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Imigrantes Idosos Uma Nova Face Da Imigra O Em Portugal


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Imigrantes Idosos Uma Nova Face Da Imigra O Em Portugal


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Author : Fernando Luís Machado
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2010-01-01

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O livro que agora se apresenta está dividido em quatro capítulos. No primeiro, faz-se uma revisão de literatura sobre a questão do envelhecimento nas sociedades contemporâneas e sobre o envelhecimento das migrações e dos imigrantes em particular. No segundo, caracterizamos, a partir de dados estatísticos, os imigrantes idosos em geral em Portugal; no terceiro, utilizando a mesma metodologia, caracterizamos os imigrantes idosos africanos, distinguindo e comparando entre si os contingentes oriundos dos cinco PALOP. O último capítulo, o mais extenso, apresenta e analisa os retratos sociológicos de vinte e três idosos africanos entrevistados para o estudo. Fecham o livro uma conclusão e recomendações. A análise estatística permitiu estimar que, no prazo de vinte a trinta anos, Portugal terá o dobro ou mesmo o triplo dos 35 mil imigrantes idosos que calculámos existirem presentemente. Será assim se, como é de esperar, as dezenas de milhar de africanos chegados jovens nos anos 80 e 90 se fixarem definitivamente e se continuarem a chegar reformados de outros países europeus, como também é previsível. Encontrámos dois grupos maioritários de imigrantes idosos: os da União Europeia, sobretudo reformados, e os imigrantes dos PALOP. Se dos reformados europeus podemos dizer que são idosos migrantes, pessoas que imigraram na velhice, no caso dos africanos dos PALOP podemos falar de imigrantes idosos, pessoas que migraram jovens e envelheceram em Portugal. Os motivos de migração e os perfis sociais dos dois grupos também são diferentes. Os reformados europeus procuram as amenidades climáticas e o conforto de zonas de acolhimento equipadas para os receber, como o Algarve, e vivem desafogadamente. Os africanos são, na sua maioria, migrantes laborais que mantêm, na velhice, um padrão socioeconómico desfavorecido, embora exista um pequeno segmento de idosos luso-africanos, de condição social média, que vieram para Portugal por outras razões. Além destes grupos principais, o estudo analisa também imigrantes idosos brasileiros e indianos, numericamente menos expressivos, mas importantes no contexto da história das migrações em Portugal. O exame aprofundado dos trajectos e situações sociais dos 23 idosos africanos entrevistados conduziu à identificação de um espaço tipológico da velhice imigrante constituído por cinco categorias. Essas categorias foram definidas a partir do cruzamento de dois eixos estruturantes do estatuto de idoso: o eixo da condição socioeconómica, que tem num pólo a velhice pobre e no outro a velhice confortável; e o eixo do quadro de envelhecimento, que tem num pólo a velhice inactiva e socialmente isolada e no outro a velhice activa e socialmente integrada. A maioria dos entrevistados são pobres e esse é um traço principal do universo dos imigrantes idosos africanos, que não se distingue do de muitos idosos portugueses. A pobreza, contudo, não é vivida por todos da mesma maneira e aparece combinada com diferentes quadros de envelhecimento: situações de isolamento social e doença, as mais problemáticas; situações de pobreza mitigadas pelo enquadramento familiar; e casos de envelhecimento saudável, activo e socialmente integrado. Do lado da velhice confortável, que significa aqui não um capital económico elevado, mas uma condição de classe média, a maioria dos entrevistados pratica um envelhecimento activo, mas, embora minoritárias, também há pessoas socialmente isoladas, por falta de saúde ou outras razões. Outra das principais conclusões do estudo é a de que há muitas razões para que os imigrantes que envelheceram em Portugal não regressem aos países de origem. No que respeita aos imigrantes laborais, em particular, estamos convencidos de que a grande maioria dos actuais idosos não regressará, e que o mesmo acontecerá no futuro com os que hoje são adultos maduros, ainda longe da terceira idade. A pesquisa mostrou ainda que os apoios dados pelo Estado aos imigrantes idosos pobres são fundamentais. Sem esses apoios, a sua situação seria ainda mais vulnerável. Mas percebemos também que muitos desconhecem que têm direito a eles ou desconheciam até ao momento em que um médico de família, um assistente social ou pessoas de associações locais, os informaram e encaminharam para as instituições e serviços públicos responsáveis pela sua atribuição.



