência de zelar pela aprendizagem de seus alunos. Na nova lei chama-se atenção para a importância do papel da aprendizagem. Parece perder força, assim, tanto no ensino fundamental quanto no médio, pelo menos no discurso dos documentos oficiais, a concentração da importância no ensino e na aquisição de conhecimentos enciclopédicos. Desse modo, contextualização e interdisciplinaridade eram as palavras-chave para a mudança: ensina-se para construir habilidades e competências. A construção da proposta pedagógica, que pressupõe momentos de reflexão coletiva, ganha importância vital para a escola. Esse momento impunha-nos a necessidade de refletir sobre o trabalho que vínhamos realizando na escola. Assim, buscar com a equipe docente soluções e alternativas para os problemas que enfrentávamos no processo de ensino-aprendizagem era fundamental e urgente. Junto com a reflexão sobre a nossa prática vieram dúvidas, incertezas, mas também respostas que nos ajudavam a enfrentar e superar as dificuldades e os limites que a prática docente nos impunha. Nesse cenário de mudanças tivemos que enfrentar muitos e novos desafios e buscar as possibilidades para um trabalho melhor, preocupação que até hoje trago em meu trabalho junto a comunidade escolar. Daí, pensar e refletir sobre a própria prática pedagógica, sob um novo olhar: o que estamos fazendo, com quais objetivos e intenções tornou-se muito importante para que pudéssemos entender o que precisávamos mudar. Procurei no exercício de minhas funções, enquanto coordenadora e diretora pedagógica, viabilizar a participação do coletivo escolar para que assim construíssemos o projeto pedagógico de nossa escola e desse modo pudéssemos consolidar um trabalho de melhor qualidade. Nessa trajetória, a preocupação com o acompanhamento e orientação do trabalho docente sempre esteve presente no exercício de minhas funções. Refletir com a toda a equipe sobre os problemas e desafios que se apresentam no processo ensino-aprendizagem e buscar as alternativas mais adequadas para cada situação sempre exigiu esforço, dedicação e trabalho conjunto, sobretudo questionamentos, seja enquanto professora, seja como diretora e coordenadora pedagógica. Procurando superar os limites que se impõem no espaço escolar e as dificuldades que se apresentam no processo educacional, ao longo desses anos, tenho buscado alternativas de trabalho que tornem o espaço escolar um espaço privilegiado para a reflexão docente. Desenvolvo meu trabalho procurando oferecer e dar oportunidade a todos os segmentos da escola de: falar, ouvir, dialogar, sonhar e planejar. Mas não tem sido tarefa fácil, muitos são os limites e dificuldades que se colocam na instituição escolar. Olhar a minha prática, refletir sobre ela, percebê-la como uma tela que a cada momento precisa ser recriada, complementada, resignificada, é ao mesmo tempo estimulante e frustrador. É estimulante justamente porque somos convidados a sempre buscar parceiros, sejam eles teóricos ou práticos, que nos ajudem a enfrentar os desafios cotidianos; a consciência de inacabamento nos lança em busca de novos conhecimentos, de novas possibilidades de um fazer pedagógico com mais qualidade. E frustrador porque lidamos com os conflitos de várias naturezas que decorrem da diversidade e da subjetividade das pessoas; e também com as condições nem sempre favoráveis do contexto escolar e da sociedade. Mas, na verdade, esses conflitos também nos provocam a trabalhar para conseguir uma intervenção criadora. Acredito que a escolha do olhar que estarei lançando em minha investigação sobre o tema “a reflexão do docente sobre sua prática”, entre os tantos olhares possíveis na construção da competência docente, tenha também relação com a minha própria história. O interesse que me trouxe até aqui foi querer investigar e refletir como se dá a reflexão do docente sobre sua prática no contexto coletivo, entendendo que essa reflexão é também um momento de construção da própria identidade do professor. Segundo Nóvoa (1992, p.16), a identidade não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e estar na profissão. [...] A construção de identidades passa sempre por um processo complexo graças ao qual cada um se apropria do sentido da sua história pessoal e profissional. É um processo que necessita de tempo. Um tempo para refazer identidades, para acomodar inovações, para assimilar mudanças. No Programa de Mestrado em Educação, minha grande meta foi aprofundar a reflexão sobre o tema que escolhi e encontrar nos estudos e na pesquisa novas possibilidades de caminhar para um aprimoramento de meu trabalho. Estudar e investigar a reflexão do docente sobre sua prática no contexto escolar e buscar compreender como essa reflexão, tanto na dimensão individual como coletivamente, pode colaborar com o fazer docente, permitindo-lhe um alargamento da consciência e a construção de um trabalho de melhor qualidade, foi o meu desafio.



