[PDF] Com A Palavra O Autor - eBooks Review

Com A Palavra O Autor


Com A Palavra O Autor
DOWNLOAD

Download Com A Palavra O Autor PDF/ePub or read online books in Mobi eBooks. Click Download or Read Online button to get Com A Palavra O Autor book now. This website allows unlimited access to, at the time of writing, more than 1.5 million titles, including hundreds of thousands of titles in various foreign languages. If the content not found or just blank you must refresh this page



Com A Palavra O Autor


Com A Palavra O Autor
DOWNLOAD
Author : Francisco de Arruda Sampaio
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2010

Com A Palavra O Autor written by Francisco de Arruda Sampaio and has been published by this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2010 with categories.


'Em Com a palavra, o autor', Francisco A. de Arruda Sampaio e Aloma F. de Cavalho defendem suas obras excluídas do Programa Nacional do Livro Didático de 2010. O livro faz uma descrição do PNLD, destaca sua importância e os seus pontos positivos mas também apresenta seus problemas. Elaborado a partir pesquisa sobre o PNLD, em particular sobre a avaliação pedagógica, com apoio de documentação, bibliografia, a obra trata da trajetória do PNLD.



A Palavra E O Autor Antologia De Textos Da Literatura Portuguesa


A Palavra E O Autor Antologia De Textos Da Literatura Portuguesa
DOWNLOAD
Author : Carlos António Alves dos Reis
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 1978

A Palavra E O Autor Antologia De Textos Da Literatura Portuguesa written by Carlos António Alves dos Reis and has been published by this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 1978 with categories.




Com A Palavra O Escritor


Com A Palavra O Escritor
DOWNLOAD
Author : Zélia Gattai
language : pt-BR
Publisher:
Release Date : 2002

Com A Palavra O Escritor written by Zélia Gattai and has been published by this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2002 with Authors, Brazilian categories.




A Ltima Palavra


A Ltima Palavra
DOWNLOAD
Author : Hanif Kureishi
language : pt-BR
Publisher: Editora Companhia das Letras
Release Date : 2016-02-15

A Ltima Palavra written by Hanif Kureishi and has been published by Editora Companhia das Letras this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2016-02-15 with Fiction categories.


Quando se escreve a biografia de um autor consagrado, quem terá a última palavra? Hanif Kureishi nos oferece reflexões hilárias sobre autores, leitores e editores. Cultuado autor indiano radicado na Inglaterra, Mamoon tem setenta e poucos anos e sua reputação vai mal; as vendas decrescentes de seus livros não dão conta dos gostos extravagantes de sua nova mulher. Harry, jovem escritor, é contratado por seu editor para escrever uma biografia recheada de intrigas pessoais, que salve ao mesmo tempo a carreira e a conta bancária de Mamoon. Quando a trama do sétimo romance de Hanif Kureishi veio à tona, ele logo foi lido como um roman à clef sobre V. S. Naipaul, Nobel da literatura cuja biografia revela uma vida promíscua. Mas A última palavra é, além disso, uma narrativa hilária e envolvente com reflexões profundas sobre o fazer literário e a biografia.



Ave Palavra


Ave Palavra
DOWNLOAD
Author : João Guimarães Rosa
language : pt-BR
Publisher: Nova Fronteira
Release Date : 2013-10-09

Ave Palavra written by João Guimarães Rosa and has been published by Nova Fronteira this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2013-10-09 with Fiction categories.