Ageing In Contexts Of Migration


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Author : Ute Karl
language : en
Publisher: Routledge
Release Date : 2015-08-20

Ageing In Contexts Of Migration written by Ute Karl and has been published by Routledge this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2015-08-20 with Social Science categories.


Population ageing and the globalisation of international migration are challenging the research agendas of social scientists around the world, and posing numerous challenges for policy makers and practitioners whose goal is to formulate and design high-quality and user-friendly policies and services. Both of these phenomena have brought, for example, attention to the fact that more and more people around the world are ageing in countries other than those where they were born. The fact that elderly care sectors around the world need to recruit staff if they are to handle the growing number of older people that will need their services is also something that has been discussed when population ageing and the globalisation of international migration have been debated. The elderly care sector’s reliance on people with migrant backgrounds has namely increased as a result of these phenomena. This collection is therefore situated at the intersection of ageing and migration studies and takes into account the various issues with which this intersection is concerned. The chapters in this volume are written by established researchers in the field of ageing and migration around the world. The collection explores these issues in three sections: Elderly care regimes and migration regimes: national perspectives Ageing in contexts of migration: a multifaceted phenomenon Elderly care and migration. The expert contributions in this volume address the array of issues associated with the study of ageing, old age and elderly care in contexts of migration.



Health Inequalities And Risk Factors Among Migrants And Ethnic Minorities


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Author : David Ingleby
language : en
Publisher: Maklu
Release Date : 2012

Health Inequalities And Risk Factors Among Migrants And Ethnic Minorities written by David Ingleby and has been published by Maklu this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2012 with Medical categories.


Vol. 1 examines how much is known about migrant and ethnic minority health and where the barriers to scientific progress lie. Vol. 2 is concerned with the changes that are needed to improve the matching of health services to the needs of these groups.



Migrantes Idosos Em Portugal


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Author : Vários
language : pt-BR
Publisher: Principia Editora
Release Date : 2011-12-15

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Reflexão sobre a articulação entre as migrações e envelhecimento, com atenção especial às políticas públicas dirigidas às populações migrantes residentes em Portugal.



Monitorizar A Integra O De Imigrantes Em Portugal Relat Rio Estat Stico Decenal 2014


Monitorizar A Integra O De Imigrantes Em Portugal Relat Rio Estat Stico Decenal 2014
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Author : Catarina Reis de Oliveira (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2014-12-19

Monitorizar A Integra O De Imigrantes Em Portugal Relat Rio Estat Stico Decenal 2014 written by Catarina Reis de Oliveira (coord.) and has been published by Observatório das Migrações, ACM, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2014-12-19 with categories.


Nas últimas décadas a maioria dos Estados-Membros da União Europeia viu aumentar a sua imigração. Para analisar os impactos da imigração nas sociedades de acolhimento e a situação de integração dessas mesmas populações torna-se fundamental monitorizar a realidade a partir de indicadores estatísticos disponíveis em diversas fontes de dados oficiais. Este relatório estatístico decenal corresponde ao primeiro volume da Coleção Imigração em Números do Observatório das Migrações procurando contribuir para a necessária monitorização da integração dos imigrantes no país, analisando dados disponíveis de várias fontes nacionais para o intervalo temporal de 2001 a 2012.



Imigra O E Envelhecimento Ativo


Imigra O E Envelhecimento Ativo
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Author : António Fonseca
language : pt-BR
Publisher: ACIDI, I.P.
Release Date : 2012-04-01

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Este número da Revista Migrações mantém, como os anteriores, a estrutura tripartida formada por artigos científicos, análises de boas práticas e textos de opinião. No que se refere, em particular, aos artigos científicos, há textos nacionais e internacionais, de modo a dar ao leitor uma visibilidade alargada do fenómeno do envelhecimento das migrações e dos migrantes idosos no mundo. Assim, além dos três textos que se referem à realidade portuguesa, há um artigo sobre os migrantes idosos na Suíça e outro sobre um grupo particular de idosos de origem migrante no Brasil, os nipobrasileiros. As abordagens disciplinares seguidas nos artigos são sociológicas, antropológicas e demográficas; as metodologias utilizadas nas investigações a que os textos se referem são quantitativas e qualitativas; há leituras de natureza macro e micro; há análises históricas e comparativas; e, no que se refere especificamente aos estudos sobre Portugal, todos as populações migrantes presentes no país são abordadas, desde os migrantes laborais aos reformados do norte da Europa, passando pelas minorias intermediárias.