Abrindo As Portas Da Escola Infantil


Abrindo As Portas Da Escola Infantil
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Author : Maria da Graça Souza Horn
language : pt-BR
Publisher: Penso Editora
Release Date : 2021-09-23

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As crianças precisam conhecer o mundo, ampliar experiências, investigar e transformar os espaços e objetos ao seu redor. Atualmente, no entanto, o brincar com a terra, com a água, com as pedras praticamente inexiste em seu dia a dia. Ao mesmo tempo, as escolas infantis muitas vezes adotam um modelo tradicional de educação, em que as crianças “aprendem passivamente”, confinadas entre quatro paredes. Neste livro amplamente ilustrado, também disponível no formato e-book, Maria da Graça Souza Horn e Maria Carmen Silveira Barbosa, reconhecidas especialistas brasileiras em educação infantil, trazem reflexões que ampliam o nosso conhecimento sobre diferentes aspectos relativos à brincadeira e ao uso de espaços externos, apresentam sugestões práticas para a organização desses espaços, bem como reúnem relatos de experiências inspiradoras, que mostram que os espaço externos são locais privilegiados para ricas e prazerosas aprendizagens.



Educa O Integral E Escola De Tempo Integral


Educa O Integral E Escola De Tempo Integral
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Author : Valdete Silva
language : pt-BR
Publisher: Editora Dialética
Release Date : 2022-03-25

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O livro traz uma discussão que nos é cara quando pensamos na educação básica pública em nosso país: a educação integral e a escola de tempo integral. Com um olhar atento para a educação e, também, acerca da temática abordada, a autora nos conduz por uma problematização importante, baseada em um consistente referencial teórico e uma metodologia com o rigor e dedicação necessários ao problema de pesquisa proposto. O percurso de pesquisa nos instiga a pensar em questões relacionadas à temática por meio do processo de implementação da política de tempo integral em uma escola dos anos finais do ensino fundamental da rede pública municipal de ensino de Teresina - PI. Para percorrer esse caminho, a autora nos apresenta um histórico da educação integral em tempo integral no Brasil e, mais especificamente, da rede pública de ensino de Teresina, abordando temas e conceitos que perpassam essa discussão, tais como: currículo, tempos e espaços da escola, avaliação da aprendizagem e papéis e atribuições de sujeitos escolares. A obra ainda contempla um plano de ação educacional (PAE), que é uma contribuição para pensarmos em alternativas para os problemas relacionados à implementação do tempo integral nas escolas públicas. O plano de ação nos convida a olhar para um itinerário – não sem desafios ou obstáculos - mas que traz possibilidades e esperança, que nos permite olhar por cima dessas dificuldades e enxergar um pouco mais longe. Prof.a Dr.a Mônica da Motta Salles Barreto



Dedo Verde Na Escola Cultivando A Alfabetiza O Ecol Gica Na Educa O Infantil


Dedo Verde Na Escola Cultivando A Alfabetiza O Ecol Gica Na Educa O Infantil
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Author : Mônica Pilz Borba
language : pt-BR
Publisher: Editora Appris
Release Date : 2019-08-19

