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Revista Continente Multicultural 260


Revista Continente Multicultural 260
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Revista Continente Multicultural 260


Revista Continente Multicultural 260
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2022-08-04

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Uma obra de arte nunca está encerrada em si. Além da concepção do artista, se completa com o olhar do público – e, portanto, a percepção sobre ela é moldada por vários fatores, como o momento histórico, os costumes e valores de uma época e os afetos e memórias que atravessam o espectador. Assim, a arte e a cultura estão (ainda bem) sempre passíveis a novas interpretações, especialmente quando se abre espaço para a pluralidade de vivências. Na reportagem de capa deste mês, a repórter especial Débora Nascimento se debruça sobre a complexidade do assunto e como o revisionismo, tema tão discutido nos dias de hoje, é parte natural das disputas narrativas. Ao colocar em xeque elementos problemáticos de uma obra, como a naturalização de estereótipos raciais, de gênero, sexualidade, entre outros, pode-se fomentar o diálogo sobre questões estruturais da nossa sociedade, no passado e no presente. Nesse movimento, músicas, livros, filmes, quadros, monumentos, entre outros, têm sido alvo de debates acalorados sobre suas mensagens e valores. Com as redes sociais e suas possibilidades de ecoar vozes de grupos historicamente silenciados, abrem-se novos caminhos para a representatividade e, com isso, clássicos têm passado por revisão e, muitos deles, condenados a um ostracismo futuro. Como mostra a matéria, repensar símbolos e ressignificar nossa visão de mundo é um movimento constante. Pensemos, por exemplo, no Bicentenário da Independência do Brasil, que acontecerá em setembro. Para o escritor, professor e historiador Luiz Antonio Simas, em entrevista à repórter especial Luciana Veras, nessa data, deveríamos promover uma "descomemoração", ou seja, repensá-la, fazer uma autópsia do processo e entendê-lo em suas várias facetas. "Não acredito em isenção na História. Faço História engajada com um processo de transformação social", afirma. Ao perceber os processos de mudanças culturais para além de uma divisão binária entre bem e mal, podemos compreender o nosso e outros tempos de uma maneira mais holística. É por esse prisma que a pesquisadora Carolina Dantas analisa o TikTok no artigo deste mês – o aplicativo que já conta com mais de 1 bilhão de usuários e que tem reconfigurado mecanismos da cultura, política e modelos de comportamento. Boa leitura!



Revista Continente Multicultural 266


Revista Continente Multicultural 266
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2023-02-03

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Com o isolamento decorrente da pandemia do novo coronavírus, um dos acontecimentos que fizeram falta ao ser humano foi o ato de festejar: reunir-se coletivamente, sem a mediação tecnológica de computadores e celulares, para celebrar. Nesse período, com a proibição dos eventos, o Brasil, país cujo calendário é repleto de datas comemorativas e festejos, foi atingido em cheio e principalmente em sua festa maior, o Carnaval, que agora, em 2023, retorna oficialmente às ruas de diversas cidades. A partir da história da folia carnavalesca, abordamos, em reportagem de capa, feita pela repórter especial Débora Nascimento, a importância social de festejar através das suas transformações ao longo dos tempos. A matéria traz análises de pesquisadores e artistas sobre o que está por trás das festas, as disputas de classes, sentimentos e propósitos. Para a antropóloga Léa Freitas, "nossas festas, sejam laicas ou religiosas, oficiais ou populares – em sua multiplicidade de manifestações, recortando o país de norte a sul, de leste a oeste –, mostram uma maneira singular de viver o fato coletivo, de perceber o mundo e de com ele se relacionar. São vias reflexivas privilegiadas para se penetrar no coração da sociedade brasileira". Para o historiador Luiz Antonio Simas, através da festa, a população reafirma o seu direito de existir. Do sagrado ao profano, do samba ao baile funk, qual é o sentido da festa? Eis um dos caminhos investigativos dessa reportagem, que também se mostra um passeio saboroso pelas nossas ruas cheias de gente e alegria. No último dia 8 de janeiro, assistimos a um ataque feroz à nossa democracia, quando terroristas cobertos de verde-amarelo invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Superior Tribunal Federal, deixando um lastro de destruição. Um mês antes dessa data que entra para nossa história, o repórter Antonio Lira entrevistava o também jornalista Bruno Torturra. A conversa, muito potente em si, ganhou ainda mais força e relevância diante desses acontecimentos. Nela, Torturra, um dos fundadores do Mídia Ninja, reflete sobre o modo como as redes sociais impactam no fazer jornalístico, destacando como elas têm cultivado o narcisismo da cultura do "perfil", e aponta a necessidade de buscarmos novas formas de coletividade. E a festa é, sim, uma maneira de viver e celebrar a coletividade. Como pontua Luiz Antonio Simas: "não se faz festa, afinal, porque a vida é boa. A razão é exatamente a inversa".