40 Anos De Pol Ticas De Educa O Em Portugal Volume Ii Conhecimento Atores E Recursos


40 Anos De Pol Ticas De Educa O Em Portugal Volume Ii Conhecimento Atores E Recursos
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Author : Maria de Lurdes Rodrigues
language : pt-BR
Publisher: Leya
Release Date : 2014-11-21

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Este II volume da obra 40 Anos de Políticas de Educação em Portugal reúne um conjunto de textos sobre o papel de diferentes atores e instituições na construção do sistema democrático de ensino e sobre os recursos financeiros, físicos e tecnológicos mobilizados no seu desenvolvimento. O conhecimento, a informação e as práticas de avaliação são essenciais para a qualidade das políticas públicas. Com os dois volumes que constituem esta obra, pretendeu-se reunir e sistematizar o conhecimento e a informação sobre a evolução das políticas de educação nos últimos 40 anos, dando desta forma um contributo para um debate que está na ordem do dia: qual o futuro das políticas públicas de educação e qual o papel do Estado na definição e concretização de tais políticas? (otimizado para Tablet e PC)



Indicadores De Integra O De Imigrantes 2016


Indicadores De Integra O De Imigrantes 2016
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Author : Catarina Reis de Oliveira (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I. P.
Release Date : 2016-10-01

Indicadores De Integra O De Imigrantes 2016 written by Catarina Reis de Oliveira (coord.) and has been published by Observatório das Migrações, ACM, I. P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2016-10-01 with categories.


O Observatório das Migrações (OM) tem assumido como prioridade aprofundar o conhecimento sobre as populações imigrantes residentes em Portugal, informando decisores políticos para a definição de políticas públicas e de iniciativas legislativas para a integração de imigrantes, e sensibilizando a opinião pública em geral, combatendo mitos e estereótipos acerca dos imigrantes através de factos e dados estatísticos. Para cumprir a sua missão o OM tem recorrido a inúmeras fontes estatísticas e administrativas disponíveis em Portugal e que dispõem de dados desagregados por nacionalidade, sistematizando e analisando essa informação com o intuito de melhor caracterizar a situação das populações estrangeiras no país nas mais variadas dimensões que compõem o seu processo de integração, mobilizando deste modo – com as devidas ressalvas – de forma integrada diversas naturezas de dados. Em 2014 o OM lançou a Coleção Imigração em Números com o objetivo fundamental de fomentar a análise e disseminação de dados, respondendo nomeadamente às preocupações da Comissão Europeia em assegurar que todos os Estados-membros disponham de indicadores e mecanismos de monitorização da situação de integração dos imigrantes (e.g. Programa de Estocolmo, Declaração de Zaragoza). Esta Coleção do OM foi inaugurada com um Relatório Estatístico Decenal, baseado na análise de 19 fontes nacionais de dados para o intervalo temporal de 2001 a 2012, comparando nomeadamente dados acerca das populações residentes de nacionalidade estrangeira dos dois últimos Recenseamentos Gerais da População. Reforçando esta coleção, pretende-se com este volume iniciar a edição de relatórios anuais que reúnem dados estatísticos e administrativos disponíveis anualmente em várias fontes nacionais, assumindo que na maioria dessas fontes há uma décalage de dois anos para efeitos analíticos. Por forma a garantir a comparabilidade da informação recolhida para um mesmo intervalo temporal assume-se iguais anos de referência para todas as fontes consideradas, mesmo quando algumas dessas fontes podem dispor de dados ligeiramente mais atualizados. Procura-se, deste modo, assegurar a objetividade na comparação das tendências observadas para a diversidade de fontes analisadas. Assim esta nova edição, atualizando o relatório estatístico decenal na maioria dos indicadores considerados, incide as análises nos anos de referência de 2013 e 2014. Os dados sistematizados nesta Coleção encontram-se igualmente disponíveis no sítio do Observatório das Migrações em www.om.acm.gov.pt numa área própria denominada “Compilações Estatísticas” (podendo em algumas secções estarem dados mais recentes disponíveis) permitindo a todos os interessados acederem aos mesmos indicadores e a procederem a outros tratamentos e análises.