A melhor definição de Ave, Palavra é de seu próprio autor, João Guimarães Rosa: trata-se, disse ele, de uma "miscelânea". Com isso, quis caracterizar a variedade formal e temática deste livro, fruto de uma colaboração de cerca de vinte anos em revistas e jornais brasileiros, durante o período de 1947 a 1967.Reunindo contos, poesias, notas de viagens, trechos de diários, reportagens poéticas, meditações e, ainda,- poemas dramáticos e reflexões filosóficas, este volume nos dá bem a medida da versatilidade do escritor Guimarães Rosa. Temos aqui desde os contos longos até a concisão dos poemas e das observações registradas numa única frase, como aforismos. Em duas ou três palavras, ele mostra que a sua capacidade de síntese é tão grande quanto a sua habilidade em estender-se em minúcias, como ocorre principalmente nas descrições, o que dá à sua prosa um sabor barroco.Tematicamente, Ave, Palavra é um dos livros mais variados de Guimarães Rosa. Além dos motivos do sertão e dos vaqueiros, uma constante em sua obra, vamos encontrar histórias que se passam na Europa, flagrantes urbanos — alguns nitidamente cariocas, outros que se podem situar em qualquer grande cidade —, e contos que, embora localizados num ambiente de interior, não estão relacionados com a temática sertaneja.Acrescentam-se a isso momentos de uma poética concisa, extremamente lúcida, por vezes algo irônica, registrada em poemas e mesmo em certos trechos de prosa.Ave, Palavra é uma obra póstuma, e aos textos que o autor já havia deixado prontos foram acrescentados, pelo organizador da edição, Paulo Rónai, outros que Guimarães Rosa havia começado a rever e refundir para o livro, sendo que quatro deles eram totalmente inéditos.



Caf Com Palavras


Caf Com Palavras
DOWNLOAD
Author : Jean Carlos De Andrade
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2024-01-23

Caf Com Palavras written by Jean Carlos De Andrade and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2024-01-23 with Poetry categories.


Este é mais um trabalho do escritor Jean Carlos de Andrade, são pensamentos e citações do dia a dia, algo que também é compartilhado pelas redes sociais, do ponto de vista do autor, são frases e citações que tiveram uma boa aceitação por parte dos seguidores virtuais, os mesmos que se identificam com frases e pensamentos expostos publicamente. São pensamentos aleatórios, usados para motivar a maioria dos leitores que se identificam com o mesmo modo de pensar e agir do autor. Neste livro, o escritor quer nos proporcionar uma interação quase que espiritual, compartilhando assim o seu próprio interior reflexivo, espalhando suas ideias e ideais, imortalizando-se através das palavras e apresentando o seu próprio modo de ver o mundo. “Café com Palavras”, um título alusivo aos momentos em que o autor imaginava cada circunstância, entre um café e outro, as ideias apareciam, imediatamente eram imortalizadas em papel e compartilhadas pelas redes sociais. “Não é apenas uma simples escrita, vai além, é o meu próprio sentimento e imaginação, eternizando em papel tudo o que se passa dentro de Minh‘alma, são as minúcias de meu coração.”



Havia Uma Pedra


Havia Uma Pedra
DOWNLOAD
Author : Evan Do Carmo
language : pt-BR
Publisher: Clube de Autores
Release Date : 2018-03-28

Havia Uma Pedra written by Evan Do Carmo and has been published by Clube de Autores this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2018-03-28 with Literary Criticism categories.