Revista Continente Multicultural 264


Revista Continente Multicultural 264
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2022-12-13

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No final de um ano que trouxe muita tensão política em decorrência das últimas eleições, a gente traz na capa a manchete "Sonho & Esperança", num misto de vontade e presságio. Embora sirvam de emblema para nossos desejos, essas duas palavras de significados benfazejos se referem ao longa-metragem Marte Um, que vem fazendo uma carreira bonita nos festivais por onde tem passado e que se tornou, como aponta Luciana Veras, "o primeiro longa-metragem de um realizador negro a ser escolhido para representar o país na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional". Um fato importante em torno do filme é o protagonismo negro. "Para mim, Marte Um é um aquilombamento", comenta Camilla Damião. "Todos nós viemos de um processo de pessoas brancas que contam nossas histórias do ponto de vista delas. E quando Gabriel (Martins, o diretor) vem com esse roteiro, com essa família, não é só a história da Nina e do Deivinho, mas a minha história e de várias pessoas desse país que geralmente não têm suas histórias mostradas na TV ou no cinema". O filme ainda percorre jornadas para chegar a concorrer, de fato, ao Oscar. Mas essa indicação já é uma vitória da mensagem sobre a importância de se ampliar o protagonismo de cineastas afro-brasileiros e/ou negros na produção audiovisual no país. Também contamos um pouco da trajetória de Paulo André Pires, figura fundamental na movimentação cultural do início dos anos 1990 em Pernambuco. Neste ano em que o Manguebeat comemorou seus 30 anos, a repórter Débora Nascimento teve uma longa conversa com o produtor cultural, que contou a ela suas lembranças do período, os bastidores e causos. Para ele, foi no Natal de 1992 que houve a verdadeira guinada, o fim de um período de marasmo: "Naquele fim de ano, aconteceram três diferentes festas alternativas numa mesma noite e todas lotadas: Mangue Feliz, com Mundo Livre S/A e Chico Science & Nação Zumbi; uma festa na Pousada Quatro Cantos, com Paulo Francis vai Pro Céu e Maracatu Nação Pernambuco; e o Natal da Sopa, com show de Lula Côrtes, em que o artista chegou ao local numa charrete e vestido de Papai Noel". Parece que esse presságio era verdadeiro. No ano seguinte, em 1993, ocorreria a primeira edição do Abril pro Rock, festival criado por Paulo André. De nossa parte, o desejo é de uma nova virada de chave, de renascimento, de novos rumos para a política cultural brasileira, de sonho, de esperança renovada no ano que se anuncia.



Revista Continente Multicultural 271


Revista Continente Multicultural 271
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2023-07-12

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Esta edição marca um fechamento de ciclo. Então, extraordinariamente, este editorial vai contar com uma assinatura e fugir ao seu padrão habitual. O clichê de que "o tempo passa muito rápido" é tão verdadeiro quanto enganoso. Porque a maioria de nós vai tocando a vida e não reflete sobre o que faz do tempo tão voraz e intenso, somente atentando aos seus detalhes, à sua lentidão e persistência, quando algo nos sacoleja. Durante 15 anos, fui editora desta revista, criada em 2000. Sob minha coordenação, ela passou por dois projetos de redesign editorial, em 2009 e 2017. Em 15 anos, muita coisa aconteceu: nascimentos, mortes, guerras, revoluções tecnológicas, mudanças de comportamento social e cultural, ascensão e queda de governos e o Brasil (esse lugar que nos desestabiliza, sempre!). No âmbito do jornalismo cultural, buscamos observar e interpretar esses acontecimentos de perto, praticando um jornalismo comprometido com a qualidade, nas suas várias formas e gêneros. Procuramos acompanhar a contemporaneidade no que ela nos oferece de vibrante, novo e relevante, trazendo assuntos que estavam sendo discutidos nestes dias, mas que não se encerravam nestes dias, porque é assim que o tempo é: urgente e persistente: uma pedra que cai agora no lago repercute em ondas expansivas infinitamente. Esse movimento de acompanhar o curso dos acontecimentos demanda esforços e investimentos. Com o suporte da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), sem o qual esta publicação não existiria, pois revistas com a qualidade da Continente são trabalhosas e caras, empreendimentos financeiros e culturais cada vez mais escassos, a revista entregou mensalmente edições bem-cuidadas, cujo resultado final muitas vezes não expressava os esforços e as dificuldades de realização. Mas, se conseguimos tal feito, é porque temos sido profissionais envolvidas com os melhores resultados. Para finalizar, destaco pessoas que têm feito desta revista uma publicação que marca a história do jornalismo cultural. As companheiras do dia a dia: Mariana Oliveira, Débora Nascimento, Luciana Veras, Olívia Mindêlo, Maria Helena Pôrto, com a colaboração dos nossos colegas de redação, profissionais e estagiários de várias épocas. Também agradeço a tantos colaboradores que trouxeram suas contribuições maravilhosas para a Continente. Desejo a vocês, sempre, excelentes encontros e leituras!