Indicadores De Integra O De Imigrantes 2017


Indicadores De Integra O De Imigrantes 2017
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Author : Catarina Reis Oliveira (coord.)
language : pt-BR
Publisher: Observatório das Migrações, ACM, I.P.
Release Date : 2017-12-01

Indicadores De Integra O De Imigrantes 2017 written by Catarina Reis Oliveira (coord.) and has been published by Observatório das Migrações, ACM, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2017-12-01 with categories.


O Observatório das Migrações (OM) tem assumido como prioridade aprofundar o conhecimento sobre as populações imigrantes residentes em Portugal, informando decisores políticos para a definição de políticas públicas e iniciativas legislativas para a integração de imigrantes, e sensibilizando a opinião pública em geral, combatendo mitos e estereótipos acerca dos imigrantes através de factos e dados estatísticos. Para cumprir a sua missão o OM tem recorrido a inúmeras fontes estatísticas e administrativas disponíveis em Portugal e que dispõem de dados desagregados por nacionalidade, sistematizando e analisando essa informação com o intuito de melhor caracterizar a situação das populações estrangeiras no país nas mais variadas dimensões que compõem o seu processo de integração, mobilizando deste modo diversas naturezas de dados. Neste relatório são analisados mais de uma centena de indicadores de integração de imigrantes que sistematizam informação de cerca de três dezenas de fontes de dados estatísticos e administrativos, reforçando a Coleção Imigração em Números do OM, lançada em 2014. O relatório vai muito para além dos indicadores de integração de imigrantes recomendados pela Comissão Europeia e concretiza medidas previstas nos planos de ação de integração de imigrantes em Portugal, nomeadamente a medida 6 do Plano Estratégico para as Migrações a implementar entre 2015 e 2020, para a “Melhoria dos dados oficiais sobre a integração dos migrantes”, que o OM promove em parceria com o INE. Os dados sistematizados encontramse igualmente disponíveis no sítio do OM em www.om.acm.gov.pt permitindo a todos os interessados acederem aos mesmos indicadores e a procederem a outros tratamentos e análises.



Imigra O E Sinistralidade Laboral


Imigra O E Sinistralidade Laboral
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Author : OLIVEIRA, Catarina Reis
language : pt-BR
Publisher: Observatório da Imigração, ACIDI, I.P.
Release Date : 2010-08-01

Imigra O E Sinistralidade Laboral written by OLIVEIRA, Catarina Reis and has been published by Observatório da Imigração, ACIDI, I.P. this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2010-08-01 with categories.