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O livro Dedo Verde na Escola: cultivando a alfabetização ecológica na educação infantil remonta um processo educativo envolvendo alunos, professores e comunidade na transformação do currículo e das metodologias de duas escolas de educação infantil da rede de ensino municipal de São Paulo, ligadas ao respeito e ao cuidado da comunidade de vida, da integridade ecológica, por meio da democracia e da cultura de paz. Esta obra está baseada no desenvolvimento do projeto Dedo Verde na Escola, realizado pelo Instituto 5 Elementos – Educação para a Sustentabilidade – sob a coordenação de Mônica Pilz Borba, nos anos de 2009 e 2012. Com metodologias inovadoras que valorizam as relações entre as pessoas e a natureza, a descoberta dos detalhes da vida e o mergulhar no conhecimento, esta obra entrelaça: O valor de cuidar das pessoas aos temas segurança alimentar e interação humana; O valor de cuidar da Terra1 aos temas água, espécies e ecossistemas; O valor de repartir os excedentes aos temas energia, tecnologia e economia local. Essa experiência tornou a Escola Municipal de Educação Infantil – Emei – Dona Leopoldina uma referência na rede de ensino, com seu projeto político pedagógico comprometido com os quatro princípios da Carta da Terra, documento internacional que foi uma das bases dos valores do projeto Dedo Verde na Escola. Esta publicação é dedicada a todos os professores e educadores interessados em promover a cultura da sustentabilidade em suas escolas, potencializando a construção de valores, para quem sabe um dia tornarmo-nos uma sociedade sustentável. 1 Terra e terra: com T maiúsculo e t minúsculo, ou seja, cuidar do macro e do micro.



Brincar E Interagir Nos Espa Os Da Escola Infantil


Brincar E Interagir Nos Espa Os Da Escola Infantil
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Author : Maria da Graça Souza Horn
language : pt-BR
Publisher: Penso Editora
Release Date : 2017-03-24

Brincar E Interagir Nos Espa Os Da Escola Infantil written by Maria da Graça Souza Horn and has been published by Penso Editora this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2017-03-24 with Education categories.


Crianças aprendem em todos os locais, internos ou externos, em interação com seus companheiros e com o espaço. À luz das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, os espaços são um eixo estruturante das propostas pedagógicas das instituições. Este livro contempla as especificidades da organização dos espaços para crianças que frequentam instituições de educação infantil no Brasil; fornece sugestões de materiais e orientações para sua disposição, a fim de qualificar os diferentes lugares da escola; e norteia o trabalho junto às crianças, entendendo o espaço da escola infantil como verdadeiro parceiro pedagógico, palco de interações e brincadeiras que lhes propiciam vida e prazer.



Educa O E Escola Processos De Ensino Aprendizagem


Educa O E Escola Processos De Ensino Aprendizagem
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Author : Ivo Dickmann E Aline Fátima Lazarotto (orgs.)
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-08-23

Educa O E Escola Processos De Ensino Aprendizagem written by Ivo Dickmann E Aline Fátima Lazarotto (orgs.) and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-08-23 with Education categories.


Ao nos motivarmos construir essa coleção Educação Básica, percebemos o tamanho dos desafios enfrentados pelos educadores e educadoras no cotidiano da escola. Cada texto desse livro nos leva a refletir sobre um aspecto da práxis pedagógica, que conectada a competência profissional dos educadores e pesquisadores que compõe essa obra, elucidam o não-visto, o não-percebido, mas que agora, depois da pesquisa e análise rigorosamente científica dos dados, aparece a nós de forma mais clara e evidente. A leitura dos artigos permitirá aos leitores se aprofundar e apren-derem juntos, dialogando com os autores e autoras sobre o que lhes são comuns, sobre as diferenças, sobre a diversidade que compõe a escola, os estudantes, os pais e mães, entre tantos temas abordados que se constituem como um mosaico que se constrói com as experiências e vivências de cada um, de cada uma. Nossa esperança com esse livro e essa coleção é que consigamos dar uma contribuição para avançar na luta por uma Educação Básica de quali-dade, com educadores e educadoras comprometidas com a formação inte-gral dos estudantes e, com isso, contribuindo para a construção de um país mais justo e um planeta mais sustentável. Então, saboreie os textos, desfrute do livro, como quem se alimenta de conhecimento no processo de auto(trans)formação pessoal e profissional.