Revista Continente Multicultural 262


Revista Continente Multicultural 262
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2022-10-10

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Enquanto escrevemos este editorial, ainda é setembro e as definições das eleições não chegaram. Sabemos o quanto são diferentes as perspectivas para o Brasil, de acordo com o resultado do pleito. Sabemos também que a nossa contribuição para as mudanças que desejamos não termina no voto, sequer nas polarizações que temos vivido. Um dos intelectuais que têm se dedicado a pensar e discutir a respeito disso é o carioca Francisco Bosco, nosso entrevistado deste mês. Em sua participação no debate público, Chico Bosco tem buscado ser uma voz "desapaixonada", ao procurar analisar nossa realidade sem a motivação militante e com muito senso crítico. Este, afirma o filósofo, seria o papel do intelectual. Na consistente conversa que teve com a nossa repórter especial Débora Nascimento, ele enfatizou a importância desta disposição e chamou atenção às dificuldades que temos tido para encarar os dissensos, vivendo no que ele indica como lógica de grupo. Quem não tem passado por isso? Eis uma entrevista, portanto, que atravessa este momento político infeliz no país e que vale como bússola para nossas relações. O esforço intelectual e crítico também está presente em nossa reportagem de capa do mês, assinada pela jornalista Erika Muniz, que articula um pensamento em torno da construção social dos padrões de beleza e suas consequências sobre os corpos, sobretudo de mulheres cis e trans. Tomando o Brasil como contexto principal, mas considerando o paradigma eurocêntrico ocidental, o texto reúne depoimentos contundentes de pesquisadoras e profissionais que trabalham com o tema nas áreas de sociologia, artes, história, comunicação, pedagogia, medicina, psicologia e da própria estética. Com a reportagem, aprendemos o quanto a questão beleza atravessa as aparências e performances, mas esconde um sistema de normatizações profundo vinculado a mecanismos de poder que oprimem a diversidade das vidas que não se encaixam "no padrão hegemônico do homem branco, cristão, heterossexual, burguês, sem deficiências e magro como medida de todas as 'coisas'". A reportagem traz ainda referências da literatura e das artes, texto que ganha novas camadas com as ilustrações da artista Flávia Bomfim, que foi nosso Portfólio na edição 259, de julho.



Revista Continente Multicultural 265


Revista Continente Multicultural 265
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2023-01-09