MARCAS DO CAMINHO: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E A NOVA POESIA BRASILEIRA (Autor: Leon Cardoso da Silva ) BREVE INTRODUÇÃO PARA INÍCIO DE CONVERSA Antes de qualquer coisa, quando se trata de literatura – no que diz respeito à criação artística –, devemos entender que não há movimento absolutamente globalizante. O que há é a predominância de temas específicos em determinados períodos e envolvendo, por sua vez, um maior número de escritores e artistas. É neste ponto que surgem categorias conceituais, necessárias para a compreensão histórica dessa área em particular. Conceitos como: Barroco, Arcadismo, Romantismo, Simbolismo, e assim por diante, permitem-nos entender que toda classificação literária ou análise de produções artísticas deve passar por um processo de interpretação envolvendo algo mais que o autor e sua obra. Mas pode questionar o mais crítico dos leitores: como isso pode nos fazer entender autores, por exemplo, como Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade, intensamente ligados às questões mais relevantes de seu tempo? É este o ponto precípuo de nossa reflexão. Mas chegar à resposta sem percorrermos todas as curvas do caminho dificultará a compreensão do todo. Isso porque Drummond e Pessoa não foram simplesmente escritores de profundidades universais carregadas de rebeldias e calmarias íntimas. Pertenceram, também, ao movimento mais radical e mais impactante da história da literatura, o Modernismo. Neste sentido, o que foi mencionado no primeiro parágrafo – acerca do processo para definição das tipificações conceituais utilizadas pela nossa historiografia literária – pode ser compreendido pela confluência do número bastante distinto e significativo de escritores de um determinado período. Isso quer dizer que o movimento modernista foi tão intenso em promover liberdade de criação literária que, com o tempo, diversos movimentos coexistiram levando a literatura e sua crítica para uma diversidade estética nunca antes vista em nossas letras. É neste contexto de distinções e novidades que Carlos Drummond de Andrade convive e deixa, para a humanidade, sua contribuição em forma de literatura. Tudo isso justifica, portanto, o fato de fazermos uma análise sobre a produção de Drummond e dos solavancos do modernismo primeiro estabelecendo a prioridade de um método de estudo – um caminho a ser percorrido –, segundo realizando uma reflexão sobre o alcance e a confluência de todo um processo (criação artística) e sua culminância no objeto literário (a obra). Assim, o período histórico-literário e social, a vida e a obra de Drummond, que é um dos maiores escritores da literatura, será o nosso objeto de estudo. CONTEXTO LITERÁRIO Resumidamente, poderíamos dizer que literatura é a “arte do uso da palavra”, que estudarmos sua história é o mesmo que desbravarmos o pensamento humano e entendermos sua mudança ao longo do tempo. Além disso, está repleta de aspectos culturais e linguísticos com muitas marcas tanto do autor, quanto de elementos particulares moldados por um período ou um contexto histórico. Sendo assim, seria inevitável não percebermos que rupturas constantes também fazem parte do mundo literário. E é nesta perspectiva de ruptura e inovação que em 1922, culminando com o centenário de nossa independência, ocorre o período de maior mudança na literatura. Na verdade, este é um ano bastante simbólico, pois foi nele que ocorreu a Semana de Arte Moderna oficializando propostas radicais no que se entendia como concepção estética. Antes, por exemplo, os autores seguiam uma determinada concepção do fazer literário, e isso em conjunto fez com que os movimentos fossem mais facilmente definidos pelo conjunto de autores que tratavam determinados temas de forma semelhante. O que ocorreu com o modernismo? Dissipou um pouco essa unidade ao promover, entre outras coisas, certa liberdade de criação artística. Isso quer dizer que os autores modernos puderam criar sua própria estética e com isso moldar uma nova forma de criação literária. E isso é tão intenso que nossa crítica literária atual tem dificuldade de estabelecer um conceito ou um nome, ainda menos algum marco histórico, para o que se faz hoje em literatura. Certamente estamos num pós-modernismo ainda em construção carecendo do olhar que ainda vai se delinear no futuro, quando quem olhar para nós juntar, com mais autonomia, as peças do quebra-cabeça. Divagações à parte, observamos que antes mesmo da semana que inaugurou o modernismo no Brasil