Para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças profissionais, a União Europeia definiu ao longo das últimas décadas standards mínimos de protecção de segurança no contexto laboral para os Estados Membros requererem às empresas, apostando também na disseminação de uma cultura de prevenção ao risco. A Estratégia de Lisboa veio reforçar, em particular, o objectivo de garantir mais e melhores trabalhos. Ora os Estados-Membros reconheceram que garantindo a qualidade e a segurança conseguem mais produtividade no trabalho, crescimento económico e emprego. Para a União Europeia os custos relacionados com acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais são estimadas entre 2,6 e 3,8% do PIB. Estes valores não incluem os custos com perdas materiais, de produção e outras despesas. Adicionalmente estas despesas só se referem a acidentes de trabalho registados. Assim os avultados custos económicos dos problemas associados à saúde e segurança no trabalho inibem o crescimento económico a afectam a competitividade da União Europeia. Nesta óptica não deve, pois, verificar-se oposição de interesses económicos entre trabalhadores e empregadores em matéria de melhoria da qualidade do trabalho, das condições do seu exercício e das circunstâncias de segurança e higiene laboral. Portugal, comparativamente aos outros Estados-Membros, apresenta as taxas de sinistralidade mais altas da União Europeia. Da análise da sinistralidade laboral mortal e não mortal dos últimos anos, em função da nacionalidade, resulta que são os trabalhadores imigrantes os mais vulneráveis a acidentes. Não se verifica, contudo, uma relação causal entre o fenómeno da imigração e o problema da sinistralidade laboral. Por outras palavras, o aumento ou diminuição da imigração não influencia a respectiva evolução da sinistralidade laboral, uma vez que não são os países com mais imigrantes que apresentam as mais altas taxas de sinistralidade laboral. Em Portugal, em anos de aumento da imigração não se verifica por correlação o aumento da sinistralidade laboral no país. Há, pois, outros factores específicos inerentes ao próprio contexto de acolhimento de explicam a sinistralidade laboral na sua globalidade e/ou a segurança dos trabalhadores. Como se conclui neste estudo, globalmente, a maior sinistralidade laboral dos imigrantes verifica-se não porque esses trabalhadores são imigrantes, mas antes os acidentes reflectem os sectores e/ou ocupações e condições em que esses trabalhadores estão empregados. Por outras palavras, os imigrantes não apresentam maior sinistralidade laboral porque são imigrantes, mas antes porque se inserem em ocupações de maior risco de sinistralidade ou por lhes estarem inerentes características socioeconómicas (e.g. experiência profissional, língua, tempo de permanência no país, mobilidade ocupacional, acesso a formação e informação para o exercício de determinadas actividades ou tarefas) a que se associam maiores taxas de acidentes laborais. Assim, os trabalhadores imigrantes mostram-se mais expostos ao risco de se associarem a trabalhos menos saudáveis e fisicamente mais exigentes. Identificaram-se neste trabalho três grandes ordens de problemas que enquadram e explicam a vulnerabilidade dos trabalhadores imigrantes para a sinistralidade laboral: (1) precariedade laboral – a escassez de vínculos laborais, condições físicas e psicológicas extremadas que aumentam a propensão para a sinistralidade (e.g. excesso de horas de trabalho, deficiente alimentação), menores salários, dependência de ter um trabalho para renovar título de residência e por isso aceitam piores condições, situações de subcontratação sem acesso a benefícios sociais ou seguros de protecção, condições de recrutamento e de acesso a benefícios sociais e de segurança e higiene no trabalho, sector de emprego e ocupação (sector mais vulnerável à sinistralidade laboral ou de maiores riscos laborais e de baixo estatuto), emprego na economia formal versus informal, grau de acessibilidade ou participação em associações ou sindicatos e/ou poder reivindicativo e negocial; inexistente ou insuficiente formação e informação na vertente da segurança e saúde no trabalho; (2) dificuldades inerentes à condição de imigrante – dificuldades linguísticas e práticas culturais (nesta vertente podem estar comportamentos distintos ou atitudes diferenciadas face ao risco e à segurança no trabalho); alguns casos de sobre-qualificação profissional relativamente ao desenvolvimento de certas tarefas manuais, o que se associa ao desconhecimento total dos riscos a que lhes estão associados; falta de familiaridade com a tecnologia ou máquinas inerentes ao local de trabalho em que se encontram; eventuais situações de discriminação associadas à etnia e/ou à religião em contexto de trabalho; estatuto legal do imigrante (se está em situação legal ou ilegal, em caso de perda de emprego como fica a situação de renovação do titulo); falta de cuidados de saúde ou receio de perder o trabalho por estarem doentes mantendo-se, por isso, a trabalhar debilitados; maior mobilidade laboral que dificulta a aprendizagem e conhecimento dos riscos profissionais específicos a determinadas tarefas; baixo poder reivindicativo, em particular no caso de imigrantes em situação irregular, aceitando tarefas de maior risco sem exigir condições de protecção; (3) escassez de informação acerca dos direitos e deveres que têm no mercado de trabalho – esta situação tanto se aplica aos trabalhadores imigrantes como a outros trabalhadores. Alguns empregadores poderão desconhecer também as regras de segurança e higiene no trabalho que devem garantir e/ou promover para os seus trabalhadores. Deste modo, combater a sinistralidade laboral dos imigrantes passa por contrariar os elementos associados a estas três grandes ordens de problemas que conduzem genericamente também os imigrantes para os trabalhos mais exigentes, sujos e perigosos. Fica evidente que uma melhor protecção dos trabalhadores imigrantes com vista à diminuição da sua sinistralidade laboral exige tanto medidas políticas na vertente da integração de imigrante, como políticas de segurança e saúde no trabalho sensíveis às necessidades e vulnerabilidades especificas desses trabalhadores tão necessários ao mercado de trabalho português. As autoras concluem o estudo avançando três ordens de recomendações: (1) de combate a causas próximas de sinistralidade laboral, ou seja, recomendações para promover melhores condições e/ou enquadramentos de trabalho; (2) de combate a actos inseguros, ou seja, recomendações para sensibilizar os trabalhadores imigrantes; (3) de combate às causas remotas de sinistralidade laboral, ou seja, recomendações para um melhor planeamento da saúde e segurança no trabalho dos trabalhadores imigrantes