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A gente encerrou dezembro com a manchete otimista "Sonho e esperança", referindo-se ao belo filme Marte Um e a sua "corrida" ao Oscar. Como comentamos aqui na redação, com ou sem indicação, o filme já é prêmio e vitória para o cinema brasileiro só por ser o que é e o que representa de mudança de paradigma sobre como a comunidade negra é representada nas telas. Nesta edição que inaugura 2023 trazemos uma matéria de comportamento realizada pelo jornalista e bailarino Lúcio Silva, com fotos de Hannah Carvalho, em que a vogue e a cultura de ballroom são destaque. "Mas, afinal, o que é uma ball? A ball, o ball ou o baile é um tipo de festa na qual a população LGBTQIAP+ preta e latina encontra espaço para exibição de seus talentos em diferentes categorias. Entender a dimensão da uma ball passa, primariamente, por entender as principais categorias que dão vida à festa. Um dos pilares da ballroom são as runways, as categorias de desfile", explica Lúcio, numa abordagem ao mesmo tempo histórica, didática e com ênfase no local, a partir de um ponto de vista de quem vive e pesquisa a cena. Também nesta edição trazemos um artigo escrito pela designer e professora Nanda Maia em que sabemos sobre uma área ainda pouco conhecida, a arquitetura forense. A partir dessa leitura, entendemos como essa metodologia se utiliza de ferramentas variadas – como mapas, documentos, fotografias, tecnologias e diversos vestígios – para encontrar evidências de violações aos direitos humanos. Aqui, especificamente, Nanda apresenta o trabalho do professor Paulo Tavares, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, que, junto com uma equipe multidisciplinar, tem denunciado ataques contra grupos e terras indígenas no Brasil. Para ilustrar o artigo, convidamos o artista multiplataforma e pesquisador Abiniel João Nascimento, que é membro do Coletivo de Arte Negra e Indígena. Ainda nesta edição, leia a entrevista com a atriz e diretora paulista Janaina Leite, que conversou com o encenador e curador pernambucano Pedro Vilela sobre seus processos de criação dramatúrgica. Janaina é autora da impactante peça teatral Stabat mater, que tem circulado em festivais pelo Brasil. Que 2023 seja um ano generoso. Boa leitura!



Revista Continente Multicultural 261


Revista Continente Multicultural 261
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2022-09-06

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A história deste país, com seus tortuosos caminhos, é o cerne do nosso exercício reflexivo para esta edição, que marca os 200 anos da Independência do Brasil. São quatro seções que atualizam nosso olhar sobre o curso histórico da nação, através de um fio que costura épocas distintas. Comprometidos com o fomento do pensamento crítico contemporâneo, entendemos que este é um país cujo passado se faz bastante presente. Nesse sentido, o jornalismo é uma das ferramentas que nos desafiam a mirar a realidade atual para que a construção da memória não se perca e seja o instrumento para amanhar novas possibilidades. 2022 é também um ano de encruzilhada para o Brasil. Mais uma vez nos vemos diante de uma divisão sobre qual caminho seguir como país. Além das eleições de outubro para presidente, governadores, senadores e deputados, temos, em novembro, a Copa do Mundo, quando a bandeira verde-amarela torna a ser o centro de nossas atenções. Aliás, é a bandeira republicana o mote do ensaio visual que ilustra a capa deste mês, com a fotoperformance Re-utopya, de Hal Wildson. Ele é um dos 15 artistas desse curto recorte feito a partir de pesquisa e curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, com obras que revisitam o maior dos símbolos nacionais. São provocações visuais que desestabilizam nosso imaginário, convocando os olhares a novas interpretações sobre quem somos e quem queremos ser como nação. No artigo assinado por Frederico Esaú, nos debruçamos sobre dois conceitos essenciais na compreensão do Brasil: imperialismo e independência. "Não podemos pensar e escrever a história da América Latina e seu desenvolvimento histórico e/ou econômico, sem compreender o papel que o colonialismo, o imperialismo e, atualmente, o neocolonialismo desempenharam na construção de nossas sociedades". O jornalista Homero Fonseca presenteia o leitor com a pouco conhecida aventura do jornalista português João Soares Lisboa, preso e deportado do Brasil, morto durante a Confederação do Equador. Por fim, olhamos para as produções documentais recentes que narram os acontecimentos do cenário político nacional de 2013 para cá, os mesmos que nos colocaram na encruzilhada à qual nos referimos acima. A bifurcação que se apresenta a todos os brasileiros e brasileiras, no próximo mês de outubro, não é uma escolha de lados, esquerda ou direita, mas uma decisão entre a civilização e a barbárie.



Revista Continente Multicultural 272


Revista Continente Multicultural 272
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Author : Cepe
language : pt-BR
Publisher: Cepe editora
Release Date : 2023-08-07