já circulavam publicações de artigos polêmicos, exposições de pintores expressionistas e diversas obras renovadoras que, por sua vez, iam de encontro a toda uma tradição literária. Em 1917, houve a exposição de Anita Malfatti com inovações artísticas tão intensas a ponto de inquietar o já conhecido Monteiro Lobato que reagiu escrevendo o artigo bastante duro intitulado “Paranoia ou Mistificação?” onde critica veementemente as inovações artísticas praticadas pela respectiva pintora. Em 1920 e 1921, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia fudam a revista “Papel e Tinta”, Graça Aranha publica o ensaio “Estética da Vida”, Oswald de Andrade publica “Meu Poeta Futurista” e Mário de Andrade publica “Mestres do Passado”, todas estas contribuições traziam propostas inovadoras que culminaram na Semana de Arte Moderna no ano seguinte. Nasce o poeta Como sabemos, Drummond nasceu em 31 de outubro de 1902, no município de Itabira, Minas Gerais. Assim, quando a Semana de Arte Moderna foi realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922, nosso poeta contava alguns meses para completar seus 20 anos de idade. Acontece que isso não quer dizer que ele esteve alheio às propostas modernistas. Em 1920, Drummond residindo em Belo Horizonte, após passar um período no Rio de Janeiro, começa a se relacionar com jovens escritores e conhece mais intensamente as ideias de liberdade artística proposta pela nova literatura e publica sua primeira crítica no Jornal de Minas. Em 1924 conheceu Mário de Andrade. Então, já podemos tirar uma primeira conclusão, a de que Drummond, antes da Semana de Arte Moderna já começava a ensaiar uma nova postura, ainda que imatura de um jovem recém ingresso no mundo das letras – havia publicado crítica, crônicas e outros textos em jornais de baixa circulação até conseguir emprego no Diário de Minas, permanecendo nele por dez anos. Neste sentido, o poeta mineiro dava seus primeiros passos no terreno do modernismo, mas sua maior presença foi reservada para a segunda fase desse movimento. Mas como podemos conceituar o que seja modernismo e como enquadrar Drummond dentro deste movimento? Modernismo, como já foi explicitado, foi um movimento literário e artístico que surgiu na primeira metade do século XX. Seu maior impacto foi o de promover rupturas e inovações até antes não permitidas pela elite intelectual. Isso quer dizer que antes do modernismo havia a predominância da estética realista/parnasiana com alguns resquícios do simbolismo – em alguns casos –, sobretudo na poesia. Características do Parnasianismo: •Versos regulares e o gosto pelo soneto e pelo decassílabo; •Universalismo (alguma exceção para Olavo Bilac); •Objetivismo; •A arte pela arte; •Apego a tradição clássica; •Valorização da linguagem formal; •Obediência a um padrão estético. Como ruptura, os escritores modernos priorizavam: •Verso livre; •Nacionalismo; •Subjetivismo; •Valorização de temas vinculados ao cotidiano; •Desapego a obras clássicas; •Linguagem fragmentada mais popular e coloquial; •Liberdade de criação estética. Poema parnasiano: PROFISSÃO DE FÉ (...) E horas nem conto passo, mudo, O olhar atento, A trabalhar, longe de tudo O pensamento. Porque o escrever - tanta perícia, Tanta requer, Que ofício tal... nem há notícia De outro qualquer. Assim procedo. Minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! (...) (Olavo Bilac) Este poema busca alcança o ideal da poesia parnasiana: a perfeição formal. O último verso busca cultuar este ideal a partir da ideia de arte ou da produção artística como a maior coroação do fazer poético, o alcance da arte pela forma. Poema modernista: PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (Oswald de Andrade) Poema da primeira fase do modernismo que tem como objetivo fazer certa aproximação entre a linguagem falada e a escrita ao passo que busca romper com as barreiras puristas do passadismo acadêmico. Cronologicamente, o modernismo costuma ser dividido em três fases. A primeira (1922 – 1930) foi o período mais radical desse movimento no que diz respeito ao estabelecimento de uma nova concepção literária e consequentemente o rompimento com paradigmas tradicionais, já explicitados aqui. Certamente, foi o período mais difícil e um dos mais promissores de nossas letras. Isso porque literatura passou rapidamente a ser tema requisitado por um número cada vez maior de pessoas. Os autores que mais se destacaram foram: Mário de Andrada, Oswaldo de Andrade, Manuel Bandeira e Alcântara Machado. Em “O movimento modernista”, Mário de Andrade resume o que foi o ano de 1922: “O modernismo, no Brasil, foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e técnicas consequentes, foi uma revolução contra o que era a inteligência nacional. (...) o que caracteriza esta realidade que o movimento modernista impôs é, a meu ver, a fusão de três princípios fundamentais: o direito permanente à pesquisa estética, a atualização da inteligência artística brasileira e a estabilização de uma consciência criadora nacional”. Segunda fase (1930 – 1945) conhecida também como Geração de 30. O modernismo estava praticamente consolidado e galgava já certa maturidade literária. Neste período, surgiram inúmeras obras de relevância histórica tanto no que diz respeito aos romances regionalistas abordando profundos problemas sociais, quanto na poesia que dava força ao movimento e caracterizava os sujeitos na sua forma mais natural e cotidiana. Tudo passou a ser objeto de inspiração ou manifestação poética. E é exatamente nessa fase que aparece nosso poeta mineiro. Os autores de mais destaques são: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz. Terceira fase (1945 – 1960), também conhecida como Geração de 45. Alguns pesquisadores consideram como Pós-Modernismo. Certamente é a fase de maior liberdade literária. Muitos autores desse período se desvencilham de ideais da primeira geração modernista na medida em que não buscam explorar de forma mais tão enfática a realidade brasileira e a linguagem popular. Sobre o poema houve uma tendência de retorno à forma permitindo a retomada da abordagem da poesia como a arte da palavra. Os autores de mais destaques são: Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Mário Quintana, João Cabral de Melo Neto, Lygia Fagundes Telles, Ariano Suassuna. Após realizarmos esta abordagem, podemos perceber que somente uma parte da pergunta feita anteriormente foi respondida. A saber: como podemos conceituar o que seja modernismo enquanto movimento literário e como podemos enquadrar Drummond dentro deste movimento? Como a primeira parte foi respondida, resta-nos entender agora como Drummond se inseriu definitivamente neste movimento literário. Em 1930, Drummond publica seu primeiro livro intitulado “Alguma Poesia” e com ele marca sua estreia na nova poesia brasileira. Acontece que esta publicação veio a lume no período que acertadamente é considerado como a segunda fase do modernismo. No que diz respeito à prosa, foram produzidos muitos romances regionais, e a poética consolidou o gosto pelo verso livre e pela abordagem do cotidiano através da linguagem coloquial. O livro “Alguma Poesia” é marcado por temas como sentimento de inquietação do indivíduo com relação ao mundo e explora o uso de ironias alternando-se com um preciso senso de humor. Outro traço modernista desse livro pode ser observado pelo uso do verso livre e da linguagem coloquial. É nesta obra que figura talvez o poema mais radical da poesia moderna e (talvez) brasileira: NO MEIO DO CAMINHO No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. (Carlos Drummond) Se o leitor se atentar bem, irá perceber que no início desse texto, ainda no primeiro parágrafo, eu havia me referido ao fato de que não poderemos compreender a obra de um autor sem nos atentarmos para o contexto que ela está inserida. O que deve nos nortear, portanto, é o fato de que o processo de interpretação, que envolve algo mais que o autor e sua obra, se dá exatamente nesse contexto. A exemplo disso, podemos citar o próprio poema de Drummond “No meio do caminho”. Na frente dele paramos mudos e aflitos diante de uma impossibilidade, a impossibilidade da interpretação e do julgamento literário profundo. Em outras palavras, este é um poema que só pode ser interpretado se levarmos em consideração o contexto literário e histórico em que ele foi escrito. Proponho analisarmos as palavras do próprio autor: “Este poema ‘pedra no caminho’ que ficou um tanto conhecido, realmente despertou certo movimento, não digo de indignação, mas de irritação porque ele é tão simples, tão barato por assim dizer, as palavras eram tão poucas que as pessoas diziam: mas como pode isso ser um poema, poema tem que ser complicado, tem que ter adjetivos brilhantes, frases inteligentes e notas eruditas. E o meu poema não tinha nada. Exatamente, minha intenção era essa. A de fazer um poema com o mínimo de palavras bem repetidas, bem massacrantes, bem chato...” (Drummond em entrevista veiculada na TV Brasil).



Palavra De Escritor


Palavra De Escritor
DOWNLOAD
Author : Edmílson Caminha
language : pt-BR
Publisher: Thesaurus Editora
Release Date : 1995

Palavra De Escritor written by Edmílson Caminha and has been published by Thesaurus Editora this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 1995 with Authors, Brazilian categories.




Mia Couto Uma Literatura Entre Palavras E Encantamentos


Mia Couto Uma Literatura Entre Palavras E Encantamentos
DOWNLOAD
Author : Márcia Fusaro
language : pt-BR
Publisher: BT Acadêmica
Release Date : 2019-03-26

Mia Couto Uma Literatura Entre Palavras E Encantamentos written by Márcia Fusaro and has been published by BT Acadêmica this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2019-03-26 with Education categories.


Prefaciado pela poeta e ensaísta portuguesa Maria Estela Guedes, o livro Mia Couto: uma literatura entre palavras e encantamentos reúne artigos de diversos estudiosos do autor, abordando aspectos distintos de sua produção ficcional. Trata-se de textos que discutem desde a questão da memória e da ciência até aspectos relacionados ao papel da mulher ou à língua portuguesa em seus contos e romances. Como afirma uma das articulistas (Ana Maria Haddad Baptista): "Mia Couto, acima de qualquer coisa, é um grande narrador. Em todas as suas obras, quer conceituais, quer ficcionais (contos e romances) predomina a narração. O autor africano via de regra conta histórias. O diferencial, sob nosso ponto de vista, é que suas histórias não são meros casos! As suas histórias, fundamentalmente, possuem profundidade, tanto quanto os rios evocados pelo autor. Remetem os leitores a desdobramentos subjetivos inescapáveis. Não há como ler Mia Couto sem se voltar para nossas próprias existências. Não há como ler Mia Couto sem pensarmos em nossas vidas! Teimosamente nossa memória acompanha a memória de suas personagens". A importância da obra de Mia Couto, no presente momento, é inquestionável, o que explica, em parte, o alcance internacional de sua ficção, o que eleva a própria língua portuguesa – e, consequentemente, a literatura moçambicana – a um elevado grau de reconhecimento e distinção. A leitura do livro Mia Couto: uma literatura entre palavras e encantamentos se faz necessária não apenas a especialistas e estudiosos da área de Letras e de Teoria Literária, mas a todos aqueles que querem conhecer e se aprofundar um pouco mais nos meandros narrativos e discursivos de um dos mais celebrados autores africanos de língua portuguesa.



Ave Palavra


Ave Palavra
DOWNLOAD
Author : João Guimarães Rosa
language : pt-BR
Publisher: Global Editora
Release Date : 2022-04-04

Ave Palavra written by João Guimarães Rosa and has been published by Global Editora this book supported file pdf, txt, epub, kindle and other format this book has been release on 2022-04-04 with Poetry categories.


Ave, palavra, é um livro Póstumo do Guimarães Rosa publicado em 1970. A composição final do original seria concebida pelo amigo e escritor Paulo Rónai, que, ao lado dos textos indicados por Rosa para integrar o livro, acabaria adicionando outros que o ficcionista mineiro havia começado a rever. O livro distingue-se dentro do amplo espectro da obra do autor por reunir textos de diferentes gêneros. Podem ser destacados três dos vários instantes extraordinários deste livro. "Fita verde no cabelo (Nova Velha estória)" configura-se numa criativa evocação do célebre conto de fadas "Chapeuzinho Vermelho". Os poemas que integram o livro, por sua vez, indiciam que, apesar de ter se dedicado com inconstante frequência a criar versos ao longo de sua vida, foram certeiras as ocasiões em que Rosa se rendeu à arte poética. Cabe ainda destacar em Ave, palavra a declaração repleta de amor ao seu Estado natal, estampada no sublime texto "Minas Gerais".