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Diz o dicionário Houaiss que a palavra memória, registrada pela primeira vez no século XIII, vem do latim memorĭa,ae e também de mĕmor,ōris, que traz o sentido de "aquele que se lembra, que se recorda". Este verbete está espraiado na etimologia e na ontologia desta edição #272 da Continente, que acolhe os ventos de agosto com o sopro das recordações e a importância de lembrar o passado para viver o presente e vislumbrar o futuro. Retratos fantasmas, quinto longa-metragem do realizador pernambucano Kleber Mendonça Filho, com pré-estreia no Teatro do Parque no próximo dia 14 e lançamento nacional em 24 de agosto, parte das recordações que os cinemas de rua do centro do Recife deixaram no diretor para criar uma cartografia sentimental e afetiva e partilhar uma reflexão sobre a memória. Art Palácio, Trianon, Moderno, Veneza são salas de exibição que ajudaram a formar gerações e gerações de cinéfilos, mas que não mais existem, a não ser nas lembranças. Na reportagem escrita por Luciana Veras, percorremos um caminho que sai do filme para alinhavar acervos individuais, arquivos familiares, as cenas de filmes antigos em diálogo constante com as obras contemporâneas que enquadram a Ponte da Boa Vista ou o Cinema São Luiz e o modo da capital pernambucana lidar com as camadas e contradições do tempo. As salas de cinema e as pessoas que concretizam seu funcionamento aparecem, também, no ensaio visual do jornalista e fotógrafo Sergio Poroger, que há anos vem registrando as cenas corriqueiras destes espaços tão presentes na vida urbana das cidades. Por fim, é também a partir do reencontro com suas memórias da infância que a escritora pernambucana Micheliny Verunschk vem erigindo seu percurso literário. Em Caminhando com os mortos, seu mais recente romance, lançado em junho pela editora Companhia das Letras, ela fala de intolerância, fundamentalismo religioso e feminicídio em uma costura ficcional que traz ecos do que viu e vivenciou quando seu pai era delegado em Tupanatinga, no agreste de Pernambuco, e levava para casa os inquéritos policiais de casos violentos. Na entrevista, Micheliny discorre, ainda, sobre seu processo criativo e o bom momento que a literatura contemporânea brasileira vive no mercado.



Families And Food In Hard Times


Families And Food In Hard Times
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Author : Rebecca O’Connell
language : en
Publisher: UCL Press
Release Date : 2021-05-24

Families And Food In Hard Times written by Rebecca O’Connell and has been published by UCL Press this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2021-05-24 with Social Science categories.


Food is fundamental to health and social participation, yet food poverty has increased in the global North. Adopting a realist ontology and taking a comparative case approach, Families and Food in Hard Times addresses the global problem of economic retrenchment and how those most affected are those with the least resources. Based on research carried out with low-income families with children aged 11-15, this timely book examines food poverty in the UK, Portugal and Norway in the decade following the 2008 financial crisis. It examines the resources to which families have access in relation to public policies, local institutions and kinship and friendship networks, and how they intersect. Through ‘thick description’ of families’ everyday lives, it explores the ways in which low income impacts upon practices of household food provisioning, the types of formal and informal support on which families draw to get by, the provision and role of school meals in children’s lives, and the constraints upon families’ social participation involving food. Providing extensive and intensive knowledge concerning the conditions and experiences of low-income parents as they endeavour to feed their families, as well as children’s perspectives of food and eating in the context of low income, the book also draws on the European social science literature on food and families to shed light on the causes and consequences of food poverty in austerity Europe.



A Poesia Da Gera O 65


A Poesia Da Gera O 65
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Author : Marcos Alexandre Faber
language : pt-BR
Publisher: CEPE Editora
Release Date : 2019-12-23

A Poesia Da Gera O 65 written by Marcos Alexandre Faber and has been published by CEPE Editora this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-12-23 with Literary Criticism categories.


Marcante ao longo da história da literatura brasileira, a poesia pernambucana impõe-se, desde o Movimento de 22, passando pela Geração de 45, período em que se notabilizaram Manuel Bandeira, Joaquim Cardozo e João Cabral de Melo Neto, entre outros. Mais recentemente, a plêiade pernambucana formada por Alberto da Cunha Melo, Ângelo Monteiro, Marcus Accioly, Jaci Bezerra, Lucila Nogueira e outros, designada Geração 65, destacou-se na criação de uma poesia que, contendo em seu bojo a pluralidade, guarda correspondências formais e temáticas com a geração poética anterior. Um dos marcos comuns aos poetas de 65 reside justamente no fato de que nenhum deles fixou residência fora de Pernambuco, o que se reflete no acesso ao grande mercado editorial e na recepção das obras por eles produzidas. Desta forma, pode afirmar-se que a Geração 65, mesmo com a sua profusa produção, ainda guarda um certo ineditismo junto ao público de poesia brasileira.